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As atividades da EMEF “Henrique Pacheco” iniciaram-se em 1974 e em maio de 1986 a escola trocou de nome recebendo o nome do condomínio onde se localiza e finalmente em janeiro de 1999, por meio de um Decreto de Alteração de Denominação a Escola Pública mudou novamente de nome para receber o nome de “Henrique Pacheco” que fez parte da história daquele local.

A área do terreno da escola era ampla, com aproximadamente 5.726m² de superfície, com 2.487m² de área construída. O terreno era cercado por um muro de 1,80m de altura, com diferentes grafitagens realizadas pelo projeto de artes da escola, com duas entradas, sendo uma delas próximo à quadra de esportes e a outra pela secretaria. Os professores estacionavam os carros dentro do estacionamento da escola.

A Escola possuía quatorze salas de aula distribuídas em um piso superior e cinco salas de aula adaptadas, em um pequeno anexo, devido à demanda.

O piso inferior possuía um pátio, onde os alunos faziam suas refeições diárias, uma sala de leitura, utilizada freqüentemente como ambiente para reuniões de Conselho Escolar ou de professores, uma cozinha, uma secretaria, sala de coordenação, sala de direção, sala dos professores, depósito, banheiro para os professores e banheiro para os alunos. A escola também possuía uma Sala de Apoio e Acompanhamento à Inclusão (SAAI)16na especialidade de deficiência mental e uma Sala de Apoio Pedagógico (SAP)17.

16 Conforme as diretrizes da “Política de Atendimento a Crianças, Adolescentes, Jovens e Adultos com Necessidades Educacionais Especiais no Sistema Municipal de Ensino de São Paulo”, previstas no Decreto SME nº 45.415/2004 (SÃO PAULO, 2004a), alterada pelo Decreto SME nº 45.652 de 23 de dezembro de

A refeição servida aos alunos era um serviço terceirizado da prefeitura, de ótima qualidade.

O prédio da escola possuía uma certa conservação. Contudo a limpeza, que era também um serviço terceirizado, não conseguia suprir as necessidades da escola. Logo na entrada da escola encontrava-se a lixeira. Sendo assim, aqueles que entravam pela secretaria não tinham uma boa visão. Os alunos normalmente entravam pelo portão da quadra e saiam pela secretaria.

As salas de aula também não eram devidamente limpas. As carteiras estavam sempre riscadas e no chão notava-se a presença de papéis jogados pelos alunos, nos espaços que não foram limpos de um turno para o outro. Os diversos cartazes colados nas paredes das turmas de alfabetização do Ciclo I encobriam a péssima pintura existente no ambiente. As salas eram escuras, pois as janelas eram pequenas e sempre fechadas pelas cortinas, que procuravam dar um ar aconchegante ao ambiente.

A lousa não era boa, apresentando buracos e riscos profundos, que impediam a boa escrita da matéria pelos professores. Muitas salas possuíam dois tipos de lousa, sendo metade tradicional, ou seja giz e apagador, e a outra metade era um quadro branco que necessita de canetas especiais.

As portas das salas eram de ferro. Em um primeiro momento tive um péssimo impacto com aquelas portas, pois os professores a trancavam com uma chave de ferro, após a turma entrar, dando a impressão de estar dentro de um presídio. Quando indaguei sobre as salas terem aquelas portas de ferro, com aquelas chaves também de ferro, os educadores me

2004 (SÃO PAULO, 2004b)e regulamentadas na Portaria SME nº 5.718 de 27 de dezembro de 2004 (SÃO PAULO, 2004c)as Salas de Apoio e Acompanhamento à Inclusão são salas instaladas junto às Unidades Escolares que oferecem apoio pedagógico especializado complementar ou suplementar, podendo funcionar em caráter exclusivo. O atendimento de caráter complementar, para alunos que necessitam de mais recursos para a aprendizagem, ou suplementar, para alunos com altas habilidades/ superdotação, ocorrerá em horário diverso daquele em que os alunos freqüentam a classe comum, de acordo com os projetos a serem desenvolvidos e será realizado em pequenos grupos de, no máximo, 10 aluno, ou individualmente. O funcionamento da SAAI em caráter exclusivo se concretiza pelo atendimento, e que, temporariamente, não demonstra se beneficiar do atendimento nas classes comuns. As SAAI atendem alunos matriculados na escola em que está instalada, podendo estender o atendimento a alunos de outras escolas da rede municipal de ensino onde inexista tal atendimento.

17 Conforme a Portaria SME nº 4.240 de 20 de outubro de 2006 (SÃO PAULO, 2006d)que dispõe sobre o Projeto “Ações de Apoio Pedagógico”, as Salas de Apoio Pedagógico (SAP) atenderão os alunos matriculados nas Unidades de Ensino Fundamental que apresentam dificuldades de aprendizagem em horário diverso do da classe regular, preferencialmente organizado em horário anterior ou posterior ao das aulas regulares.

disseram que após inúmeros arrombamentos a escola passou por uma reforma e decidiram colocar aquele tipo de material.

As carteiras normalmente estavam dispostas conforme a arrumação feita pela professora do ciclo I, que atendia séries iniciais conforme descrito adiante. Sendo assim, os alunos quando entravam na sala de aula demoravam cerca de dez minutos para organizar o espaço de outro modo, fazendo muito barulho.

Sendo as salas de aula no piso superior a acústica do prédio era péssima, pois todo o barulho existente na escola perpassava o interior das salas, atrapalhando bastante a exposição oral das aulas. No piso inferior encontrava-se o pátio interno da escola, onde os alunos circulavam para irem à aula de Educação Física e faziam suas refeições, divididas em dois turnos. Primeiramente comiam os alunos menores e depois os alunos dos dois últimos anos do Ciclo II. O barulho era grande, atrapalhando diariamente o professor que tentava dar sua aula.

A escola possuía a Associação de Pais e Mestres (APM), que procurava suprir alguns gastos emergenciais, como também alguns materiais necessários para o funcionamento diário da escola. A Associação recebe, além das contribuições espontâneas dos alunos, recursos municipais em conta corrente. Todo gasto do dinheiro da Associação deve ser resolvido por meio de uma Assembléia Geral com a presença da equipe técnica da escola, juntamente com os professores, funcionários, pais e alunos.

A escola também possuía um Conselho de Escola, formado por pais e alunos, equipe técnica da escola, professores e funcionários, com o objetivo de discutir e decidir sobre a organização e o funcionamento da escola, atendimento à demanda; realizar eleições para ocupação de cargos de educação vagos ou em substituição, cargos de comissão; propor alternativas de solução de problemas de natureza pedagógica e administrativa; adequar as normas disciplinares para o funcionamento da escola, dentro dos parâmetros da legislação em vigor; e decidir sobre procedimentos relativos à priorização de aplicação de verbas.

Na “Henrique Pacheco” a comunidade tem participado das decisões da escola. Algumas decisões como a “Escola Aberta” aos finais de semana e as festas realizadas dentro da escola, foram grandes reivindicações da comunidade aceitas pela escola, conforme as atas de Reunião de Conselho. A Associação de Pais e Mestres (APM), na

“Henrique Pacheco”, cumpria seu papel burocrático, apresentando a aplicação de verbas e realizando pequenas explicações sobre os gastos do dinheiro público.

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