• Nenhum resultado encontrado

O domínio (2b) caracteriza-se peça deformação de 10 % no aço tracionado

e a deformação de compressão no concreto variando de

a

. Sendo o diagrama

de deformação e o posicionamento da linha neutra expressos na Figura 5.4.

Figura 5.4: Diagrama de deformação da peça de concreto armado no domínio (2b)

O equacionamento do funcionamento estrutural no domínio (2b) ocorrerá

para duas configurações da armadura de aço, sendo a primeira para duas camadas

e a segunda para três camadas. Estas duas configurações conforme as Figuras 4.2

e 4.3. A profundidade relativa da linha neutra

será adotada por simplificação igual

ao limite

57

5.2.1. EQUAÇÕES PARA A CONFIGURAÇÃO DE 2 CAMADAS DE

ARMADURA

Para o domínio em questão tem-se a armadura

comprimida e a

armadura

tracionada. No centro de gravidade o esforço normal resistente de

cálculo tracionando a seção e o momento fletor resistente tracionando a face sob

armadura

, conforme Figura 5.5.

Figura 5.5: Forças e Esforços resistentes no domínio (2b) para 2 camadas de armadura

Considerando-se as resistência nas armaduras e a resistência à compressão

no concreto. Os esforços solicitantes nas armaduras e na zona comprimida de

concreto são definidos por:

=

.

= �

.

= � .

.

.

. . −

Aplicando as condições de equilíbrio na seção de concreto armado da Figura

5.5, obtem-se as equações em esforço normal e momento fletor expressas por:

=

− +

58

Baseado na seção apresentada na Figura 5.5 é notório que

=

. , . ℎ −

, dividindo-se a equação (5.15 b) pela altura da seção ℎ e considerar

uma relação entre a altura e a distância entre a face esterna e o centro de

gravidade da armadura comprimida

, conforme:

ℎ −

. = . . − . .ℎ −

ℎ .

Onde:

=

, . ℎ −

Dividindo-se a equação (5.16) por

. ℎ. � .

e considerando os esforços

normal e momento fletor adimensionais, tem-se:

− . =

. ℎ. � ..

. −

. ℎ. � .

. .ℎ −

ℎ .

Onde:

=

. ℎ . � .

=

. ℎ. � .

Aplicando-se as equações (5.14 a – c) em (5.17) e utilizando a simetria nas

armaduras e uma taxa de armadura total, tem-se a equação governante da referida

taxa de armadura para toda a seção em função dos esforços solicitantes

adimensionais e .

� =

− .

+ [( . ℎ ). .ℎ −

ℎ ] .

Onde:

� =

+

. � .

59

A posição da linha neutra

relativa a altura útil , conforme apresentado

na Figura 5.4, será expressa através de semelhança de triângulos relacionando a

deformação do concreto

e a deformação do aço

=

% :

=

+ % .

Relevante se faz observar a equivalência:

ℎ −

= ℎ .

.

Aplicando na equação (5.18 a) a equivalência da equação (5.18 b) e a

propriedade geométrica

= ℎ −

, obtem-se a posição da linha neutra

em

relação a altura total da seção.

ℎ =

ℎ .

+ % .

Sendo ressaltante que na retangularização do diagrama de tensão no

concreto, a profundidade de atuação da compressão valerá em função da

profundidade da linha neutra

= .

, logo a posição relativa a altura total da

seção vale:

ℎ = . ℎ = .

ℎ .

+ % .

Para análise do esforço normal adimensional limite será considerada a

resistência do concreto. Dividindo-se a equação (5.15 a) por

. ℎ.

e

desprezando-se a parcela da contribuição da armadura, uma vez que a

caracterização do domínio (2b) é a ocorrência da deformação máxima no concreto

de

. Substituindo-se também a equação (5.14 c), tem-se o limite máximo de

variação do esforço adimensional para o domínio em análise. Observando-se que o

limite mínimo será o limite máximo do domínio (2a), apresentado no Quadro 5.1.

. ℎ .

Para as variadas classe de resistência do concreto em função das relações

=

os valores máximos para o esforço adimensional no domínio (2b) são

60

informados no Quadro 5.2. Sendo os valores de

e apresentados nas equações

(2.1 c) e (2.1 a), respectivamente.

Quadro 5.2: Valores máximos de em relação a classe do concreto e a relação para o

domínio (2b)

= ,

= ,

= ,

= ,

0,196

0,187

0,176

0,165

0,178

0,169

0,159

0,149

0,164

0,155

0,147

0,138

0,148

0,140

0,132

0,125

0,143

0,135

0,128

0,121

0,137

0,129

0,122

0,116

Na equação (5.18) a taxa de armadura � é apresentada como uma função

dos esforços adimensionais ( e ), isto além da posição relativa da linha neutra

e a profundidade minorada

. A problemática consiste em variar a seção no

intervalo do domínio (2b), para tanto se faz necessário obter a função que

correlacione a profundidade relativa

com o esforço adimensional .

Para determinar a função

deve se recorrer a Figura 5.4 e considerar

que para a profundidade

=

, no início do domínio, equivale a

=

apresentado na equação (5.5 c) e conseguinte

=

apresentado na equação

(5.6). Para o limite do domínio (2b) a profundidade relativa é apresentada na

equação (5.18 c) e na equação (5.19). Impondo uma função linear, obtem-se:

= .

Aplicando as equações (5.20) e (5.18 d) na equação (5.18) é obtida a taxa

de armadura � em função dos esforços adimensionais ( e ). Impondo ainda que

=

.

61

5.2.2. EQUAÇÕES PARA A CONFIGURAÇÃO DE 3 CAMADAS DE

ARMADURA

Para o domínio de deformação em análise tem-se a armadura

comprimida e a armadura

tracionada. No centro de gravidade o esforço normal

resistente de cálculo tracionando a seção e o momento fletor resistente tracionando

a face sob armadura

, conforme Figura 5.6.

Figura 5.6: Forças e Esforços resistentes no domínio (2b) para 3 camadas de armadura

Considerando-se as resistência nas armaduras e a resistência à compressão

no concreto. Os esforços solicitantes nas armaduras e na zona comprimida de

concreto são definidos por:

=

.

= �

.

= � .

= � .

.

.

. . −

Aplicando as condições de equilíbrio na seção de concreto armado da Figura

5.6, obtem-se as equações em esforço normal e momento fletor expressas como:

=

− −

+

62

Baseado na seção apresentada na Figura 5.6 é notório que

=

. , . ℎ −

, dividindo-se a equação (5.23 b) pela altura da seção ℎ e considerar

uma relação entre a altura e a distância entre a face esterna e o centro de

gravidade da armadura comprimida

, conforme:

ℎ −

. = . . +

. − . .ℎ −

ℎ .

Onde:

=

, . ℎ −

Dividindo-se a equação (5.24) por

. ℎ. � .

e considerando os esforços

normal e momento fletor adimensionais, tem-se:

− . =

. . +. ℎ. � .

.

. ℎ. � .

. .ℎ −

ℎ .

Onde:

=

. ℎ . � .

=

. ℎ. � .

Aplicando-se as equações (5.22 a – d) em (5.25) e utilizando a simetria nas

armaduras e uma taxa de armadura total, tem-se a equação governante da referida

taxa de armadura para toda a seção em função dos esforços solicitantes

adimensionais e . E com base na análise procedida no item 5.1.2, tme-se a taxa

de armadura para a seção:

� = . (

− .

) + . [( . ℎ ). .ℎ −

ℎ ] .

Onde:

� =

+

+

. � .

63

A posição da linha neutra em relação a altura total da seção será a mesma

expressa na equação (5.20), pois depende apenas das relações de deformação

máxima do concreto e do aço neste domínio.

O mesmo se verifica no limite de atuação do esforço normal adimensional

expresso na equação (5.21).

Análogo ao procedido para obter a taxa de armadura � em função de e

na equação (5.21), pode-se compor a referida taxa de armadura para três camadas,

por:

� = . (

− .

) + . [ .

− ] .

Documentos relacionados