• Nenhum resultado encontrado

Na etapa final deste trabalho estudou-se o tratamento do efluente agroindustrial. Para cada ensaio, o recipiente contendo o efluente armazenado foi agitado e obtida uma toma de 200 mL. Esta toma foi deixada a sedimentar por 1 hora, após a qual foi decantada.

Este efluente decantado apresentava um TOC de 435±66 mg C/L. A incerteza apresentada deriva das diversas análises de TOC efetuadas em cada um dos ensaios e podem ser devidas à etapa de decantação.

Na Figura 3.23 apresentam-se os resultados obtidos nos diversos ensaios, realizados nas mesmas condições da etapa anterior do efluente simulado.

Os resultados obtidos demonstraram uma tendência semelhante à mineralização obtida na figura 3.21.

O ensaio com FeSO4·7H2O obteve uma mineralização inferior a 1% e o ensaio com H2O2

obteve 4% de mineralização. 0 60 120 180 240 300 360 0.6 0.8 1.0 TOC360= 294 mg C/L TOC360= 340 mg C/L TOC360= 395 mg C/L TOC360= 417 mg C/L TOC360= 434 mg C/L TOC0= 435 ± 66 mg C/L [H2O2]= 1%; [FeSO47H2O]= 25 g/L; P= 85 W/m 2 ; T= 21°C T OC /T OC o t (min) FeSO4.7H2O H2O2 Fenton Foto-Fenton Foto-Fenton/TiO2(1g/L)

Figura 3.23 – Efeito de reacções com H2O2, FeSO4·7H2O, Fenton, Foto-Fenton e foto-Fenton com TiO2 P25,

70

No final de 6 horas os ensaios com Fenton, foto-Fenton e foto-Fenton/TiO2 mineralizaram

9,9%, 21,8% e 32,4%, respetivamente. Verifica-se novamente que o reagente de Fenton per si revela dificuldades na mineralização. A utilização do reagente de Fenton coadjuvado por

radiação UV-LEDs, em processos de foto-Fenton e foto-Fenton/TiO2 P25 permite obter maior

mineralização.

Este tipo de efluentes agroindustriais, muito ricos em antocianinas, compostos muito refratários aos tratamentos biológicos e também simultaneamente muito resistentes aos POAs baseados na geração de radicais livres, colocam uma grande dificuldade tecnológica no seu tratamento. As antocianinas funcionam com ratoeiras de radicais livres. Por algum motivo designam os frutos vermelhos como “ricos em antioxidantes”, compostos que combatem os radicais livres do nosso organismo.

71

4. Conclusão

Neste trabalho foi investigado o potencial de utilização de sistemas de LEDs UV (365 nm) na fotodegração catalítica de compostos refratários a sistemas biológicos de tratamento de efluentes. Foram utilizados dois compostos modelo, um corante azo, Reactive Black 5 (RB5) e um composto fenólico, o ácido p-hidroxibenzóico. Foi ainda investigada a mineralização de efluentes agroindustriais provenientes do tratamento e lavagem da baga de sabugueiro, efluentes muito ricos em antocianinas, conhecidas pelo seu elevado poder antioxidante.

Na realização deste trabalho foi construído um reator que pode funcionar em descontínuo ou em contínuo do tipo perfeitamente agitado. Este reator possui paredes espelhadas e tem uma base de 11,3 cm x 6,8 cm. A altura máxima de solução é de 1,4 cm, para um volume total de 110 mL.

Foram ainda construídos dois sistemas de iluminação. O primeiro sistema é constituído

por 96 LEDs, com pico de emissão a 370 nm e uma potência máxima de 30 W/m2; o segundo

sistema é constituído por 12 LEDs, com pico de emissão a 365 nm e uma potência máxima de

85 W/m2.

O fotocatalisador utilizado foi o semicondutor TiO2 P25 da Evonik (ex-Degussa),

considerado na literatura como fotocatalisador de referência. O TiO2 P25 foi analisado por

difração de raio X, obtendo-se uma composição de 86% de anatase e 14% de rutilo (%v/v), com cristalites de 32,2 ± 0,5 nm e de 43,9 ± 1 nm, respetivamente. Na análise por TEM, obtiveram-se dimensões de partículas com distribuição bimodal, centradas a 17,6 nm e 34,2 nm.

O composto corado RB5 foi utilizado para comparar os dois sistemas de LEDs UV e estes

com a radiação solar, mantendo as restantes condições: [TiO2] = 500 mg/L; [RB5] = 25 mg/L;

T= 21º C. Para os ensaios num processo descontínuo, verificou-se que a remoção total da cor do corante RB5 é três vezes mais rápida quando se utiliza o segundo sistema de LEDs. Este sistema obtém cinéticas de degradação do RB5 semelhantes às solares. Para ensaios em contínuo, com um tempo de residência de 73,3 minutos, o primeiro sistema atinge o estado estacionário em 240 minutos com 70% de degradação, enquanto o segundo sistema atinge o estado estacionário em 20 minutos, com uma degradação de 96%. Esta melhoria na cinética da fotodegração foi atribuída à maior potência do segundo sistema, mas sobretudo ao menor comprimento de onda de emissão, cuja maior sobreposição com o espetro de absorção do

72

TiO2 P25, origina uma maior eficiência na geração do par eletrão/lacuna, necessário à geração

dos radicais hidroxilo.

Os ensaios seguintes foram efetuados apenas com o segundo sistema de UV-LEDs.

Para avaliar a fotodegradação catalítica do ácido p-hidroxibenzóico, foram efetuados ensaios para investigar o efeito da concentração do ácido p-hidroxibenzóico, do pH e da

quantidade relativa do TiO2 P25 na solução. Para cada estudo foram mantidas contantes as

restantes condições. A degradação do ácido p-hidroxibenzóico foi monitorizada por HPLC. Para avaliar o efeito da concentração do ácido p-hidroxibenzóico foram efetuados ensaios em descontínuo ao pH natural das respetivas soluções (aproximadamente pH=4,5) e com as

restantes condições: [TiO2] = 500 mg/L; [C7H6O3] = 25 mg/L; P= 85 W/m2; T= 21ºC.

Verificou-se que as constantes cinéticas de pseudo-primeira ordem são mais lentas à medida que a concentração do ácido aumenta. Os resultados experimentais foram ajustados ao modelo de Langmuir-Hinshelwood, obtendo-se uma constante de velocidade da reação à

superfície de kc=0,885±0,042 mg/(Lmin). Obteve-se também um valor negativo para a

constante de equilíbrio de adsorção, KLH, resultado que poderá advir das concentrações de

p-hidroxibenzóico utilizadas serem demasiado elevadas para validar este modelo. Em

alternativa, o valor de KLH foi estimando a partir das concentrações de p-hidroxibenzóico

determinadas no ensaio de adsorção, obtendo-se um valor de 0,217 L/mg.

Os ensaios efetuados em descontínuo para avaliar a evolução da CQO, revelaram que o seu valor não é diretamente proporcional à concentração das soluções iniciais de ácido

p-hidroxibenzóico, podendo ser resultante da incompleta mineralização do composto perante

o ácido cromosulfúrico utilizado. Por este motivo, a evolução da degradação do ácido

p-hidroxibenzóico por análise da CQO não conduziu a resultados credíveis. Em alternativa, a

evolução da degradação/mineralização foi monitorizada por TOC.

A solução de ácido p-hidroxibenzóico a 50 mg/L foi mineralizada em 85% ao fim de 2 horas (TOC no final de 6 mg C/L), enquanto a solução de 75 mg/L mineraliza apenas 50% ao fim de 3 horas (TOC no final da reação de 28 mg C/L).

Relativamente à variação de pH do meio concluiu-se que não existem diferenças significativas, contudo verificou-se que entre 6<pH<7 há uma ligeira melhoria na cinética da degradação, valor justificado pelo balanço entre o pH ótimo para a geração de radicais hidroxilo e o pKa do ácido p-hidroxibenzóico.

Quanto à avaliação do efeito da quantidade relativa de TiO2 P25 na solução,

73

regimes: até 100 mg TiO2/L, a constante cinética de pseudo-primeira ordem, kobs, é

diretamente proporcional à quantidade relativa de TiO2 P25 em solução; no segundo regime,

de 100 a 1000 mg TiO2/L, a constante cinética de pseudo-primeira ordem, kobs aumenta

linearmente com a quantidade relativa de TiO2 P25 em solução. Concluindo-se que a

geometria do reator adotada e a altura de 1,4 cm de solução permitem que a radiação UV dos

LEDs penetre completamente na solução, desde que a quantidade relativa de TiO2 P25 não

ultrapasse os 100 mg/L. Acima deste valor, o TiO2 P25 dispersa e absorve a radiação UV, não

permitindo que esta atinja o fundo do reator.

Com a realização dos ensaios fotocatalíticos em contínuo ([TiO2]= 500 mg/L,

[C7H6O3]= 50 e 75 mg/L; pH=6,3; P= 85 W/m2; T= 21º C) verificou-se que a taxa de

degradação em estado estacionário obtida para o ácido p-hidroxibenzóico aumenta com o aumento do tempo de retenção da solução e após a aplicação do modelo de cinética de pseudo-primeira ordem à condição de estado estacionário, verificou-se que as constantes cinéticas obtidas aumentam ligeiramente com o tempo de retenção. Este resultado indica que o reator utilizado não é um RPA ideal, uma vez que a agitação não é perfeita e existem zonas de estagnação.

Para avaliar a mineralização fotocatalítica de efluentes agroindustriais provenientes do tratamento e lavagem da baga de sabugueiro foi preparado um efluente simulado a partir da solução de lavagem da baga de Sambucus nigra. Foi preparada uma solução mãe resultante da lavagem de 10 g de baga com 1 L de água (solução 10 g/L), sendo esta sucessivamente diluída. As análises por TOC revelaram uma boa linearidade entre o teor de TOC medido e as diluições efetuadas à solução original.

Nos ensaios fotocatalíticos para a solução de lavagem com maior diluição (0,3125 g/L),

correspondente a um TOCo de 58 mg C/L, ([TiO2]= 250 mg/L; pH= 6; P= 85 W/m2; T=

21º C) verificou-se uma mineralização de 70% ao fim de 5 horas. Tal como se verificou com

o ácido p-hidroxibenzóico, à medida que se vai aumentando a quantidade relativa de TiO2 P25

na solução, a cinética de mineralização da solução é mais rápida. No entanto verificou-se que

acima de 500 mg TiO2/L não há melhorias significativas na cinética. Para um pH entre 6 e 7,

utilizando 1000 mg TiO2/L, as cinéticas são semelhantes, obtendo-se uma mineralização de

90% ao fim de 4 horas.

Para a realização de ensaios com o efluente simulado não diluído (TOCo=1860 mgC/L)

foram testados os processos com Fenton, foto-Fenton e foto-Fenton/TiO2

74

obtendo-se uma mineralização de 9,4%, 25,2% e 37,1%, ao fim de 6 horas, respetivamente. A análise dos resultados por cinéticas de pseudo-primeira ordem, resultam em tempos de meia vida de 69,0±14,9 horas, 19,3±3,0 horas e 9,24±0,91 horas, respetivamente. Estes resultados revelam uma ineficácia do reagente de Fenton para poder mineralizar sozinho esta solução de lavagem da baga, em virtude do elevado teor de antocianinas presente.

Nos ensaios com o efluente agroindustrial, verificou-se que estes não podem ser encaminhados para colectores municipais pois não respeitam os valores da CQO, dos polifenóis totais e do pH, revelando também uma baixa biodegradabilidade, 0,12.

O efluente agroindustrial apresentava um TOC inicial de 435±66 mgC/L. Usando as mesmas condições que no efluente simulado em ensaios com Fenton, foto-Fenton e

foto-Fenton/TiO2, obteve-se ao fim de 6 horas uma mineralização de 9,9%, 21,8% e 32,4%

respetivamente. Verifica-se novamente que o sistema Fenton revela dificuldades na

mineralização. A conjugação do reagente de Fenton com os UV-LEDs e o TiO2 P25 permitem

alcançar uma maior mineralização.

Deste trabalho fica patente que a degradação e/ou mineralização fotocatalítica sob a ação dos UV-LEDs é um sistema alternativo promissor. Este novo sistema de iluminação permite um design simplificado de reatores comparativamente à utilização convencional de lâmpadas UV de vapor de mercúrio. Permite que o mesmo reator funcione em descontínuo ou em contínuo, do tipo perfeitamente agitado (RPA). Poderá permitir ainda o acoplamento em série, paralelo ou sistemas série-paralelo de múltiplos reatores. Por último possibilita ainda o empilhamento de reatores, o que permite um aproveitamento de espaço.

Em virtude do reduzido tempo para a realização deste trabalho, não foi possível estudar o efeito de dois parâmetros importantes. A literatura refere que as constantes cinéticas de fotodegradação são proporcionais à potência da radiação elevada a um expoente entre 0,5 e 1. Por este motivo seria importante avaliar este efeito, o que para o segundo sistema de LEDs seria perfeitamente possível, uma vez que este dispõe de seis níveis de potência. Outro parâmetro importante seria o efeito da temperatura, habitualmente representado em modelos do tipo Arrhenius, com o cálculo das correspondentes energias de ativação.

Prevê-se, em trabalhos futuros, construir outro sistema de UV-LEDs, com picos de emissão a comprimentos de onda inferiores, na medida em que os respetivos LEDs forem ficando a preços mais acessíveis. Para comprimentos de onda suficientemente baixos (<300 nm) poderão ocorrer cinéticas de fotodegradação, para alguns compostos,

75

Outro aspeto importante será a possibilidade de esterilização de águas de consumo, sendo neste caso, particularmente interessante a não utilização de catalisador. Para localizações remotas, sistemas baseados em painéis solares fotovoltaicos e UV-LEDs capazes de esterilizar a água para consumo seriam particularmente importantes.

76

5. Bibliografia

(1) FIPA – Projecto Vitalidade XXI: A Indústria Alimentar e os Estilos de Vida Saudáveis – A Percepção das Partes Interessadas e Apresentação dos compromissos da indústria alimentar portuguesa (2005).

(2) Lienhardt, J. – The Food Industry in Europe. Eurostat. KS-NP-04-039-EN-N, 2014.

(3) Portugal Foods, FIPA, ViniPortugal – Prioridades Estratégicas para a Internacionalização do Setor Agroalimentar (04/02/2013).

(4) Trienekens, J.; Zuurbier, P. - Quality and safety standards in the food industry, developments and challenges. International Journal of Production Economics. Vol. 113 (2008), p. 107-122.

(5) Diagnóstico de Apoio às Jornadas de Reflexão Estratégica (ENEI) – Estratégia Nacional de Investigação e Inovação para uma Especialização Inteligente 2014-2020. Documento de Trabalho n.º 2, Eixo Temático 4- Recursos Naturais e Ambiente: Agro-alimentar.

(6) FAO; WHO Food Standards – Codex Alimentarius. (2003) CAC/RCP 1-1969 Rev. 4. (7) Regulamento (CE) Nº 852/2004. Relativo à higiene dos géneros alimentícios.

(8) NP EN ISO 22000:2005. Sistemas de gestão da segurança alimentar. (9) NP EN ISO 9001:2000. Sistemas de gestão da qualidade – Exigências.

(10) NP EN ISO 14004:2004. Sistemas de gestão ambiental. Linhas de orientação sobre os princípios, sistemas e técnicas de apoio.

(11) Brundtland Report, Nações Unidas, 1987. Report of the World Comissiono on Environment and Development: “Our Common Future”.

(12) Anpo, M.; Dohshi, S.; Kitano, M.; Hu, Y.; Takeuchi, M.; Matsuoka, M. - The Preparation and Characterization of Highly Efficient Titanium Oxide-Based Photofunctional Materials. Annual Review of Materials Research. Vol. 35 (2005), p. 1-27.

(13) Decreto-Lei n.º 173/2008. Relativo à prevenção e controlo integrados da poluição. (14) Decreto-Lei n.º 19/2004. Define as bases da política de Ambiente.

(15) The United Nations World Water Development Report 2015. Water for a Sustainable World.

(16) Natarajan, T. S.; Thomas, M.; Natarajan, K.; Bajaj, H. C.; Tayade, R. J. - Study on UV-

LED/TiO2 process for degradation of Rhodamine B dye. Chemical Engineering Journal. 169

77

(17) Oki, T.; Kanae, S. - Global Hydrological Cycles and World Water Resources. Science. Vol 313, 1068 (2006).

(18) Chaplin, M. F. – Water: its importance to life. Biochemistry and Molecular Biology Education. Vol. 29 (2001), p. 54-59.

(19) WSSCC - Water Overview. Disponível em: http://wsscc.org/topics/water/water-overview (10-08-2015).

(20) Krinner, W.; Lallana, C.; Estrela, T.; Nixon, S.; Zabel, T. – Environmental assessment report No 1: Sustainable water use in Europe Part 1: Sectoral use of water. Luxemburgo: European Communities, 1999. ISBN: 92-9167-12-5.

(21) Kirby, R. M.; Bartran, J.; Carr, R. – Water in food production and processing: quantity and quality concerns. Food Control. Vol. 14 (2003), p. 283-299.

(22) Poulios, I.; Tsachpinis, I. - Photodegradation of the textile dye Reactive Black 5 in the presence of semiconducting oxides. Journal of Chemical Technology and Biotechnology. Vol. 74 (1999), p. 349-357.

(23) INETI – Plano Nacional de Prevenção de Resíduos Industriais. Volume I, 2001.

(24) Bogardi, J. J.; Dudgeon, D.; Lawford, R.; Flinkerbusch, E.; Meyn, A.; Pahl-Wostl, C.;

Vielhauerand, K.; Vörösmarty, C. - Water security for a planet under pressure: interconnected challenges of a changing world call for sustainable solutions. Current Opinion im Environmental Sustainability. Vol.4 (2012), p. 35-43.

(25) Tchobanoglous, G.; Burton, F. L.; Stensel, H. D. – Wastewater Engineering: Treatment and Reuse. 4ª Edição. Metcalf & Eddy, Inc, 2003. ISBN: 0-07-112250-8.

(26) Natarajan, K.; Natarajan, T. S.; Bajaj H. C.; Tayade, R. J. - Photocatalytic reactor based

on UV-LED/TiO2 coated quartz tube for degradation of dyes. Vol. 178 (2011), p. 40-49.

(27) Lazar, M. A.; Varghese, S.; Nair, S. S. - Photocatalytic Water Treatment by Titanium Dioxide: Recent Updates. Catalysts. Vol. 2 (2012), p. 572-601.

(28) Decreto-Lei n.º 306/2007. Relativo à qualidade da água destinada ao consumo humano. (29) Noronha, J.; Baptista, P. – Segurança Alimentar em Estabelecimentos agro-alimentares: Projecto e Construção. Forvisão: Consultoria em Formação Integrada, Lda. 1ª Edição, 2003. ISBN: 972-99099-1-1.

(30) European Comission. Integrated Pollution Prevention and Control: Reference Document on Best Available Techniques in the Food, Drink and Milk Industries. Agosto, 2006.

78

(31) Mantzavinos, D. - Utilization of By-Products and Treatment of Waste in the Food Industry: Basic Unit Operations in Wastewater Treatment. Volume 3. Nova Iorque: Springer, 2007. ISBN-10: 0-387-33511-0

(32) Cheremisinoff, N. P. – Handbook of Water and Wastewater Treatment Technologies. EUA: Butterworth-Heinemann-Pollution Engineering, 2002. ISBN: 0-7506-7498-9.

(33) Beltran-Heredia, J.; Torregrosa, J.; Dominguez, J. R.; Peres, J. A. - Comparison of the degradation of p-hydroxybenzoic acid in aqueous solution by several oxidation processes. Chemosphere. Vol. 42 (2001), p. 351-359.

(34) Criquet, J.; Leitner, N. K. V. – Reaction pathway of the degradation of the

p-hydroxybenzoic acid by sulfate radical generated by ionizing radiations. Radiation Physics

and Chemistry. Vol. 106 (2015), p. 307-314.

(35) Rivas, F. J.; Beltrán, F. J.; Frades, J.; Buxeda, P. – Oxidation of p-hydroxybenzoic acid by Fenton’s Reagent. Water Research. Vol. 35, nº 2 (2001), p. 387-396.

(36) Escarpa, A.; Gonzalez, M. C. – An Overview of Analytical Chemistry of Phenolic Compounds in Foods. Critical Reviews in Analytical Chemistry. Vol. 41 (2001), p. 57-139. (37) Soares, S. E. – Phenolic acids as antioxidants. Revista de Nutrição. Vol. 15 (2002), p. 71- 81.

(38) Angelo, P. M.; Jorge, N. – Compostos Fenólicos em alimentos – Uma breve revisão. Revista do Instituto Adolfo Lutz. Vol. 66, nº 1 (2007), p. 1-9.

(39) Aalto, T. R.; Firman, M. C.; Rigler, N. E. – p-Hydroxybenzoic Acids Esters as Preservatives. Journal of the Americn Pharmaceutical Association. Vol. XLII, nº 8 (1953). (40) Heredia, J. B. De; Torregrosa, J.; Dominguez, J. R.; Peres, J. A. - Oxidation of

p-hydroxybenzoic acid by UV radiation and by TiO2/UV radiation: comparison and

modelling of reaction kinetic. Journal of Hazardous Materials. Vol. 83 (2001), p. 255-264. (41) Minh, D. P.; Gallezot, P.; Besson, M. - Treatment of olive oil mil wastewater by catalytic wet air oxidation 3. Stability of supported ruthenium catalysts during oxidation of model pollutant p-hydroxybenzoic acid in batch and continuous reactors. Applied Catalysis. Vol. 75 (2007), p. 71-77.

(42) Horbowicz, M.; Kosson, R.; Grzesiuk, A.; Dębski, H. – Anthocyanins of fruits and vegetables – Their occurrence, analysis and role in human nutrition. Vegetable Crops Research Bulletin. Vol. 68 (2008), p. 5–22.

(43) Clifford, M. N. - Anthocyanins – nature, occurrence and dietary burden (Review). Journal of Agricultural and Food Chemistry. Vol. 80 (2000), p. 1063-1072.

79

(44) Miguel, M. G. - Anthocyanins: Antioxidant and/or anti-inflammatory activities. Journal of Applied Pharmaceutical Science. Vol. 6 (2011), p. 7-15.

(45) Inami, O.; Tamura, I.; Kikuzaki, H.; Nakatani, N. - Stability of Anthocyanins of

Sambucus canadensis and Sambucus nigra. Journal of Agricultural and Food Chemistry. Vol.

44 (1996), p. 3090-3096.

(46) Routray, W.; Orsat, V. - Blueberries and Their Anthocyanins: Factors Affecting Biosynthesis and Properties. Comprehensive Reviews in Food Science and Food Safety. Vol. 10 (2011).

(47) Castañeda-Ovando, A.; Pacheco-Hernández, M. de L.; Páez-Hernández, M. E; Rodríguez, J. A.; Galán-Vidal, C. A. – Chemical studies of anthocyanins: A review. Food Chemistry. Vol. 13 (2009), p. 859-871.

(48) Özgen, M.; Scheerens, J. C.; Reese, R. N.; Miller, R. A. - Total phenolic, anthocyanin contents and antioxidant capacity of selected elderberry (Sambucus canadensis L.) accessions. Pharmacognosy Magazine. Vol. 6 (2010), p. 198-203.

(49) Braga, F. G.; Carvalho, L. M.; Carvalho, M. J.; Guedes-Pinto, H.; Torres-Pereira, J. M.; Neto, M. F.; Monteiro, A. – Variation of the Anthocyanin Content in Sambucus nigra L. Populations Growing in Portugal. Journal of Herbs, Spices & Medicinal Plants. Vol. 9 (2002), p. 289-295.

(50) Kaack, K.; Austed, T. - Interaction of vitamin C and flavonoids in elderberry (Sambucus

nigra L.) during juice processing. Plant Foods for Human Nutrition. Vol. 52 (1998), p. 187-

198.

(51) Veberic, R.; Jakopic, J.; Stampar, F.; Schmitzer, V. – European elderberry (Sambucus

nigra L.) rich in sugars, organic acids, anthocyanins and selected polyphenols. Food

Chemistry. Vol. 144 (2009), p. 511-515.

(52) Lee, J.; Finn, C. E. - Anthocyanins and other polyphenolics in American elderberry (Sambucus canadensis) and European elderberry (S. nigra) cultivars. Journal of Agricultural and Food Chemistry. Vol. 87 (2007), p. 2665-2675.

(53) Szalóki-Dorkó, L.; Légrádi, F.; Abrankó, L.; Stéger-Máté, M. - Effects of food processing technology on valuable compounds in elderberry (Sambucus nigra L.) varieties. Acta Biologica Szegediensis. Vol. 58 (2014), p. 45-48.

(54) Wu, X.; Gu, L.; Prior, R. L.; McKay, S. – Characterization of anthocyanins and proanthocyanidins in some cultivars of Ribes, Aronia, and Sambucus and their antioxidante capacity. Journal of Agricultural and Food Chemistry. Vol. 52 (2004), p. 7846-7856.

80

(55) Yu, C.; Wu, C.; Ho, T.; Hong, P. K. A. - Decolorization of C.I. Reactive Black 5 in

UV/TiO2, UV/oxidant and UV/TiO2/oxidant systems: A comparative study. Chemical

Engineering Journal. Vol. 158 (2010), p. 578-583.

(56) Pekakis, P. A.; Xekoukoulotakis, N. P.; Mantzavinos, D. - Treatment of textile dyehouse

wastewater by TiO2 photocatalysis. Water Research. Vol. 40 (2006), p. 1276-1286.

(57) Kamble, S. P.; Sawant, S. B.; Schouten, J. C.; Pangarkar, V. G. - Photocatalytic and Photochemical degradation of aniline using concentrated solar radiation. Journal of Chemical Technology and Biotechnology. Vol. 78 (2003), p. 865-872.

(58) Ferreira, L. C.; Lucas, M. S.; Fernandes, J. R.; Tavares, P. B. - Photocatalytic oxidation of Reactive Black 5 with UV-A LEDs. Journal of Environmental Chemical Engineering. Vol. 4 (2016), p. 109-114.

(59) Esplugas, S.; Giménez, J.; Contreras, S.; Pascual, E.; Rodríguez, M. - Comparison of different advanced oxidation processes for phenol degradation. Water Research. Vol. 36 (2002), p. 1034-1042.

(60) Faouzi, M.; Cañizares, P.; Gadri, A.; Lobato, J.; Nasr, B.; Paz, R.; Rodrigo, M.A.; Saez, C. - Advanced oxidation processes for the treatment of wastes polluted with azoic dyes. Electrochimica Acta. Vol. 52 (2006), p. 325-331.

(61) Stasinakis, A. S. – Use of Selected Advanced Oxidation Processes (AOPs) for Wastewater Treatment – A mini review. Global NEST Journal. Vol. 10, n.º 3 (2008), p. 376- 385.

(62) Pawar, R. C.; Lee, C. S. – Basics of Photocatalysis. 1ª Edição. Elsevier: Capítulo 1. 2015. ISBN: 9780323393102.

(63) Toor, R.; Mohseni, M. - UV-H2O2 based AOP and its integration with biological

activated carbon treatment for DBP reduction in drinking water. Chemosphere. Vol. 66 (2007), p. 2087-2095.

(64) Cheng, M.; Zeng, G.; Huang, D.; Lai, C.; Xu, P.; Zhang, C.; Liu, Y. - Hydroxyl radicals based advanced oxidation processes (AOPs) for remediation of soils contaminated with organic compounds: A review. Chemical Engineering Journal. Vol. 284 (2016), p. 582-598. (65) Aliabadi, M.; Sagharigar, T. - Photocatalytic Removal of Rhodamine B from Aqueous

Solutions Using TiO2 Nanocatalyst. Journal of Applied Environmental and Biology Sciences.

81

(66) Rodríguez-Chueca, J.; Ferreira, L. C.; Fernandes, J. R.; Tavares, P. B.; Lucas, M. S.; Peres, J. A. – Photocatalytic discolouration of Reactive Black 5 by UV-A LEDs and solar irradiation. Journal of Environmental Chemical Engineering. Vol. 3 (2015), p. 2948-2956. (67) Monteiro, R. A. R.; Miranda, S. M.; Vilar, V. J. P.; Pastrana-Martínez, L. M.; Tavares, P.

B.; Boaventura, R. A. R.; Faria, J. L.; Pinto, E.; Silva, A. M. T. - N-modified TiO2

photocatalytic activity towards diphenhydramine degradation and Escherichia coli inactivation in aqueous solutions. Applied Catalysis B: Environmental. Vol. 162 (2015), p. 66-74.

(68) Zhou, H.; Smith, D. W. - Advanced technologies in water and wastewater treatment. Journal of Environmental Engineering Sciences. Vol. 1 (2002), p. 247-264.

(69) Pérez, M. H.; Peñuela, G.; Maldonado, M. I.; Malato, O.; Fernández-Ibáñez, P.; Oller, I.; Gernjak, W.; Malato, S. - Degradation of pesticides in water using solar advanced oxidation processes. Applied Catalysis B: Environmental. Vol.64 (2006), p. 272-281.

(70) Rauf, M. A.; Ashraf, S. S. - Radiation induced degradation of dyes – An overview. Journal of Hazardous Materials. Vol. 166 (2009), p 6-16.

(71) Fujishima, A.; Honda, K. – Electrochemical Photolysis of Water at a Semiconductor Electrode. Nature. Vol. 238 (1972), p. 37-38.

(72) Fujishima, A.; Rao, T. N.; Tryk, D. A. - Titanium dioxide photocatalysis. Journal of Photochemistry and Photobiology C: Photochemistry Reviews. Vol. 1 (2000), p. 1-21.

(73) IUPAC – Glossary of terms used in photochemistry. Pure and Applied Chemistry. Vol. 79, n.º 3 (2007), p. 293-465.

(74) Mills, A.; Hunte, S. Le – An overview of semiconductor photocatalysis. Journal of Photochemistry and Photobioloby A: Chemistry. Vol. 108 (1997), p. 1-35.

(75) Tayade, R. J.; Surolia, P. K.; Kulkarni, R. G.; Jasra, R. V. - Photocatalytic degradation of

Documentos relacionados