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SPECTOS LINGÜÍSTICO-TEXTUAIS

4.1 Estrutura Narrativa

Os textos narrativos apresentam inicialmente as personagens, situam o cenário onde se des

tático. A narrativa termina assim em um novo equ

esentado um estado de coisas que pode ser considerado equ

d) de resolução – introduzem-se os acontecimentos que levam a uma efetiva redução da tens

s. A primeira consistia na reescrita do conto

lhantes – Escrita com o emprego de imagens - consistiam na produção de um texto, com o apoio de imagens.

Nessas prod ticular

envolve a história e ainda sua cronologia. No corpo da narrativa, é possível identificar

uma série de transformações que vão modificar a situação estática do estado inicial: trata- se então de um processo, de uma dinâmica. (BASTOS, 1994:33). Nessa dinâmica,

encontra-se o detonador, que é a ação mais explícita e a sanção que daria conta da

passagem para um novo estado, também es

ilíbrio, resultante das transformações que ocorreram – O estado final. (IDEM,

1994:33).

O modelo de seqüência narrativa proposto por Labov e Walestsky (1967) é composto por cinco fases principais:

a) de situação inicial - é apr

ilibrado; na medida em que a história se desenvolve, é introduzida uma perturbação; b) de complicação - é introduzida uma perturbação, criando uma tensão;

c) de ações – são apresentadas as ações decorrentes da fase anterior;

ão criada pela fase de complicação; e

e) de situação final - a partir da resolução, um novo estado de equilíbrio é explicitado. No presente estudo, a análise da estrutura narrativa foi realizada sobre quatro produções textuais escritas pelos sujeitos pertencentes aos dois grupo

Rapunzel, produção que requereu como habilidade textual a capacidade

de memorizar, gerar e articular idéias. A segunda e a terceira eram seme

idéias a partir de imagen o uso d

reescrita d texto com mudança do final22 em relação riginal. a como idade textual a capacidade de memoriza articular de intro novo desfecho, articulado com a idéia original.

ta de textos se justifica pela sua importância como uma ade que faz parte de um procedimento mais geral que dá lugar à citação, à imitação,

à si

introduzem-se os acontecimentos que levam a se reduzir a tensão. O desaparecimento da tens

s, com e sem e mediação21 de nossa parte. A quarta

produção consistiu na e um ao o

Nessa tarefa foi exigid habil r e

idéias, com o propósito duzir A opção pela reescri dois ativid

mulação, à paráfrase (TEBEROSKY,1992:94). Apesar de sua importância, a atividade

de reescrita ocupa um espaço restrito nas atividades escolares de produção textual. Nesta pesquisa, o propósito que mobilizou essa atividade se ancora na perspectiva de uma produção não mecanizada ou de cópia, e, sim, em uma produção que coincida com a do texto-fonte. Teberosky, ao se referir à coincidência entre o texto lido e aquele reescrito pelo aluno, assinala que, evidentemente, o grau de coincidência depende da capacidade das

crianças, das condições da tarefa e do tipo de texto a ser reescrito (1992:94).

A análise das produções escritas deste estudo será efetuada tendo como referência os elementos constituintes de um texto, sendo este composto pelo começo, meio e fim. No começo, o escritor escreve os eventos iniciais que correspondem à apresentação da história. Já no meio deve estar presente o desenvolvimento do enredo, formado pelos eventos complicadores de uma narrativa, bem como pelas ações que reúnem os acontecimentos decorrentes da complicação. E, o fim, constitui, evidentemente, o desfecho da história, onde podem estar escritos os eventos que constituem a resolução e a avaliação. Nesta fase,

ão torna explícito o novo estado de equilíbrio como conseqüência da resolução. Ainda nesta fase, a avaliação pode aparecer mediante comentário em relação ao desenrolar da história.

21 A mediação consistiu em um diálogo realizado com cada sujeito, na tentativa de suscitar o levantamento de hipóteses em face das imagens apresentadas. Por meio de questionamentos, o diálogo foi ocorrendo com a alternância de fala e de escrita. O diálogo funcionou com

questionarem sobre o desafio de manter a coerência d

o uma provocação, levando os alunos a se a escrita, a partir das imagens seqüenciadas. A mediação proporcionou aos sujeitos estratégias cognitivas e metacognitivas para estabelecer a adoção de rela

22 Nessa produção, foi solicitada uma reescrita a partir de um texto lido por nós, com o pedido de mudança do ção entre o discurso escrito, sua progressão e as imagens. seu final, atentando para a recomendação de que ele não poderia ser triste.

Tomando como base os elementos do texto narrativo, pretendemos analisar quatro itens principais que caracterizam esse tipo, quais sejam: a presença ou ausência da apresentação da história, o desenvolvimento do texto, formado pelos eventos complicadores, a resolução e a avaliação dos eventos narrativos, sendo que este último não foi considerado como um elemento obrigatório na estrutura narrativa.

Para efeito didático, examinaremos o cuidado quanto à coerência na seqüência narrativa em um item separado.

Trataremos, a seguir, dos aspectos da análise que correspondem à estrutura narrativa, e pos

m relação à apr

teriormente nos dedicaremos ao texto com função comunicativa. 4.1.1 A apresentação da história

A análise da apresentação da história será realizada a partir da identificação dos eventos iniciais. De acordo com Bastos (1994:25), é freqüente o aluno iniciar o texto, apresentando

uma espécie de justificativa da narrativa, fazendo referência ao tema proposto e estabelecendo uma ligação entre esse tema e seu texto.

O estado inicial de um texto narrativo é constituído de três aspectos: no primeiro, o autor realiza a apresentação inicial das personagens. No segundo aspecto, as personagens são situadas em um cenário, e, por fim, no terceiro, elas são inseridas em uma história ou cronologia. Essa apresentação inicial é considerada estática, não em si mesma, na medida em que a seqüência da história introduz nela uma perturbação.

O Quadro 5, a seguir, ilustra a freqüência e a relação de proporcionalidade e esentação da história nas quatro produções narrativas dos dois grupos.

Quadro 5: Identificação dos grupos que fizeram a apresentação da história em cada texto Grupos

Textos

GI= 11 sujeitos GII= 10 sujeitos Total

1. Reescrita do conto de Rapunzel

4/11 8/10 12

2. Escrita por meio de imagens sem mediação

10/11 10/10 20

3. Escrita por meio imagens com mediação

21

de 11/11 10/10

4. Reescrita com

mudança do final 4/11 8/10 12

Tomando como base os 84 textos narrativos produzidos pelos dois grupos, identificamos a presença da apresentação da história em 65 produções. Desse total, o grupo I escreveu a maior quantidade de textos, sem explicitar a apresentação da história. Dentre os 44 textos produzidos por esse grupo, em 15 eles não apresentaram a história, totalizando em 34,09%. Enquanto isso, o grupo II teve esse cuidado em trinta e seis textos, não uções desse grupo. A estrutura da história é aprendida mais cedo do que as estruturas de outros gêneros. A criança, antes de aprender a escrever alfabeticamente, já domina estratégias características da estrutura narrativa. Se considerarmos os alunos com síndrome de Down, é possível levantar a hipótese sobre a freqüência de situações que privilegiam a narração de histórias. Em outro estudo, Gomes (2001) verificou que os alunos com síndrome de Down que apresentavam leitura fluente e boa compreensão leitora eram aqueles que participavam escutavam histórias em seus lares, e, principalmente, freqüentavam escolas regulares que

sentido dos fatos subseqüentes. A tação da história auxilia o leitor a estabelecer uma espécie de relação temporal entre os eventos presentes em um texto, além de auxiliar o leitor no que diz respeito à localização espacial do texto e seu cenário, por exemplo. A organização da relação temporal e espacial ações armazenadas em nossa memória. No caso de produções que nstitui aspecto importante que influencia na rganização hierárquica das idéias em um texto.

análise de cada texto revelou ocorrências diversificadas nas produções textuais dos ois grupos. Em relação ao grupo I, observamos que a maioria dos alunos apresentou a por meio de imagens com e sem mediação. Enquanto essa característica, nos textos de reescrita do conto de Rapunzel e no texto que solicitou a mudança do final. Essas produções, de modo diferente daquelas escritas com apoio de imagens, requeriam, esp

apresentando, portanto, em quatro deles, o que equivale apenas a 10% das prod

de contextos letrados. De forma precoce, eles participavam de rodas de leitura,

privilegiavam a diversidade de gêneros textuais.

A ausência da apresentação de uma história pode comprometer a sua compreensão, visto que sua presença permite a construção do

apresen

permite acessar as inform

envolvem sua reescrita, a memória co o

A d

história, especialmente na escrita

apenas quatro sujeitos de um total de onze apresentaram

ecialmente, o uso da memória para organizar os eventos presentes no texto. A ativação desse recurso implica também a aplicação de processos de auto-regulação, que são frágeis

em alunos com dificuldades de aprendizagem. Além dessa fragilidade, identificamos também escasso planejamento, monitoração, avaliação e revisão nos processos de escrita.

Ao analisar a presença da escrita da apresentação da história pelos sujeitos do grupo II, identificamos resultados diversificados. É importante ressaltar, contudo, que os sujeitos do grupo II, em maior quantidade do que os do grupo I, expressaram o estado inicial do texto. Esse resultado foi significativo, especialmente na escrita dos textos com imagens com e sem mediação. Em relação aos demais textos, constatamos menor número de sujeitos que não escreveram a apresentação da história nas duas reescritas solicitadas, se compararmos com as outras produções. A menor quantidade de alunos que não tiveram essa preocupação foi daqueles que compõem o grupo II. Esses resultados evidenciaram algumas dificuldades presentes em alguns textos do grupo I. Tais dificuldades vinculam-se ao conhecimento metacognitivo da estrutura do texto, à consciência dos próprios processos cognitivos quando se envolve na escrita, à consciência sobre a importância de planejar a escrita, bem como de organizá-la (SÁNCHES, 2004). Outro fator importante nessas produções diz respeito à dificuldade de expressar suas idéias na escrita.

Com o objetivo de ilustrar os dados apresentados no quadro 3, destacamos a seguir os textos de Janaína (4ª série, escola particular) do grupo I, e de Pedro (3ª série, escola particular), do grupo II. Esses textos representam aqueles que apresentaram a história. Antes de ilustrar esses textos, apresentaremos as imagens utilizadas para essa produção. Essa ilustração tem a finalidade de auxiliar o leitor no sentido de compreender a relação entre as imagens e os te

Ilustração 1: Imagens utilizadas para produção do texto com mediação

xtos escritos pelos sujeitos.

Imagem 3 Imagem 4 Imagem 5

Imagem 6

Nos trechos destacados a seguir, poderemos verificar como Pedro e Janaína apresentaram sua história na fase inicial da narrativa.

Evento inicial extraído do texto de Janaína A formiga

Evento1: estava deitando na folha espriguiçando

Evento inicial extraído do texto de Pedro

Evento 1: Era um centopea que etava acodano na primavera

Os textos produzidos por Pedro e Janaína revelaram a experiência deles com a produção textual. No trecho inicial, escrito por Janaína, ela não explicitou personagem, nem tempo, e o título apareceu aclopado à primeira frase de seu texto. Nesse trecho, a aluna apresentou os fatos observados de modo descritivo. Já a produção de Pedro não apresentou o título, no

entanto explicitou personagem e cenário. A produção de Pedro evidenciou sua familiaridade com os textos narrativos comumente utilizados no ambiente escolar. Não há

uma forma lingüí a escrita. Nas

produções escritas iniciais, o início e o final da história são componentes explicitados com muita freqüência (GRAESSER et . al, 1991). A seguir apresentaremos a produção completa escrita por Janaína.

stica fixa que determina a estrutura inicial de uma históri

Texto 9: Escrita do texto com o uso de imagens com mediação

Foto 9: Janaína, durante a escrita do texto com imagens com o uso da mediação

Já o texto de Pedro, ilustrado a seguir, apresenta um problema de referência (ela, ela, ela). Apesar do uso repetido do pronome ELA, com o qual iniciou cada frase, observa-se uma progressão narrativa em sua escrita.

Texto 10: Escrita por meio de imagens com o uso da mediação

Foto 10: Pedro, durante a escrita por imagens com o uso da mediação

De acordo u maior

qua

história ocorreu na escrita por meio de imagens com mediação. Tal ocorrência justifica a importância da mediação para a apropriação da estrutura de um texto. Ressalta ainda que alunos com síndrome de Down se beneficiam da mediação pedagógica no decorrer do

com os dados representados no quadro 5, o grupo II apresento

ntidade de sujeitos que escreveu a apresentação da história. Com exceção dos textos 1 e 4, em todos os demais os alunos do grupo II apresentaram a história.

desenvolvimento da linguagem escrita. A interação e a mediação constituem fatores importantes para a evolução escrita de qualquer aluno. De modo semelhante ao grupo II, a menor freqüência de textos com apresentação da história ocorreu nas produções 1 e 4.

Ainda no que concerne à apresentação da história, exemplificaremos por meio do texto realizado por Bruno (6ª série, escola particular), do grupo II, a escrita com o suporte de imagens, sem mediação. Antes de proceder à apresentação dessa produção, destacaremos as imagens que foram utilizadas para essa escrita.

Ilustração 2: Imagens utilizadas para produção do texto sem mediação

Capa do livro Imagem 1 Imagem 2

Imagem 3 Imagem 4 Imagem 5

O texto de Bruno, em comparação com os que foram ilustrados anteriormente, apresenta melhor elaboração do discurso escrito. Em seu texto, há um marcador de narrativa abrindo a história – Era uma vez. A continuidade de sua escrita indicou uma preocupação com todas as ações subseqüentes, o que revela a explicitação da progressão das idéias com relação temporal entre si.

Texto 11: Escrita dotexto com imagens sem o uso da mediação

A ausência da apresentação da história foi observada em 19 do total de 84 textos oi rup P exe plificar essa ocorrência, destacaremos a reescrita

zel realizada por Beatriz (4ª série, escola particular), do grupo I.

produzidos pelo do conto de Rapun

s d s g os. ara m

Texto 12: Reescrita do conto Rapunzel

Foto 12: Beatriz, durante a reescrita do conto Rapunzel

Nesta produção, apesar da ausência da apresentação da história, Beatriz tenta exercitar o recurso da mobilização de conhecimentos anteriores sobre o conteúdo do texto. Essa

constatação pode ser observada no início de sua escrita, cujo estilo de linguagem sugeriu uma síntese do conto – Para visitar raponzel que era prisioneira na torre de um castelo, o

pricipe subia pelas tranças da sua amada - Tal fato demonstrou sua capacidade de

compreensão e de memorização. Durante essa produção, a aluna comentou que escutava diariamente a história de Rapunzel e também tinha assistido ao filme na televisão. Provavelmente seria essa a justificativa que poderia explicar o estilo inicial de sua escrita.

Na fase inicial do texto de Beatriz, ela introduziu ações que traduziram os

acontecime o que

tal com ia imediata texto leva-nos a aventar a hipótese de que há uma aparente ligação entre os acontecim . Tal cons o não é confirmada entes. O texto de Beatriz privilegiou as duas seqüências iniciais, cuja esc

ntos complicadores da narrativa. O leitor desavisado não compreenderá

ocasionou plicação. A seqüênc do seu

entos tataçã

nas ações subseqü

rita se diferencia das demais, aspecto comentado anteriormente. Essa constatação pode ser identificada nos eventos de 1 a 3.

Evento 1: Para visitar raponzel que era prisoneira na torre de um castelo, o pricipe subia pelas tranças da sua amada,

Evento 2: Adivinhe o que aconteceu no dia em que a bruxa descobriu isso. Evento 3: Vivia presa torre chorando lagrimas e caia no chão

Evento 4: Amulher fez que raponsel foi se- embora

Evento 5: Abruxa mada amarada na torre é terminou a história fim

Ainda com referência à explicitação da apresentação da história, os dados revelaram resultados significativos, do ponto de vista do nível escolar, conforme o Quadro 6 apresenta.

Quadro 6: Identificação dos grupos que escreveram a apresentação da história, conforme o nível de escolaridade

Textos Grupos GI GII GI GII GI GII GI GII GI GII GI GII

2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 8ª N° de sujeitos por série/grupo 3 1 2 2 2 3 1 1 2 2 1 1 Total por texto 1. Reescrita do conto de Rapunzel - 1 - 1 1 3 1 1 1 2 1 - 12 2. Escrita com imagens sem mediação 2 1 2 2 2 2 1 1 2 2 1 1 19 3. Escrita com imagens com mediação 3 1 2 2 2 3 1 1 2 2 1 1 21 4. Reescrita com mud - 1 - 2 2 3 - - 1 2 1 - 12 ança do final

Total por grupo (apresentaram a

5 4 4 7

histó

7 11 3 3 6 8 4 2

ria) Total por série (apresentaram a história)

9/16 11/16 18/20 6/8 14/16 6/8

Fonte: Dados da pesquisa

A análise dos dois grupos indicou que a maior presença da apresentação da história ocorreu nas produções dos alunos da 4ª série, enquanto a menor nos textos dos alunos da 2ª e 3ª séries. Proporcionalmente, os dados confirmaram a ocorrência de apresentação da hist

olaridade não determinou maior índice quantitativo

produziram histórias com início mais elaborado do que aqueles da 4ª série.

No peita ao grupo I, os alunos d ª séries não escreveram a apresentação da história nos dois textos que exigiram sua reescrita. Já os de 5ª e 8ª séries não tiveram essa preocupação, na reescrita com mudança do final. Enquanto isso, os alunos da 4ª série, na ória em 90% dos textos da 4ª série e em 75% das produções da 5ª e 8ª séries. Esses resultados permitiram verificar que o efeito da esc

de explicitação do início da história, no entanto, os alunos de 5ª a 8ª série

sua maioria, escrevera textos an

m a apresentação da história, levando-se em consideração os quatro alisados. Este é um dado importante, pois permite indagar quais fatores são lhor desem nível de escolaridade. Parece que não é o influencia a quantidade de textos com a da apresentação da história, mas, talvez, as diferentes oportunidades de

ta pro onadas pela escola

história esteve ausente de três textos olares distintos, 5ª e 8ª série. Os alunos da 5ª omitiram a apresentação da hist

história é de fundamental importância para a com

responsáveis pelo me penho nesse simples fato do avanço na escolaridade que explicitação

situações de leitura e escri

Quanto aos alunos do grupo II, a apresentação da

porci .

de dois níveis esc

ória na reescrita com mudança do final, enquanto os da 8ª não escreveram o estado inicial nas duas produções que exigiram reescritas. Considerando o seu nível escolar mais avançado, o que normalmente deveria ocorrer era a apropriação desse conhecimento, visto que a presença da apresentação da

preensão do sentido do texto. No caso do grupo II, em termos percentuais, à proporção que os alunos avançavam na escolaridade, não foi mantido maior índice da presença da escrita da apresentação da história entre as produções dos alunos que cursavam a 6ª e 8ª séries. Esses resultados podem ser verificados no quadro 7 a seguir.

Quadro 7: Identificação percentual da escrita da apresentação da história pelo grupo II GRUPO II

2ª série 3ª série 4ª série 5ª série 6ª série 8ª série

100% 87.5% 91.6% 75% 100% 50%

Fonte: Dados da pesquisa

No grupo I, dos três alunos da 2ª série, nenhum deles fez a apresentação da história nos dois textos de reescrita. Quanto aos demais textos, apenas na escrita com imagens e com mediação, todos apresentaram o estado inicial da história. E, na escrita com imagens e sem

apresentação da história. Os resultados permitiram estabelecer relação entre nível escolar e a presença da escrita da apresentação da história. Não ocorreram, todavia, diferenças quantitativas entre as produções da 5ª e 6ª séries. Já entre a 6ª e 8ª séries, os resultados foram significativamente diferentes. Nesse caso, o exame do efeito da escolaridade sugeriu que alunos com síndrome de Down se apropriaram da estrutura inicial de um texto mediação, dois deles escreveram. Já os alunos de 3ª série obtiveram resultados semelhantes aos da 2ª, visto que nos dois textos de reescrita nenhum aluno apresentou a história. Proporcionalmente, a partir da 4ª série, os alunos escreveram em maior quantidade a

narrativo e podem se beneficiar do ensino formal, ao longo do desenvolvimento da escrita. Os dados percentuais apresentados a seguir confirmam esses resultados.

Quadro 8: Identificação percentual da escrita da apresentação da história pelo grupo I GRUPO I

2ª série 3ª série 4ª série 5ª série 6ª série 8ª série

41.6% 40% 87.5% 75% 75% 100%

Fonte: Dados da pesquisa

Os resultados dos dois grupos permitiram concluir que, dentre as quatro produções textuais, as que foram objeto da reescrita da história dificultaram a explicitação da apresentação desta em todos os níveis escolares. Assim, esses textos, por fazerem apelo à

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