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01) O que tu entendes por Desenvolvimento Regional? E como tu consideras o município de Sapiranga (desenvolvido ou não desenvolvido, ou em partes)? Quais aspectos? Acredito que o Desenvolvimento Regional esteja conectado com o progresso e evolução de um território, contemplando aspectos voltados à economia, cultura, ambiente e política, da sociedade local. Portanto, gerando qualidade de vida para a sua comunidade e potencializando os indicadores no aspecto econômico e social.

02) Dentro dessa perspectiva qual o papel da UAB? A UAB apresenta importância nesse contexto quando promove a formação acadêmica dos sujeitos. As oportunidades estão abertas para a comunidade local, dessa forma um dos papéis fundamentais, que é o direito à educação para todos, está evidenciado. A partir das reflexões efetivadas no espaço da UAB poderão ser potencializadas ações que culminem em transformações locais, o que por sua vez é uma das características do Desenvolvimento Regional. No entanto, muito ainda temos que caminhar em prol de uma comunidade reflexiva a ativa.

03) Tu crês que de fato a UAB, no Polo de Sapiranga contribui para a diminuição da desigualdade social (reversão da pobreza, inclusão, educação continuada...)? Não a curto a prazo. Penso que esses aspectos são construídos, especialmente, se houverem políticas de governo, as quais construam/mantenham o processo de desenvolvimento nos diferentes setores da sociedade. Sem dúvida a educação está inserida nesses processos como propulsora de uma melhor qualidade de vida econômica, cultural, ambiental.

04) Como tu observas a relação entre município, estado e união no tocante à Universidade Aberta do Brasil?

Percebo que há um longo caminho a ser consolidado no sentido de dar credibilidade à UAB. No que tange a União, há recursos sendo destinados aos projetos e programas de formação propostos pelas diferentes universidades. O município, talvez mediado por força de governança, não estabelece uma relação institucional concreta com o polo, o que do contrário, poderia gerar projetos de formação continuada em consonância e parceria, culminando em ações pontuais e necessárias para o desenvolvimento do município em diferentes e diversos setores. 05) Se possível, dentro das suas perspectivas, como tu vês os anos em que a presença

da UAB se tornou consolidada no município e quais indicativos (aspectos positivos e negativos) desde o início da UAB – Polo de Sapiranga observaste no decorrer do tempo?

Aspectos Positivos:

Um número expressivo de possibilidades de formação no decorrer dos seus 14 anos de existência na cidade. A possibilidade da formação continuada, especialmente para os docentes das redes de ensino do município, pois a UAB promove, através de cinco diferentes universidades federais públicas, cursos de graduação, pós-graduação e extensão, além de Seminários e encontros para discussões; Espaços para formação dos funcionários lotados nas escolas, em diferentes aspectos, aprimorando os serviços prestados à comunidade;

Aspectos a melhorar: Maior visibilidade na comunidade; Eventos em parceria com as diferentes secretarias do município, portanto uma intersetorialidade na busca e divulgação de conhecimentos; Ampliação e utilização do espaço físico pelos profissionais da educação, saúde e administração; Investimento em recursos humanos para ampliar e efetivar as formações em diferentes contextos;

06) Explique quais são os diferenciais da UAB (tanto quanto a outras políticas públicas, quanto ao setor privado)? Entendendo que a educação pública tem, no Brasil, uma história muito recente, penso que o maior diferencial está na possibilidade de formação gratuita e com qualidade para todos os cidadãos, mantendo os cursos da UAB no mesmo patamar qualitativo das universidades privadas.

Qual sua opinião acerca das diferenças entre a modalidade EaD e a presencial, sob os diversos prismas em que possas abordar? EaD = para ser um

aluno da Ead é preciso que haja muita persistência, organização, estudo, rotina, metodologia e pró atividade. Características comuns a quem quer mais e busca o melhor. Portanto, um aluno com este perfil, que inicia e conclui os estudos nessa modalidade tem, com certeza, constituído aprendizagens e apreendido conceitos acerca das suas inquietações. Outra característica importante é a utilização dos diversos recursos para acessar as aulas, seja num computador, tablete, smatphone. O professor poderá utilizar aulas síncronas ou assíncronas, sem questionar o tempo e as variáveis que o interpõem. Atualmente, com as possibilidades da tecnologia da informação e comunicação as aulas na modalidade Ead são cada vez mais evidenciadas

O aluno da modalidade presencial, por sua vez, também apresenta características singulares, mas que por vezes não se adequa ao sistema a distância. O presencial permite maior contato e nem sempre é necessário uma rotina de estudos para além da sala de aula. O deslocamento físico é uma necessidade nessa modalidade, o que, poderá gerar transtornos para os integrantes, devido as intempéries que possam ocorrer.

Particularmente, acredito que ambas as modalidades possam ser conectadas, permitindo que o aluno tenha o contato tecnológico e presencial em momentos distintos e organizados.

07) Em 2019, foi o ano no Brasil em que os cursos de licenciatura tiveram mais alunos ingressantes na EaD do que na presencial. Isso tem sido fonte de várias críticas, tanto negativas, quanto positivas. Qual sua percepção sobre a experiência que teve em relação aos cursos oferecidos pela sua instituição?

Vejo que este é um dado importante e que, a Ead chegou para afirmar- se como modalidade de educação. Quanto aos cursos oferecidos no polo do meu município observamos uma grande procura, maior participação nos processos seletivos, inclusive de pessoas de outros municípios.

08) Nesse sentido ainda, a UAB e o setor privado do EaD têm diferenças exponenciais. Com base na sua experiência, qual a sua visão sobre isso? Tive a oportunidade de atuar como estudante e como tutora nos dois setores (privado e público). Minha percepção é que, a Ead se tornou um nicho de mercado em expansão, portanto, as instituições privadas passam a debruçar-se sobre esse público, abrindo um leque extenso de possibilidades que, por vezes, não traduzem a necessidade e a realidade

local. Eu acredito na educação EaD com responsabilidade, com trocas (virtuais e presenciais), com conhecimento da Instituição Superior envolvida, com professores formados e capacitados para atuarem em cada um dos espaços da EaD; numa gestão com conhecimento e formação para conduzir os trabalhos e direcionar os estudantes de forma concreta e qualificada.

09) Que vantagens a Senhora, ou seja, que as Licenciaturas, bem como demais formações, proporcionaram para o município de Sapiranga ou até mesmo para a região? Temos hoje vários professores formados pela UAB e que atuam nas nossas escolas, atendendo as necessidades do município. Temos professores graduados em matemática, Letras, história, geografia e pedagogia, além de outros tantos com pós graduação. Isso implica em qualidade para a educação municipal, pois permite que o professor sinta-se pertencente a esse meio, desde sua formação inicial.

10) Como tu enxergas o Sistema UAB para o futuro? Já que se trata de uma política pública, quanto a sua continuidade? Ela tem atingido seus objetivos? Espero visualizar um futuro promissor para a UAB no que tange as políticas públicas, pois a sua continuidade depende do discernimento dos gestores e da comunidade educacional. Acredito que a UAB desencadeou um avanço a nível de academia, pois trouxe para perto dos sujeitos a possibilidade de buscar formação. Acredito que, dito isso, a UAB cumpriu um dos seus primeiros objetivos. A partir de agora é preciso enfatizar, potencializar e dar visibilidade a essa proposta, fomentando novas ideias e ideais em colaboração com o poder público e universidade (através dos Polos UAB).

11) Espaço para comentários gerais.

Espero poder ainda atuar e auxiliar no desenvolvimento de uma proposta que potencialize os Polos UAB, na esperança de fomentar a formação continuada dos professores.