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ESTRATÉGIA INTERNACIONAL DE CIBERSEGURANÇA DOS

3.3 ESTRATÉGIAS DE CIBERSEGURANÇA DE OUTROS PAÍSES

3.3.5 ESTRATÉGIA INTERNACIONAL DE CIBERSEGURANÇA DOS

O presidente Barack Obama e a secretária de Estado, Hillary Rodham Clinton, apontaram a questão cibernética como uma das principais prioridades da política externa dos EUA. O presidente emitiu uma Revisão da Política Nacional para o Ciberespaço em 2009. Em maio de 2011, o governo divulgou a Estratégia Internacional para o Ciberespaço expondo nossas prioridades de política externa referentes ao espaço cibernético. A secretária Hillary Clinton descreveu essas prioridades como “um novo imperativo para a política externa que o Departamento de Estado vem pondo em prática e na qual continuará a ter um papel fundamental”65.

A missão da cibersegurança é assim, uma missão do Executivo, centralizada na pessoa do Presidente. Assim é escolhido de entre os membros do gabinete da Casa Branca um coordenador de cibersegurança, que trabalha em conjunto com o gabinete federal de informações e com Conselho Nacional de Economia.

Dentro da Secretaria da Segurança Nacional é criado um Gabinete de Cibersegurança e Comunicações(CS&C)66 que tem como missão assegurar a segurança, a resiliência e a confiança nas infra-estruturas nacionais de comunicação no ciberespaço. O CS&C trabalha para prevenir ou minimizar as disrupções nas infra-estruturas de informações críticas, a fim de proteger o público, a economia e os serviços governamentais. Liderando os esforços para proteger o governo federal, o domínio ". Gov" as redes do governo civil e de colaborar activamente com o sector privado, aumentando a segurança do domínio ". Com". Além disso, o Centro de Cibersegurança Nacional e Integração de Comunicações (NCCIC) monitoriza o ciberespaço 7 dias por semana, 24 horas por dia.

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www.state.gov/cyber - visitado em 15 de abril de 2014

66 http://www.dhs.gov/office-cybersecurity-and-communications revisitado em 15 de Junho 2014

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Nos Estados Unidos da América o director da Agência Nacional de Segurança (NSA) é cumulativamente o directo do Centro de Comando do Ciberespaço.

Para os EUA, definem-se como os cinco princípios a que devem subordinar-se as normas no ciberespaço:

- Apoio das liberdades fundamentais - Valorização da privacidade

- Respeito pela privacidade - Protecção contra o crime - Direito de auto-defesa

No que concerne a aspectos a serem considerados pelos Estados na elaboração da respectiva legislação relativamente à cibersegurança:

-Interoperacionalidade global - os Estados devem actuar no âmbito das suas autoridades para ajudarem a assegurar a interoperacionalidade de uma Internet que seja acessível a todos

- Estabilidade das redes – Os Estados devem respeitar a livre circulação na configuração das suas redes nacionais, assegurando que não interferirão arbitrariamente nas redes internacionalmente interconectadas

- Acesso seguro – Os Estados não devem arbitrariamente privar ou interromper o acesso individual à Internet ou outras tecnologias em rede

- Administração partilhada – a administração da Internet não deve estar limitada ao governo, mas deve incluir todos os parceiros adequados

- Cibersegurança face a Diligência – os Estados devem reconhecer e actuar, sob a sua responsabilidade, para proteger as infra-estruturas de informação e para tornar seguros os sistemas nacionais contra danos ou má utilização.

Numa abordagem estratégica os EUA comprometem-se a preservar e a fortalecer os benefícios das redes digitais às suas sociedades e economias, com a consciência que o crescimento destas redes trazem novos desafios para a sua segurança nacional e a da sua economia, bem como para a comunidade global. Preparando-se para enfrentar esses desafios enquanto preservam o seu código de princípios.

Pretendem os EUA que o seu papel no futuro ciberespaço tenha cumpra os seguintes objectivos :

- Objectivo diplomático: os EUA trabalharão para criar incentivos e construir um largo consenso e um ambiente internacional no qual os Estados- reconhecendo os valores

intrínsecos de um ciberespaço aberto, interoperacional, seguro e de confiança – trabalhem conjuntamente e atuem como parceiros responsáveis

- Objectivo de defesa: Os EUA, juntamente com outras nações, colaborarão para encorajar comportamentos responsáveis e oporem-se àqueles que procuram destruir redes e sistemas, dissuadindo e actuando contra actores malévolos, e reservando-se o direito para defender estas estruturas nacionais vitais, como julgar necessário e apropriado

- Objectivo de Desenvolvimento: Os EUA facilitarão a capacidade de construir a cibersegurança além das suas fronteiras, bilateralmente ou através de organizações multilaterais, de modo que cada país disponha dos seus meios para proteger as sua infra- estruturas, reforçar as redes globais, e construir parcerias no consenso sobre redes abertas, interoperacionais, seguras e de confiança

Relativamente às politicas os EUA defendem a seguinte linha de actuação :

- Economia: Manter um ambiente de comércio livre que encoraja inovações tecnológicas no âmbito da acessibilidade e redes ligadas globalmente; proteger a propriedade intelectual, incluindo o segredo de negócios comerciais contra roubo; assegurar o primado da interoperacionalidade e a segurança dos padrões técnicos, determinados tecnicamente por peritos

- Protecção das redes nacionais: promover a cooperação no ciberespaço, particularmente sobre normas de conduta para os Estados e cibersegurança , bilateralmente e em linha com organizações multilaterais e parceiros multinacionais; reforçar intrusões e disrupções das redes americanas; assegurar uma administração forte de incidentes, resiliência, e capacidades de recuperação de infra-estruturas de informação; melhorar a segurança da cadeia de fornecimento de alta tecnologia, em consulta com as indústrias.

- Estado de direito: Participar em pleno no desenvolvimento de políticas internacionais de cibercrime; harmonizar leis internacionais de cibercrime, alargando o acesso à Convenção de Budapeste; focalizar as leis de cibercrime no combate de actividades ilegais, não restringindo o acesso à Internet; recusar a terroristas e outros criminosos a faculdade para explorarem a Internet para operações de planeamento, financiamento e ataques.

- Militarmente: reconhecer e adaptar às crescente necessidades militares por redes seguras e de confiança; construir e reforçar as existentes alianças militares para combater potenciais ameaças no ciberespaço; aumentar a cooperação no ciberespaço com aliados e parceiros para aumentar a segurança colectiva.

- Administração (governance) da Internet: priorizar a abertura e a inovação relativamente à Internet; preservar a segurança e a estabilidade das redes globais, incluindo no domínio no sistema de nomes (DNS); promover e reforçar a entrada de parceiros para a discussão sobre assuntos de administração (governance)

- Desenvolvimento internacional: facultar os necessários conhecimento, formação e outros recursos a países que procuram construir capacidades técnicas e de cibersegurança; desenvolver e partilhar permanente e regularmente as boas práticas internacionais em cibersegurança; elevar as competências dos Estados para combater o cibercrime- incluindo formação dos agentes de autoridade, especialistas forenses, juristas e legisladores; desenvolver relações com políticos para elevar a construção de capacidade técnicas, proporcionando contactos regulares entre peritos e seus colegas do governo americano - Liberdade na Internet: suportar os atores da sociedade civil para alcançarem plataformas seguras e de confiança para as liberdades de expressão e de associação: colaborar com a sociedade civil e organizações não governamentais para estabelecerem mecanismos de segurança protegendo as suas actividades na Internet contra intrusões digitais ilegais; encorajar a cooperação internacional para a protecção da privacidade dos dados comerciais; assegurar a interoperacionalidade de uma Internet acessível a todos.

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