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4 O INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO

4.2 Estrutura do IFCE

O estado do Ceará acompanhou a evolução da rede de educação técnica e tecnológica desde a implantação da Escola de Aprendizes de Artífices, no município de Fortaleza, até os dias de hoje. Nos anos de 1965 e 1968, a Escola Industrial de Fortaleza teve sua nomenclatura alterada, passando a se chamar Escola Industrial do Ceará e Escola Técnica

Federal do Ceará, respectivamente. Sob essa nova denominação, a Escola Técnica consolidou sua atuação no ensino profissionalizante no município.

A estruturação do Cefet, no Ceará, ocorreu no ano de 1999, tendo sua atuação ampliada para os eixos de ensino, pesquisa e extensão. Nessa época, foram incorporadas à instituição, além da unidade de Fortaleza, as unidades de ensino descentralizadas (Uned) dos municípios de Juazeiro do Norte e Cedro, criadas com o objetivo de interiorização do ensino técnico. Em 2007, foi criada e incorporada à rede, a Uned de Maracanaú.

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) nasce com seis unidades no estado, mediante a integração do Cefet e das Escolas Agrotécnicas Federais dos municípios de Crato e de Iguatu. Atualmente, o IFCE está presente em todas as mesorregiões do Estado, composto por 24 campi, nos municípios de Acaraú, Aracati, Baturité, Canindé, Camocim, Caucaia, Cedro, Crateús, Crato, Fortaleza, Iguatu, Itapipoca, Jaguaribe, Juazeiro do Norte, Limoeiro do Norte, Maracanaú, Morada Nova, Quixadá, Sobral, Tabuleiro do Norte, Tauá, Tianguá, Ubajara e Umirim.

Além dos campi citados acima, existem 03 campi avançados situados em Jaguaruana, Guaramiranga e Pecém, além do Polo de Inovação. Ainda há 05 unidades em implantação, nos municípios de Acopiara, Boa Viagem, Horizonte, Maranguape e Paracuru.

De acordo com o SisPROEN (Sistema informatizado da Pró-reitoria de Ensino) até junho do corrente ano, o IFCE atende a 25052 estudantes, em diversas modalidades de ensino. São ofertados cursos de extensão (formação inicial e continuada), 121 cursos técnicos (integrado, concomitante e subsequente), 78 cursos de graduação (tecnologia, licenciatura e bacharelado). Entre os cursos de pós-graduação, são ofertados 12 cursos de especialização e 06 mestrados institucionais, além de outros 03 em parceria com outras instituições e em rede. A instituição possui ainda 6 convênios com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) para capacitação docente na forma de Doutorados Interinstitucionais. Quanto ao quadro de pessoal, a instituição conta com 2722 servidores, sendo 1333 professores e 1389 técnico-administrativos (IFCE, 2016).

O nível institucional do IFCE é composto pelo Conselho Superior (Consup) de caráter consultivo e deliberativo, composto por representantes dos docentes, dos estudantes, dos servidores técnico-administrativos, dos egressos da instituição, da sociedade civil, do Ministério da Educação e do Colégio de Dirigentes (BRASIL, 2008).

Além do Consup, existem dois outros órgãos colegiados: o Colégio de Dirigentes, composto pelos pró-reitores e diretores-gerais dos campi, de caráter consultivo, e o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, normativo nos eixos de ensino, pesquisa e extensão. Os

colegiados são presididos pelo Reitor e atuam como órgãos de apoio e assessoramento ao processo decisório da Reitoria.

Figura 2 - Estrutura Administrativa do IFCE

Fonte: elaborado pela autora, baseado no organograma do IFCE.

A partir da nova institucionalidade, em 2008, a estrutura organizacional do IFCE foi reestruturada, sendo criada a reitoria como nova unidade administrativa. A Reitoria é o órgão executivo do IFCE, responsável pela administração, coordenação e supervisão de todas as atividades da instituição, comandado pelo Reitor.

Ela é composta por cinco pró-reitorias, sendo órgãos executivos que planejam, superintendem, coordenam, fomentam e acompanham as atividades referentes às dimensões: ensino, pesquisa, extensão, administração e gestão (IFCE, 2016). Além das pró-reitorias, existem duas diretorias sistêmicas, nos âmbitos da Gestão de Tecnologia da Informação e de Assuntos Estudantis. A Reitoria conta, ainda, com órgãos de apoio e assessoramento, como Ouvidoria e Relações Internacionais. A Procuradoria Federal dá suporte jurídico aos processos institucionais.

Por fim, o Gabinete do Reitor assiste o reitor em suas funções e atribuições, coordenando o fluxo de informações da Reitoria e os despachos do reitor, além de articular as relações entre o reitor e os órgãos colegiados superiores, sociedade em geral e os campi.

Colégio de Dirigentes Conselho Superior Reitor Reitoria Campi Auditoria Interna Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão

Os campi possuem considerada autonomia administrativa, com estrutura organizacional própria, e embora respondam ao Reitor, não fazem parte da Reitoria do IFCE.

Figura 3 – Estrutura Organizacional da Reitoria do IFCE

Fonte: elaborado pela autora, baseado no organograma do IFCE.

A seguir, será apresentada a metodologia e a caracterização da pesquisa deste estudo de caso.

Reitor

Gabinete da Reitoria Órgãos de apoio e

assessoramento Pró-reitorias Gestão de Pessoas Ensino Extensão Administração e Planejamento Pesquisa, Pós- graduação e Inovação Diretorias Sistêmicas

Diretoria de Gestão da Tecnologia da Informação

Diretoria de Assuntos Estudantis

5 METODOLOGIA

Este trabalho apresenta-se como um estudo de caso, que para Yin (2005 apud

GIL, 2010) é visto como o delineamento mais adequado para a investigação de um fenômeno contemporâneo, dentro de seu contexto real, onde os limites entre o fenômeno e o contexto não são claramente percebidos. Para Gil (2010) o estudo de caso proporciona uma visão global do problema ou identifica possíveis fatores que o influenciam ou são influenciados por eles.

Pesquisa é o conjunto de procedimentos sistemáticos, baseado no raciocínio lógico, que tem como objetivo encontrar soluções para problemas propostos, mediante a utilização de métodos científicos (ANDRADE, 2010). Para a estruturação desta monografia, utilizou-se a técnica de pesquisa de campo, que segundo Marconi e Lakatos (2007) é aquela usada para conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um problema, para o qual se busca uma resposta. Destaca-se que a pesquisa de campo não deve ser confundida com a coleta de dados.

Segundo Gil (2010) quanto à finalidade, esta pesquisa classifica-se como aplicada, por contribuir para a solução de problema de ordem prática. Quanto ao objetivo, trata-se de um estudo exploratório descritivo. Para Piovesan e Temporini (1995) a pesquisa exploratória tem por objetivo conhecer a variável de estudo como se apresenta, além do contexto e do significado aos quais está inserida. Sampieri (2006) afirma que estudos descritivos procuram especificar as propriedades, características e o perfil do objeto de análise. A pesquisa descritiva também tem a finalidade identificar possíveis relações entre variáveis (GIL, 2010).

A coleta de dados foi realizada mediante aplicação de questionário eletrônico, elaborado pela ferramenta Google Forms, formulado com base nas teorias motivacionais de Herzberg e nas de processo, como teorias da Expectativa, Fixação de Objetivos e da Equidade.

As questões foram estruturadas, obedecendo ao escalonamento do tipo Likert, a fim de enquadrar os entrevistados em diferentes categorias, buscando uma melhor análise das respostas coletadas. Malhotra (2012, p. 221) define a escala de Likert como:

Escala de mensuração com cinco categorias de respostas, variando de 'discordo totalmente' a 'concordo totalmente', que exige que os participantes indiquem um grau de concordância ou de discordância com cada uma de várias afirmações relacionadas aos objetos de estímulo.

O público-alvo da pesquisa foi os servidores lotados na Reitoria do IFCE, em consonância com o objeto deste estudo de caso. Segundo dados fornecidos pela Pró-reitoria de Gestão de Pessoas, existem 167 servidores lotados na Reitoria. Destaca-se que esse número contempla servidores cedidos, de licença e afastados. Após a aplicação do questionário, foram totalizadas 70 respostas, portanto a amostra representa 41,92% da população total.

Quanto à natureza dos dados coletados, trata-se de pesquisa quantitativa, considerando o uso de ferramentas estatísticas para a análise descritiva e interpretação, além de investigar associações entre variáveis (SAMPIERI; COLLADO; LÚCIO, 2013).

Após a aplicação do questionário, os dados foram compilados e analisados com o auxílio do software Excel 2007 e do Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) para analisar a influência de variáveis relativas ao perfil dos servidores em sua motivação. Com o auxílio do SPSS, foram realizados os testes de diferenças entre médias de Mann-Whitney e de Kruskal-Wallis.

Segundo Field (2009) o teste de Mann-Whitney é utilizado quando se pretende analisar diferenças entre duas condições e diferentes participantes selecionados em cada situação. Para Fávero et al (2009) é um dos testes não-paramétricos mais poderosos. Já o teste de Kruskal-Wallis é uma alternativa para o de Mann-Whitney, quando o número de grupos a ser observados é superior a 3.

No capítulo a seguir, serão apresentados os resultados obtidos pela análise dos dados.

6 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Nesta seção, serão apresentados os resultados obtidos mediante a análise dos dados coletados com a pesquisa. Primeiramente, informa-se o perfil dos servidores entrevistados. Depois, são apresentados os níveis de insatisfação, de acordo com os fatores higiênicos da teoria de Herzberg. Em seguida, com base nos fatores motivacionais da mesma teoria, têm-se os resultados referentes ao nível de satisfação dos respondentes, e o nível de motivação, baseados em teorias de processo. Por fim, analisa-se a influência das variáveis

“cargo de chefia” e “tempo de serviço” no nível de motivação.

A primeira parte do questionário buscou levantar o perfil dos servidores respondentes. Sobre o tema, apresentam-se os seguintes dados. Quanto ao sexo dos entrevistados, compreende-se uma ligeira predominância de servidores do sexo masculino, com 54,29% do total, conforme gráfico abaixo.

Gráfico 1 – Distribuição dos servidores quanto ao sexo

Fonte: dados da pesquisa levantada pela autora (2016). Base: 70 entrevistados.

Em relação à idade, a maior parte dos servidores encontra-se na faixa etária entre 26 a 41 anos, representando 67,14% do total. Em menor número, estão os que se encontram no intervalo entre 18 a 25 anos, e com mais de 65 anos, representando, cada, 2,86% da amostra. Os respondentes entre 42 a 65 anos representam 27,15% do número de respondentes.

Considera-se a idade mínima de 18 anos, pois este é um dos requisitos básicos para a investidura em cargos públicos. Nota-se que os servidores são adultos, enquadrando-se em uma fase relativa ao início e estruturação da carreira.

54,29% 45,71%

Sexo

Masculino Feminino

Tabela 1 – Distribuição dos servidores quanto à idade Idade Respondentes % Entre 18 a 25 anos 02 2,86 Entre 26 a 33 anos 27 38,57 Entre 34 a 41 anos 20 28,57 Entre 42 a 49 anos 07 10 Entre 50 a 57 anos 09 12,86 Entre 58 a 65 anos 03 4,29 Mais de 65 anos 02 2,86 Total 70 100

Fonte: dados da pesquisa levantada pela autora (2016). Base: 70 entrevistados.

Quanto ao nível de escolaridade, 77,14% dos servidores entrevistados possuem pós-graduação. Enquanto 17,14% possuem ensino superior, e 5,71%, ensino superior incompleto ou em andamento. Conclui-se que os servidores possuem uma ótima qualificação.

Tabela 2 – Distribuição dos servidores quanto à escolaridade

Escolaridade Respondentes %

Ensino médio completo 0 0

Ensino superior incompleto/em andamento 04 5,71

Ensino superior completo 12 17,14

Pós-graduado (a) 54 77,14

Total 70 100

Fonte: dados da pesquisa levantada pela autora (2016). Base: 70 entrevistados.

Quanto à natureza do cargo, existem duas possibilidades de ingresso no IFCE: docente ou técnico-administrativo em educação (TAE). Este último possui vagas para diversos níveis de escolaridade, contemplando ensino fundamental e médio, para cargos generalistas de auxiliar e assistente administrativo, e cargos de nível superior, com atividades mais específicas, com vagas destinadas a médicos, enfermeiros e assistentes sociais.

De acordo com a pesquisa, 80% dos servidores lotados na reitoria são TAE, enquanto 20% são docentes. Considerando que a atividade fim da Reitoria é ligada a

atividades administrativas, o dado já era esperado. Destaca-se que os docentes que se encontram desempenhando atividades na Reitoria estão em cargos de gestão, ocupando cargos de direção ou função gratificada.

Gráfico 2 – Distribuição dos servidores quanto ao cargo

Fonte: dados da pesquisa levantada pela autora (2016). Base: 70 entrevistados.

Em relação ao tempo de serviço no IFCE, 48,57% dos servidores estão trabalhando entre 3 a 7 anos na instituição, enquanto 32,86 % dos entrevistados estão há mais de 7 anos no Instituto. Apenas 2,86% dos servidores entrevistados trabalham há menos de 1 ano, já 15,71% trabalham entre 1 a 3 anos no IFCE. De acordo com os dados, conclui-se que a maioria dos servidores encontra-se estável no serviço público. Além disso, destaca-se que a nova institucionalidade concedida ao IFCE, a partir de 2008, criou a Reitoria como nova unidade administrativa, gerando o aumento de cargos para suprir as demandas da nova estrutura.

Tabela 3 – Distribuição dos servidores quanto ao tempo de serviço

Tempo de serviço Respondentes %

Menos de 1 ano 02 2,86

1 a 3 anos 11 15,71

3 a 7 anos 34 48,57

Mais de 7 anos 23 32,86

Total 70 100

Fonte: dados da pesquisa levantada pela autora (2016). Base: 70 entrevistados. 20% 80%

Cargo

Docente TAE

Dentro da estrutura da Reitoria, existem diretorias e coordenadorias que possuem gratificação pecuniária para os servidores que as ocupam, chamadas Funções Gratificadas (FG) ou Cargo de Direção (CD), além da gratificação, estes cargos possuem natureza de chefia. Considerando o exposto, foi identificado que 60% dos servidores possuem FG ou CD, enquanto 40% não.

Gráfico 3 – Distribuição dos servidores que possuem CD ou FG

Fonte: dados da pesquisa levantada pela autora (2016). Base: 70 entrevistados.

Com base nos dados analisados, conclui-se que o perfil do servidor da Reitoria do IFCE é da maioria de técnico-administrativos, considerando a atividade fim do órgão, com predominância de servidores do sexo masculino, com faixa etária entre 26 a 41 anos, sendo 77,14% deles pós-graduados e que estão há, no mínimo, 03 anos na instituição. Destaca-se que 60% dos respondentes ocupam cargo de chefia.

As próximas questões foram baseadas na teoria de Herzberg, a fim de se medir o grau de insatisfação e de satisfação dos servidores. Quanto aos fatores higiênicos, foram levantadas as seguintes percepções.

Sobre as instalações físicas e os equipamentos, foi perguntando se estes atendiam às necessidades dos servidores. Do total, 44,28% dos servidores informaram discordância sobre a sentença, ou seja, mostraram-se insatisfeitos. Em contrapartida, 37,14% dos respondentes concordaram com a afirmação, enquanto 18,57% mostraram-se indiferentes.

Nota-se o impacto da burocracia e demora na aquisição de material e equipamentos no serviço público na atuação dos profissionais, gerando insatisfação. A pesquisa não identificou se a insatisfação é com a gestão do IFCE quanto ao tema, ou com o processo em geral.

Sobre as instalações físicas, destaca-se que, a mudança da Reitoria do campus

Fortaleza, sediado na rua 13 de maio, no bairro Benfica, em 2012, para 04 locações alugadas, 40%

60%

Ocupantes de CD ou FG

Não Sim

no bairro Joaquim Távora, pode, também, ter influenciado a percepção dos servidores nesse questionamento, considerando que as estruturas não eram próprias para atividades administrativas. De acordo com a Gestão do IFCE, o prédio sede da unidade ficará pronto no segundo semestre de 2016. Desta forma, espera-se a melhoria das condições físicas do ambiente de trabalho dos servidores, diminuindo a insatisfação apresentada nesta pesquisa.

Gráfico 4 – Percepção sobre instalações físicas e equipamentos

Fonte: dados da pesquisa levantada pela autora (2016). Base: 70 entrevistados.

Os entrevistados foram questionados se a instituição possui políticas e normas de funcionamento claras, acessíveis e aplicáveis. Houve, praticamente, um equilíbrio entre os respondentes, pois 42,86% discordaram da sentença, já 41,43% destes concordaram. Do total, 15,71% dos servidores mostraram-se indiferentes sobre a questão. A pesquisa não identificou se a insatisfação se deve à falta de políticas ou ao desconhecimento dos colaboradores sobre elas, seja por falta de divulgação ou por falta de interesse em buscá-las.

Gráfico 5 – Percepção sobre políticas e normas de funcionamento

Fonte: dados da pesquisa levantada pela autora (2016). Base: 70 entrevistados. 8,57% 35,71% 18,57% 31,43% 5,71% Discordo totalmente

Discordo Indiferente Concordo Concordo totalmente

Instalações físicas e

equipamentos

10,00% 32,86% 15,71% 38,57% 2,86% Discordo totalmente

Discordo Indiferente Concordo Concordo totalmente

Políticas e normas de

A pesquisa questionou se os servidores acham sua remuneração adequada para recompensar o esforço empreendido na execução de suas atividades. Do total, 51,43% dos respondentes mostraram-se não insatisfeitos sobre o tema, enquanto 30% mostraram insatisfação. Já 18,57% se mostraram indiferentes. Destaca-se que as autarquias federais não possuem autonomia sobre a remuneração de seus servidores, apenas operacionalizam a implementação dos dados relativos à folha de pagamento, sendo o repasse financeiro de inteira competência do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Além do repasse, as decisões sobre valores são de competência do Poder Executivo.

Gráfico 6 – Percepção sobre remuneração

Fonte: dados da pesquisa levantada pela autora (2016). Base: 70 entrevistados.

Ainda acerca dos fatores higiênicos de Herzberg, foi avaliado o nível de insatisfação sobre a relação com a chefia imediata, perguntando se a mesma é baseada no respeito e na cordialidade. O ponto foi extremamente bem avaliado entre os servidores, demonstrando o maior índice de não insatisfação sobre os pontos analisados, apresentando concordância de 91,43% da amostra. Apenas 2,86% dos respondentes se mostraram insatisfeitos, enquanto 5,71% informaram indiferença. Destaca-se, ainda, que nenhum respondente afirmou que discorda totalmente sobre o tema.

A pesquisa destaca o relacionamento entre chefia imediata e servidores como um ponto positivo da gestão do IFCE, um assunto que bastante influencia a boa convivência entre os servidores, melhorando as relações de trabalho e influindo positivamente no clima organizacional, gerando um ambiente saudável com conflitos que podem ser dirimidos sem maiores constrangimentos ou assédios.

5,71% 24,29% 18,57% 38,57% 12,86% Discordo totalmente

Discordo Indiferente Concordo Concordo totalmente

Remuneração

Gráfico 7 – Percepção sobre a relação com a chefia imediata

Fonte: dados da pesquisa levantada pela autora (2016). Base: 70 entrevistados.

Foi perguntado se, dentro da autonomia do IFCE, os servidores sentiam que existe uma política para a melhoria das práticas de gestão de pessoas. Aqui, encontra-se o maior número de servidores indiferentes quanto ao tema, representando 20% de respondentes. Os servidores que discordam da afirmativa representam 44,29% do total, enquanto 35,71% concordaram com a frase, portanto os servidores estão insatisfeitos neste ponto. Infere-se que as práticas de gestão de pessoas exercidas no IFCE ainda são burocráticas, restringindo-se aos processos de pagamento e concessão de benefícios, inerentes ao serviço público.

Gráfico 8 – Percepção sobre as práticas de Gestão de Pessoas

Fonte: dados da pesquisa levantada pela autora (2016). Base: 70 entrevistados. 0,00% 2,86% 5,71% 20,00% 71,43% Discordo totalmente

Discordo Indiferente Concordo Concordo totalmente

Relação com a chefia imediata

20,00% 24,29% 20,00% 30,00% 5,71% Discordo totalmente

Discordo Indiferente Concordo Concordo totalmente

Práticas de Gestão de Pessoas

De acordo com a teoria de Herzberg, os fatores higiênicos não trazem motivação para o ambiente de trabalho, apenas indicam se há insatisfação ou não. Considerando os dados analisados, destacam-se os pontos nos quais há insatisfação: instalações físicas e os equipamentos, políticas de funcionamento claras e acessíveis e a falta de sentimento sobre melhoria da prática de gestão de pessoas. Por outro lado, foi apontado que a relação com a chefia imediata é benéfica, apresentando um total de 91,43% de respondentes que concordam com a afirmativa, obtendo o maior índice de aprovação.

As próximas questões foram elaboradas com base nos fatores motivacionais, propostos por Herzberg. Sobre as atividades desempenhadas, perguntou-se aos servidores se estes tinham oportunidade de aprendizado nas realizações de suas tarefas. De forma positiva, 80% dos respondentes informaram que concordam com a sentença, mostrando-se satisfeitos. Do total, apenas 11,43% da amostra discorda da afirmativa, enquanto 8,57% demonstrou indiferença.

Gráfico 9 – Percepção quanto às oportunidades de aprendizado no desenvolvimento de atividades

Fonte: dados da pesquisa levantada pela autora (2016). Base: 70 entrevistados.

Ainda sobre as tarefas, questionou-se se elas eram desafiadoras e estimulantes. Em consonância com a pergunta anterior, 75,72% da amostra concordou com a proposição, mostrando satisfação quanto ao ponto analisado, portanto as tarefas desempenhadas pelos servidores não é um fator que atrapalha a produtividade dentro da instituição, contrariando o senso comum de que as atividades no serviço público são rotineiras e maçantes.

2,86% 8,57% 8,57% 41,43% 38,57% Discordo totalmente

Discordo Indiferente Concordo Concordo totalmente

Atividades e aprendizado

Gráfico 10 – Percepção sobre a realização das tarefas

Fonte: dados da pesquisa levantada pela autora (2016). Base: 70 entrevistados.

A pesquisa avaliou se os servidores acham que há chances de crescimento profissional dentro da instituição. Sobre o tema, 57,14% destes concordaram com a afirmação, mostrando-se satisfeitos com a possibilidade de desenvolvimento na carreira dentro do IFCE. Do total da amostra, 30% dos respondentes não concordaram e 12,86% se mostraram indiferentes.

Gráfico 11 – Percepção sobre possibilidade de crescimento profissional

Fonte: dados da pesquisa levantada pela autora (2016). Base: 70 entrevistados.

Quando perguntado se os servidores possuíam autonomia para a execução de suas atividades, 71,43% dos respondentes concordaram com a afirmativa, 18,57% se mostraram indiferentes, e 10% discordaram. Os dados revelam que os servidores estão satisfeitos com a

2,86% 12,86% 8,57% 52,86% 22,86% Discordo totalmente

Discordo Indiferente Concordo Concordo totalmente

Tarefas

7,14% 22,86% 12,86% 38,57% 18,57% Discordo totalmente

Discordo Indiferente Concordo Concordo totalmente

Crescimento profissional

autonomia concedida pela chefia para a escolha da condução de suas tarefas, corroborando os efeitos de uma boa relação entre chefe e subordinados.

Gráfico 12 – Percepção de autonomia para a execução das atividades

Fonte: dados da pesquisa levantada pela autora (2016). Base: 70 entrevistados.

O próximo ponto analisado pela pesquisa foi a satisfação dos servidores em relação ao reconhecimento e valorização profissional. Do total dos respondentes, 62,86%

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