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Escritórios de Advocacia e a Gestão do Conhecimento

No documento ANAIS XII CINFORM (páginas 176-179)

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

4.5 Escritórios de Advocacia e a Gestão do Conhecimento

Foi abordada durante as entrevistas a questão referente a se os bibliotecários desempenhavam em suas atividades diárias nos escritórios de advocacia atividades que envolvessem a gestão do conhecimento e inteligência competitiva ou somente atividades inatas de uma biblioteca. Todos os bibliotecários afirmaram desempenhar atividades relacionadas a essas temáticas, devido aos escritórios de advocacia serem empresas competitivas e dinâmicas.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante das especificidades da área jurídica é imprescindível que o bibliotecário que atua ou pretende atuar em bibliotecas jurídicas, em especial as bibliotecas de escritórios de advocacia privados, detenham conhecimentos sólidos na área do Direito. Porém, conforme salientado, os cursos de biblioteconomia do Estado do Rio de Janeiro não oferecem disciplinas que abarquem conteúdos jurídicos. Em vista disso, o profissional recém-formado encontra muitas dificuldades ao atuar nessas áreas. Muitas vezes, o bibliotecário nem mesmo consegue obter tais posições visto que o conhecimento jurídico costuma ser um pré-requisito para essas vagas. Na maioria das vezes os bibliotecários que atuam em escritórios jurídicos são aqueles que tiveram oportunidade de estagiar na área durante a graduação. Assim, esse profissional acaba profissionalizando-se no exercício das atividades de seu trabalho ou recorre à dupla formação na área do Direito. De acordo com Silva (2005, p. 24) “as vagas deste

segmento sempre são muito concorridas, e em alguns casos, a dupla formação como bibliotecário e bacharel em Direito faz uma grande diferença no processo seletivo e no próprio exercício da função”.

Para aqueles que não têm como objetivo obter uma dupla formação, cursos em nível de pós-graduação poderiam ser a solução. No entanto, no Brasil “[...] a educação continuada não pode ser buscada nos bancos das universidades, pois não existe nenhum curso de especialização nessa área” (BAPTISTA et al., 2008, p. 159). Em vista disso, muitas vezes a única forma de se obter conhecimentos jurídicos é através da participação em seminários, congressos, palestras e pela leitura autodidata de artigos de periódicos ou livros.

Diante disso, é de extrema urgência que essa questão seja avaliada pelas universidades, pesquisadores, profissionais e alunos, visto a área jurídica ser detentora de muitas e excelentes oportunidades de trabalho para os bibliotecários, que muitas vezes não as ocupam pela falta de conhecimentos e habilidades necessárias a tal função.

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XII CINFORM

Encontro Nacional de Ensino e Pesquisa em Informação

02 a 04 de Setembro de 2015 ● Biblioteca Pública do Estado da Bahia (BPEB)

Salvador – Bahia

Informação e Protagonismo Social

DIÁLOGO ENTRE A SEÇÃO DE REFERÊNCIA, OS USUÁRIOS E A ADESÃO ÀS

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