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CONDIÇÃO SOCIO- ECONÓMICA NÍVEL ACADÉMICO CONHECIMENTOS/ DOMÍNIO DA TECNOLOGIA 1, 2, 4, 6 12-26 anos M/F Grandes centros urbanos, Litoral

Não refere Não refere Não refere

3 15-20

M/F -

mais o F

Litoral/Sul Não refere Não refere São necessários

6, 7 12-26 anos M/F Todo o território nacional Que permita ter PC e ligação à Internet

Não refere Não refere

8 12-26

anos M/F

Todo o território nacional

Não refere Não refere Não refere

9 14-35

anos

M/F -

mais o M

Não existem muitos estudos científicos disponíveis especificamente relacionados com este tema225. No que toca à utilização de Telemóveis/SMS, as próprias Operadoras Móveis Portuguesas devem ter dificuldades em obter dados, já que grande parte dos seus clientes utilizam os serviços pré-pagos/carregamento, o que não lhes permite ter o controlo absoluto das informações relativas a cada utilizador, como me foi explicado (por e-mail) por Filipe Barbosa Múrias, responsável pela equipa de certificação de terminais da Optimus e por Susana Resende, do Departamento e Comunicação Institucional da TMN (empresas de comunicações móveis portuguesas). Todavia, num documento que me foi fornecido pela própria TMN (através da pessoa mencionada anteriormente) faz-se referência a um perfil dos maiores utilizadores de SMS226:

Podemos adiantar que até 2002, considerávamos clientes “heavy users” do serviço de mensagens escritas da TMN essencialmente jovens, adolescentes, destacando-se as mulheres mais jovens e estudantes. A seguir a este segmento, destaca- se a faixa etária dos 25 anos aos 35 anos, sobretudo nas zonas urbanas.

Este perfil parece ser confirmado pelos dados obtidos por BAPTISTA, BALTAZAR

e MENDES (2006ª,b e c)que foram anteriormente relatados (C.f., igualmente, com a nota

de rodapé nº227).

O pormenor de serem mais as mulheres a enviarem SMS’s é confirmado por um estudo levado a cabo pela Multidados em parceria com a Mobyle Soft Systems e noticiados em diversos órgãos de imprensa nacionais227 e que salienta serem as mulheres entre os 26 e os 34 anos quem mais escreve e envia SMS’s228, como é relatado no artigo publicado no sítio da RTP (s.a., 2004):

Quanto ao perfil dos utilizadores, o estudo permite concluir que a maior parte são do sexo feminino (53,1 por cento), tem entre 26 e 34 anos (40,7 por cento), são estudantes (30 por cento) e vivem na região da Grande Lisboa (30,4 por cento).

225Pelo menos que eu conheça e que se refiram especificamente à situação portuguesa, a não ser os mencionados

neste trabalho e, mais especificamente, no início deste Capitulo.

226Susana Resende considera que estes dados, ainda que relativos a 2002, estão, ainda, actualizados. O documento

enviado por esta funcionária da TNM não tem indicações bibliográficas, mas é uma entrevista a um alto responsável desta empresa, que será incluída nos anexos deste trabalho, com a indicação de ter sido fornecida pela própria TMN, merecendo, por essa razão, credibilidade suficiente para que os dados que inclui sejam mencionados neste trabalho.

227Este estudo não está, todavia, disponível para consulta, pelo que os dados mencionados são os que se compilaram

através das leituras dos citados artigos de imprensa, que são mencionados na Bibliografia deste trabalho e constam dos seus anexos, nomeadamente os que foram retirados do Jornal de Notícias, TVI, RTP, Semana Informática, Diário

de Notícias, Sapo.pt, Agência Lusa, Diário dos Açores, telemóveis.com, Observatório da Sociedade da Informação e

Conhecimento.

228Interessante é o facto de no estudo de L

ENHART, MADDEN e HITLIN (2005: 05) também se mencionar o facto de as

Este facto é bastante interessante e poderá ter uma relação directa com o que SKOG (KATZ e AAKHUS, 2003: 268) refere no seu estudo: que tanto o telemóvel, como o

computador não são tecnologias associadas ao uso dos músculos (ou seja, da força bruta), à destreza manual e aos ambientes exclusivamente masculinos, pelo que as mulheres desenvolveram competências e conhecimentos que lhes permitem ocupar estes lugares nas estatísticas dos utilizadores. Aliás, o mesmo investigador refere que 75% das raparigas norueguesas considera que a possibilidade de enviar SMS é um dos “factores importantes” no uso dos telefones móveis (SKOG in KATZ e AAKHUS, 2003:

262), contra, apenas 62% dos rapazes.

Igualmente, a ideia de que é no Litoral e zonas urbanas que se concentra a maioria dos utilizados do “chatês” pode estar correcta, se tivermos em consideração dados do mesmo estudo, mencionados num artigo publicado na Semana Informática (DÂMASO, 2005):

A maioria dos utilizadores (30,4%) pertence à região da Grande Lisboa, 21,7% ao litoral, 20,1% à região do Grande Porto, enquanto 10,3% habitam no interior Norte, 8,1% no litoral centro, 7,5% na zona Sul e 1,9% nas ilhas.

Acredito, ainda, que, apesar de serem as pessoas entre os 26 e os 34 anos (logo seguidos dos que têm entre 19 e 25 anos) que mais usam telemóvel229, a idade mínima dos utilizadores de “chatês”, nomeadamente a que foi apontada pelas pessoas entrevistadas para este trabalho – 12 anos –, terá, a médio prazo, tendência a descer. Faço esta afirmação com base no seguinte facto: desde Fevereiro de 2006 que exerço funções de Técnica Superior na Câmara Municipal de Silves, sendo responsável pelo Sector de Juventude desta Autarquia; nessa qualidade, tenho a responsabilidade de orientar/controlar um Espaço Internet, que está diariamente aberto ao público e permite a utilização gratuita da rede a todos os que por ali passarem. Tenho, por isso, observado o tipo de população que procura este serviço e posso afirmar que os dados de que disponho (embora não tratados estatística/cientificamente) apontam para a existência de um grupo cada vez mais significativo de crianças (na casa dos 8-10 anos) a utilizarem, nomeadamente, o MSN.

229 Dados do estudo levado a cabo pela Multidados em parceria com a Mobyle Soft Systems, mencionado

anteriormente e que podem ser corroborados pelo facto de aumentar a percentagem de possuidores destes aparelhos à

medida que a faixa etária sobe, como se relata em BAPTISTA, BALTAZAR e MENDES (2006), ao afirmar-se que entre os

11-13 anos 88% dos jovens tem telemóvel; entre os 14-16 anos 94% tem telemóvel e entre os 17-19 anos 97% tem