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4 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

5.1 ESTATÍSTICA DESCRITIVA DA PESQUISA

Confirmando o que já está consolidado na sociedade, ou seja, que os clubes estão dispostos a investir quantias exorbitantes na aquisição de atletas, verificou-se que os clubes estudados investiram em média R$ 6.169.667,27 no quadro de jogadores nos anos analisados (2010 a 2013). O ano de 2012 apresentou um pico no investimento em atletas (INVAI), chegando a uma média de R$ 18.001.034,32. Por outro lado, o ano de 2013 mostrou o menor valor para esta variável no período (redução de R$ 4.515.956,95). Isso de deu pelo fato de muitos clubes terem redução nos seus quadros ou valores expressivos na amortização do valor dos seus atletas, conforme evidenciado no gráfico 1.

Gráfico 1 - Média do investimento em atletas por ano de análise.

Este resultado confirma o que já se verificara em outros estudos. A exemplo, o Itaú (2015) realizou uma análise financeira dos clubes de futebol brasileiros e constatou que entre os anos de 2009 a 2012 os clubes aceleraram suas políticas de contratações de atletas profissionais, o que trouxe um aumento significativo nos gastos destas organizações. Consequentemente, o ano de 2013 sofreu, como reflexo, a diminuição da capacidade de investimentos dos clubes.

Ainda sobre o investimento em atletas, os clubes que apresentaram resultados mais significativos, no período analisado, para esta variável, foram São Paulo e Santos, conforme apresentado no gráfico 2. Ressalta-se que clubes como Criciúma, Náutico e Portuguesa, ostentaram valores negativos para esta variável, visto que tiveram sucessivas quedas no valor do seu elenco, seja pelo fato de transferirem atletas para outras entidades, seja pela alta amortização dos atletas vinculados ao clube.

Gráfico 2 - Valor médio do investimento em atletas por clube no período em análise.

Como pode ser observado, o investimento em atletas por clube é bastante diversificado, pois o presente estudo é composto por organizações de portes diferentes e com políticas de contratação peculiares. Isto se reflete na alta dispersão notada nos dados, vez que o desvio padrão para o investimento em atletas no período analisado fixou-se em R$ 20.295.211,11.

Este é um resultado interessante para este estudo, visto que confirma a diversidade de clubes que foram analisados e assegura que se permitiu verificar se clubes com maiores investimentos em atletas, conseguem alcançar, de fato, índices melhores de eficiência para gerar bons retornos financeiros, em detrimento daqueles que investem menos em elenco.

Quanto ao retorno financeiro esperado, uma das formas de visualizar esse objetivo organizacional é analisando as receitas auferidas no período. Para o presente trabalho, e no caso específico dos clubes de futebol, utilizaram-se as receitas com bilheteria, transmissão de jogos, patrocínio, venda de produtos com a marca do clube,

premiações de campeonatos e com sócio-torcedor, visto que estudos anteriores apontaram o investimento em atletas (INVAI) como responsável por captar esses tipos de receitas. O somatório destas receitas destacadas compôs a variável REC.

Entre os anos de 2010 a 2012 houve um crescimento expressivo das receitas dos clubes de futebol, sendo apontada uma leve queda entre 2012 e 2013, conforme apontado no gráfico 3. Ressalta-se que esse resultado era esperado visto que Gonçalves (2014) indicou que os 20 maiores clubes de futebol no Brasil obtiveram em 2013 praticamente o mesmo valor de receitas do ano de 2012.

Gráfico 3 - Média de captação de receita dos clubes por ano de análise.

No período analisado (2010 a 2013), os clubes exibiram, em média, receitas de R$ 74.874.782,69, sendo os clubes Corinthians, Flamengo, São Paulo, Santos e Palmeiras, os que alcançaram os maiores patamares de entradas de recursos sob a forma de receitas, todos com uma média no período acima dos 100 milhões de reais, conforme destacado no gráfico 4.

Um fato a ser ressaltado é o caso d

investimento em ativos intangíveis (conforme apontado no gráfico 2) apresentou receita menor até mesmo que clubes que não investiram neste mesmo

Nos clubes estudad ano de 2012 a 2013 (Corint

Figueirense, Portuguesa), contrariando a tendência de crescimento desta variável, conforme apresentado no gráfico 5. Porém, alguns clubes impulsionaram

variável em 2013, de forma que

como por exemplo, o Criciúma que obteve um crescimento de 112,50%. Outros clubes com aumentos expressivos de suas receitas foram Ponte Preta (54,71%), Flamengo (47,64%), Atlético Paranaense (30,99%),

Os demais clubes que não reduziram suas receitas 7,43%.

Gráfico 5 - Variação no total de receitas dos clubes no período analisado.

O outro benefício que a literatura aponta como relacionado ao investimento em atletas é o fluxo de caixa gerado (FCX). Esta variável é apresentada na demonstração dos fluxos de caixa (DFC) e representa as entradas e saídas de recursos monetários de uma organização (MACÁRIO, 2009).

Observou-se que os clubes apresentam uma pluralidade de valores gerados no caixa, apresentando uma média de R$ 4.557.781,05 no período analisado. Os clubes que

Um fato a ser ressaltado é o caso da Ponte Preta que apesar de ter

investimento em ativos intangíveis (conforme apontado no gráfico 2) apresentou receita menor até mesmo que clubes que não investiram neste mesmo item.

estudados, destaca-se o fato de 8 terem diminuído suas receitas do ano de 2012 a 2013 (Corinthians, São Paulo, Santos, Palmeiras, Internacional, Grêmio, Figueirense, Portuguesa), contrariando a tendência de crescimento desta variável, conforme apresentado no gráfico 5. Porém, alguns clubes impulsionaram

de forma que a mesma não se distanciasse tanto do período anterior, como por exemplo, o Criciúma que obteve um crescimento de 112,50%. Outros clubes com aumentos expressivos de suas receitas foram Ponte Preta (54,71%), Flamengo (47,64%), Atlético Paranaense (30,99%), São Caetano (18,90%), Botafogo (15,81%). que não reduziram suas receitas apresentaram crescimento médio de

Variação no total de receitas dos clubes no período analisado.

O outro benefício que a literatura aponta como relacionado ao investimento em atletas é o fluxo de caixa gerado (FCX). Esta variável é apresentada na demonstração dos fluxos de caixa (DFC) e representa as entradas e saídas de recursos monetários de

anização (MACÁRIO, 2009).

se que os clubes apresentam uma pluralidade de valores gerados no caixa, apresentando uma média de R$ 4.557.781,05 no período analisado. Os clubes que Ponte Preta que apesar de ter realizado investimento em ativos intangíveis (conforme apontado no gráfico 2) apresentou receita

se o fato de 8 terem diminuído suas receitas do hians, São Paulo, Santos, Palmeiras, Internacional, Grêmio, Figueirense, Portuguesa), contrariando a tendência de crescimento desta variável, conforme apresentado no gráfico 5. Porém, alguns clubes impulsionaram o valor dessa não se distanciasse tanto do período anterior, como por exemplo, o Criciúma que obteve um crescimento de 112,50%. Outros clubes com aumentos expressivos de suas receitas foram Ponte Preta (54,71%), Flamengo São Caetano (18,90%), Botafogo (15,81%). apresentaram crescimento médio de

Variação no total de receitas dos clubes no período analisado.

O outro benefício que a literatura aponta como relacionado ao investimento em atletas é o fluxo de caixa gerado (FCX). Esta variável é apresentada na demonstração dos fluxos de caixa (DFC) e representa as entradas e saídas de recursos monetários de

se que os clubes apresentam uma pluralidade de valores gerados no caixa, apresentando uma média de R$ 4.557.781,05 no período analisado. Os clubes que

apresentaram uma maior entrada de recursos nos seus caixas foram o Internacional e São Paulo, conforme destacado no gráfico 6.

Gráfico 6 - Valor médio do fluxo de caixa por clube no período.

O ano de 2012 foi o ano em que se demonstrou uma maior geração no caixa dos clubes, conforme ilustrado no gráfico 7. Especula-se que seja possível que receitas que foram contabilizadas em 2011, pelo regime da competência, tenham entrado efetivamente no caixa no ano de 2012.

Gráfico 7 - Média de saldo de caixa dos clubes por ano de análise na amostra selecionada.

Por último, os resultados também são considerados benefícios que podem ser gerados a partir do investimento em atletas. No entanto, os clubes do futebol brasileiro têm amargado valores negativos neste aspecto. De fato, no período analisado, as organizações analisadas apresentaram um déficit médio de R$ 10.255.309,82.

No que se refere ao valor médio do resultado alcançado pelos clubes no período analisado, entre 2010 e 2013, o ano de 2012 foi o que exibiu um resultado menos dramático, fechando com um superávit médio de R$ 4.095.090,51 conforme apontado no gráfico 8.

Gráfico 8 - Média de resultado dos clubes por ano de análise.

Aprofundando a apreciação desses dados, para enfoque dos resultados médios no período analisado, por clube, tem-se que:

• Apenas o Corinthians e o São Paulo tiveram superávit em todos os anos analisados;

• O Atlético Paranaense obteve resultado médio positivo entre 2010 a 2013, apesar de ter obtido déficit nos anos de 2011 e 2013, pois obteve bons resultados em 2010 e 2012;

• O Criciúma teve bons resultados em 2010 e 2013, o que fez sua média ser positiva;

• Todos os demais clubes obtiveram déficit em pelo menos um dos anos do espaço temporal estudado e resultado médio negativo;

• Ressalta-se, ainda, que o resultado de 2012, único ano com superávit global da série, foi impulsionado pelos valores positivos de superávits obtidos por clubes como, Grêmio, Goiás, Internacional, Palmeiras, Portuguesa e Santos,

que diferentemente dos demais anos, ostentaram em 2012 resultados positivos, além dos já citados.

O gráfico 9 apresenta os superávits e déficits médios por clube no período analisado. Zirpoli (2013) destacou que os sucessivos déficits nos clubes acontecem por conta da má gestão que ainda é recorrente nos clubes, pois mesmo com toda a entrada de receitas por meio de contratos para transmissão de jogos e patrocínios, as organizações ainda não conseguem mostrar resultados positivos em seus demonstrativos contábeis.

Gráfico 9 - Resultado médio por clube no período.

Dessa forma, através da análise descritiva, foi possível concluir e confirmar os altos investimentos que os clubes estão dispostos a realizar no seu quadro de atletas, ao mesmo tempo que se ratificou que estes conseguem gerar receitas bilionárias. Em complemento, a geração de caixa não alcançou os mesmos patamares numéricos, o que revelou certa dificuldade que estas organizações vivenciaram para saldar suas dívidas. Outro contrassenso mostrou-se na geração de resultados por parte dos clubes, já que os mesmos apesar de contabilizarem altas receitas, findam os exercícios fiscais com déficits que se arrastam por anos.

O gráfico 10 resume os dados médios, expressos em milhares de reais, por ano analisado, das variáveis estudadas na presente dissertação.

Gráfico 10: Resumo dos valores médios das variáveis por ano de análise.

Os resultados completos da análise efetuada e aqui apresentada de forma sumária constam no apêndice D deste

abordados nesta seção do estudo, organizados por clube e por ano de análise. Em seguida, realizou

as variáveis apresentavam relação com o investim de estudo da próxima seção