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No (Grafo 6), a aplicação estatística utilizada no Gephi para esse resultado, diz respeito ao ‘grau de entrada’ de projetos sobre o PEIP/MT e ADEPE/MT organizados pelo Estado e as parcerias público-privadas, as duas políticas concentram diversos projetos (ações) que estão descritos nos documentos oficiais, pensando desde a sua estrutura e aplicação para o alcance de resultados.

A cor dos nós (azul) concentram os projetos elaborados e que fazem parte das políticas, porém a ADEPE/MT exerce um grau maior na rede (força do nó), isso significa dizer que, num primeiro momento em que a política de avaliação realiza um diagnóstico na rede estadual, a sua influência foi bastante expressiva, uma vez que trouxe resultados sobre as condições de aprendizagem dos alunos, a partir da avaliação. Aqui nada direciona para as questões de maior poder na rede, mas sim, sobre o grau de influência dessa política atuando sobre a rede estadual, quando da aplicação dos testes padronizados de língua portuguesa e matemática no ensino fundamental e médio. São esses os resultados a serem utilizados à construção do projeto de intervenção pedagógica.

No (Grafo 7) especifica-se o que realmente essas políticas esperam e querem das escolas, a centralidade do nó (rosa) e o grau (força do nó) está justamente nos projetos das políticas que adentram os espaços escolares, representada na rede pelas escolas estaduais, a ação dos projetos está condicionado a capacidade das escolas à análise dos dados das avaliações internas e externas, a identificação das deficiências de aprendizagem já apontadas por meios dos resultados da ADEPE/MT além de buscar formas de potencializar essas aprendizagens por meio de elaboração e execução do PEIP/MT, cabe portanto às escolas estaduais a responsabilização sobre os resultados das políticas, sobre elas recaem os projetos e sua execução, diga-se aqui, por meio de políticas reguladoras e centradas na padronização de ações.

Tem-se, portanto no (Grafo 6) a centralidade dos projetos sobre as duas políticas centradas em sua organização e estrutura pelas parcerias público-privadas, porque coube a elas a estrutura e decisões sobre atuação na escola, juntamente com o Estado. As escolas estaduais representadas pelo nó (verde) foram informadas por meio da Portaria 161/2016/SEDUC/MT e o Sistema de Avaliação sobre a reformulação das políticas educacionais em Mato Grosso, recebendo o

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orientativo informando sobre como essas políticas funcionariam e que as escolas utilizariam dos resultados das avaliações internas e externas para a elaboração do projeto de intervenção. Mas, é no (Grafo 7) visivelmente que se pode identificar as ações pelas quais as escolas estaduais, conforme o nó (rosa), passam a desenvolver, a partir de inúmeras atribuições entre elaboração de projetos, análise e uso dos dados das avaliações internas e externas e demais registros, seminários, estudos formativos, grupos de estudos, dentre outras ações. O “grau de saída” (Grafo 7) direciona às escolas uma grande responsabilização sobre às políticas voltadas à resultados, enquanto ao Estado a às parcerias público-privadas centra-se no poder de decisão sobre as políticas educacionais e o controle sobre o trabalho nas escolas, no intuito de busca de resultados.

A política da avaliação condiciona o envolvimento de muitas ações, tendo como foco não apenas diagnosticar a rede, mas principalmente analisar os resultados e realizar formações para que a escola tenha competência na leitura desses dados a fim de encaminhar ações de melhoria da qualidade do ensino por meio do PEIP/MT, além de sistematizá-los, confrontá-los com as avaliações externas e outros recursos aos quais são utilizados e elaborados na própria escola, como relatórios, portfólios e demais registros. A política de avaliação ainda cita o SIGEDUCA – Sistema Integrado de Gestão Educacional73 que funciona como um sistema de gerenciamento dos alunos matriculados e do quadro de funcionários. No SIGEDUCA os professores mediante senha individual, fornecem informações ao sistema através do registro de nota da disciplina e também da ADEPE/MT, sua funcionalidade ainda prevê uma seleção de conteúdos para cada disciplina, como estão sendo desenvolvidos e qual o planejamento que os professores estão desenvolvendo para a recuperação das notas. Essas informações são todas cadastradas nesse sistema.

Considerando, portanto o (Grafo 6) e (Grafo 7) os movimentos da política concentram suas decisões a partir das intenções do Estado com o apoio das parcerias público-privadas à construção das políticas de intervenção e avaliação, sem a participação das escolas nessas políticas. Na descentralização das ações desses projetos, as políticas querem das escolas estaduais ações sobre os

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resultados das avaliações, por meio da elaboração e execução de um projeto de intervenção pedagógica, no sentido de melhoria das práticas para melhores resultados sobre as aprendizagens. Portanto, esses grafos identificam os movimentos das políticas desde a sua elaboração até a sua chegada às escolas, responsáveis pelos seus resultados, através de orientações reguladoras e gerencialistas.

O (Grafo 8) centra-se na composição de rede, o Estado e as parcerias público- privadas ao instituir a gestão de resultados na rede estadual, convocaram atores afim de mobilizar ações e cumprir responsabilidades com relação às políticas do PEIP/MT e ADEPE/MT. Conforme os documentos, o projeto de intervenção pedagógica era acompanhado pela coordenação pedagógica, enquanto a formação dos técnicos administrativos de responsabilidade da direção escolar. A composição que se tem no (Grafo 8), a partir da leitura dos documentos, atribui responsabilizações sobre todos os profissionais da educação básica na rede pública estadual de Mato Grosso reafirmando assim as intenções do Estado de reforma e de melhoria da qualidade do ensino por meio de uma gestão para resultados. Essas responsabilizações pode-se dizer, estiveram diretamente ligadas à prestação de contas dos profissionais sobre as etapas de desenvolvimento das políticas, como também, uma constante vigilância (monitoramento) de um sobre o trabalho do outro.

No (Grafo 8) foi aplicada a estatística “betwenneess centrality”74 ao

considerar que a intermediação entre as políticas do PEIP/MT e ADEPE/MT aconteceram por meio dos CEFAPROs conforme a cor do nó (alaranjado), isso significa analisar uma perspectiva de que as políticas foram intermediadas nas escolas, por meio das atribuições dos centros de formação, uma vez que lhe cabia como responsabilização, o parecer final do projeto de intervenção pedagógica e as análises dos resultados das avaliações. Os CEFAPROs, portanto passam a monitorar o trabalho das escolas, com relação ao projeto de intervenção pedagógica, quando emitem um parecer final sobre a proposta. Na ADEPE/MT, recebem formação do CAED/UFJF para análise dos resultados das avaliações.

74 A intermediação é uma medida de centralidade de um nó em uma rede. Ela é igual ao número de menores caminhos de todos os vértices que passam por aquele nó.

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