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3. NARRATIVAS DAS HISTÓRIAS DE VIDA

3.1. ENTREVISTADA 1

Nasci em Belém do Pará, norte do Brasil. Na minha infância eu morava com minha mãe, minha meia irmã, por parte de mãe, e meu padrasto. Eu não me dava bem com ele desde muito novinha. Teve uma vez que ele tentou abusar sexualmente da minha irmã. Nós dormíamos em rede e numa noite que minha mãe passou fora ele chamou minha irmã para dormir na cama com ele, eu percebi sua maldade e sem que ele notasse deitei na cama também, ele chupou minha perna achando que era a perna da minha irmã. Na manhã seguinte, quando minha mãe chegou ele inventou que eu tentei fazer sexo oral nele e minha mãe acreditou, me deu uma surra, depois da surra me deu um banho de água e sal e me colocou de joelhos em cima de duas tampas de garrafa de cerveja... (risos). É, porque em Belém é assim!

Por causa dessa situação, minha mãe abandonou a casa. Eu contei para ela a verdade e mostrei a marca da chupada dele na minha perna, muito decepcionada ela foi embora e nos deixou, eu e minha irmã com ele. Não aguentei por muito tempo, eu devia ter uns 9 anos de idade11.

Próximo de casa viviam duas mulheres com filhos que precisavam de uma pessoa para cuidar dos filhos delas, como eu precisava de um lugar para morar, fui cuidar das crianças e fiquei morando um tempo com elas. Passou um tempo e essas mulheres mudaram para o interior, eu não fui com elas, estudava ainda e não quis deixar a escola, fiquei sem muitas opções, então, tinha um homem que eu conhecia que tinha uma casa que não usava, pedi a ele que deixasse eu e minha mãe morar na casa, ele deixou. Ele era uma espécie de cliente.

Nessa época eu já me prostituía, lembro a primeira vez que fiz um programa, o cliente tentou me levar no motel, mas precisava de documento, eu não tinha, saímos e fomos para outro que não pedia documentos. Eu sempre fui muito “assanhadinha” desde pequena.

Voltei a morar com a minha mãe nessa casa emprestada. Teve uma vez que duas travestis e um homossexual me assaltaram e me bateram, devia ser rivalidade de

rua mesmo, mas eu conhecia alguns policiais. Eles me viram e perguntaram se eu estava bem, contei para eles o que tinha acontecido e eles começaram a procurar as assaltantes. Achamos elas dentro de uma van... elas tiveram que devolver tudo o que tinham roubado.

Só que duas semanas depois eu conheci um rapaz em uma festa, ele quis me pagar bebida, eu disse que não bebia. Como eu tinha que ir para rua me prostituir tentei me despedir dele e ele me chamou para ir na casa dele, aceitei, eu jamais imaginaria que ele queria fazer maldade comigo. Chegando na casa dele, fui espancada, ameaçada de morte. Ele era amigo das travestis que me assaltaram e cafetão, ele queria dinheiro para não me matar, só que era uma quantia enorme de dinheiro... Não tinha como eu conseguir... fiquei apavorada, até que consegui negociar com ele, menti que levaria o dinheiro para tentar me salvar. Antes de sair da casa ele me bateu mais ainda, eu fiquei quase desfalecida. Ninguém me ajudou, eu estava quase pelada... andando pela rua consegui uma carona e chegando em casa, fui direto para a casa da vizinha, que ficava nos fundos da minha casa, tive medo da minha mãe me ver no estado que eu estava. A vizinha ficou assustada quando me viu, pediu para eu tomar um banho e disse que depois me levaria ao hospital. Implorei para ela não falar nada para minha mãe, mas minha mãe acordou e me viu. Ela quis saber o que tinha acontecido e depois que eu expliquei ela disse que não dava mais para eu morar com ela, que eu deveria ir morar com minha irmã que era casada.

Não gostei muito da ideia, mas não tinha muito o que fazer. Fiquei pouco tempo morando com ela, meu cunhado não servia para nada, nem para comprar comida para os meus sobrinhos, isso me deixava irritada. Não aguentei, descobri duas mulheres para morar, ensinar elas a dançar e cuidar dos filhos, mas o rapaz que namorava uma delas não gostava de mim e sempre que ele ia em casa eu tinha que sair, a situação ficou muito chata e voltei a morar com a minha mãe, porém já decidida a vir para São Paulo. Eu conhecia várias travestis que tinham vindo e me disseram que São Paulo era o lugar de fazer dinheiro.

Estava com 16 anos e uma cafetina de São Paulo me mandou a passagem, minha mãe foi comigo na Rodoviária de Belém se despedir, ela implorou para eu não usar drogas12.

Eu cheguei, não foi exatamente em São Paulo, foi em Santo André, ficava na Industrial13, tinha um monte de meninas por lá. Logo nas primeiras semanas a polícia já me parou, eles queriam meus documentos, eu já tinha sido ensinada como enganar eles; liguei para minha mãe no truque14 e ela disse para o policial que enviaria o dinheiro da passagem de volta. Os policias acreditaram e me deixaram em paz, só que tive que falar com a cafetina, ela não gostou muito da história, me deu duas opções: voltar para Belém ou ir para casa de outra cafetina em Diadema. Sem pensar muito escolhi ir para Diadema, não queria voltar para Belém.

A cafetina de Diadema tinha duas casas, uma no litoral e outra em Diadema, só que ela era mafiosa15, disse para um homem que eu já tinha feito programa que eu gostava de crack... mentira dela, eu nunca tinha usado, mas o cliente me ofereceu uma quantidade boa de dinheiro para usar com ele e eu aceitei, não é todo dia que aparece cliente com dinheiro. Foi a pior coisa que fiz, minha perdição começou neste dia. Depois que experimentei não consegui ficar mais sem.

Teve um dia que a cafetina espancou uma pernambucana porque ela não pagava a diária. Ela cobrava cinquenta reais a diária, se não pagasse iria para conta, se não pagasse a conta, apanhava. Depois deste dia eu quis ir para a casa no litoral, fiquei assustada com a cena que vi.

No litoral eu continuei usando crack, até que veio uma amiga de Belém atrás de mim. Minha mãe percebeu que tinha alguma coisa errada comigo quando a gente se falava por telefone e por isso ela pediu para uma outra travesti descobrir onde eu estava para ir atrás de mim. Quando ela chegou lá nem me reconheceu, eu estava muito acabada de usar crack, usava de dia e de noite, de imediato eu também não a reconheci. Na tentativa de me ajudar ela me trouxe para São Paulo, aqui na Cracolândia. Quando

12 Pergunto novamente a idade para ter noção a respeito do seu transporte, ainda menor de idade, entre

Estados sem a presença dos responsáveis e o envolvimento com a prostituição.

13 Bairro da cidade de São Bernardo do Campo que reúne um número expressivo de profissionais do sexo. 14 Expressão usada pelas travestis para dizer algo semelhante a enganar, mentir ou tirar vantagem. 15 Expressão usada pelas travestis para dizer algo semelhante a ser maldosa ou ser ruim.

cheguei aqui foi pior, no começo eu não usei, mas depois minha situação piorou. Eu nunca fui de ficar dormindo na rua igual aquele pessoal fica, mas eu usava todos os dias. Nessas de usar, conheci uma outra bicha16 que me ofereceu para vender em troca de estadia no hotel, eu aceitei. Comecei a traficar até que um dia a polícia descobriu e veio nos abordar, eu e a outra travesti que morava comigo no hotel. Eu estava com poucas pedras, ela estava com várias e tentou enganar o policial, pelo jeito que estava indo a coisa eu achava que nem seria presa, só que o policial ficou muito revoltado que ela tentou enganar ele e levou nós duas.... Fiquei presa 4 anos e 8 meses!

Logo nos primeiros meses que fiquei no presídio queria trocar de penitenciária, a que eu estava era muito ruim para as travestis, mas o carcereiro não quis me dar ouvidos, eu sem muita paciência cuspi no rosto dele, para que? Apanhei um monte e fiquei sete dias no castigo17. Depois disso, minha vida dentro do presídio virou um inferno, eles encrencavam comigo em tudo. Meus braços são todos marcados18, certa altura eu tinha que cortar meus braços para mostrar para eles que se eu era capaz de fazer isso comigo eu seria capaz de fazer coisas piores com eles, só assim para eles não me baterem.

Uma coisa boa que aconteceu na cadeia foi eu não ter usado crack. Lá dentro tem todo tipo de droga, mas o crack deixa a gente doidinha, qualquer hora vira um e passa a faca em você, por isso eu não usei, não vou mentir, eu só usei maconha e cigarro, os dois eu não consegui parar.

Teve uma vez que meu silicone injetável inflamou todo e eu tive que ficar pelada na frente de todos para eles acreditarem e me atender. Queriam me levar para um hospital que eu sei que as bichas quando vão para lá são amputadas, eu protestei, não queria aquele hospital, queria a medicação para desinflamar. Tive que negociar porque eles disseram que não tinham a medicação e iam ter que comprar, falei que pagava quando saísse e eles aceitaram. Tomei a injeção e fiquei boa, imagina se tivessem me levado para o hospital!

Dentro do presídio eu descobri que existem regras próprias, as facções mandam lá dentro e os agentes penitenciários estão a serviço deles, ficam o dia todo na internet

16 Eventualmente ela chama outras travestis de bicha, sem que isso seja de forma pejorativa.

17 Castigo é o nome popular para a cela chamada solitária. 18 Ela exibe seus braços com várias cicatrizes.

vendo preço das coisas para negociar com os bandidos. As travestis não podem deitar com os homens, se isso acontecer o homem tem que ir para a cela das bichas.

Com relação ao meu cabelo eu até estranho... eles não cortaram muito, foram só duas vezes, uma quando cheguei e outra quando a psicóloga arrumou um trabalho para mim. Essa história é boa! A psicóloga organizou uma festa para juízes e promotores e eu ajudei na festa, dancei, gostava muito de dançar, ela ficou muito grata com minha ajuda na festa e acelerou o meu processo para o regime semiaberto.

No tempo que passei no presídio a mãe de uma travesti que eu conhecia foi visitar ela e eu implorei para ela avisar a minha mãe que eu estava viva, já tinha um tempo que eu não conseguia mais contato, eu perdi o número dela e nem sabia nem se ela estava viva. Depois que saí do presídio fui descobrir que ela não deu o recado, não sei por que fez isso, mas o fato é que o tempo todo que fiquei presa não tive e não dei noticia nenhuma para minha mãe.

Consegui cumprir a minha pena e sai na condição de ir no Fórum assinar por alguns meses; depois que saí do presídio tirei meus documentos a primeira vez na vida, nunca tinha tirado um RG, CPF... nada, eu nunca tive documentos19. Mas para tirar esses documentos foi difícil porque eu precisava da minha certidão de nascimento, só que eu não sabia que cartório eu tinha sido registrada. Como eu vim morar aqui no centro depois que saí do presídio um cliente me deu o telefone de todos os cartórios de Belém e eu fui ligando de um em um, mas não consegui, até que tive a maior surpresa. Uma travesti conhecida minha lá da minha cidade, soube que eu tinha saído do presídio, sabia que minha mãe estava atrás de mim passou o meu telefone para minha mãe e ela me ligou20... (choro). Não gosto nem de lembrar deste dia, quase morri de tanto chorar, fazia anos que não falava com minha mãe, ela achava que eu tinha morrido. Através desse contato com ela consegui minha certidão de nascimento e consegui tirar meus documentos.

Eu acho que vou visitar a minha mãe, estou com saudades, mas fico preocupada com o calor, Belém é muito quente e lugar quente deixa minha pele queimando e vermelha por causa do silicone e vou colocar as próteses também, estou

19 Nesse momento ela se levanta sorridente e pega uma pasta para me mostrar seus documentos. 20 A entrevistada se emocionou bastante ao lembrar-se do dia que retomou o contato com a mãe

guardando dinheiro... depois que colocar meus peitos eu vou21, mas vou para ficar uns três meses apenas, eu não acostumo mais com o calor de lá. O bom é que agora a gente se fala por telefone.

Eu tenho muita vontade de trabalhar, ser igual às pessoas, voltar a estudar. Eu trabalho nem que seja de faxineira, qualquer coisa. Quero sair da prostituição, já foi o tempo que prostituição dava dinheiro aqui em São Paulo.

Acho que a última coisa que queria te contar22 foi uma vez que um cliente quis me fazer maldade, me chamou para usar droga com ele e na hora de pagar o programa ele se recusou, brigamos, mas eu não sei brigar, então quebrei o carro dele e ele me colocou para fora. Um outro rapaz me viu e se ofereceu para me ajudar, ajudar nada, ele queria fazer maldade também, perguntou o preço do meu programa, eu disse e fomos para casa dele, chegando lá ele se transtornou, me forçou a beber uma bebida e me espancou, depois de me bater ele me mostrou várias fotos de travestis mortas, que ele tinha matado... eu pensei que iria morrer, fiquei muito assustada. Ele me deixou no quarto e foi tomar banho, falou que iria tomar banho e depois que transássemos ele me mataria, mas que não adiantava eu fugir, ele iria me achar. Ouvia a voz da minha mãe dizendo: “corre, foge!” Foi o que eu fiz, para minha sorte ele deixou a porta aberta, saí correndo até achar uma casa em que pudesse pedir socorro, eu estava em pânico, tive a certeza que tinha chegado minha hora de morrer. Dois caras abriram a porta e depois que eu contei a história eles chamaram a polícia. Como era de madrugada e a casa do cara era muito escondida não conseguimos achar, voltei para casa e por causa disso eu não saio com japonês em hipótese alguma, o rapaz que tentou me matar era japonês, eu criei um trauma.

Era isso o que eu tinha para falar, minha vida não foi fácil, mas falar dela ajuda um pouco, às vezes a gente não conversa com ninguém.23

21 A cirurgia para colocação das próteses mamárias já estava marcada para algumas semanas após a

entrevista e tive notícias, dela mesmo, que correu tudo bem.

22 Ela começou a ter maiores pausas na fala, questionei se havia mais alguma coisa que ela gostaria de

dizer antes de terminarmos.

23 Questiono se ela se sente contemplada contando tudo o que queria e se havia gostado de falar da sua

3.2. ENTREVISTADA 2

Bom, meu nome é Vanessa, tenho 24 anos, nasci no interior de São Paulo, tenho três irmãos, sendo uma mulher casada, um homem casado e uma menina de sete anos. Logo depois do meu nascimento meus pais se mudaram para outra cidade e lá construíram um barraco de madeira em um terreno ocupado. Nós éramos muito pobres, meu pai era pedreiro e minha mãe empregada doméstica. Hoje eles moram no mesmo lugar, disseram que a casa já é de alvenaria e tem documentação; desde que saí de lá não voltei.

Muito novinha eu já me sentia diferente, era afeminada e por ser trans meu pai me agrediu muito, apanhei várias vezes porque estava usando calcinha da minha mãe, transformando shorts em saia e outras coisas de criança. Eu sei que não é o corpo que faz uma mulher, mas eu quero por prótese de mama para me sentir mais completa, tudo o que eu tenho de corpo foi por causa de hormônio. Na época de criança minha mãe chegou a me levar na psicóloga para tratar a minha sexualidade, eu ficava desenhando lingerie... (risos).

Meus pais tinham muito preconceito comigo. Minha mãe teve que sair de casa comigo várias vezes por causa do meu pai, mas ela sempre tinha que voltar, não iria desfazer a família por minha causa. Meu pai me bateu demais. Meu irmão jogava pedra em mim e dizia que não queria irmão viado.

Me assumi trans com quatorze anos e já comecei na prostituição, mas eu acho que já nasci assim, ninguém me ensinou a ser trans. Eu não conhecia nenhuma travesti, nem na TV, mas desde criança eu tinha gostos de mulher, vontades de mulher. Fui para prostituição porque na minha cidade não tinha muito o que uma travesti fazer. Eu era bolsista na Cia. de Dança, eu amava dançar, era libertador, esquecia de tudo quando dançava. Na escola tinha jazz, ballet e hip hop. A professora de ballet me aceitava, mas não deixava eu fazer os passos de menina como ficar na ponta do pé, esse passo é de mulher. Por mais que ela me aceitava, um rapaz que era do corpo de baile me agrediu fisicamente, só porque eu estava olhando, só por ser travesti. Depois deste dia eu não quis mais ir. Não tinha muito o que fazer, alguém iria acreditar em uma travesti? Então parei, não fui mais para dança, sobrou apenas a prostituição. Nessa época eu já tinha parado de estudar.

Fiquei na minha cidade até os dezoito anos, lá conheci uma bicha que me chamou para vir para São Paulo, eu aceitei, ela disse que eu poderia ficar na casa da família dela, só que não era verdade. Chegando aqui, na Zona Leste, a família dela não me aceitou, comecei a ficar na rua a partir de então. Fiquei um tempo por lá, comecei a usar drogas, mas me disseram que o centro era melhor. Sem saber muito bem como chegar, vim andando até o centro e cheguei na Luz.

Na Luz eu fui bem recebida, não estranhei muito, eu tinha um dinheiro e já cheguei comprando pedra, desse jeito todos acharam que eu tinha dinheiro, talvez por isso que fui bem aceita. Eu confesso que estou lutando para sair, o crack é vicioso.

Deixa eu contar, a Luz ao mesmo tempo que foi acolhedora é um cenário horrível, aquela sensação de que a qualquer momento alguém pode te ferir. Quando a gente usa achamos que estão nos perseguindo e por isso ninguém quer ficar por perto depois do uso. Lá eu já vi muita gente morta, muita gente puxando faca um para o outro, mas também tem muita risada, quando uma bicha tem problema se juntam todas e caem para cima24. Teve vezes de ficarmos só olhando o nóia25 todo se contorcendo e dando risada. Sabe, na minha vida eu sofri muita violência, só por ser travesti.

Eu me prostituía para pagar meu vício, fiz isso até entrar no Projeto Transcidadania. Cliente é o que mais tem no centro de São Paulo, se você for qualquer hora do dia ou da noite vai aparecer uma maricona para fazer programa e tem vários hotéis na região, bem baratinhos. No paredão da Luz não tem que pagar para nenhuma cafetina, lá é livre e tem cliente para todas.

Atualmente eu tenho ajuda profissional com a equipe do Transcidadania e do CRD, além da igreja inclusiva, quero deixar as drogas. A prostituição eu já deixei, quero começar a viver, porque prostituição não é vida, o pior da prostituição é você deitar cada dia com uma pessoa diferente e estar exposta a tudo, sem contar que tem alguns clientes que não pagam, só querem fazer maldade com a bicha.

No tempo que fiquei na Luz, tive algumas amigas, mas confiar em travesti é a pior coisa que alguém pode fazer. Não sei onde estão minhas amigas hoje, sumiram, podem estar mortas, presas, não sei que fim que deram.

24 Expressão usada para dizer que brigam fisicamente.

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