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P ercepções e Opiniões de Conselheiro Tutelares sobre o Caso C Luana mora com a mãe e o padrasto e três irmãozinhos

III RESULTADOS

III.6. P ercepções e Opiniões de Conselheiro Tutelares sobre o Caso C Luana mora com a mãe e o padrasto e três irmãozinhos

Ela tem 16 anos e namora Edu desde os 12 anos Agora que Edu fez 18 anos, ela quer engravidar e ir morar com ele

Caso situações como essa (C) chegassem ao Conselho Tutelar seriam, conforme os entrevistados, em sua maioria, encaminhadas por pais (33,8%), ou só mães (12,5) e outros familiares (20,0%) ou vizinhos (10,0%):

Obs – percentuais não cumulativos 33,8 12,5 0,0 7,5 20,0 7,5 7,5 1,3 3,8 5,0 10,0 5,0 1,3 1,3 2,5 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 Pais Mãe Pai /responsáveis Familiares Escola Denúncia anônima Padastro Tios Saúde Vizinho Os próprios adolescentes A comunidade vó Amigos

75 Com relação ao desrespeito/prejuízo legal gerado aos envolvidos alegaram que a situação não gera tal prejuízo, embora possa gerar outros problemas como prejudicar os estudos (5,0%). Para aqueles que acreditam que implique em prejuízo legal aos envolvidos, foram salientados o fato de ainda serem adolescentes e prejudicar o estudo de ambos:

Tabela 12 – Consideram que o Caso apresenta prejuízo ou desrespeito legal aos envolvidos? (Questão C2)

Masculino Feminino não resp Total

n % n % não resp % n %

A- Não (não especificou o motivo) 11 42,3 20 37,7 1 100 32 40,0

B- Não, pois não vai contra a lei 1 3,8 2 3,8 0 0 3 3,8

C- Não, mas prejudica os estudos 0 0 4 7,5 0 0 4 5,0

D- Se a menina pode tirar título e trabalhar, não

há probl. 0 0 1 1,9 0 0 1 1,3

E- Não, mas é cedo para ter filhos 0 0 2 3,8 0 0 2 2,5

F- Não, pois ela é maior de 16 anos 0 0 1 1,9 0 0 1 1,3

G- Não, porque é livre vontade e consenso 0 0 1 1,9 0 0 1 1,3

H- Não, mas deve haver algo errado na família

para ela querer sair de casa 0 0 1 1,9 0 0 1 1,3

I- Não, desde que haja consentimento da família 2 7,7 1 1,9 0 0 3 3,8 J- Não, porque o tempo de relacionamento é

longo 0 0 1 1,9 0 0 1 1,3

K- Depende de terem consciência da respons.

que arcarão 1 3,8 0 0 0 0 1 1,3

Sub-total "Não" 15 57,7 34 64,2 1 100,0 50 62,5

L- Tem dúvida 0 0 2 3,8 0 0 2 2,5

M- Sim, porque são menores de idade 1 3,8 1 1,9 0 0 2 2,5

N- Sim (não especificou o motivo) 3 11,5 4 7,5 0 0 7 8,8

O- Sim, pois é muita responsabilidade 1 3,8 2 3,8 0 0 3 3,8

P- Sim, gera constrangimentos 0 0 1 1,9 0 0 1 1,3

Q- Sim, porque não têm maturidade 2 7,7 2 3,8 0 0 4 5

R- Sim, o Estado não atende demandas

singulares deles 0 0 1 1,9 0 0 1 1,3

S- Sim, para a menina que poderia ficar sem apoio do parceiro, caso ele não assumisse a paternidade

1 3,8 0 0 0 0 1 1,3

T- Sim, pois afeta os estudos 0 0 3 5,7 0 0 3 3,8

U- Sim, pois prejudica os planos para o futuro 0 0 2 3,8 0 0 2 2,5

Sub-total "Sim" 8 30,8 16 30,2 0 0,0 24 30,0

76 Salienta-se na argumentação 1,3% dos conselheiros que referiram (DSC S) preocupação específica com a adolescente que gestaria devido à possibilidade da mesma ficar sem apoio do parceiro pai da criança.

Esses discursos do caso C foram emitidos pelos conselheiros com o seguinte perfil:

Quadro 3: Perfil de Conselheiros Tutelares conforme Categoria de Discurso Emitido Caso C, Questão C2

DSC C2 – Tipos de Discurso Perfil do Pesquisado

A- Não (não especificou o motivo)

Conselheiros, em sua maioria em primeiro mandato (80,6%), na maioria das vezes mulheres (61,3%), na faixa etária de 40 a 59 anos (74,2%), a maioria com ensino superior (61,3%), em sua maioria psicólogas e assistentes sociais (45,0%). B- Não, pois não vai contra a lei

Conselheiros que já tiveram mandato (100,0%), que acreditam que adolescentes deveriam ter mais autonomia (100,0%), na faixa etária de 40 a 59 anos (100,0%), pedagogos (100,0%).

C- Não, mas prejudica os estudos

Conselheiros, em sua maioria em primeiro mandato (75,0%), na faixa etária de 30 a 49 anos (100,0%), a maioria com ensino superior (75,0%), com filhos na faixa etária de 18 a 25 anos (100,0%).

D- Se a menina pode tirar título e trabalhar, não há probl.

Conselheiros em primeiro mandato (100,0%), mulheres (100,0%), a maioria com ensino superior (75,0%).

E- Não, mas é cedo para ter filhos

Conselheiros em primeiro mandato (100,0%), mulheres (100,0%), na faixa etária de 40 a 49 anos (100,0%), com ensino superior (100,0%), pedagogas (100,0%), com filhos na faixa etária de 18 a 25 anos (100,0%).

F- Não, pois ela é maior de 16 anos Conselheiros que já tiveram mandato (100,0%), mulheres (100,0%), com ensino superior (100,0%)

G- Não, porque é livre vontade e consenso

Conselheiros em primeiro mandato (100,0%), mulheres (100,0%), na faixa etária de 40 a 49 anos (100,0%), com ensino médio (100,0%), com filhos na faixa etária de 18 a 25 anos (100,0%).

H- Não, mas deve haver algo errado na família

para ela querer sair de casa Perfil indiferente.

I- Não, desde que haja consentimento da família Conselheiros em sua maioria mulheres (75,0%), na faixa etária de 30 a 39 anos (100,0%), a maioria com ensino médio (75,0%), metade sem filhos (50,0%). J- Não, porque o tempo de relacionamento é

longo

Conselheiros em primeiro mandato (100,0%), mulheres (100,0%), na faixa etária de 40 a 49 anos (100,0%), a maioria com ensino superior (100,0%), que acreditam que adolescentes deveriam ter mais autonomia (100,0%).

K- Depende de terem consciência da respons. que arcarão

Conselheiros em primeiro mandato (100,0%), mulheres (100,0%), com ensino médio (100,0%).

L- Tem dúvida Conselheiros em primeiro mandato (100,0%), mulheres (100,0%), com ensino médio (100,0%), com filhos acima de 25 anos (100,0%).

M- Sim, porque são menores de idade Conselheiros em primeiro mandato (100,0%), na faixa etária de 50 a mais anos (100,0%), com filhos na faixa etária adulta, acima de 18 anos (100,0%).

N- Sim (não especificou o motivo)

Conselheiros a maioria com ensino superior (66,7%), metade com formação em Direito (50,0%), com filhos na faixa etária adulta, acima de 18 anos (66,7%), que em sua maioria acreditam que adolescentes deveriam ter menos autonomia (66,7%).

O- Sim, pois é muita responsabilidade Conselheiros em primeiro mandato (100,0%), com formação em Direito (100,0%), com filhos acima de 25 anos (100,0%).

77 P- Sim, gera constrangimentos

Conselheiros que já tiveram mandato (100,0%), mulheres (100,0%), com ensino superior (100,0%), sem filhos (100,0%), que em sua maioria acreditam que adolescentes deveriam ter menos autonomia (100,0%).

Q- Sim, porque não têm maturidade Conselheiros que em maioria já tiveram mandato (75,0%), com filhos na faixa etária adulta, acima de 18 anos (100,0%). R- Sim, o Estado não atende demandas

singulares deles

Conselheiros que já tiveram mandato (100,0%), mulheres (100,0%), na faixa etária de 50 a 59 anos (100,0%), com ensino superior (100,0%) e que em sua maioria acreditam que adolescentes deveriam ter mais autonomia (100,0%). S- Sim, para a menina que poderia ficar sem

apoio do parceiro, caso ele não assumisse a paternidade

Conselheiros em primeiro mandato (100,0%), homens (100,0%), na faixa etária de 30 a 39 anos (100,0%), sem filhos (100,0%) e que em sua maioria acreditam que adolescentes deveriam ter menos autonomia (100,0%).

T- Sim, pois afeta os estudos Conselheiros que já tiveram mandato (100,0%), na faixa etária de 30 a 39 anos (100,0%), sem filhos (100,0%).

U- Sim, pois prejudica os planos para o futuro Conselheiros em primeiro mandato (100,0%), mulheres (100,0%), na faixa etária de 30 a 49 anos (100,0%) , psicólogos (100,0%).

OBS - ranking sobre autonomia baseado na média de opiniões sobre idade para fazer sexo, consumir bebidas alcoólicas, e residir sozinho.

Nesse sentido, a atitude do Conselho Tutelar frente ao Caso C deveria ser:

Tabela 13 – Se Conselho Tutelar deveria tomar uma atitude? Qual seria? (Questão C3)

Masculino Feminino não resp Total

n % n % n % n %

A - Não (não especificou o motivo) 11 42,3 14 26,4 1 100 26 32,5

B - Não, a responsabilidade cabe só à família 2 7,7 4 7,5 0 0 6 7,5 C - Não, eles já namoram há anos e é normal na

idade 0 0 1 1,9 0 0 1 1,3

D - Esclarecer sobre a lei, que exige consentimento

dos responsáveis 0 0 1 1,9 0 0 1 1,3

E - Orientar em relação à importância dos estudos,

para que não sejam interrompidos 1 3,8 0 0 0 0 1 1,3

F - Orientar/aconselhar (em geral, não especificado

quem e nem como) 5 19,2 7 13,2 0 0 12 15

G - Sim, orientar/aconselhar os adolescentes 2 7,7 10 18,9 0 0 12 15

H - Sim, orientar/aconselhar a família 5 19,2 7 13,2 0 0 12 15

I - Sim, encaminhar para serviços de saúde 0 0 2 3,8 0 0 2 2,5

J - Sim, encaminhar para acompanh. ginecológico 0 0 3 5,7 0 0 3 3,8

K - Orientar sobre cuidados e saúde 1 3,8 1 1,9 0 0 2 2,5

L - Encaminhar para acompanhamento psicológico 1 3,8 2 3,8 0 0 3 3,8

M - Sim, porque ela é menor de idade 0 0 1 1,9 0 0 1 1,3

N - Sim, atuando com prevenção em escolas 0 0 2 3,8 0 0 2 2,5

O - Encaminhar p/ serviços especial./órg. comp 0 0 2 3,8 0 0 2 2,5

P - Não respondeu 1 3,8 3 5,7 0 0 4 5

Q - Sim (não especificou como) 2 7,7 0 0 0 0 2 2,5

R - Verificar relação dos adolescentes com famílias e

motivos que a levaram à decisão 0 0 2 3,8 0 0 2 2,5

S - Orientar a emancipação da menina 0 0 1 1,9 0 0 1 1,3

78 Os diferentes DSC - Discursos do Sujeito Coletivo expressos em cada uma dessas categorias sobre a atitude que o Conselho Tutelar deveria tomar frente ao caso C são: DSC A = N o! Neste caso, oàCo selhoàTutela à oàte iaà ueàseà a ifesta .

DSC B = Nestaà uest oàosà aio esà espo s veisàpo àestaàsituaç oàs oàosàpais,à ueà devem orientar e acompanhar o desenvolvimento dos filhos. O problema da família, ela tem que fazer a orientação, são os respo s veisàlegaisàdosàadoles e tes.... . DSC C = N o,àp i ipal e teàpo àelesàj à a o a e àdesdeàosà àa os .

DSC D = N o,àpo ueàte àdúvidasàseàadoles e teàdeà 6àa osàpodeàseà asa àeàape asà informamos o que pode ser feito ou não dentro da lei. Isso considerando que haja o

o se ti e toàdaàge ito a .

DSC E = O ie ta àe à elaç oàaosàestudos... .

DSC F = “i ,ào ie ta ...à ueàaàvidaà oà à i adei a...àa o selha àdaà elho à a ei aà possível alguns encaminhamentos de apoio. Pois neste caso não podemos empatar... cada um tem o direito de escolher o que é melhor desde que com responsabilidade e avaliar se esteà àoà elho à o e toàpa aàtal,à asà u aàp oi i .

DSC G = “i ,à o ào ie taç oàaoà asal....àte e osà ueà o ve sa à o àosàadoles e teàpa aàsa e à se vamos ficar bem..., deixar a família em harmonia, se for o caso. Orientar Luana ....

conversando com a adolescente....que barriga, filho, é uma coisa muito séria, é para sempre , é uma grande responsabilidade e que ia mudar completamente a vida dos dois e acabar com a li e dade.... .

DSC H = O ie ta doàaàfa ília...ààp i ipal e teàosàpaisàdaàadoles e te.àO ientar os genitores quanto ao diálogo com os adolescentes envolvidos, para que os mesmos vejam se não está muito cedo pra tal responsabilidade.... orientar os responsáveis pa aà ueà oào o aà ovaàg avidez .

DSC I = “eà hega àaoà o selho,ào ie taç oàeàe a inhamento para UBS. á o pa ha àoà asoàeàe a i ha àpa aàa o pa ha e toàdaà eaàdaàsaúde .

DSC J = “i ,ào ie ta doàaàadoles e teàeàe a i ha doàpa aàoàgi e ologista,àpa aàu aà avaliação e preparação,... para ter orientação sexual e acompanhamento .... ginecológico.... encaminhar ao pré-natal".

DSC K = “i ...osà uidadosàaàse e àto ados.àO ie taç oàpa aàsaúde... .

DSC L = “i .àE a i ha doàpa aàajudaàpsi ol gi a...àa o pa ha e toàpsi ol gi oà .... .

79 DSC N = “i .àOà o selho atua com trabalhos preventivos, palestras nas escolas, com os alunos e em outros momentos com os adolescentes... através de visitas ... nas escolas, dando

palest as... .

DSC O = Se acionado sim, orientando e encaminhando para os órgãos competentes... para o C‘á“àa o pa ha àLua a .

DSC R = “i ,àp o u a àsa e àoà otivoà ueàelaà ue àe g avida àpa aài àe o aà o àoà namorado... através de visitas na família... procurando ver como é o relacionamento dosàadoles e tesà o àaàfa ília,àet .

DSC S = ápe asàse não houve acordo entre os responsáveis, aonde orientaríamos a e a ipaç oàeàp i ipal e teàu àdi logoàfa ilia .

DSC T = .... espo sa iliza àsàpaisàe à elaç oàdesseà a o o,à ueàj àte à àa os.à adve ti àosàpais... .

III.7.

P

ercepções e Opiniões de Conselheiro Tutelares Com Relação à