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Acanthaceae Aphelandra nuda Nees x x

Euphorbiaceae Ricinus communis L. x

20

Figura 3. Composição geográfica para as zonas de proteção em estudo, de acordo com a classificação de Cabrena & Willink (1980).

Para a ZPA2 são listadas 268 espécies em 190 gêneros distribuídas em 66 famílias (Tabela 3), sendo que Fabaceae é a mais representativa (20,14%; 54 spp.), seguida de Poaceae (7,46%; 20 spp.), Myrtaceae (5,22%; 14 spp.), e Rubiaceae (5,22%; 14 spp.). O percentual de espécies ruderais é de 16,72% (45 spp.), sete táxons são listados como ameaçados de extinção, e dois como raros. O número de espécies classificadas como arbóreas/arbustivas (47,39%; 127 spp.) é um pouco superior ao de herbáceas (40,3%; 108 spp.) e, na classificação da composição geográfica, sobressaíram-se as espécies categorizadas como contínuas restritas (74,63%; 200 spp.), seguidas pelas restrita (11,94%; 32 spp.), contínuas amplas (10,44%; 28 spp.) e disjuntas (2,98%; 8 spp.) (Figura 3).

A ZPA5 lista 67 espécies em 59 gêneros distribuídos em 34 famílias (Tabela 3), onde mais de um terço são de Fabaceae (34,32%; 23 spp.), as demais famílias registram de uma a três espécies. Do conjunto, 16,41% (11 spp.) são classificadas como ruderais, um táxon ameaçado de extinção, e com relação ao hábito, o número de espécies herbáceas (43,28%; 29 spp.) é um pouco superior às arbóreas/arbustivas (40,3%; 27 spp.). A maior parte das espécies é categorizada como contínuas restritas (76,12%; 51 spp.) na classificação de distribuição geográfica, as demais como contínuas amplas (11,94%; 8 spp.), restritas (8,95%; 6 spp.) e disjuntas (2,98%; 2 spp.) (Figura 3).

Comparando a listagem catalogada para as três zonas de proteção, verifica-se uma maior semelhança florística entre a ZPA1 e ZPA2, compartilhando 154 táxons, mais da metade da composição (58,33% na ZPA1; 57,46% na ZPA2). Na lista da ZPA5, a maior parte é de espécies registradas na também nas ZPA1 (77,61%; 52spp.)

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450

ZPA1 ZPA2 ZPA5 TOTAL

ZPA1 ZPA2 ZPA5 TOTAL

contínuas restritas 192 200 51 282

restritas 35 32 6 47

contínuas amplas 30 28 8 43

21 e ZPA2 (73,13%; 49 spp.). O total de espécies compartilhadas pode ser visto na Figura 4. Das 38 espécies que são comuns as três áreas, sete são da família Fabaceae.

Figura 4. Diagrama de Venn representando o compartilhamento de espécies vegetais entre as ZPAs em estudo.

Foram observadas nas adjacências de todas as ZPAs situações de descaso, por deposição de resíduos e ocupação do solo (Figura 6A e B). A ZPA2 é a área de maior extensão legalmente protegida, porém observam-se regiões degradadas e antropizadas, como o trecho de tabuleiro litorâneo descaracterizado, sob a guarda do 7º Batalhão de Infantaria, ao longo da Avenida Eng. Roberto Freire (Figura 6C, D). Na ZPA5 não há estrutura ou informação que identifique a área como uma zona de preservação. Aqui testemunhamos a insegurança do local, onde há assaltos e incêndios, além de acúmulo de resíduos e degradação do ambiente (Figura 6E, F, G), principalmente no entorno da lagoa de captação que foi invadida por algumas famílias e carroceiros que ali depositam resíduos.

A Figura 5 indica a possibilidades de conexões por corredores verdes entre as áreas de vegetação natural que pertencem às zonas de proteção em estudo e com a malha viária da cidade, tomando os canteiros centrais de ruas e avenidas, trevos e rotatórias de vias públicas, bem como praças, jardins públicos e privados, apresentando oportunidade de ligação dos fragmentos e de um maior contato da sociedade com espécies nativas da região fora do ambiente protegido.

22 Entre as ZPAs 1 e 2, citamos possíveis conexões entre os bairros de Candelária, Capim Macio, Lagoa Nova e Nova Descoberta. As ligações entre fragmentos florestais que pertencem as ZPAs 2 e 5, podem ocupar os bairros de Capim Macio e Ponta Negra. Um trecho importante encontra-se entre as ruas Historiador Fausto de Souza e José Mauro de Vasconcelos, onde já há um espaço livre não edificável, como área verde, que ligaria diretamente as duas ZPAs (Figura 7B). Nas ZPAs 1 e 5, as conexões podem ocorrer entre os bairros de Capim Macio, Neópolis e Pitimbu.

Desta forma, a proposta de conectar as ZPAs transcorre por uma área de aproximadamente 2.000 ha (Figura 5), compreendendo sete bairros, Candelária, Capim Macio, Lagoa Nova, Neópolis, Nova Descoberta, Ponta Negra e Pitimbu, todos da região administrativa Sul, e funcionando como stepping stones, conectando ZPAs de maior com as de menores riquezas e proporcionando uma continuidade arbórea entre os fragmentos.

Figura 5. Área proposta para projeto de conexão entre as ZPAs 1, e 5 por corredores verdes utilizando a malha viária da cidade de Natal - RN.

DISCUSSÃO

A conservação dos remanescentes florestais urbanos que existem nas três ZPAs aqui analisadas é importante pelo fato de estarem inseridos no bioma Mata Atlântica,

23 bioma florestal que dispõe de um dos mais altos graus de riqueza de espécies e em taxas de endemismo no planeta (BFG, 2015). Originalmente o município de Natal possuía 81% do seu território coberto pelo bioma, atualmente a porcentagem está limitada a 15% (FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA & INPE, 2014; BFG, 2015). Outro ponto importante está em ressaltar que a composição vegetal dessas áreas corresponde a cerca de um terço da flora registrada para todo o RN (BFG, 2015). A atualização dos dados florísticos apresentados para as três ZPAs poderá ser uma importante ferramenta para gestores públicos, uma vez que a riqueza de espécies de uma dada área é um dos critérios mais utilizados para se monitorar e desenvolver estratégias de manejo, sobretudo para as ZPAs, tendo em vista a ausência de informações sobre suas floras.

Para a ZPA1 há um guia de campo recentemente publicado com o levantamento de 110 espécies de angiospermas nas áreas do Parque da Cidade (MEDEIROS et al. 2016), categorizado como Parque Natural Municipal, uma UC de proteção integral, que corresponde a 19% da área total da zona de proteção. O presente trabalho acrescenta 154 espécies à listagem de Medeiros (2016), incluindo áreas vizinhas ao Parque da Cidade, na ZPA1. Outra importância da área é a de ser uma das principais fontes de recarga do aquífero Barreiras, manancial responsável por 70% da água usada no abastecimento do município (NATAL, 2008).

Para a ZPA2 há apenas o estudo florístico de Freire (1990), que relata para a área 264 espécies em 78 famílias no interior do Parque das Dunas, porém, comparando nossos dados com os do levantamento de Freire (1990), cabe ressaltar que algumas espécies ali apontadas não estão aqui incluídas, pela ausência de material-testemunho. Como incluímos em nosso catálogo apenas espécies confirmadas por vouchers, é de se supor que algumas das espécies listadas por Freire (1990) não possuem espécimes nas coleções consultadas, ou que os mesmos tenham se perdido. Informações pessoais do Prof. Adalberto Trindade (com. Pess. 2017) confirmam que parte do material coletado no Projeto Parque das Dunas, depositada no herbário UFRN, se perdeu no final da década de 1990. Alguns espécimes foram recentemente reencontrados (Versieux et al. 2017). Além disso, houve significativas mudanças taxonômicas (sinonímias) ou alterações nas próprias identificações. Por exemplo, todo o material identificado como Hohenbergia ramageana (Bromeliaceae) pela autora é agora identificado como H. ridleyi. Além disso, chama atenção para a ausência na referida listagem de espécies que são muito comuns dentro do Parque das Dunas, como o gênero Cryptanthus (Bromeliaceae) não citado anteriormente, mas uma das espécies mais notáveis crescendo sobre o foliço (Versieux et al. 2013). Vale ainda ressaltar que para o gênero Chamaecrista (Fabaceae), Freire (1990) cita apenas

24 uma espécie, enquanto Queiroz & Loiola (2009) citam 10, incluindo quatro novas ocorrências para o estado. Tal observação indica que o esforço amostral de Freire (1990) não foi exaustivo e / ou que talvez tenha se limitado a alguns trechos dentro do que hoje conhecemos como ZPA2, apontando para a necessidade da UC Parque das Dunas ter um programa de incentivo e investimento na pesquisa e documentação da sua flora. Outra hipótese, seria que transcorrido quase 30 anos da elaboração do plano de manejo do Parque das Dunas, que serviu de base para a listagem de Freire (1990), essa comunidade esteja se enriquecendo de espécies. Todavia, os autores do Plano de Manejo de 1989 já indicavam que possivelmente muitas espécies seriam acrescidas à lista disponível, de 200 espécies identificadas, a depender de melhores identificações e de mais coletas de material encontrado apenas sem flores (RIO GRANDE DO NORTE, 1989).

A ZP5 foi a área com menores números de dados florísticos. Ela não foi alvo de estudos botânicos no passado e apresentou poucos espécimes nos herbários. Entretanto, o trabalho em campo aqui desenvolvido acrescentou 53 espécies a uma lista preliminar de 14 nomes disponíveis no herbário, o que representa um avanço no conhecimento deste fragmento. O remanescente florestal é dominado por vegetação arbustiva ou arbórea adensada, com poucos trechos abertos e o acesso a área é através das encostas de dunas, ficando a vegetação no topo de um morrote. A relevância da área para armazenamento e captação de água subterrânea com a manutenção da cobertura vegetal no local é relatada em diversos trabalhos (DE BRITTO COSTA et al., 2012; DE MELO SILVEIRA et al., 2013; REBOUÇAS, et al., 2015).

Na composição das espécies, verificou-se um significativo número de espécies da família Fabaceae, fato previsível, pois além de ser reputada entre as mais abundantes Eudicotiledôneas no Brasil, (GIULIETTI et al., 2005; ZAPPI, et al., 2015), é citada em grande número em estudos de áreas costeiras do Nordeste (VICENTE, 2014; SANTOS-FILHO et al., 2015; DE ALMEIDA JR et al., 2016; SERRA et al., 2016). Além da Fabaceae, Poaceae, Myrtaceae, Euphorbiaceae e Asteraceae foram famílias com números significativos na listagem, o que explica o não prevalecimento de um hábito nas vegetações, pois tais famílias dão amplitude em termos de formas de vida, desde pequenas ervas até árvores altas.

Mais um resultado esperado está na classificação dos padrões de distribuição geográfica, determinado por Cabrera & Willink (1980), onde a maioria das espécies é categorizada como contínuas restritas (espécies que ocorrem em mais de uma província). Uma vez que, a restinga é a vegatação que compõe as áreas das ZPAs em estudo, o resultado aponta para o caráter de espécies mais generalistas (RIZZINI,

25 1997). Definidas como vegetação que cobre as planícies arenosas que datam do Quaternário, principalmente do Holoceno, considerada um ecossistema associado à Mata Atlântica, tal formação é um mosaico de comunidades de plantas, que vão desde tipos rastejantes a florestas (ZAMITH & SCARANO, 2006).

Outro ponto importante refere-se à conservação de espécies em vulnerabilidade. Na listagem atual sete táxons são referidos como ameaçados de extinção e três como raros. O que faz com que essas áreas se tornem prioritárias para ações e pesquisas voltadas para a gestão e planejamento da conservação na cidade (IVES et al., 2016). Vale ressaltar que o número de espécies compartilhadas entre as áreas não foi muito alto, o que reforça a importância de se conectar os fragmentos naturais que pertencem às zonas de proteção através de corredores verdes.

Em países mais desenvolvidos, o urbanismo e paisagismo vêm sendo discutidos buscando a integração de jardins públicos e privados, projetos de arborização urbana com espécies nativas locais e paisagismo sustentável para praças e outros espaços públicos (GODDARD et al., 2010), e pela nossa observação, este tipo de preocupação ainda pouco se manifestou em Natal, onde constatamos a negligência com a manutenção da vegetação no ambiente urbano. Os dados aqui apresentados podem se usados para melhor conservar e manter a conectividade das áreas verdes urbanas de Natal, que são cruciais para a qualidade ambiental da cidade, bem como a conservação da biodiversidade urbana (WARD et al., 2010; KONG et al., 2010).

CONCLUSÕES

O conjunto de dados apresentados revelou um total de 384 espécies vegetais nas três ZPAs analisadas, englobando áreas próximas entre si e sete bairros da zona Sul de Natal, número que representa um terço da flora registrada para todo o RN. Diante dessa realidade em um bioma altamente fragmentado, o trabalho propõe a criação de corredores verdes, ligando fragmentos naturais das três áreas analisadas, em escala de bairros. As constatações de má conservação causando uma descaracterização das áreas apontam para a necessidade de maior vigilância sobre as mesmas, além de se ampliar o conhecimento público e científico sobre a importância desses remanescentes para a cidade, sendo necessários estudos em regiões ainda pouco amostradas, sob maior pressão antrópica. No caso da UC mais antiga do RN, Parque das Dunas, concluímos que a listagem até então disponível encontrava-se profundamente desatualizada. A proposta apresentada de conexão dessas áreas, utilizando a malha viária da cidade, atuando como stepping stones conectando as três

26 ZPAs, dependerá de ação e conscientização dos moradores e adoção de práticas de paisagismo sustentável, incluindo ao máximo espécies nativas.

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31 ANEXOS

Figura 6. Registros de situações de negligência com as ZPAs 1, 2 e 5, entre os meses de novembro de 2016 e setembro de 2017 (Fotos: L. Versieux; K. Diesel). Na ZPA1: Corte de madeira (A) e (B) e

C

A B

D

E G

32

deposição de entulho em área vizinha ao Parque da Cidade, Natal. Na ZP2: Área descampada localizada na lateral da Av. Roberto Freire, ocupada pelo 7º Batalhão de Infantaria e profundamente alterada (C) e (D). ZPA5: Imagem do incêndio que aconteceu em novembro de 2016 (E), e efeitos da queimada no interior da área após dois dias do incêndio; (G) praça sem manutenção vizinha à zona de proteção, indicando o potencial de áreas verdes próximas às ZPAs formarem uma conexão.

Figura 7. Registro de praças e áreas livres que abrangem as vias e conexões verdes entre as ZPAs (Fotos: K. Diesel). (A) Praça com área de lazer no cruzamento entre as ruas Praia de Grossos e Praia da Penha, bairro de Ponta Negra (5°52'42.86"S, 35°10'57.58"O); (B) Área verde, sem delineamento e manutenção, entre as ruas Historiador Fausto de Souza e José Mauro de Vasconcelos, bairro de Capim Macio (5°52'10.36"S, 35°11'15.30"O;); (C) Praça localizada as margens da Av. Governador Tarcisio de Vasconcelos Maia (5°50'33.63"S, 35°13'10.92"O), detalhe na manutenção vegetação; (D) Canteiro central da Rua Raimundo Chaves (5°49'51.06"S, 35°13'10.88"O), observando acúmulo de lixo e falta de capina.

A B

D C

33

Tabela 4. Espécies de Angiospermas com ocorrência nas Zonas de Proteção Ambiental 1, 2 e 5 - Natal, RN, Brasil. Hábito: arv - árvore; arb - arbusto; her - herbácea; lia - liana; par - parasita. (*) Espécies na lista de ameaçadas de extinção; (**) Espécies raras; (+) Espécies ruderais.

Família/ espécie Domínio Biogeo Província Biogeo Hábito Voucher ZPAs

1 2 5

Acanthaceae

Aphelandra nuda Nees ** Ama Atl lia Gomes, C.P.C. (UFRN 22343) / Cestaro, L.A. (UFRN ) x x

Ruellia inundata Kunth Ama-Chaq Atl-Caa-Cer arb Projeto PDD 69 (MOSS 2161) x

Thyrsacanthus ramosissimus Moric. Ama- Chaq Atl-Caa- Para arb

Roque, A.A. (UFRN 21047) / Sousa,

M.B.(UFRN 12225) x x

Amaranthaceae

Alternanthera tenella Colla + Ama-Chaq

Ama-Atl- Caa-Cer- Para- Pampe

arb Roque, A.A.(UFRN 21056) x Alternanthera brasilia (L.)

Kuntze. +

Ama- Chaq

Ama-Atl-

Caa-Cer her Sousa, M.B. (UFRN 12203) x

Anacardiaceae

Anacardium occidentale L. Ama-Chaq Ama-Atl-Caa-Cer arv Roque, A.A.(UFRN 19124) / Roque, A.A.(UFRN 14801)/ Diesel, K.M.F.

(UFRN)

x x x

Schinus terebinthifolius Raddi Ama-Chaq

Atl-Caa- Cer-Para-

Pampe

arv Roque, A.A.(UFRN 20247) / Trindade, A.(UFRN 1815) x x

Annonaceae

Xylopia laevigata (Mart.) R.E.Fr. Ama-Chaq Cer-Para Atl-Caa- arv Jardim, J.G.(UFRN 15873) x

Apocynaceae

Aspidosperma multiflorum A.DC. Ama-Chaq

Ama-Atl- Caa-Cer- Para

arv Projeto PDD (MOSS 2167) x

Ditassa blanchetii Decne. Ama Ama-Atl lia Sena, V.R.R.(UFRN 4640) / Cestaro, L.A. (UFRN 4818) x x

Ditassa crassifolia Decne. Ama Atl-Cer lia Roque, A.A.(UFRN 20232) x

Hancornia speciosa Gomes Ama-Chaq Atl-Caa-Cer arv Gomes, C.P.C.(UFRN 22314) / Trindade, A.(UFRN 1195) x x x

Mandevilla moricandiana (A.

DC.) Woodson

Ama- Chaq

Atl-Caa-

Cer-Para lia

Gomes, C.P.C.(UFRN 22313)/ Trindade,

A.(UFRN 1149) x x

Mandevilla scabra (Hoffmanns.

ex Roem. & Schult.) K. Schum. Ama-Chaq

Ama-Atl- Caa-Cer-

Para lia Roque, A.A.(UFRN 21002) x

Matelea ganglinosa (Vell.) Rapini Ama-Chaq Atl-Caa-Cer lia Roque, A.A.(UFRN 20633)/Roque, A.A.(UFRN) x x

Apodanthaceae

Pilostyles blanchetii (Gardner)

R.Br.

Ama-

Chaq Atl-Caa-Cer par Roque, A.A.(UFRN 19119) x

Araceae

Anthurium affine Schott Ama-Chaq Atl-Caa-Cer her Roque, A.A.(UFRN 12995)/ Cestaro, L.A. (UFRN 4821) x x

Anthurium pentaphyllum (Aubl.)

G.Don Ama- Chaq Ama-Atl- Caa-Cer- Para her

Roque, A.A.(UFRN 20348) / Jardim,

J.G.(UFRN 10412) x x

Philodendron acutatum Schott Ama-Chaq

Ama-Atl- Caa-Cer- Para

her Roque, A.A.(UFRN 19098) x

Asteraceae Acanthospermum hispidum DC. + Ama- Chaq Ama-Atl- Caa-Cer- Para

her Roque, A.A.(UFRN 21048)/ Trindade, A. (UFRN1080) x x

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