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espontaneamente; 9[ZV/ QQQ:-

As operaçfes mentais decorrentes das atitudes e prIticas de integração no campo da pesuisa/

segundo ),!i<Strauss/ aEudam o in!estigador a con^rontar<se com seu o3Eeto diretamente/ pois

^az assim uma?

;Sociologia de carne e osso ue mostra os "omens engaEados no seu prKprio de!ir "istKrico e

instalados em seu espaço geogrI^ico concreto; 9ZV/ QQ:-

$ acrescenta de ^orma radical a a^irmação de Mauss so3re seu o3Eeto de estudo?

;4ão , a prece ou o dom ue importa entender/ o ue conta , o melan,sio de tal ou tal il"a-

Contra o teKrico/ o o3ser!ador de!e ter sempre a última pala!ra e contra o o3ser!ador/ o

indígena; 9[ZV/ Q:-

0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2* RZ

São componentes do tra3al"o de campo duas categorias ^undamentais ue tentaremos a3ordar mais eXausti!amente?(a#  Ente*ista,nome gen,rico no ual incluiremos di^erentes a3ordagens ue podem ser decompostas em? entre!ista a3erta/ entre!ista estruturada/ entre!ista semi<estruturada/ entre!istas atra!,s de grupos ^ocais e "istKrias de !ida- 0azem parte da relação mais ^ormal do tra3al"o de campo em ue intencionalmente o pesuisador recol"e in^ormaçfes atra!,s da0A)A dos atores sociais- Dada a importncia desse momento da pesuisa a3ordaremos as di!ersas ^ormas de entre!istas e daremos 8n^ase ao re^erencial teKrico so3re a0A)A e seu conteXto atra!,s da categoria +epesentaç1es Sociaise/ em particular/ +epesentaç1es Sociais de Saúde=Doença, (b#  /bse*ação 'aticipantecomo o momento

ue en^atiza as relaçfes in^ormais do pesuisador no campo- $ssa ;in^ormalidade aparente; re!este<se por,m de uma s,rie de pressupostos/ de cuidados teKricos e prIticos ue podem ^azer a!ançar ou tam3,m preEudicar o con"ecimento da realidade proposta-

2ela sua importncia/ o tra3al"o de campo tem ue ser pensado a partir de re^erenciais teKricos e tam3,m de aspectos operacionais ue en!ol!em uestfes conceituais- Hsto ,/ não se pode pensar um tra3al"o de campo neutro- A ^orma de realizI<lo re!ela as preocupaçfes cientí^icas dos pesuisadores ue selecionam tanto os ^atos a serem coletados como o modo de recol"8<los- $sse cuidado ^az<nos lem3rar mais uma !ez ue o campo social não , transparente e tanto o pesuisador como os atores/ suEeitos<o3Eeto da pesuisa inter^erem dinamicamente no con"ecimento da realidade-

A $ 4&5$.HS&A

Ao lado da o3ser!ação participante/ aente*ista _ tomada no sentido amplo de comunicação !er3al/ e no sentido restrito de col"eita de in^ormaçfes so3re determinado tema cientí^ico _ , a t,cnica mais usada no processo de tra3al"o de campo-

RY 0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2*

;Con!ersa a dois/ ^eita por iniciati!a do entre!istador/ destinada a ^ornecer in^ormaçfes pertinentes para um o3Eeto de pesuisa/ e entrada 9pelo entre!istador: em temas igualmente pertinentes com !istas a este o3Eeti!o; 9[\Q/ VQ:-

A re^erida conceituação poderia ser replicada com peuenas di^erenças/ pelos di^erentes autores ue tratam do tema 9&"iollent? [ZY Sc"rader? [\Y Mic"elat? [ZV andel? [ZQ Goode 1 6att? [VQ 6yman? [V:-

Mediante a entre!ista podem ser o3tidos dados de duas naturezas?(a#os ue se re^erem a ^atos ue o pesuisador poderia conseguir atra!,s de outras ^ontes como censos/ estatísticas/ registros ci!is/ atestados

de K3itos etc- São dados a ue )und3erg c"ama ;o3Eeti!os; 9[\: 2arga 4ina denomina ;concretos; 9[YU: e Gur!itc" 9[VV: os uali^ica como pertencentes ao ní!el ;ecolKgico ou mor<^ olKgico; da realidade/(b#os ue se re^erem diretamente ao indi!í d uo entre!istado/ isto ,/ suas atitudes/ !alores e opinifes- São in^ormaçfes ao ní!el mais pro^undo da realidade ue os cientistas sociais costumam denominar ;su3Eeti!os;- SK podem ser conseguidos com a contri3uição dos atores sociais en!ol!idos- Desta ^orma a entre!ista como ^onte de in^ormação ^ornece dados secundIrios e primIrios/ re^erentes/ segundo Ja"oda/ a ;^atos id,ias/ crenças/ maneira de pensar opinifes/ sentimentos/ maneiras de sentir maneiras de atuar conduta ou comportamento presente ou ^uturo razfes conscientes ou inconscientes de determinadas crenças/ sentimentos/ maneiras de atuar ou comportamentos; 9[V/VQ:-

Segundo a ^orma em ue se estrutura a entre!ista/ ela pode ser de !Irios tipos- 6onningmann o^erece a seguinte classi^icação?(a#sondagem de opinião/ ela3orada mediante uestionIrio totalmente estruturado/ onde a escol"a do in^ormante estI condicionada pela multiplicidade de respostas apresentadas pelo entre!istador(b#entre!ista semi<estruturada ue com3ina perguntas ^ec"adas 9ou estruturadas: e a3ertas/ onde o entre!istado tem a possi3ilidade de discorrer o tema proposto/ sem respostas ou condiçfes pre^iXadas pelo pesuisador(c#entre!ista a3erta/ uando o in^ormante discorre li!remente so3re o tema

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con!ersa so3re determinado tema sem pr,!io roteiro(e#entre!ista proEeti!a/ isto ,/ centrada em t,cnicas !isuais 9uadros/ pinturas/ ^otos: usada uase sempre para apro^undar in^ormaçfes so3re determinado grupo 96onnigmann? [V:-

2odemos dizer ue as di^erentes ^ormas de entre!istas se resumem em ;estruturada; e ;não<estruturada; entre as uais "I !Irias modalidades ue se di^erenciam em maior ou menor grau pelo ^ato de serem mais ou menos dirigidas- A entre!ista ^ocalizada ue pode ser ^eita tanto com um par de interlocutores/ como em grupo/ tem suas raízes no não<direti!ismo de Carl 5ogers e ^oi introduzida nas ci8ncias sociais/ de ^orma mais ela3orada/ por Merton 9[V\? Vs:- $la pertence h categoria mais geral de pesuisa a3erta ou não<estruturada e !isa a colocar as respostas do suEeito no seu prKprio conteXto/ e!itando<se a pre!al8ncia comum nos uestionIrios estruturados/ do uadro conceituai preesta3elecido do pesuisador-

A discussão do campo conceituai daente*istacomo t,cnica de coleta de in^ormaçfes , amplo e contempla uma s,rie de uestfes ue !ão desde a ^idedignidade do in^ormante ao lugar social do pesuisador- 2ara ^ins de nosso tra3al"o centraremos o tema em dois aspectos ue retiram a entre!ista do

campo supostamente neutro da ;coleta de dados;/ para a arena dos con^litos e contradiçfes?(a#$m primeiro lugar/ trataremos de status dapala*a, dafala indi*idualcomo re!eladora dos cKdigos de

sistemas e !alores contraditKrios- * assunto nos remete h discussão dos crit,rios de representati!idade da ^ala/ particularmente da representati!idade ualitati!a na pesuisa social(b#$m segundo lugar/ a3ordaremos a discussão do carIter da interação social ue estI em Eogo na relação

pesuisadorFpesuisado- $ste ponto traz luz so3re as implicaçfes sKcio<políticas/ culturais e ideolKgicas de uma prItica social ue pretende ter crit,rios de o3Eeti!idade-

a#  pala!ra como sím3olo de comunicação por eXcel8ncia

* ue torna a entre!ista instrumento pri!ilegiado de coleta de in^ormaçfes para as ci8ncias sociais , a possi3ilidade de a ^ala ser re!eladora de condiçfes estruturais/ de sistemas de !a^ores/ normas e sím3olos

R 0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2*

gia de transmitir/ atra!,s de um porta<!oz/ as representaçfes de grupos determinados/ em condiçfes "istKricas/ sKcio<econjmicas e culturais especí^icas-

.Irios estudiosos apontam essa particularidade de a comunicação !er3al ser uma ^orma pri!ilegiada de interação e para a sua densidade enuanto ^ato social-

%ak"tin considera a pala!ra como o ^enjmeno ideolKgico por eXcel8ncia? ;a pala!ra , o modo mais puro e sensí!el de relação social;- $ continua?

;$Xiste uma parte muito importante da comunicação ideolKgica ue não pode ser !inculada a uma es^era ideolKgica particular? trata<se da comunicação da !ida cotidiana- * material pri!ilegiado de comunicação na !ida cotidiana , a pala!ra; 9[Y\? U\s:-

$sse mesmo autor de^ine o carIter "istKrico e social da ^ala como um campo de eXpressão das relaçfes e das lutas sociais ue ao mesmo tempo so^re os e^eitos da luta e ser!e de instrumento e de material para a sua comunicação- Cada ,poca e cada grupo social t8m seu repertKrio de ^ormas de discurso na comunicação ue , inteiramente determinada pelas relaçfes de produção e pela estrutura sKcio<política 9[Y\/\:- ;A pala!ra , a arena;/ diz ele/ ;onde se con^rontam os !alores sociais contraditKrios; 9[Y\/:- Atra!,s da comunicação !er3al _ ue , inseparI!el de outras ^ormas de comunicação _ as pessoas ;re^letem e re^ratam; con^litos e contradiçfes prKprios do sistema de dominação/ onde a

resist8ncia estI dialeticamente relacionada com a su3missão-

2reocupado com a teoria da prItica da pesuisa/ %ourdieu contri3ui com algumas pistas/ em resposta a uma indagação ^reente na pesuisa social/ particularmente nas entre!istas não<estruturadas? $m ue sentido a ^ala de um , representati!a da ^ala de muitos Suas re^leXfes se re^erem h interação in^ormal na situação de o3ser!ação e h relação ^ormal ue se dI na entre!ista- Segundo a autor/ a identidade de condiçfes de eXist8ncia/ tende a reproduzir sistemas de disposiçfes semel"antes/ atra!,s de uma "armonização o3Eeti!a de prIticas e o3ras?

TMÊ

TMÊE64E78 TRAA;< D$ CAM2*

gn de transmitir/ atra!,s de um porta<!oz/ as representaçfes de grupos determinados/ em condiçfes "istKricas/ sKcio<econjmicas e culturais especí^icas-

.Irios estudiosos apontam essa particularidade de a comunicação !er3al ser uma ^orma pri!ilegiada de interação e para a sua densidade enuanto ^ato social-

%ak"tin considera a pala!ra como o ^enjmeno ideolKgico por eXcel8ncia? ;a pala!ra , o modo mais puro e sensí!el de relação social;- $ continua?

;$Xiste uma parte muito importante da comunicação ideolKgica ue não pode ser !inculada a uma es^era ideolKgica particular? trata<se da comunicação da !ida cotidiana- * material pri!ilegiado de comunicação na !ida cotidiana , a pala!ra; 9[Y\? U\s:-

$sse mesmo autor de^ine o carIter "istKrico e social da ^ala como um campo de eXpressão das relaçfes e das lutas sociais ue ao mesmo tempo so^re os e^eitos da luta e ser!e de instrumento e de material para a sua comunicação- Cada ,poca e cada grupo social t8m seu repertKrio de ^ormas de discurso na comunicação ue , inteiramente determinada pelas relaçfes de produção e pela estrutura sKcio<política 9[Y\/\:- ;A pala!ra , a arena;/ diz ele/ ;onde se con^rontam os !alores sociais contraditKrios; 9[Y\/:- Atra!,s da comunicação !er3al _ ue , inseparI!el de outras ^ormas de comunicação _ as pessoas ;re^letem e re^ratam; con^litos e contradiçfes prKprios do sistema de dominação/ onde a

resist8ncia estI dialeticamente relacionada com a su3missão-

2reocupado com a teoria da prItica da pesuisa/ %ourdieu contri3ui com algumas pistas/ em resposta a uma indagação ^reente na pesuisa social/ particularmente nas entre!istas não<estruturadas? $m ue sentido a ^ala de um , representati!a da ^ala de muitos Suas re^leXfes se re^erem h interação in^ormal na situação de o3ser!ação e h relação ^ormal ue se dI na entre!ista- Segundo a autor/ a identidade de condiçfes de eXist8ncia/ tende a reproduzir sistemas de disposiçfes semel"antes/ atra!,s de uma "armonização o3Eeti!a de prIticas e o3ras?

0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2* 

;&odos os mem3ros do mesmo grupo ou da mesma classe são produtos de condiçfes o3Eeti!as id8nticas- Daí a possi3ilidade de se eXercer na anIlise da prItica social/ o e^eito deuni*esali@açãoe de paticulai@ação,na medida em ue eles se "omogeneizam/ distinguindo<se dos outros; 9[ZU/ YR:-

&eorizando so3ra a prItica da pesuisa de campo/ a^irma ue as condutas ordinIrias da !ida se prestam a uma deci^ração ainda ue pareçam automIticas e impessoais- $las são signi^icantes/ mesmo sem intenção de signi^icar e eXprimem uma realidade o3Eeti!a ue ;eXige apenas a reati!ação da intenção !i!ida daueles ue as cumprem; 9[ZU/Y:- Hnsiste %ourdieu?

;Cada agente/ ainda ue não sai3a ou ue não ueira/ , produtor e reprodutor do sentido o3Eeti!o/ porue suas açfes são o produto de um modo de agir do ual ele não , o produtor imediato/ nem tem o domínio completo; 9[ZU/YQ:-

As id,ias de %ourdieu ^azem parte do de3ate so3re a uestão da representatí!idade na pesuisa ualitati!a- %aseiam<se no esuema teKrico do ue denomina ;"a3itus;/ isto ,?

;(m sistema de disposiçfes durI!eis e trans^erí!eis ue integram todas as eXperi8ncias passadas e ^unciona a todo momento como matriz de preocupaçfes/ apreciaçfes e açfes- * >"a3itus> torna possí!el o cumprimento de tare^as in^initamente di^erenciais/ graças hs trans^er8ncias analKgicas de esuemas ue permitem resol!er os pro3lemas/ da mesma ^orma/ graças hs correçfes incessantes dos resultados o3tidos

e dialeticamente produzidos por estes resultados; 9%ourdieu? [ZU/ZY s:- * autor compara o ;"a3itus; com o inconsciente?

;* inconsciente da "istKria ue a "istKria produz/ incorporando as estruturas o3Eeti!as ue ele produz nesta uase natureza ue , o >"a3itus>; 9[Z/Z[:-

Q 0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2*

Dir<se<ia ue ele , como uma lei ;imanente; depositada em cada ator social desde a primeira in^ncia/ a partir de seu lugar na estrutura social- São marcas das posiçfes e situaçfes de classe-

Segundo %ourdieu/ o ;"a3itus; , a mediação uni!ersalizante ue proporciona hs prIticas sem razfes eXplícitas e sem intenção signi<^icante/de um agente singula,seu sentido/ sua razão e sua organi<cidade- 2ortanto?

;As relaçfes interpessoais numa pesuisa/ nunca são apenaselaç1es de indi*duose a !erdade da interação não reside inteiramente na interação; 9---: ;, a posição presente e passada na estrutura social ue os indi!íduos trazem consigo em ^orma de >"a3itus> em todo o tempo e lugar/ ue marca a relação; 9[ZU/Y:-

Sapir concorda com %ourdieu uando a^irma ue ;o indi!íduo , um portador passi!o de tradiçfes;- $ ele mesmo se corrige ao de^inir em termos mais dinmicos ue

;* indi!íduo concretiza so3 mil ^ormas possí!eis id,ias e modos de comportamento implicitamente inerentes hs estruturas ou hs tradiçfes de uma sociedade dada; 9[\Z/ Y[:-

Acrescenta/ re^erindo<se h entre!ista?

;Se um testemun"o indi!idual , gra!ado ou comunicado/ isto não uer dizer ue se considera tal indi!íduo precioso em si mesmo- $ssa entidade adulta e singular , tomada como amostra da continuidade; 9[\Z/ [R:-

$ssa possi3ilidade eXiste/ na medida em ue o comportamento social e o indi!idual o3edece a modelos culturais interiorizados/ ainda ue de ^orma con^litante- Goldmann nos lem3ra ue a consci8ncia coleti!a 9de classe: sK eXiste nas consci8ncias indi!iduais/ em3ora não seEa a soma delas 9[\Z/Y: e )ukIcs concorda ue nas consci8ncias indi!iduais se eXpressa a consci8ncia coleti!a/ pois o pensamento indi!idual se integra no conEunto da !ida social pela anIlise da ^unção "istKrica das classes sociais 9[Z/ \\:-

0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2* U

As citadas re^leXfes ue respondem h uestão da representati<!idade ualitati!a do indi!íduo em relação h sociedade conduzem a outras perguntas? em ue condiçfes esses indi!íduos representam e em ue medida o indi!íduo ^ala por si mesmo 4outras pala!ras/ os indi!íduos são aleatoriamente intercam3iI!eis

Sim e não/ seria a resposta- 2orue ao mesmo tempo em ue os modelos culturais interiorizados são re!elados numa entre!ista/ eles re^letem o carIter "istKrico e especí^ico das relaçfes sociais- Desta ^orma os depoimentos t8m ue ser colocados num conteXto de classe/ mas tam3,m de pertin8ncia a uma geração/ a um seXo/ a ^iliaçfes di^erenciadas etc- $ porue cada ator social se caracteriza por sua participação/ no seu tempo "istKrico/ num certo número de grupos sociais/ in^orma so3re uma

;su3cultura; ue l"e , especí^ica e tem relaçfes di^erenciadas com a cultura dominante-

Al,m disso/ como a^irma Sc"utz/ cada ator sociale8peimentaecon$eceo ^ato social de ^orma peculiar-  a constelação das di^erentes in^ormaçfes indi!iduais !i!enciadas em comum por um grupo/ ue permite compor o uadro glo3al das estruturas e das relaçfes/ onde o mais importante não , a soma dos elementos/ mas a compreensão dos modelos culturais e da particularidade das determinaçfes 9[V/ Q\\:- $ssa compreensão do indi!íduo como representati!o tem portanto ue ser completada com as !ariI!eis prKprias tanto da especi^icidade "istKrica como dos determinantes das relaçfes sociais- $/ tam3,m/ dentro

do prKprio grupo ou comunidade al!o da pesuisa/ com uma di!ersi^icação ue contemple as "ipKteses/ pressupostos e !ariI!eis estrat,gicas pre!istas para a compreensão do o3Eeto de estudo- -< H'

b# interação entre o pesuisador e os atores sociais no campo

Com relação aos aspectos do intercm3io pesuisadorFpesuisado/ as o3ser!açfes em de3ate nas Ci8ncias Sociais são de dois ní!eis/ <am3as dando rele!ncia ao carIter pro3lemItico da interação- De um lado estão as teorias ue en^atizam a situação de desigualdade em ue a entre!ista se processa- Suas conclusfes tendem a se ^iXar em posiçfes ;reprodutí!istas;- De outro lado estão os ue ressaltam/ do

 0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2*

ponto de !ista cultural/ a interação como algo intrinsecamente con^li<ti!o- 2or,m/ con^ere autoria do produto ao pesuisador e aos pesuisados/ recon"ecendo a possi3ilidade de uns e outros marcarem a

ualidade do des!endamento do social-

A premissa 3Isica/ em am3os os casos/ , de ueente*istanão , simplesmente um tra3al"o de coleta de dados/ mas sempre uma situação de inteaçãona ual as in^ormaçfes dadas pelos suEeitos podem ser pro^undamente a^etadas pela natureza de suas relaçfes com o entre!istador-

Dentro da primeira concepção apontada acima/ entendemos a situação de ente*ista% (a#Como uma troca desigual entre os atores da relação- Hsso acontece so3 !Irios ngulos? não , o entre!istado ue toma iniciati!a os o3Eeti!os reais da pesuisa geralmente l"e são estran"os sua c"ance de tomar iniciati!a em relação ao tema , pouca? , o pesuisador ue dirige/ controla e orienta as digressfes e concede a pala!ra/ mesmo uando tenta deiXI<lo h !ontade- A atitude simpItica e 3en,!ola do estudioso minimiza o impacto/ mas não anula a relação institucional entre os atores da interação colocados em posição de desigualdade- Mesmo nas c"amadas ;pesuisa participante; e ;pesuisa<ação; essas uestfes se colocam/ em3ora de ^orma di^erente(b#A pesuisa ^ica prisioneira da di!isão social do tra3al"o tradicional na sociedade capitalista onde o pesuisador/ em posição institucional de poder/ se atri3ui o la3or do uestionamento dos outros/ da sociedade e de si mesmo o suEeito 9o entre!istado: ;produz; material ue serI ulteriormente ;eXplorado;/ con^orme sugere )illiane andel?

;Com uadros de re^er8ncias e o3Eeti!os ue na maioria das !ezes são estran"os- A reciprocidade uando eXiste 9direito de interrogar o interrogador: , outorgada; 9[ZQ/ QV<\:-

Certamente o recon"ecimento dos dois condicionantes da situação de pesuisa des!enda os aspectos da dominação implícitos na prItica da in!estigação social/ tal como , le!ada nos centros acad8micos- $ssa re!elação/ ue tem por !ezes resultado em atitudes de imo3ilismo em relação h prItica da pesuisa/ para ser coerente/ necessita se colocar ao ní!el da totalidade das relaçfes no sistema capitalista-

0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2* V

4ão , apenas a situação de pesuisa ue realiza de ^orma especí^ica uma ^orma de dominação/ mas ela em si ^az parte do conEunto de reprodução das desigualdades ue permeiam a di!isão social do tra3al"o no sistema do ual ^azemos parte- 5econ"ecer isso não isenta as implicaçfes de ordem sKcio<política e

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