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ESQUEMA GRÁFICO DO CONTO

No documento Prof. Dr. Ozíris Borges Filho (org.) (páginas 35-40)

INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA PARA APROFUNDAMENTO

MARIA, Luzia de. O que é conto. São Paulo: Brasiliense, 1984.

MOISÉS, Massaud. A criação literária: prosa I. São Paulo: Cultrix, 2006. _____________ . Dicionário de termos literários. São Paulo: Cultrix, 2004. _____________ . Literatura: mundo e forma. São Paulo: Cultrix, 1982. MORENO, Armando. Biologia do conto. Coimbra: Almedina, 1987.

PIGLIA, Ricardo. Teses sobre o conto e Novas teses sobre o conto In Formas breves. Companhia das Letras, 2004.

Unidade de tempo Diálogo dominante Descrição tende a anular-se Narração tende a anular-se Dissertação tende a anular-se Nº reduzido de personagens Unidade de espaço Unidade dramática C O N T O

REIS, Carlos & LOPES, Ana Cristina M. Dicionário de teoria da narrativa. São Paulo: Ática, 1988.

LEITURA COMPLEMENTAR

Decálogo do perfeito contista Horacio Quiroga

I - Crê em um mestre - Poe, Maupassant, Kipling, Tchecov - como em Deus.

II - Crê que tua arte é um cume inacessível. Não sonhes alcançá-la. Quando puderes fazê-lo, conseguirás sem ao menos perceber. III - Resiste o quando puderes à imitação, mas imite se a demanda for demasiado forte. Mais que nenhuma outra coisa, o desenvolvimento da personalidade requer muita paciência.

IV - Tem fé cega não em tua capacidade para o triunfo, mas no ardor com que o desejas. Ama tua arte como à tua namorada, de todo o coração.

V - Não comeces a escrever sem saber desde a primeira linha aonde queres chegar. Em um conto bem-feito, as três primeiras linhas têm quase a mesma importância das três últimas.

VI - Se quiseres expressar com exatidão esta circunstância: "Desde o rio soprava o vento frio", não há na língua humana mais palavras que as apontadas para expressá-la. Uma vez dono de tuas palavras, não te preocupes em observar se apresentam consonância ou dissonância entre si. VII - Não adjetives sem necessidade. Inúteis serão quantos apêndices coloridos aderires a um substantivo fraco. Se encontrares o perfeito, somente ele terá uma cor incomparável. Mas é preciso encontrá-lo.

VIII - Pega teus personagens pela mão e conduza-os firmemente até o fim, sem ver nada além do caminho que traçastes para eles. Não te distraias vendo o que a eles não importa ver. Não abuses do leitor. Um conto é um romance do qual se retirou as aparas. Tenha isso como uma verdade absoluta, ainda que não o seja.

IX - Não escrevas sob domínio da emoção. Deixe-a morrer e evoque-a em seguida. Se fores então capaz de revivê-la tal qual a sentiu, terás alcançado na arte a metade do caminho.

X - Não penses em teus amigos ao escrever, nem na impressão que causará tua história. Escreva como se teu relato não interessasse a mais ninguém senão ao pequeno mundo de teus personagens, dos quais poderias ter sido um. Não há outro modo de dar vida ao conto.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO III 1. Quem foi o primeiro contista em língua portuguesa?

2. Quando surgiram as primeiras idéias teóricas a respeito do conto em língua portuguesa?

3. Qual a origem do conto? 4. O que é conto?

5. De onde vêm os exemplares mais característicos do conto?

6. Qual a importância do século XIX para a forma literária em prosa chamada conto? 7. Cite um contista francês do século XIX, considerado um mestre dessa forma literária. 8. O que significa dizer que o conto é a matriz das outras formas literárias da prosa? 9. O que são as “unidades do conto”?

10. Disserte sobre a unidade de ação do conto.

11. Em que consiste a técnica narrativa da síntese dramática? 12. No conto, geralmente, como se dá a criação do espaço?

13. Segundo Massaud Moisés, do ponto de vista dramático, há dois tipos de espaço no conto. Cite e explique-os.

14. O que é a unidade de tempo no conto?

15. Por que se diz que no conto não existe uma temporalidade complexa? 16. O que se entende por unidade de tom do conto?

17. Disserte sobre a criação de personagens no conto. 18. Fale sobre a estrutura geral do conto.

19. Por que se diz que o conto parece com a técnica fotográfica? 20. Que características possui a linguagem do conto?

21. Como é a trama no conto?

22. Para os críticos americanos Cleanth Brooks e Robert Penn Warren, há quatro focos narrativos. Quais são eles?

23. Quais são os tipos de conto, segundo Carl H. Grabo?

24. Segundo Massaud Moisés, há dois tipos de epílogos. Cite e explique-os. 25. Como é a cosmovisão do conto?

EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO - CONTO

1. Observe atentamente a foto ao lado. A que forma literária em prosa ela mais se assemelha? Por quê?

2. A galinha e os ovos de ouro Um camponês e sua esposa possuíam uma galinha que, todo dia sem falta, botava um ovo de ouro. Supondo que dentro dela deveria haver uma grande quantidade de ouro, eles então a sacrificam, para enfim pegar tudo de uma só vez.

Então, para surpresa dos dois, viram que a ave, em nada era diferente das outras galinhas.

Assim, o casal de tolos acaba por perder o ganho diário que já tinha assegurado. (Autor: Esopo)

Pergunta-se: qual o tema, a mensagem e o assunto do texto acima? 3. Leia atentamente a fábula seguinte:

O Sapo e o Escorpião

Certa vez, um escorpião aproximou-se de um sapo que estava na beira de um rio. O escorpião vinha fazer um pedido: “Sapinho, você poderia me carregar até a outra margem deste rio tão largo?” O sapo respondeu: “Só se eu fosse tolo! Você vai me picar, eu vou ficar paralisado e vou afundar.”

Disse o escorpião: “Isso é ridículo! Se eu o picasse, ambos afundaríamos.”

Confiando na lógica do escorpião, o sapo concordou e levou o escorpião nas costas, enquanto nadava para atravessar o rio. No meio do rio, o escorpião cravou seu ferrão no sapo. Atingido pelo veneno, e já começando a afundar, o sapo voltou-se para o escorpião e perguntou:

“Por quê? Por quê?”

E o escorpião respondeu: “Por que sou um escorpião.”

Pergunta-se: qual o tema, a mensagem e o assunto do texto acima?

4. Destaque uma figura de linguagem do texto acima e interprete seu efeito de sentido.

5. Suponha que você irá lecionar Língua Portuguesa e Literatura para uma série do ensino médio. Que utilidade teria para sua prática pedagógica o capítulo sobre o conto que foi debatido nas aulas de Teoria da Literatura? Você poderia utilizá-lo em sua prática pedagógica? Justifique.

6. De acordo com a teoria vista em sala de aula, como podemos classificar este epílogo do conto A cartomante de Machado de Assis? Por quê?

“Vilela não lhe respondeu; tinha as feições decompostas; fez-lhe sinal, e foram para uma saleta interior. Entrando, Camilo não pôde sufocar um grito de terror: — ao fundo sobre o canapé, estava Rita morta e ensangüentada. Vilela pegou-o pela gola, e, com dois tiros de revólver, estirou-o morto no chão.”

7. Do ponto de vista da construção e de acordo com a teoria do conto vista em sala de aula, que estratégia narrativa foi usada nesse trecho do conto O peru de natal de Mário de Andrade? Justifique.

Morreu meu pai, sentimos muito, etc. Quando chegamos nas proximidades do Natal, eu já estava que não podia mais pra afastar aquela memória obstruente do morto, que parecia ter sistematizado pra sempre a obrigação de uma lembrança dolorosa em cada almoço, em cada gesto mínimo da família. Uma vez que eu sugerira à mamãe a idéia dela ir ver uma fita no cinema, o que resultou foram lágrimas.

8. Já se disse inúmeras vezes que a arte do conto se parece muito com a fotografia. Analise atentamente a foto abaixo e, levando em consideração às idéias expostas em sala de aula, relacione-a com a teoria do conto.

O ROMANCE

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No documento Prof. Dr. Ozíris Borges Filho (org.) (páginas 35-40)

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