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1. Introdução

2.5 Estado da Arte

A consolidação básica do estado da arte do tema central abordado nessa dissertação pode ser visto no Quadro 9.

GRIFFIN, 1997 Inglaterra CUNHA, 2000 Brasil Estados Unidos Itália CUNHA, 2006 Brasil BRAGA, 2007 Portugal BOVENZI, 2008 Itália Itália BOVENZI, 2010 Itália Itália Suécia YOUAKIM, 2012 Canadá Suécia

Artigo que fez um estudo das normas tanto nacionais quanto internacionais vigentes naquele momento e avaliou as implicações metodológicas das mesmas

Dissertação: avalia a exposição ocupacional à vibração MS; níveis de vibração e ruído gerados por motosserras em condições reais

ADAMO et al.,2002 Estudo do LFF, fadiga muscular resultante de tarefas de baixa frequência (10HZ) e implicações músculo esqueléticas

BOVENZI et al., 2004 Compara a resposta severa na circulação dos dedos submetidos à exposição de vibração contínua e intermitente

Tese Doutorado: avalia a exposição ocupacional à VMB, trabalhadores marmorarias em SP, posturas, forças e posições durante execução das atividades

Dissertação: Caracterização da exposição à vibração do sistema mão-braço em operadores de martelo rompedor no setor da construção

Investiga a ocorrência de dedos brancos induzidos pela vibração e resposta ao frio nas artérias digitais, em trabalhadores florestais

BOVENZI et al., 2008 Analisa a ocorrência de dedos brancos induzidos por vibração, a exposição de VTM e a resposta ao frio nas artérias dos dedos em usuários de ferramentas vibratórias

Investiga a possibilidade entre desordens vasculares induzidas pela vibração e exposição diária à vibração transmitida à mão

BOVENZI et al., 2011 Compara a disfunção sensorial induzida pela vibração e exposição diária à vibração transmitida à mão

LILJELIND et al., 2011 Investiga fatores que podem influir na exposição à vibração na operação de esmerilhadeira, troca de operador, máquina e postura

Caracterização da busca por compensação dos trabalhadores submetidos à SVMB baseado na população, ocupação e doenças características

LILJELIND et al., 2013 Investiga quais os fatores determinam as variabilidades entre as emissões de vibração transmitidas a MB em duas diferentes tarefas com esmerilhadeira

Quadro 9 – Consolidação do estado da arte de VMB Fonte: Autora (2017).

Griffin (1997) apresenta os métodos de medição, avaliação e cálculo defendidas nas normas e outras orientações oficiais, objetivando a medição da severidade das exposições à vibração transmitida à mão e mostrar as consequências desse método.

Para isto, foi necessária uma consideração inicial das variáveis físicas (magnitude, frequência, direção e duração da vibração, área de contato com a vibração, força de contato, dedo, mão, posição do braço e condições ambientais) que influenciam a severidade das vibrações, antes de resumir o método defendido nas normas nacionais (Inglaterra) e internacionais. O autor apresenta ainda, as consequências das hipóteses implícitas nas normas e as implicações para o futuro progresso das mesmas. O autor conclui, que da análise das vibrações em vinte ferramentas manuais de diversos tipos, sugere que quando realizada a ponderação de frequência Wh (frequency-weighting),

provavelmente seria suficiente restringir a faixa de medição abaixo de 250Hz. Conclui ainda, que desconsiderando a frequência de ponderação Wh, muitas ferramentas

apresentam vibração significante em frequências acima de 250Hz, porém, poucas seriam superestimadas com um limite superior de 500Hz ao invés do limite atual de 1000Hz. Finaliza, demonstrando que a incerteza dos efeitos em algumas variáveis pode influir diretamente na condução de procedimentos preventivos, como por exemplo, a utilização de luvas antivibratórias, que devem atenuar altas frequências de vibração, mas não atenuam as baixas frequências.

Cunha (2000) avaliou os níveis de vibração e ruído gerado por motosserras, sendo três diferentes modelos do mesmo fabricante, na avaliação ocupacional do operador à vibração. Utilizou as normas internacionais, ISO 7505 (Motosserras Medição da

vibração transmitida às mãos), ISO 7182 (Acústica Medição do ruído emitido por

motosserras na posição do operador) e ISO 5349 (Guia para medição e análise da exposição humana à vibração transmitida à mão. O autor optou por realizar as medições em dB e ao final convertê-las em m/s². As medições foram realizadas nas duas empunhaduras, e em condições específicas de operação: em marcha lenta (vazio), acelerado e em corte. Foram utilizados equipamentos e acessórios da marca Brüel & Kjaer na determinação das acelerações nos eixos (x, y e z). As acelerações obtidas foram 4,3m/s² na empunhadura frontal e 7,4m/s² na empunhadura traseira. Na conclusão, sugere que seja incluído um nível de ação de 2,5m/s², na Norma Regulamentadora NR-9 e o desenvolvimento de um Programa de Prevenção da Síndrome da Vibração em mãos e braços.

Liljelind et al. (2011) avaliaram a exposição à vibração em mãos e braços durante diferentes operações de esmerilhamento, para obter estimativas da variação dos componentes e avaliar o efeito de posturas de trabalho. Dez operadores experientes usaram duas esmerilhadeiras angulares movidas a ar comprimido, do mesmo fabricante, em simulação de trabalho executada em duas posições diferentes. Em bancada, com altura de 105cm, e na parede com os braços elevados, com altura ajustada para cada um dos operadores. Cada um dos trabalhadores repetiu três vezes a tarefa. Em outra etapa, investigando o desgaste do disco, para cada esmerilhadeira, os operadores usaram dois discos novos e executaram duas operações de 1 minuto cada. Ambas as operações de lixamento foram executadas em cordões de solda em peças de aço soldado. As medições foram feitas de acordo com a ISO 5349-1, aferidas em m/s². As acelerações em mãos e braços obtidas na bancada e na parede foram de 3,2m/s² e 3,3m/s², respectivamente. No modelo de efeitos de trabalho diferente, a postura de execução não foi uma variável significante. As variáveis operador e esmerilhadeira significaram apenas 12% da variação de exposição, e o disco da esmerilhadeira explicou 47%, os 41% restantes ficaram sem explicação. Quando o efeito do uso do disco foi investigado no modelo de efeitos aleatórios, 37% da variação foram associados com o disco, enquanto que uma variabilidade mínima foi associada com o operador ou a ferramenta, e 37% ficaram inexplicados. O efeito interativo do operador e o equipamento explicaram 18% da variação. No teste de uso do disco, as acelerações equivalentes medidas em mãos e braços para a esmerilhadeira (1), durante o 1º e o 2º minutos de esmerilhamento, foram 3,4 e 2,9m/s², respectivamente, e para a esmerilhadeira (2), 3,1 e 2,9m/s², respectivamente, durante o 1° e 2° minutos na tarefa de esmerilhar. Os autores concluem, que a postura de trabalho não parece ter afetado o nível de VMB. Os discos das esmerilhadeiras explicam muito da variação no estudo, mas 40% continuam inexplicados.

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