• Nenhum resultado encontrado

% das P. canariensis - 12,18% -

% das infestações - 90,48% -

% dos ácaros - 58,06% -

Ovos / fêmea - 4 , 3 9 ± 2 , 8 8 -

Ovos / fêmea ovígera - 5 , 8 5 ± 2 , 6 6 -

CABEÇA

% das P. canariensis 1,28% - -

% das infestaçõe s 5,41% - -

% dos ácaros 3,70% - -

Ovos / fêmea 3 4 , 0 0 ± 28,28 - -

Ovos / fêmea ovígera 3 4 , 0 0 ± 28,28 - -

CINTURA

% das P. canariensis - - 23,72%

% das infestações - - 1 0 0 , 0 0 %

% dos ácaros - - 1 0 0 , 0 0 %

Ovos / fêmea - - -

Ovos / fêmea ovígera - - -

PERNAS

% das P. canariensis 0,64% - -

% das infestações 2,70% - -

% dos ácaros 1,85% - -

Ovos / fêmea 1 6 , 0 0 - -

4.5 – Agregação espacial de ácaros foréticos

No p res ent e estu do foi obs ervada a form a d e di stribui ção das com unid ad es com pon ent es d e ácaros na amost ra d e 156 esp écimes de Ps eudol yn chia

canariensis analisadas. Ob servou -s e que as t rês esp éci es d e ácaros

ap resent aram, n a amostra p opul acional de mos cas , índi ce de dis pers ão (id; Vari ân ci a/ abu nd ân ci a média) m aio r q u e um (Tab ela 6), o qu e de aco rdo com as inform açõ es fo rnecid as po r ZU B E N (1997), indi ca uma di stri bui ção agregad a d as po pul açõ es de ácaros em P . ca nari ensis.

Ta bela 6. Í ndice de d isp ersão (id) e

e xp o e n t e b i n o mi a l n e g a t i v o ( K ) d a s t r ê s me t a p o p u l a ç õ e s e n c on t r a d a s e m Pseudo lynch ia canariensis ( Macq uart, 1 8 4 0 ).

i d K

Myialges an chora 1 , 6 6 0 , 5 5 2 Myialges lopho rtyx 5 , 0 4 0 , 5 5 2 Orn itho cheyletia ha lla e 8 , 5 2 0 , 1 4 5 O b s : i . d . > 1 – d i s t r i b u i ç ã o a g r e g a d a ; < 1 – d i s t r i b u i ç ã o n ã o- a g r e g a d a ; K t e n d e n d o a z e r o , d i s t r i b u i ç ã o m u i t o a g r e g a d a ; K t e n d e n d o a 1 , d i s t r i b u i ç ã o p o u c o a g r e g a d a .

Na comuni d ad e com pon ent e est udada, a espéci e Ornit ho ch eyl etia hall ae foi a qu e ap resentou as infrapop ul ações m ai s agregadas (K = 0, 145) (Tab ela 6), enq uanto Myial g es a nch ora e Myia lges l o p hort yx ap res ent aram o m esm o v alo r de K (0,5 52 ). O índi ce d e dis pers ão foi de 1, 66 para M. a nchora e 5 ,04 p ara

M. lophortyx, indicando uma distribuição agregada (i.d. > 1) para ambas as

espéci es, send o m aio r n est a últim a.

Ess es são o s p rim ei ros rel atos de a gregação esp aci al des sas es péci es d e ácaros foréti co s em Pseudo lynchia canar iens is ou qu alqu er outra espéci e d e dípt ero Hi ppo bos cid ae. A au sência de dados d e o utros t rabal hos imp ossi bilit a a comparação do q u e foi o bs ervado na com unidad e com pon ent e d o p resent e estudo com outras das mesm as espéci es.

Os pad rões de agregação es paci al apresentados pel as espéci es do present e estudo in di cam a pos sibilid ade de ocorrênci a de fatores divers os que i mpeçam uma m aio r prevalênci a de ácaros nas P. canariensis obs ervadas. As t rês espéci es de ácaros s ão parasitos de pom bos e util izam P. canari ensi s como

de fores ia, um ind iví duo foréti co “p ro cu ra ati v ament e se d isp ersar através d a uni ão à sup erfí ci e extern a d e um out ro an imal ” (FA R I S H & AX T E L L, 197 1).

ZU B E N (199 7) p ro põ e três fat ores q ue regul am a dis tri bui ção agregada d e

parasito s: h et ero gen eid ad e na sus cepti bilidade do hosp ed ei ro, rep ro du ção diret a do parasit o no ho sp ed eiro e het erogeneid ade na h abilid ad e do s hosp ed ei ros em eli minar o s p arasit os por resp ost as im uno lógi cas ou out ras respo stas. C omo a fo resia, a pri ncípio, não cau sa d anos ao ho s ped ei ro foront e, não po de s er av ali ada co mo relação parasit ária em P. cana rien sis. En tão a distribui ção agregada d ev e ser at ribuída a o utros fato res.

Ornithocheyletia hallae é, definitivamente, um forético, pois não penetra o

tegumento da P. ca nari ensi s com nenhuma est ru tura de fix ação, t en do um a rel ação d e “caval ei ro”, como cit ado po r BE Q U A E R T (195 2), o que n ão exist e nos Epi dermo ptid ae (como por ex em plo, Myi alg es spp. ), pois a fixação d e M.

anchora em P. canariensis ocorre por penetração na cutícula do hospedeiro,

com o aux ílio d as garras t ars ais do p rim eiro p ar de p ern as, o que caus a i njú ria e deix a m arcas no t egum ento da mos ca (Figu ras 1 7-18). Segundo BE Q U A E R T

(19 52), o s esp éci mes de Mi cro lichus ss p. (gênero no q u al foi i nicial mente incl uíd a Myialg es lo phort yx ), p or s e fix arem n as nerv uras das as as , p od eri am alim ent ar-se d e lí qui dos co rp orais d e Hip pobosci dae.

Figura s 17- 18. Lesão p rovocada por uma fêmea não- o vígera de Myia lges ancho ra. (17 )

Abdômen depois de removida a fêmea não-ovígera; ( 1 8 ) Detalhe da lesão no abdômen após remoção de fêmea não-ovígera. F o t o s : V . J . M a r c e l i n o .

O fato de o correrem apenas fêmeas de Myi alges s pp. em P. canariensis indi ca que não ocorre reprodução diret a na mos ca, pois, a pri ncí pio, a cópul a ocorre nos pombos (BE Q U A E R T, 1952 ), e as fêm eas dos ácaros util izam os

dípt eros Hip pob os ci dae para oviposi ção e, con seqü ent em ent e, dis pers ão do s ovos e larv as, atu and o as sim como hosp ed ei ros em qu e não há fase reprodut iv a dos ácaros, o q ue não permit e es tud os de agregação p opul acio nal com en foq ue p arasit ário. Co mo n em todas as P. cana riensis en con tram -s e com ácaros as so ciados , s e ess a associ ação é uma m od alidad e n ormal d e di sp ersão, a p ró pri a agregação pod e s er um a est ratégi a de equilí bri o p op ulacio nal d ess es ácaros n os pom bos , pois s e tod os utiliz assem dí pt eros p ara d ispers ão e tod as esses Hi ppo bos cid ae carregass em ácaro s, o aum ento da pop ul aç ão de parasi tos poderi a d ebil itar os hosp ed eiros v ert eb rados , caus an do, t al vez, a mo rt e do pombo e, cons eq üentem ent e, dos ácaro s. A agregação d as infrap opul açõ es lev a à di stribui ção em al gum as mo scas que, ocas ion alm ent e, tran sferem- nos para out ro s h osp ed eiros , atu an do, tam bém, no cont rol e pop ulacio nal , com o uma respo sta ev olut iva, e assim , a s popul ações de ácaro s fo rét icos em P.

canariensis se mantém em um nível ótimo de agregação populacional (OD U M,

1988 ).

A het ero genei dad e n a h abili dade d os ho s pedei ros em elimin ar os parasito s, pro post a p or ZU B E N (19 97 ), pode ser apl icada como in flu ên cia n a agregação

popul acio nal d a co munid ad e com pon ente de ácaro s em P. canariensis, lev ando em cont a, p rinci pal ment e, o co m port am ent o d e lim peza ex ibi do p elo s insetos em geral (BA S I B U Y U K & QU I C KE, 19 99 ) e qu e pode apres ent ar

vari ações qu alit ativ as (FA R I S H, 1972), tal compo rt am ent o, e v ariações , tamb ém s ão ex ibidos po r P. ca nari ensi s (AR C O V E R D E, 2 00 5, comun icação

pes so al), po d end o o nív el d e infest ação por ácaros v ariar consid er av elm en te, con duzin do à dist ribu ição agregad a apres entada pel as três espéci es en contrad as no p resente es tudo.

Documentos relacionados