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Para suportar a sua atuação na cena internacional, o Rio possui, formalmente, uma Coordenadoria de Relações Internacionais (CRI).

A Coordenadoria de Relações Internacionais (CRI) da Cidade do Rio de Janeiro é o órgão municipal responsável por assessorar o prefeito na elaboração e execução de políticas públicas municipais relativas à cooperação internacional. Localizada no Palácio da Cidade, em Botafogo, a coordenadoria está vinculada ao Gabinete do Prefeito. A CRI age como facilitadora de projetos de cunho internacional entre a Prefeitura do Rio e as secretarias municipais, órgãos estaduais e federais, identificando oportunidades e acompanhando projetos internacionais de cooperação nas mais diversas áreas, como desenvolvimento urbano sustentável, resiliência, conhecimento e inovação, inclusão social e acessibilidade. É a principal interlocutora da prefeitura com repartições consulares e missões diplomáticas, entre outras entidades internacionais de cunho regional e multilateral, bem como com as redes internacionais de cidades. A CRI é ainda responsável por organizar ou apoiar a vinda de missões de autoridades internacionais em visitas ao Rio de Janeiro. (Rio 2015)

Destarte, a CRI possui uma estrutura, contudo, mais próxima da realidade hodierna, subdividindo-se em cinco áreas que agem em interface constante. A estruturação dessas cinco áreas buscou adequar a CRI aos novos desafios do mundo presente.

 Gerência de Cooperação Bilateral;

 Gerência de Cooperação Multilateral;

 Gerência de Relações Institucionais;

 Gerência de Missões e Eventos;

 Gerência de Planejamento e Gestão.

Gerência de Cooperação Bilateral (GCB)

À GCB compete o relacionamento com todas as representações consulares com sede no Rio e com todas as representações diplomáticas no Brasil, sediadas em Brasília. Adicionalmente, a CRI mantém constante interlocução com as cidades e regiões com as quais o Rio possui relações diretas e/ou desenvolve projetos de cooperação, dentre outras ações.

A administração de acordos de geminação e acordos de cooperação com outras cidades, além da prospecção de projetos e ações de governos locais em outros países, que possam ser de interesse do governo local, e que tenham o potencial de gerar benefícios efetivos para a população carioca, também é função da GCB que, em termos de headcount, possui três servidores, sendo um assessor-chefe e dois assessores.

Gerência de Cooperação Multilateral (GCM)

A GCM ocupa-se de formular o conteúdo e acompanhar a agenda política do Rio nas redes de articulação de governos locais, como (e não se limitando a) Cities Climate Group (C40), Governos Locais pela Sustentabilidade (ICLEI), União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU), Associação Mundial das Grandes Metrópoles, União das Cidades Capitais Ibero-americanas (UCCI), etc.

Nesse contexto, importante destacar que a principal rede com a qual a GCM se relaciona é o C40, uma entidade criada em 2005 e que congrega as megacidades mundiais, como Londres, Tóquio, Pequim e Nova Iorque, com o propósito de diminuir as emissões de carbono, trabalhando conjuntamente com cidades participantes para enfrentar os riscos climáticos e impactos locais e globais. Aliás, o prefeito Eduardo Paes assumiu a presidência do C40 em janeiro de 2014, substituindo o prefeito de Nova Iorque.

Como prefeito do Rio de Janeiro, assumo a presidência do C40, ocupando o cargo após o mandato bem-sucedido do ex-prefeito de Nova Iorque Michael Bloomberg. É a primeira

vez que uma cidade emergente lidera a organização das maiores cidades do mundo. A escolha do Rio de Janeiro aumenta a responsabilidade de liderar políticas voltadas para a mudança climática e para a resiliência em áreas urbanas. Não há tempo a perder para a construção de cidades melhores e mais seguras. (Paes 2014)

A GCM encarrega-se, de igual forma, da formulação de agenda para atuação nas Organizações do Sistema ONU, tais como UN-Habitat, UNESCO, PNUD, UNICEF, dentre outras, para além do apoio estratégico a grandes eventos, seminários e conferências. A GCM promove a divulgação internacional de projetos de sucesso, desenvolvidos no âmbito do governo local, além de fomentar o intercâmbio de experiências, boas práticas e iniciativas compatíveis com as prioridades do governo local.

A GCM possui três servidores, sendo um assessor-chefe (igualmente exercendo o cargo de secretário-adjunto de Relações Internacionais) e dois assessores.

Gerência de Relações Institucionais (GRI)

A GRI coordena a interlocução com todos os órgãos governamentais municipais, estaduais e federais e com as demais prefeituras e secretarias municipais de outras cidades brasileiras. Também é responsável por identificar pontos focais nessas organizações, a fim de criar laços estreitos, para além de mapear prioridades comuns. A participação ativa no Fórum Nacional de Secretários e Gestores Municipais de Relações Internacionais – FONARI também é uma das atribuições da Gerência, que também deve se ocupar da recepção e processamento de demandas das secretarias e agências e presta o apoio necessário em acordos e projetos com órgãos internacionais, celebrados pelas demais secretarias municipais.

Os recursos humanos da GRI são compartilhados com a GCB, excetuando-se o assessor- chefe.

Gerência de Missões e Eventos (GME)

À GME compete promover a recepção de missões de autoridades estrangeiras à cidade do Rio de Janeiro, a organização e apoio a eventos de cunho internacional, dos quais a Prefeitura participe, a coordenação e apoio logístico a eventos realizados no Palácio da Cidade, sede oficial da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro.

Ademais, esse órgão também tem o encargo de organizar e acompanhar a agenda do coordenador de Relações Internacionais, cargo atualmente exercido pelo diplomata de carreira, ministro Laudemar Gonçalves de Aguiar Neto, em visitas externas a projetos da Prefeitura e possui dois servidores em sua estrutura.

Gerência de Planejamento e Gestão (GPG)

A GPG é responsável pela construção do plano estratégico, das metas e indicadores de desempenho da Coordenadoria e pelo monitoramento da implementação junto às demais gerências. A GPG também elabora o plano de comunicação da CRI, com a publicação de uma newsletter mensal e administra o website institucional.

Outrossim, o órgão possui a função de captar recursos internacionais não reembolsáveis para a execução de projetos de secretarias e outros órgãos do município do Rio, além de elaborar, sempre que necessário, a candidatura de projetos da Prefeitura do Rio de Janeiro a prêmios internacionais. A GPG possui três servidores, sendo um assessor-chefe.

Suporte Administrativo

Por fim, há ainda uma Equipe Administrativa composta de cinco servidores, responsáveis para suportar o trabalho de todas essas gerências.

Para além da CRI, que como demonstrado, possui vasta atuação e responsabilidades diversas, a Prefeitura do Rio possui outros órgãos e desenvolve ações outras que, seja de forma coadjuvante, ou exercendo papel principal, concorrem para o atingimento da bem-sucedida estratégia de atuação internacional do Rio, como ator internacional, bem como hospedeiro de grandes eventos globais. Essas ações serão pormenorizadas no item 4.4 a seguir.

Dados do Statistics Report 2013 da International Congress and Convention Association (ICCA 2014, 11; 26), apresentam o Rio no segundo lugar no ranking da América Latina como destino de eventos internacionais e na 26a posição no ranking mundial, o que corrobora a relevância internacional do Rio.

A CRI também é responsável por apoiar a Prefeitura do Rio na captação e realização de grandes eventos. Além de apoiar a agenda e os compromissos internacionais da Prefeitura, perpassando não apenas pela prospecção e desenvolvimentos de projetos de cooperação, técnico, educacional, cultural, empresarial ou tecnológico, à CRI também cabe contribuir para a inserção internacional, de uma forma geral, da cidade do Rio de Janeiro, enquanto ator importante e parceiro global.