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Considerando:

Que a Fundação Dom Manuel II é uma instituição particular, sem fins lucrativos, de assistência social e cultural, com ações no território português, nos países lusófonos, e nas comunidades portuguesas em todo o mundo;

Também que a Fundação D. Manuel II é uma instituição de nacionalidade portuguesa de carácter perpétuo e dotada de personalidade jurídica;

Ainda que a Fundação D. Manuel II já ministrou diversos cursos de formação profissional e desenvolveu projetos de investigação científica na Guiné-Bissau, a par de outras iniciativas em Timor, Cabo Verde, Angola, Guiné, Moçambique, a Índia de expressão portuguesa bem como nas comunidades portuguesas emigradas no estrangeiro;

A relevante missão que a Fundação D. Manuel II prossegue, em contribuir de um modo mais significativo para a difusão da Língua Portuguesa no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), assim como noutros sectores de grande interesse para os seus países membros, onde se deve incluir a proteção, conservação, valorização, estudo e investigação, promoção e divulgação das memórias sob a temática histórico-cultural e patrimonial essencialmente militar.

O enorme interesse do Exército Português em promover e apoiar o estudo científico, técnico e cultural da coleção histórico e patrimonial essencialmente militar, incluindo as funções de estudo e investigação, inventariação, conservação, restauro e divulgação;

A existência de especialistas militares no Exército Português, qualificados para realizarem as tarefas inerentes àquelas funções.

Assim, entre:

O Exército Português, através da Direcção da História e Cultura Militar, com sede em Palácio dos Marqueses do Lavradio, Campo de Santa Clara, 1149 – 059 LISBOA, como primeiro outorgante, adiante designado por Exército, e representado neste ato pelo Exmo. Major-General João Manuel

Santos de Carvalho, com poderes de representação conferidos nos termos do despacho de 30 de agosto

de 2013, de S. Exª o General Chefe do Estado-Maior do Exército, e a Fundação D. Manuel II, com morada na Rua dos Duques de Bragança, 10, 1200 – 162 LISBOA, como segundo outorgante, e representada neste ato pelo seu Presidente, Sua Alteza Real Dom Duarte de Bragança, é celebrado e reciprocamente aceite o presente Protocolo, nos termos das cláusulas seguintes:

Cláusula 1.ª

(Âmbito e Objeto)

O presente protocolo define as linhas orientadoras e estabelece os princípios e bases de colaboração de cada um dos outorgantes no desenvolvimento das ações que se enquadram nas respetivas missões e atribuições, genericamente em apoio mútuo no âmbito do estudo e investigação, inventariação, conservação, restauro e divulgação do património histórico-cultural e patrimonial essencialmente militar.

Cláusula 2.ª

(Competências do primeiro outorgante) Compete ao Primeiro Outorgante:

1. Diligenciar, junto do Ministério da Defesa Nacional, no âmbito da cooperação técnico-militar, a inscrição de novas medidas e ações de natureza histórico-culturais e patrimoniais essencialmente militares.

2. Colaborar com a Fundação D. Manuel II no projeto de identificação, referenciação e inventariação do património militar português em países abrangidos pela lusofonia.

3. Promover, apoiar e divulgar o estudo científico, técnico e cultural do património essencialmente militar, em colaboração com a Fundação D. Manuel II.

4. Cooperar com a Fundação D. Manuel II, a fim de ser assegurada em conjunto a formação especializada, nas áreas de conservação e restauro da coleção de armaria.

Cláusula 3.ª

(Responsabilidade do segundo outorgante)

Compete ao Segundo Outorgante:

1. Diligenciar, junto das organizações governamentais da lusofonia, entre outras instituições, do domínio público ou privado, as condições necessárias à realização do estudo e investigação, inventariação, conservação, restauro e divulgação dos bens histórico-culturais e patrimoniais essencialmente militares em países abrangidos pela lusofonia.

2. Elaborar, com o apoio do Exército, o projeto de identificação, referenciação e inventariação do património militar português em países abrangidos pela lusofonia.

3. Valorizar e divulgar, em coordenação com o Exército, o estudo científico, técnico e cultural do património essencialmente militar.

4. Cooperar com o Exército, a fim de ser assegurada em conjunto a formação especializada, nas áreas de conservação e restauro da coleção de armaria.

Cláusula 4.ª

(Custos e Encargos)

1. O Exército cede a título gratuito as suas instalações e materiais adequados para a atividade formativa, nas áreas de conservação e restauro da coleção de armaria.

2. O tipo de custos inerentes àquela atividade formativa, nomeadamente o transporte, o alojamento, as ajudas de custo, os seguros e a alimentação ficam sob a responsabilidade do segundo outorgante, ou dos organismos participantes, em coordenação mútua.

3. No caso de se verificarem pedidos de ações de formação ou de restauro no estrangeiro, envolvendo militares ou civis do Exército, aquele mesmo tipo de custos atrás referido deve ser igualmente da responsabilidade do segundo outorgante, ou dos organismos solicitantes, e também em coordenação mútua.

Cláusula 5.ª

(Resolução e Denúncia)

1. As partes obrigam-se a cumprir pontualmente as obrigações assumidas, salvo motivo alheio à sua vontade, devendo comunicar à contra-parte, por escrito, qualquer ocorrência suscetível de influir na execução do presente protocolo.

2. Constitui fundamento de resolução do presente protocolo o incumprimento reiterado de qualquer obrigação prescrita no mesmo, bem como, a ocorrência de factos imputáveis a qualquer das partes outorgantes, que pela gravidade tornem insustentável a manutenção da relação protocolar.

3. Qualquer das partes poderá denunciar unilateralmente o presente protocolo, mediante comunicação escrita e enviada por carta registada com aviso de receção ao outro outorgante, com a antecedência mínima de 60 dias relativamente à data da renovação.

Cláusula 6.ª

(Validade e Vigência)

O presente Protocolo entra em vigor na data da sua assinatura, e é válido durante três anos, considerando-se tacitamente renovado por períodos sucessivos de um ano, salvo denúncia por qualquer dos outorgantes nos termos da cláusula anterior.

Lisboa,19 de setembro de 2013.

Pelo Primeiro Outorgante Pelo Segundo Outorgante

MGen João Manuel Santos de Carvalho SAR Dom Duarte de Bragança

O Chefe do Estado-Maior do Exército

Artur Neves Pina Monteiro, General.

Está conforme:

O Ajudante-General do Exército

Publica-se ao Exército o seguinte: MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL

ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO

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