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O escritório pesquisado apresenta no seu currículo, 1896 projetos realizados durante um período de 23 anos de atuação. Possui características de inovação em seus procedimentos e demonstrou-se preocupado em acompanhar o desenvolvimento tecnológico do setor.

Atualmente a seguinte equipe trabalha na empresa: 02 Engenheiros Eletricistas;

03 Especialistas (Cadistas); 01 Engenheiro Eletricista trainee; 01 Secretária Administrativa; 01 Office boy.

Com esta estrutura de Recursos Humanos e com a estrutura física e de equipamentos, a empresa assume possuir a capacidade de desenvolvimento de

cerca de 30 projetos simultaneamente. Ressalta-se que esta possibilidade é amparada pela divisão das tarefas de cada projeto no processo, que se encontra consolidado através das adaptações recebidas durante os anos de experiência da empresa.

A estrutura de T.I. que a empresa possui, é assim distribuída:

08 PCs Desktop (dos quais 06 são usados diretamente no desenvolvimento do projeto);

01 Servidor (Conexão à Internet via cabo); 02 Linhas telefônicas / Fax.

Tem como principal meio de comunicação da empresa com os clientes, o uso de telefone, sendo que o e-mail encontra-se em segundo lugar. Dificilmente os clientes são recebidos no escritório e raramente os profissionais necessitam ir à obra.

A empresa usa com freqüência os softwares de CAD da empresa Autodesk, o Autocad 14 e o Autocad 2000. Usa também softwares de simulação como o Lúmen Micro e outros fornecidos pelos fabricantes. Faz uso da plataforma Windows, operando o servidor com Linux, e também utiliza softwares do pacote Office da

Microsoft. A empresa também possui diversas rotinas desenvolvidas em AutoLisp no

próprio Autocad, como forma de agilização dos procedimentos e aumento de produtividade.

Em relação à terceirização de projetos, somente recebe este tipo de tratamento a plotagem, que inclusive faz parte da cadeia de projeto, pois o proprietário retira as pranchas diretamente no birô de plotagem, havendo um controle e sincronia entre o escritório e este parceiro.

Quanto ao desenvolvimento de trabalho colaborativo a empresa atualmente utiliza um servidor que é o arquivo local de todos os projetos desenvolvidos pelo escritório. O ambiente e a distribuição das estações de trabalho favorecem a circulação de informação entre os especialistas. Entre os engenheiros, é realizada uma reunião semanal para adequação das metas e objetivos do cronograma de entrega dos trabalhos.

Há uma experiência de trabalho colaborativo através do SADP, do Sistema “Sistrut”, e segundo o profissional entrevistado, para interagir com os parceiros, diversas modificações foram necessárias, tipo: adaptações de layers, blocos, textos, cotas, e arquivos, que tinham um padrão diferente ao já utilizado pelo escritório.

Em situações correntes, a empresa faz uso de e-mail para troca de arquivos com os parceiros, sendo este procedimento bastante comum.

A entrega dos projetos ao cliente é efetuada através do oferecimento de um arquivo (uma pasta), contendo os projetos em papel, incluindo Memorial Descritivo, orçamento (quando necessário), quantitativo de materiais e uma cópia em CD-ROM dos projetos. Embora seja entregue a cópia digital, é pratica um tanto freqüente de algumas empresas contratantes voltarem a solicitar cópias impressas para o escritório. A empresa possui em organizados arquivos, os projetos realizados nos diversos anos, e que ocupa uma área de armário considerável, no ambiente de trabalho.

Destacam-se algumas situações existentes em que o projeto digital é interrompido para execução manual. Um dos casos é quando na fase de lançamento realizada pelo Engenheiro Eletricista, as anotações no projeto são realizadas sobe prancha impressa. Esta opção é justificada pelo profissional devido à dificuldade de visualização do projeto todo na tela do computador. Outro caso é quando do

quantitativo de materiais, há uma contagem sobre a prancha em papel de todos os elementos constituintes do projeto, este procedimento é justificado por ser realizada neste momento a conferência do projeto pelo profissional responsável. Ao questionar os profissionais, o porquê de em algumas situações a empresa ainda optar pelo uso de papel para registros e procedimentos, em alguns casos, os mesmos resumiram em três palavras os motivos: costume, praticidade e facilidade.

O tempo gasto na preparação do arquivo digital (dwg) é um item que foi destacado como ocorrência freqüente no processo de desenvolvimento do projeto. Uma vez que a empresa atua exclusivamente com projetos elétricos e de lógica, sempre ocorre o recebimento do projeto arquitetônico já realizado por outro profissional. A adequação deste projeto muitas vezes acarreta problemas, principalmente em relação à padronização de informações dispostas no projeto,

layers, textos, etc...

Existem situações, como no caso da utilização do sistema Sistrut, em que o tempo gasto com a adaptação às padronizações existentes, foi significativo devido a diversas reformulações que se tornaram necessárias.

Alguns clientes possuem layers de acordo com a especificação da ASBEA, o que também implica em modificações na padronização do escritório, ou seja, eles são únicos, isso indica um tipo de problema de interoperabilidade.

Um dos maiores problemas enfrentados pelo escritório em relação aos projetos arquitetônicos, é quanto a não observação da utilização individual de layer por objeto, o que prejudica quando se necessita “congelar” alguns layers, obrigando uma modificação dos mesmos, gerando trabalho adicional. A empresa possui um padrão próprio para definição de layers, cotas, penas de plotagem, etc.

Um procedimento adotado no escritório para ganho de produtividade é a utilização de rotinas de comandos padronizadas pela empresa para uso no Autocad, através da modificação do arquivo acad.pgp, dispensando o uso de ícones. A empresa também desenvolveu rotinas internas no Autocad (em AutoLisp), como forma de agilizar o desenvolvimento, e também criou uma biblioteca própria de símbolos e blocos para uso no projeto. Estas rotinas têm funções diversas: Em uma delas há o auxílio para distribuição automática das luminárias em função da área a ser atendida, outra rotina identifica os circuitos existentes, compondo o somatório do Quadro de Cargas.

Alguns problemas ocorrem no processo de transferência de arquivos, pois caso não se receba a mesma versão usada no escritório do arquivo CAD, torna-se necessário fazer a conversão. Por questões de maior comodidade e costume, também devido as customizações terem sido terceirizadas (e na época foram efetuadas sobre a plataforma do Autocad 14), a empresa em muitos dos projetos opta por usar o Autocad 14 e não a versão 2000. Este fato ocasiona em certos momentos a necessidade de retorno do arquivo à versão mais antiga, configurando- se em outro gênero de falta de interoperabilidade.

Alguns projetos arquitetônicos levados ao escritório em MicroStation (Bentley) ou em aplicativos do Autocad, ao serem transferidos em “dxf”, perdem a conformidade das fontes e cotas, ocasionando a necessidade de interferência no projeto para correção.

Ao utilizar softwares de simulação, há incompatibilidade no uso dos arquivos operados no Autocad, o que impede o aproveitamento dos mesmos. Torna-se necessário um trabalho específico de confecção de arquivo para uso naquele software.

Há também situações em que os projetos arquitetônicos, são criados por aplicativos do Autocad que têm incompatibilidades nos desenhos, quando não abertos pelo software específico em que foram criados (em alguns casos já foi utilizado o Engelétric, entre outros softwares).