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5 HISTÓRIA DA ENAP E AS COMPETÊNCIAS ORGANIZACIONAIS

5.2 COMPETÊNCIAS DESENVOLVIDAS PELA ENAP

5.2.3 Espaço de encontro de competências

Segundo Holanda (2005), um aspecto importante no projeto de criação da ENAP foi o de estabelecer um fórum permanente no qual fosse possível analisar e discutir, em profundidade, de forma crítica e criativa, os grandes problemas nacionais, particularmente as suas relações com o Estado, o governo e a função pública do Brasil. “Ou seja, imaginávamos, naquela época, que a ENAP funcionaria, também, além de ser um centro de formação, como um centro de pesquisas, de fóruns de debates”. (p. 26)

Então é na ENAP que isso encontra abrigo e ela é uma instituição histórica para nós que lidamos com a educação na área pública [ trecho de entrevista]

Pela interpretação dos depoimentos coletados, tal competência extrapola o papel de articulação e coordenação da ENAP junto à Rede Nacional de Escolas de Governo e ao Sistema de Escola de Governo da União, pois o que está sendo considerado é a capacidade de mobilização e congregação de diversas pessoas, conhecimentos e práticas visando o valor público das ações empreendidas pela Escola. Tal competência não é atribuída tão somente, à prerrogativa legal que a ENAP tem na coordenação dos demais centros de formação, mas ocorreu pelo seu posicionamento e desempenho no campo das escolas de governo e pela sua marca construídos historicamente.

FORMAÇÃO DE COMPETÊNCIA DE GESTÃO

conectividade com o governo ensino aplicado

Ela atrai competências, então, quando você consegue reunir aqui as maiores competências que estão na máquina pública, mesmo que (...) da Academia mas que conhecem bem a área pública, quando isso aqui consegue reunir, você agrega valor. Então, você concentra aqui, vamos dizer, os conhecimentos. Esse é o maior o fator mais significativo do meu ponto de vista.

espaço do fazer que não é o fazer completo, mas é o da preparação do fazer de uma forma mais livre e menos competitiva.

põe as pessoas certas para se encontrarem em um ambiente em que eles não estão disputando orçamento, mas estão resolvendo o que eles querem fazer juntos, uma política pública.

você tem uma diversidade de competências de visão, que em lugar nenhum você consegue trazer A ENAP bota as pessoas juntas aqui. Ela promove uma integração entre as pessoas, ela promove rede. essa capacidade de se articular para se reinventar. Ela capta, ela congrega.

ENAP é uma instituição em que tem essa diversidade de visões, de interpretações, de propostas de política, é saudável, é necessário para o debate, para reflexão, etc. Então, ela tem um... ela tem esse papel, e só com a existência da escola que é possível ter isso. ENAP é a memória da construção e debate de PP

Em outro lugar você não tem a heterogeneidade e a riqueza do pessoal que você tem no Estado.

Ela tem essa possibilidade de riqueza de congregar pesquisadores professores de diferentes vertentes que possam, a partir de uma problematização das nossas casas públicas ajudar, impulsionar produção de conhecimentos ela faz essa convergência que os outros atores políticos e públicos vêm para cá para discutir e para falar de demandas

a escola propicia que grupos se encontrem porque às vezes um órgão setorial.. como a gente consegue fazer esse olhar, esse observatório mais macro, então ela propicia inclusive que produtos sejam criados a partir dessa discussão mais integrada de atores de diversos órgãos setoriais

É essa a sinergia de atores políticos e públicos, e é uma arena de ensino e aprendizagem, é uma arena política legitimada, e que a gente se encontra, que você consegue se encontrar, se ver refletido nas discussões, nas problematizações que dificilmente a gente encontra em outro lugar.

Verificou-se que o processo de seleção do corpo discente e docente favorece essa diversidade de percursos de formação aliados à diversidade das práticas profissionais. A ENAP é o lugar para compartilhar ideias e soluções para os problemas da gestão das organizações públicas, seja por meio do ensino, da pesquisa ou da assessoria técnica.

Além da capacidade de mobilizar e congregar pessoas, conhecimentos e práticas, a ENAP age como vetor de conexão e difusão de saberes. Diferentemente, dos primeiros anos em que a ENAP enfrentou críticas e resistência das Universidades, hoje há dialogo e parceira, principalmente na produção e difusão do conhecimento.

Então aqui, aqui eu acho que é isso é o centro nervoso, as discussões estão acontecendo, os dilemas são discutidos e são problematizadas.

Ela é um centro de conexão, ela se percebe, os ministérios conseguem falar aqui. Os órgãos, é inclusive na esfera estadual, conseguem falar, com dificuldades mas conseguem. Então, é essa conexão, como é que ela se apresenta com esse ente que articula, ela tem vida própria.

Já o aspecto da difusão do conhecimento, relatado acima, está associado ao propósito da ENAP, e foi bastante citado pelos entrevistados, em contraponto a um dos aspectos considerados frágeis na história da ENAP, a pesquisa. Os entrevistados lembram que a prática de pesquisa da ENAP deve ser aplicada, voltada para a investigação de problemas práticos do fazer governamental, bem como valer-se de métodos que busquem solucionar as questões do “mundo real”. Há uma crítica quanto à pesquisa acadêmica, uma vez que o tempo da solução

esperada para “problemas públicos” são iminentes.

A partir da análise documental se identificou que a produção e disseminação de informações foi um tema estratégico abordado pela ENAP no período 2001-2003, por conta de seu vínculo com a qualificação permanente dos dirigentes e gerentes estratégicos do Governo Federal.

A Revista do Serviço Público (RSP) tem história anterior à ENAP. A RSP foi criada em 1937, com periodicidade mensal e era ligada ao Conselho do Serviço Público Civil. No ano seguinte, foi criado o Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), o qual incorporou a edição da revista, até então a única publicação nacional a tratar de administração pública. O nascimento da Revista foi concomitante e diretamente associado às primeiras tentativas sistemáticas de organizar o Estado com um amplo corpo funcional qualificado. Aparição de textos mais acadêmicos foi interrompida no início do regime militar em 1964. Nesse período, a Revista passou a ter caráter bem mais oficial, publicando artigos de ministros, juízes e membros do alto escalão.

A RSP passou por vários formatos gráficos e mudanças de diretrizes, que refletiram em seus editoriais. No primeiro deles, em novembro de 1937, afirmava-se que o surgimento da Revista se relacionava à necessidade constante de o funcionário manter-se atualizado, indo além da cultura básica exigida quando da entrada no serviço público. A publicação foi interrompida em 1974 e retornou em 1981. Com a abertura democrática, a Revista voltou a circular em 1981, a partir de então publicada pela Fundação Centro de Formação do Servidor Público (FUNCEP). O grande motor temático desse período foi a desburocratização e o foco do segmento de leitores voltou a abranger todos os níveis de servidores públicos. O seu lado acadêmico teve menor peso na revista nesse período, inflexão percebida também no formato da revista, renovado no final de 1985.

A publicação, novamente descontinuada em 1990, ressurgiu em 1994 retomando suas características originais. Mais uma vez a RSP foi associada a um movimento de reforma do Estado brasileiro, simultâneo à revisão da Constituição de 1988. Nesse período, surgiram temas como o gerencialismo, a necessidade de um novo pacto federativo, a governabilidade e a articulação entre os poderes executivo e legislativo,

A periodicidade da revista, durante seus quase 70 anos de existência, é variada. A publicação nasceu como revista mensal, foi publicada trimestralmente entre 1962 e 1965, sofreu grande irregularidade entre 1966 e 1969, passou a ser quadrimestral entre 1970 e 1973 e voltou

a ser trimestral em 1974, antes de ser interrompida ao final do mesmo ano. Vale ressaltar que a periodicidade da Revista variou ao longo dos anos, mas desde 1998, tem sido trimestral. (ENAP, 2006).

Durante todo o período de sua existência, mesmo após as suspensões e a extinção do DASP, há uma constante marcante na Revista: a preocupação com a modernização e reforma do serviço público. Seja a reforma profissionalizante de Vargas, seja o desenvolvimentismo estatal do período militar, a desburocratização nos anos 80 ou a reforma gerencial do período Bresser em meados da década de 90 (ENAP, 2006).

A RSP, um dos motivos de orgulho da ENAP, faz parte das atividades estratégicas para que a Escola cumpra os seus papéis.

Outra coisa, eu quis resgatar a capacidade, pelo menos, da ENAP de ser e se tornar também um centro editorial, de editoração, de publicações. Isso eu acho que eu fui feliz porque a gente chegou a publicar um volume por mês [ trecho de entrevista]

. Então publicações foi um ponto importante, a Revista do Serviço Público que foi muito importante a gente traduzir artigos do debate internacional. [ trecho de entrevista]

A revista é uma revista aplicada. [ trecho de entrevista]

O trabalho que é feito na área pública por exemplo, à revista do serviço público é essencial, é assim importantíssimo. [ trecho de entrevista]

Nessa perspectiva, o que se busca é uma publicação que contribua cada vez mais no tocante à análise e à discussão de temas relevantes para a melhoria da gestão governamental, assim como para a difusão de ideias e informações inovadoras sobre administração e políticas públicas. Uma revista que permita aos dirigentes e gestores o acesso tanto a abordagens teóricas e reflexivas, quanto a estudos que anunciem e reportem ideias e experiências cujo conhecimento possa significar uma contribuição importante para o aumento da efetividade e da eficácia do serviço público (ENAP, 2006).

Outro importante componente da missão da ENAP na difusão do conhecimento em gestão pública é a Biblioteca Graciliano Ramos. Em 1981, a Biblioteca e a parte de pesquisa e publicações da ENAP, compunham o Centro de Documentação, Informação e Difusão (CDI). O CDI tinha como finalidade a coordenação, o acompanhamento, a avaliação e o desenvolvimento dos processos de coleta, tratamento, armazenamento e disseminação de informações científicas e tecnológicas de interesse da então FUNCEP. Havia uma preocupação em atender às demandas internas e, apenas em um segundo momento, aos demais segmentos da administração pública (ENAP, 2006).

Em agosto de 2003, o CDI passou a se chamar Biblioteca Graciliano Ramos, com a função de coordenar a execução das atividades de acervo documental e bibliográfico, tendo em

vista a consolidação e divulgação de informações e conhecimentos relativos à gestão pública (ENAP, 2006).

Em paralelo às publicações próprias, a ENAP sempre teve a preocupação de traduzir e publicar livros de referência nos diversos temas relacionados à gestão pública.

A CasoTeca é um acervo virtual de estudos de caso com foco na administração pública. Os casos são de acesso gratuito e pretendem estimular o uso de técnicas inovadoras para o ensino, cobrindo temas como ética, políticas públicas, diversidade, gestão de programas e projetos, inovação e outros.

Em uma escola de governo como a ENAP, as atividades formativas possuem caráter profissionalizante e são desenvolvidas com o propósito de contribuir para a promoção de melhorias constantes na gestão pública. Isso evidencia a necessidade de desenvolver uma metodologia de ensino que permita a reflexão teórica a partir de situações concretas do setor público (ENAP, 2016).

Você valoriza a experiência do servidor, que enfrenta uma série de problemas ao longo da vida, você sistematiza isso de uma metodologia que é diferente, no estudo de caso acadêmico, então, precisa saber, tem técnica... [ trecho de entrevista]

Possibilitar o uso dos casos numa Escola de Governo, você valoriza e ressignifica a experiência do servidor. você faz gestão do conhecimento, você... você pode preservar o conhecimento daquela organização, você... e isso tudo[ trecho de entrevista]

Então, a ENAP, uma Escola de Governo, que não valoriza isso, está perdendo tempo[...][ trecho de entrevista]

A proposta educacional da ENAP está voltada para o ensino de aplicação, no qual a metodologia de estudos de caso está diretamente relacionada. O ensino de aplicação consiste na estruturação dos processos de aprendizagem em que os alunos são participantes ativos. Incorpora a prática e a vivência profissional dos participantes à intervenção didática, considerando-os como agentes principais de sua aprendizagem. Por isso, a ENAP assumiu como uma de suas prioridades, a elaboração de estudos de caso e o fomento do seu uso na formação profissional (ENAP, 2006).

No seu papel de difusão de conhecimento e práticas na gestão pública, a ENAP promove o Concurso Inovação no Setor Público, anualmente, desde 1996, em parceria com o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.

O próprio Prêmio Inovação que eu acho fantástico, acho que isso é muito bom[ trecho de entrevista]

mas como é que a gente vai juntar pesquisa com ensino?”, então, o Inovação que o passei a dar maior divulgação para ele, e incentivar os professores, eu pegava aquele caderno que a gente publica o livro das espécies, distribuía isso para os professores[ trecho de entrevista]

se justifica até o prêmio inovação nesse sentido, né. reconhecer as práticas bem sucedidas da máquina pública. Então tem um papel importante[ trecho de entrevista]

Essa premiação valoriza as equipes de servidores públicos que, comprometidos com o alcance de melhores resultados, dedicam-se a repensar atividades cotidianas por meio de pequenas ou grandes inovações que gerem melhoria na gestão das organizações e políticas públicas, contribuam para o aumento da qualidade dos serviços prestados à população e tornem mais eficientes as respostas do Estado diante das demandas da sociedade.

A conexão de saberes é fortalecida pela prática da cooperação internacional. Apesar da recusa da assessoria internacional da ENAP para participar desta pesquisa, a partir dos depoimentos coletados e da análise documental foi possível compreender que este é um aspecto marcante na história organizacional desde a sua origem.

Nós (...) demos muita ênfase em cooperação internacional. [ trecho de entrevista]

Então aquilo que a Regina já vinha fazendo, de cooperação internacional, eu tive condição de intensificar muito, com os canadenses, com os franceses, com os espanhóis... e na América Latina, o que é um aprendizado importante para a administração pública brasileira[ trecho de entrevista]

o que o internacional nos deu foi a oportunidade de desenvolver o pessoal interno[ trecho de entrevista] parceria com o Canadá que durou cerca de oito ou dez anos, afetou demais a capacidade !. Contribuiu muito para a ENAP amadurecer e crescer. Estabeleceu-se uma relação de maturidade sobre o que é cooperação também, que não é receber, é uma relação de parceria mesmo, entre iguais[ trecho de entrevista]

essa cooperação com o Canadá interferiu bastante na capacidade, nos cursos que nós temos dentro da escola e dos próprios funcionários que vão lidando... aprendendo a lidar com esses cursos[ trecho de entrevista]

Então é interessante olhar pelo viés da cooperação também, que mostra o crescimento da capacidade, recebendo e depois tendo capacidade para ofertar[ trecho de entrevista]

a gente sempre teve muita cooperação internacional. Então a gente aprendeu muito com outros países[ trecho de entrevista]

Foi eu acho também muito marcante principalmente na cooperação que a gente fez com o Canadá, foi muito bom para a escola[ trecho de entrevista]

buscou cooperação com a ENAP francesa e com a escola do Canadá, quer dizer, ela buscou referências internacionais aonde o ensino era aplicado[ trecho de entrevista]

Buscar novos conhecimentos e metodologias aplicáveis à realidade da administração pública brasileira, trazer o olhar externo para a atuação da ENAP, repensar e avaliar constantemente a produção da Escola. É com esses objetivos que a Escola vem, ao longo de sua trajetória, conduzida pelas ações de cooperação internacional, pela experiência do Programa de Parcerias e pela mobilização da Rede Nacional de Escolas de Governo (ENAP, 2006).

Com base nos projetos de cooperação com vários países (França, Canadá, Espanha, Portugal, Reino Unido) a ENAP fortaleceu, internamente, as áreas de engenharia pedagógica e de formação, desenvolveu novos cursos e consultorias em temas estratégicos.

Os projetos visaram também à qualificação e ao aperfeiçoamento do quadro técnico da Escola, bem como à oferta de produtos e serviços inovadores em gestão pública, à modernização tecnológica da Escola e à especialização do acervo da Biblioteca. Os programas de formação para carreiras e especializações, de educação continuada e a área de pesquisa são

fortemente beneficiados pela cooperação e intercâmbio internacionais, com destaque nos avanços em capacitação de dirigentes e na educação à distância (ENAP, 2006).

Para potencializar a atuação da ENAP em escala nacional, a Escola desenvolve, desde 1996, o Programa de Parcerias com centros de capacitação e escolas de governo estaduais e municipais. O programa tem como objetivos proporcionar aos servidores públicos federais, lotados em órgãos situados fora do Distrito Federal, a oportunidade de participar de cursos regulares da ENAP; ampliar a atuação da Escola em território nacional mediante a difusão dos cursos de educação continuada; viabilizar seus cursos, com menor custo, às organizações públicas que se encontram fora de Brasília; e promover o intercâmbio de conhecimentos e experiências entre entidades públicas que se dedicam à capacitação de servidores públicos.

A Rede Nacional de Escolas de Governo é a configuração do espaço de interlocução, troca de informações e identificação de pontos de apoio entre as instituições de formação e capacitação de servidores públicos. Desde 2003, a ENAP iniciou a articulação deste espaço.

A Rede foi idealizada com o objetivo de reduzir o isolamento e ampliar as capacidades das escolas de governo federais, estaduais e municipais, por meio do compartilhamento de conhecimentos e experiências e do incentivo à formação de parcerias.

A forma de conexão em estrutura menos hierarquizada, como a rede, busca garantir a horizontalidade e flexibilidade das relações e o respeito à diversidade das escolas de governo decorrente da heterogeneidade que caracteriza as regiões do País. A rede integra, hoje, 262 escolas de governo, das quais 96 são federais, 104 estaduais, 62 municipais. Encontros presenciais para debater temas de interesse comum entre as escolas têm sido a principal estratégia de atuação da rede. Desde a sua criação, já foram realizados onze encontros nacionais (ENAP, 2016).

Quando o tema é pesquisa, novamente surge a questão da fragilidade de não possuir um quadro funcional com as competências desejadas e alinhadas aos propósito e objetivos organizacionais da ENAP.

mas na área de pesquisa, a ENAP, nunca foi um IPEA[ trecho de entrevista]

de pesquisas importantes que tenham influenciado políticas públicas no Brasil, [...], ela nunca conseguiu se estabelecer nessa área. [ trecho de entrevista]

a ENAP tem pouca pesquisa [...][ trecho de entrevista]

Métodos à serviço do problema. Então a gente tem aqui isso, que também é uma coisa forte para a escola. Esse contato com o problema público [...] com mundo real. Então eu acho que isso é coisa boa. Boa para à escola [ trecho de entrevista]

[...] porque a ENAP, ela não tinha, nunca teve um orçamento grande, ... era um lugar que poderia ter um corpo mínimo, sempre foi uma discussão que nós tivemos na escola, por que a gente não tem um corpo mínimo? Por que? Isso ia garantir várias coisas. [ trecho de entrevista]

Ao mesmo tempo que se entende que a ENAP não avançou nas questões relacionados à pesquisa, em parte, por conta do corpo funcional, há uma clareza que a pesquisa deve ser voltada para a prática e não seguir a tradição da pesquisa acadêmica. De maneira geral, admite-se que os problemas de governo demandam soluções aplicadas.

Resume-se na Figura 12 os elementos que constituíram a competência de ser um espaço de encontro de competência, conformando a ENAP como um espaço plural, crítico e autônomo na produção e difusão do conhecimento em gestão pública no Brasil, ao longo da da sua história, convergindo assim em um espaço propício de encontro de competências individuais, coletivas e organizacionais no pensar e na prática da ação administrativa do governo.

Fonte: elaboração própria