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5. QUALIFICAÇÃO DO PROTÓTIPO

5.2 Ensaios 3 e 4 Edifícios FEC

O protótipo e a fonte de impactos comercial foram utilizados nos ensaios para determinação do desempenho acústico de sistemas piso-teto com relação a impactos em dois edifícios pertencentes a Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da UNICAMP. O tipo de vedação horizontal (laje) e o tipo de revestimento de piso são iguais em ambos os edifícios.

O edifício FEC 1 localiza-se na rua Saturnino de Brito e tem como finalidade abrigar as salas de aulas e outras dependências voltadas à atividade educacional. O sistema estrutural deste edifício é composto por lajes pré-moldadas em concreto com espessura de 25 cm. e o revestimento do piso das salas de aula é do tipo “Paviflex” assentado diretamente sobre a superfície da laje, sem contrapiso ou camadas intermediárias. A Figura 38 mostra a fachada do edifício com destaque em amarelo das salas avaliadas.

Fonte: Autor

Ensaio Revestimento do Piso L´nT,w, com L´nT,w, prot

1 Laminado de madeira 56 57

2 Cerâmico 72 72

Figura 38. Fachada do edifício da FEC destinado a salas de aula, com o destaque das salas

No edifício foram selecionadas para o ensaio as salas CA 34 e CA 22 por compartilharem uma área do sistema piso-teto.

Foi realizado o levantamento das dimensões das salas de aula CA34 e CA22. Na superfície piso da sala CA34 foram realizadas demarcações para localização dos pontos (E) de emissão de impacto.

Os pontos de emissão foram utilizados de modo alternado entre a fonte comercial e o protótipo para a a excitação do sistema piso-teto. O desenho apresentado na Figura 39 indica a localização dos pontos (E) no ambiente emissor para excitação da área pertencente ao sistema piso-teto compartilhado entre as salas CA34 e CA22.

Fonte: Autor

No ambiente receptor foram medidos os três parâmetros acústicos: os níveis de pressão sonora do ruído de impacto (Li), o tempo de reverberação (T) e o nível do som residual (B). Todos os parâmetros foram medidos em função de frequência em bandas de 1/3 de oitavas entre 50 Hz e 5 kHz. Para os procedimentos de cálculo sugerido pelas normas ISO 140-7 (1998), ISO 3382 (1997) e ISO 717-2 (2013), foram considerados Figura 39. Pontos de emissão de ruído de impacto que foram alternados entre o protótipo e

apenas os valores dos níveis de pressão sonora de frequências compreendidas entre 100 Hz e 3,15 kHz.

No ambiente receptor (sala CA22) o medidor de nível de pressão sonora B&K 2260 foi instalado nos pontos de recepção (R), para registro dos valores dos níveis sonoros (L), produzidos no emprego de cada uma das fontes de impacto colocadas nos pontos de emissão (E) da sala CA34.

O desenho apresentado na Figura 40 ilustra os quatro pontos de recepção (R) adotados para o medidor de nível de pressão sonora à cada uma das emissões de impacto provenientes do piso superior. O medidor de nível de pressão sonora teve a altura de captação ajustada para 1,2 m. da superfície do piso.

Fonte: Autor

Na Tabela A9 do Apêndice A são apresentados os valores de nível de pressão sonora (L) medidos e o nível de pressão sonora de impacto (Li,prot) médio, ambos em função de frequências em bandas de 1/3 de oitavas, para o emprego do protótipo. Na

Tabela A10 são apresentados os valores do nível dos níveis de pressão sonora (L) medidos e respectivos valor médio dos níveis de pressão sonora de impacto (Li,com) quando empregada a fonte de impactos comercial.

Além dos valores dos níveis de pressão sonora de impacto (Li) para cada um dos equipamentos, também foram realizadas as medições para determinação do tempo de reverberação (T), e registro dos níveis do ruído do ambiente (B) todos em função de frequência.

Na Figura 41 o desenho ilustra os pontos (F) de emissão de ruído aéreo pela fonte omnidirecional e os pontos (P) adotados para o posicionamento do medidor de nível de pressão sonora na determinação do tempos de reverberação (T) do ambiente em função de frequência.

A fonte omnidirecional foi posicionada em duas alturas 1,7 m e 1,5 m. Para cada ponto de fonte (F) foram medidos os decaimentos em 4 pontos (P). O medidor de nível de pressão sonora foi ajustado para operação nos pontos com altura de 1,2 m da superfície do piso e obedecendo distâncias superiores às mínimas de 1 m recomendas pela norma ISO 3382 (1997). Os pontos P de 1 a 3 também foram utilizados para registro dos níveis sonoros ambiente (B) em função de frequência.

Fonte: Autor

Figura 41. Representação dos pontos de emissão e captação para determinação do tempo de

Na Tabela A11 do Apêndice A são apresentados os resultados obtidos na medição para determinação do tempo de reverberação (T) da sala receptora CA22. Já na Tabela A12 são apresentados os valores de nível de pressão sonora do som residual em cada um dos três pontos de recepção (R) e o respectivo valor médio do nível de pressão sonora do som residual (B). Os dois parâmetros determinados neste ensaio, foram medidos em função de frequência e seus valores médios também foram calculados em função de frequências em bandas de 1/3 de oitava, entre 100 Hz e 3,15 kHz. A comparação gráfica dos valores B com os valores Li para ambas as fontes de impacto utilizadas pode ser visualizada na Figura 42.

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Os valores de Li de cada fonte, e T para o ambiente da sala CA22 foram inseridos na Equação 4 para obtenção dos valores de nível de pressão sonora de impacto

Figura 42. Comparação gráfica entre os níveis de pressão sonora de impacto (Li) produzidos por

padronizado (L´nT). Os valores de L´nT em função de frequências para cada uma das fontes são apresentados na Tabela 8.

A Figura 43 apresenta de maneira gráfica a comparação entre os valores de L´nT calculados, para a fonte de impactos construída (protótipo) e a fonte comercial.

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Tabela 8. Valores L’nT calculados para cada uma das fontes de impacto utilizadas

Figura 43. Comparação dos níveis de pressão sonora de impacto padronizado L´nT, obtidos

Para a determinação do nível de pressão sonora padronizado ponderado (L´nT,w) foi utilizado o método descrito na norma ISO 717-2 (2013).

Nas Figuras 44 e 45 são apresentadas as curvas de L´nT e a curva de referência ajustada para a determinação de L´nT,w empregando a fonte de impacto construída neste trabalho e a fonte de impacto comercial respectivamente. Os valores encontrados para L´nT,w em cada situação de fonte de impacto foram iguais a 67 dB.

Fonte: Autor

Fonte: Autor

Figura 44. Determinação do desempenho do piso (L´nT,w) quanto ao isolamento de ruído de impacto padronizado, com emprego do protótipo – Ensaio 3

Figura 45. Determinação do desempenho do piso (L´nT,w) quanto ao isolamento de ruído de impacto padronizado, com emprego da fonte comercial – Ensaio 3

O quarto ensaio para determinação do desempenho acústico de sistema piso- teto com relação à impactos foi realizado em um edifício localizado na avenida Albert Einstein, dentro do campus da UNICAMP. Este edifício possui três pavimentos que são ocupados por departamentos e laboratórios da Faculdade de Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. A Figura 46 ilustra uma das fachadas do edifício da FEC 2 que teve os ambientes ensaiados.

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O ensaio foi realizado entre o primeiro e o segundo andar, numa área do sistema piso teto do edifício compartilhada por ambientes distintos. No pavimento superior foram selecionadas duas salas adjacentes, tendo como elemento de separação uma divisória em parede tipo “Eucatex”. Uma das salas é utilizada como gabinete de professor e a outra sala é usada como sala de reuniões do Departamento de Arquitetura e Construção.

O sistema estrutural e o revestimento do piso ensaiado tinham as mesmas características construtivas do edifício do ensaio anterior, ou seja, laje pré-moldada com espessura de 25 cm e revestimento de piso tipo “Paviflex”.

Nas duas salas emissoras (E) foram realizadas demarcações na superfície do piso para posicionamento das fontes de impacto. Os pontos adotados (E) da Figura 47 foram usados de forma alternada pelas duas fontes de impactos.

Figura 46. Fachada do segundo edifício da FEC avaliado com destaque em amarelo para

Fonte: Autor

O piso do Laboratório de Arquitetura, Metodologia de Projeto e Automação (LAMPA), no pavimento inferior foi utilizado como sala receptora. No desenho da Figura 48 encontra-se a sala receptora com as dimensões e a localização dos pontos de recepção (R), onde foi posicionado o medidor de nível de pressão sonora para as medições do nível de pressão sonora produzido pelo emprego das fontes de impacto.

Fonte: Autor

Figura 47. Representação dos ambientes emissores, com a localização dos pontos de

emissão utilizados pelas duas fontes de impactos.

Figura 48. Representação dos ambientes ensaiados com a localização dos pontos de

Na sala receptora foram medidos os valores de nível de pressão sonora em quatro pontos de recepção (R) para cada ponto de emissão de impacto (E) da sala emissora. Foram registrados os níveis de pressão sonora relativos ao som residual (B) e também realizadas as medições para determinação do tempo de reverberação (T). Todos os parâmetros foram medidos em função de frequências em bandas de 1/3 de oitava entre 100 Hz e 3,15 kHz, conforme indicado pela norma ISO 140-7 (1998).

As Tabelas A13 e A14 do Apêndice A apresentam os valores de níveis de pressão sonora em função de frequência, e o respectivo valor médio (Li) também em função de frequência referente a cada uma das fontes sonoras de impacto empregadas no ensaio.

Para a determinação do tempo de reverberação (T) em função de frequência na sala receptora foram realizadas demarcações sobre o piso do ambiente localizando dois pontos (F1 e F2) de emissão de ruído aéreo pela fonte omnidirecional e três pontos (P1, P2, P3) para o posicionamento do medidor de nível de pressão sonora.

As fontes sonoras foram posicionadas em duas alturas distintas: 1,7 m para F1 e 1,5 m para F2. Os receptores foram posicionados a uma altura de 1,2 m da superfície do piso, obedecendo distancias superiores a 1 m de outras superfícies reflexivas como paredes e mobiliário.

A localização dos pontos de emissão e recepção de ruído aéreo para determinação do tempo de reverberação da sala receptora são apresentados na Figura 49.

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Foram realizados os registros de seis decaimentos de níveis de pressão sonora para determinação do tempo de reverberação, em função de frequências referente à sala do laboratório (receptora).

Devido às dimensões da sala receptora e do mobiliário presente, os dois pontos para a emissão do ruído aéreo foram combinados com dois dos pontos de recepção. A combinação de pontos neste ensaio foi: (F1: P1,P3,P4) e (F2: P1,P2,P3).

Para determinar os níveis de pressão sonora do som residual (B) em função de frequências, foram realizadas duas medições utilizando os pontos P1 e P4, com duração de 10 s por ponto e altura do medidor à 1,2 m da superfície do piso.

As Tabelas A15 e A16 no Apêndice A apresentam respectivamente os valores do tempo de reverberação (T) da sala receptora e os níveis de pressão sonora do som residual registrados pelo medidor de nível de pressão sonora. Estes dois parâmetros também foram medidos e apresentados em função de frequência em bandas de 1/3 de oitavas compreendidas entre 100 Hz e 3,15 kHz.

Figura 49. Representação dos pontos de emissão e captação para medida de tempo de

A comparação gráfica da média dos níveis de pressão sonora do som residual (B) com os valores dos níveis de pressão sonora de impactos (Li) para cada uma das fontes de impacto utilizadas, em função de frequência, pode ser visualizado na Figura 50.

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Os valores de Li de cada fonte e de T para o ambiente do laboratório foram inseridos na Equação 4 para obtenção dos valores de nível de pressão sonora de impacto padronizado (L´nT). Os valores de L´nT obtidos para cada uma das fontes são apresentados na Tabela 9.

Figura 50. Comparação gráfica entre os níveis (B) de pressão sonora do ambiente e os níveis (Li)

Tabela 9. Níveis de pressão sonora de impacto padronizado L´nT, em função de frequências,

obtidos para o emprego do protótipo e da fonte de impactos comercial.

A Figura 51 apresenta de maneira gráfica a comparação entre os valores de L´nT, calculados para a fonte de impactos construída (protótipo) e o modelo comercial para este ensaio.

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Figura 51. Comparação entre os resultados de L´nT obtidos com protótipo e com a fonte de

Para o cálculo do nível de pressão sonora padronizado ponderado (L´nT,w) foi utilizado o método descrito pela norma ISO 717-2 (2013). Nas Figuras 52 e 53 são apresentadas as curvas de L´nT e a curva de referência ajustada para a determinação de L´nT,w empregando a fonte de impacto construída neste trabalho e a fonte de impacto comercial respectivamente. Os valores encontrados para L´nT,w em cada situação foram ambos iguais a 70 dB.

Fonte: Autor

Fonte; Autor

Figura 53. Determinação do desempenho do piso (L´nT,w) quanto ao isolamento de ruído de impacto padronizado com emprego do protótipo – Ensaio 4.

Figura 52. Determinação do desempenho do piso (L´nT,w) quanto ao isolamento de ruído de impacto padronizado com emprego da fonte comercial – Ensaio 4.

O resumo dos resultados dos ensaios 3 e 4, referentes às medidas de campo, determinaram o valor do desempenho acústico dos pisos com relação a impactos (L´nT,w) nos dois edificios pertencentes à FEC, utilizando duas fontes de impacto distintas é apresentado no Quadro 2 . O tipo de vedação horizontal e o tipo do revestimento aplicado ao piso eram iguais nos dois edifícios ensaiados.

Quadro 2. Resumo das avaliações de desempenho acústico com relação a impactos – Edifícios

FEC

Ensaio Revestimento do Piso L´nT,w, com L´nT,w, prot

3 Tipo Paviflex 67 67

4 Tipo Paviflex 70 70

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