2.5 T omograa de Dete tores
2.5.1 Estados Coerentes do Campo Eletromagnétido
Campos eletromagnéti os gerados por fontes oerentes, omo por exemplo
lasers, podem ser representados de maneira apropriada no formalismo de
estados oerentes [1℄. Considerando apenas um modo do ampo eletromag-
néti o, temos para ooperador destruição de fótons
(ˆa)
:ˆa | αi = α | αi,
(2.24) onde| αi
orresponde aoautoestado dooperadordestruição eé hamado de estado oerente.α
podeser umnúmero omplexo,jáqueˆa
nãoéhermitiano.Semelhantemente, temos:
onde
aˆ
orresponde aooperador riaçãode fótons.Podemos representaro estado oerentena basedos estadosde Fo k
| ni
, omn
representando o número de o upação [1℄.| αi =
∞
X
n=0
c
n
| ni,
(2.26)c
n
orrespondem aos oe ientes da expansão.Substituindoaexpansão anterior narelação2.24 e utilizandoasrelações
ˆ
a | ni =
√n | n − 1i
eˆa | 0i = 0
para o operador destruição de fótons, obtemos:∞
X
n=1
c
n
√n | n − 1i = α
∞
X
n=0
c
n
| ni
(2.27)Como o onjunto dos estados de Fo k representa um onjunto ortogonal, a
equação é satisfeitaapenas se os oe ientes de estados orrespondentes são
iguais. A partir dessa equação obtemos uma relação re ursiva que permite
obtermos
c
n
apartirdec
0
. Oestado oerente| αi
pode serrepresentado, em termos dos estados de Fo k, omo sendo [1℄:| αi = c
0
∞
X
n=0
α
n
√
n!
| ni
(2.28) ondec
0
= e
−|α|2
/2
, e pode ser obtido pelanormalização
hα | αi
.A probabilidadep(n) que
n
fótons se en ontrem no estado oerente| αi
é dada por:p(n) =| hn | αi |
2
=
| α |
2n
n!
e
−|α|2
,
(2.29)que orresponde a uma distribuiçãode Poisson.
2.5.2 Tomograa de Dete tores
A tomograadedete toresébastantepare ida omatomograadeestados.
A prin ipal diferença é que agora, não mais se quer determinar a matriz
densidade,massimo onjuntodeoperadoresqueformamoPOVMasso iado
ne essário utilizarmos um onjunto onhe ido de estados de prova
{ρ}
que formem um onjunto de geradores para o espaçode operadores.Asemelhançaentre atomograadeestadosededete toresestáligadaao
fato que a equação para a probabilidade (
p
i
= T r(ρΠ
i
)
), pode ser invertida paraobtermosρ
,ouparaobtermosΠ
i
. Dessamaneira,o onjunto{Π
i
}
pode ser ara terizado apartir de mediçõesde um onjuntode estadosρ
onhe i- dos. O onjuntoρ
es olhidodeve ser ompleto, eosoperadoresΠ
i
devemser positivossemi-denidos(seus autovalores são não-negativos)e devemsomarpara identidade.
Nesse trabalho [17℄ foi realizado uma tomograa de um dete tor APD
(Avalan he Photodiode)e de um dete tor TMD (Time multiplexed dete tor)
onstruído peloprópriogrupo.
O onjunto de estados de prova
{ρ}
pode ser gerado a partir do estado oerente de um laser(| αi)
transformado por atenuações e atrasos. Dessa maneira foi onstruído um onjunto de estados oerentes dotipo{| αihα |}
. Para esses estados temos:Q
n
(α) =
1
πhα | Π
n
| αi =
1
πp
n,α
(2.30)Adeniçãoa ima orrespondeaumadeniçãodarepresentaçãodafunção
Q
paraPOVM. A representaçãoQ
, orrespondea umarepresentação de um operador,geralmenteamatrizdensidade,emumabase deestados oerentes,no aso, o onjunto
{| αi}
. DeterminarQ
n
(α)
orresponde a se realizar a tomograa do dete tor, já queQ
n
(α)
e o operador do POVMΠ
n
possuem basi amentea mesma informação.O dete tor APD orresponde a um módulo de dete ção no qual tem-se
dois resultados possíveis(0 li kou1 li k). O asode 0 li ko orrequando
nenhum fótonatingiuo dete tor, logo,nenhum pulso eletrni o égerado. O
aso de 1 li k o orre quando um ou mais fótons atingem o dete tor e um
sinal é gerado e registrado. O fun ionamentodo dete tor APD não permite
distinguirentre diferentes estadosde números de fótons.
Odete torTMD onstruídoseparaopulsoin identeemNmodostempo-
raisseparados porum intervalode tempode
∆t
, divididos entre dois modos espa iais. A prin ipal vantagem de separar os modos temporalmente e nãoAPD independente donúmero de modos emque édividido o pulso [19℄.
Essedete toré ompostoporvários omprimentosdebrasópti asmono-
modoeváriosa opladoresde brasquedividemaluzde entrada igualmente
emdoismodosespa iais. Otamanho
L
foies olhidodeformaqueoatrasono pulsoserbemmaiorqueotempodemortedodete torAPD.São onstruídosm
estágios, omo mostrado na gura 2.6e ada um dos modos espa iais da saída possui2
m
modos temporais.
Figura 2.6: Esquema deumdete tor TMD[19 ℄
O objetivo do trabalho foi re onstruir o POVM que representa esses
dois dete tores, ou seja, realizar a tomograa. A maneira de se realizar as
mediçõesé, omo já foi dito, utilizar um onjuntode estados oerentes on-
he idos. Para o onjunto em que se permitiu a fase de air, não se observou
nenhuma mudança.
Como não foi observada nenhuma dependên ia da fase, é ne essário so-
mente ontrolar amagnitude de
α
. Podemos es rever um operador que não dependa dafase omo sendo:Π
n
=
∞
X
k=0
θ
k(n)
| kihk |
(2.31)o onjunto des rito pelos
Π
n
a ima são ompostos apenas por matrizes diagonais.Podemos es rever uma equação que rela iona o onjunto de medições
(
P
D×N
), todos os estados de provaα
(F
D×M
) e o onjunto de operadores des onhe idos (Π
M ×N
)Para os estados oerentes temos:
F
i,k
=
| α
i
|
2k
k!
e
−|αi|2
(2.33)Nagura2.7estámostrado um esquemadamontagem experimentaluti-
lizadaparaa ara terizaçãodosdete tores. Nessamontagemestãomostrados
os elementos que foram utilizados para uma mudança na fase e atenuação.
A dependên ia da distribuição de probabilidadevs. a magnitude do estado
oerente (
| α |
2
) foi realizadapara odete tor APD e para até oito li ks do
dete tor TMD.
Pela onstrução do dete tor TMD,
n
li ks garante a presença de pelo menosn
fótons nopulso.Figura 2.7: Esquema damontagem experimentalutilizada nareferên ia [17℄
para ara terizaçãodedoisdete tores. Apla a
λ/2
eopolarizadorsãousados paravariar aamplitudedo estado oerente e osltrosneutros e abra ópti asãousados omo atenuadores.
Apartirdosresultadosobtidos(vergura2.8)eresolvendoumproblema
de otimização, foramen ontradososelementosdiagonais
θ
(n)
k
quedes revem o onjunto{Π
n
}. Oresultado obtidoestá mostrado nagura2.9Figura 2.8: Resultado apresentado na referên ia [17 ℄ para a tomograa de
dete tores. O grá o prin ipal orresponde a medida de tomograa para o
dete tor TMDe o menor paraodete tor APD. Osgrá os rela ionam apro-
Figura 2.9: DiagonaisparaosPOVM re onstruídosparaa)odete torTMD
Capítulo 3
Modulador Espa ial de luz e
Fibras Ópti as
Neste apítulo será feita uma introdução ao Modulador Espa ial de Luz
(SLM), primeiramente, dando uma des rição dos tipos de ristais líquidos
e suas prin ipais ara terísti as. Depois, irá se des rever o Modulador e as
bras ópti as usados noexperimento de tomograa.
3.1 Cristais Líquidos
Os ristais líquidos orrespondem a um material que se en ontra em uma
faseintermediáriaentre líquidoesólido. Elesexibem ara terísti asdos dois
estados,sãouídos omooslíquidosepossuemalgumasoutras ara terísti as
de longoal an e omoporexemplo, ertaordemorienta ional. Asmolé ulas
que ompõem esses ristais são molé ulas orgâni as alongadas em um eixo
[15℄.
Podemos itar três tiposde ristaislíquidos [11℄. Nos ristais onhe idos
omo ristaislíquidosnemáti osasmolé ulastendemaseorganizardeforma
paralela umas as outras, mesmo assim, as molé ulas ainda podem se movi-
mentar no uido. Também é possível onseguirmos uma ordem na posição
dessas molé ulas. Os ristais que possuem ordenação em orientação e em
posição são hamados de ristais líquidos esméti os. Ainda pode-se ter um
que ompõem o ristal sofrem uma rotação heli oidal emtorno de seu eixo.
Na gura 3.1podemosver um esquema dos ristais des ritos a ima.
Figura 3.1: Organização mole ular de alguns tipos de ristais líquidos a)
nemáti os b) esméti os ) olestéri os
Os ristais líquidos são uidos anisotrópi os, ou seja, suas propriedades
variam om a direção. Por exemplo, a sus eptibilidade elétri a paralela (ao
longo do eixo alongado) é diferente da perpendi ular. A diferença de sus-
eptibilidade
χ
a
≡ χ
k
− χ
⊥
leva o ristal líquidoa se orientar om o ampo elétri o, om importantes onseqüên ias, omo será dis utido. Paraχ
a
> 0
, a orientação preferen ial será paralela ao ampo, asoχ
a
< 0
, será perpen- di ular.•
Cristal Líquido Nemáti o GiradoCorrespondem a um tipo espe ial de ristal líquido nemáti o. Possui
grande apli açãoem ópti a, omo por exemplo o modulador espa ial e dis-
plays. Nesse ristal, a partir de forças externas é possível provo ar uma
rotação heli oidalemtorno doseu eixo.
A diferença entre esses ristais e os olestéri os é que essa ara terísti a
pode ser imposta no primeiro e no segundo é permanente. Alguns fatores,
omo por exemplo a apli ação de um ampo elétri o, podem mudar a ori-
entação das molé ulas. Só isso já é apaz de ausar mudanças drásti as em
suas propriedadesópti as.
Esses ristais girados possuem simetria lo almente uniaxial, om o eixo
no material, as molé ulas podem ser rearranjadas de forma a girar a pola-
rização da luz in idente ou a res entar um atraso entre as omponentes do
ampo.
Figura 3.2: Propagação daluz por um ristal líquido nemáti o girado,para
umaangulo de girode 90
◦
[11 ℄.