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Estudante “S” – “Porém, vai chegando a um ponto que é angustiante, que eu sinto

III. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

2. Depoimentos e Análises

2.2 Estudante “S” – “Porém, vai chegando a um ponto que é angustiante, que eu sinto

Henrique: Como tem sido sua experiência na formação em psicologia?

Estudante S: A formação em psicologia é muito fascinante. Você entra, é muita coisa, aquele choque de ter várias abordagens, várias áreas de atuação. Eu achei bastante. Você é muito livre pra escolher o que você quer fazer, conhecer dessas abordagens e tal. Acho isso bacana da formação. Porém, vai chegando a um ponto, que é angustiante, que eu sinto falta, que é o ponto da profissionalização. Acho que tem muito abordagem, tem muita teoria, mas quanto ao aspecto da prática eu acho que deixa a desejar. Agora, o currículo mudou, tem estágio logo no início, me parece que no quarto ou quinto período já tem o estágio básico. Só que mesmo assim ele é muito difícil de ser organizado... se inserir nessa prática eu acho um negócio muito complicado. E depois mais pra frente, que tem o estágio supervisionado, que pra mim tem sido um drama. Acho complicado, você já cair direto nessa prática... você tem as supervisões e tudo, mas ainda assim eu acho isso um pouco angustiante. Essa falta de articulação entre a teoria e a prática. Você tem uma base teórica muito boa, muito bacana, e você tem a prática que é legal, mas na hora de articular isso, como fazer? Você aprende a teoria, bacana. Aí na hora de como aplicar essa teoria na prática, eu acho que fica uma lacuna. É o que tem me deixado angustiada, esse ponto da graduação. Como fazer, como você vai aplicar? Você tem uma gama de teorias, uma formação teórica bacana, mas o “como fazer”, eu acho que fica uma lacuna.

Eu não sei se é uma coisa da psicologia, ou se em outros cursos também tenham isso. Eu acho que, às vezes, eu sinto isso, assim... Talvez seja uma falta de conhecimento meu, mas é essa falta mesmo do como fazer. Você pega lá um artigo científico com muito conhecimento teórico... não tem muita articulação com a prática, entende? Você não vê como essa teoria, como ela vai ser aplicada na prática. Acho que essa produção fica sendo muito restrita à academia. Quem está na prática não produz muito, assim, sabe? Não sei, talvez seja desconhecimento meu. Eu tenho essa impressão, mas acho que o psicólogo na academia teoriza muito sobre a prática, ou, às vezes, vão fazer uma pesquisa com o psicólogo que está na prática. Mas ainda há um hiato, sabe? Quem está na prática mesmo não... não sei, acho que há uma distância entre teoria e prática, entre a academia e a prática profissional. Na minha formação eu vivencio isso, não sei se pela escolha que fiz, não sei. Escolha de disciplinas, estágios... talvez seja isso, talvez outras pessoas têm uma percepção diferente, mas a minha percepção é mais ou menos essa. Essa dificuldade mesmo de... como, como fazer a prática psicológica.

Henrique: Qual a ênfase que você escolheu?

Estudante S: Minha Ênfase é Processos Psicossociais. Durante minha formação, eu busquei disciplinas, no maior número de áreas possíveis. Sempre que tinha um estágio legal eu fazia pra ver se era bacana, ou se eu tinha uma impressão errada. Então eu vi que a clínica, assim, não queria escolher me formar clínica. A clínica, pelo menos no momento em que eu escolhi tava muito voltada pra psicanálise. Acho bacana e tal, mas não era uma área que eu queria seguir. Então, tinham outras duas. Nos “Processos de Desenvolvimento e Avaliação Psicológica” eu sabia que tinham poucos professores na área, daí achei que minha formação ia ficar meio deficitária, sei lá. Achei uma área bacana, porém, achei que ia ser meio complicado escolher essa ênfase. Tinha “Processos Psicossociais”, que era uma área que eu gostava e tinham muitos professores. Aí, logo eu achei que seria uma área que ficaria mais fácil a formação, o que na verdade não aconteceu. A maioria das disciplinas de ênfases e estágios se concentra na clínica. Minha turma é a primeira turma aqui que teve que escolher ênfases. Então quase 50 pessoas da minha turma escolheram a ênfase em clínica, 3 em Psicossocial e 4 ou 5 Avaliação Psicológica. Daí, obviamente vai ter que ser ofertado maior número de disciplinas e estágios na área de clínica. O que vai dar problema pra quem escolheu as outras ênfases. Tem faltas assim. Não tem muitas disciplinas, falta de ajuste também com o horário, sabe? Os estágios são nos mesmos horários que as disciplinas das ênfases. Então, você não tem o que fazer. Provavelmente eu não vou conseguir me formar no período certo. Você tem que fazer uma escolha, né? No semestre passado eu optei pelos estágios, deixei as disciplinas de ênfases, nesse eu tentei conciliar, mas já tava com saldo devedor em disciplinas.

Henrique: Você tem mais alguma crítica em relação a sua formação?

Estudante S: Então, eu acho que a formação oferecida aqui é bacana. Principalmente depois que eu entrei, entrou muito mais gente, pessoas que foram contratadas de outras abordagens, de outras áreas de atuação, então, eu acho que ficou bacana. Mas, a questão da ênfase, que é uma coisa do MEC também, não é própria daqui, ela acaba restringindo a formação que era feita aqui. Porque antes, obviamente você ia direcionar sua formação. Você tinha uma gama de disciplinas optativas e a carga de obrigatórias era bem menor. E ai você poderia escolher a sua formação. Todo mundo de certa forma seguia uma certa área, acabava concentrando

essas disciplinas numa área que ela escolheu. E agora não. Agora, por exemplo, eu estou fazendo poucas disciplinas, tem um monte de coisa que eu queria fazer, mas que não vai adiantar nada. Tipo, eu já fiz mais disciplinas do que eu precisava e não vou conseguir me formar porque eu tenho que fazer essas de ênfases. Por exemplo, têm muitas disciplinas de Processos Psicossociais. Têm muitas, dá pra você fazer uma formação bacana nessa ênfase, porém, pra disciplina ser considerada dessa ênfase ela precisa ter um código especial pra diferenciar ela do núcleo comum e aí fica restrito. E aí, você só pode fazer ela. Por exemplo, eu estou matriculada em uma disciplina que eu achava que era da ênfase, inclusive o nome dela é “Processos Psicossociais”, e não é, ela não vai abater nos créditos que eu preciso cursar na ênfase.

E também, essas mudanças estão acontecendo agora. Acho que operacionalizar essas mudanças é que tá sendo difícil pras universidades de modo geral. Todas as universidades tiveram que mudar nesse novo regulamento, do currículo novo que vem do MEC. Sei que tem uma coisa bacana por trás disso, mas colocar isso na prática acho que é meio difícil. Eu tenho esperança de que isso vai melhorar. Mas acho que pros primeiros são um teste mesmo.

Henrique: Como você se sente em meio a essas mudanças?

Estudante S: É, quando a gente entrou, ainda era o primeiro currículo. Mudou uma série de coisas. Antes, entravam 66 alunos e eram divididos entre turma da manhã e turma da tarde. Quando a gente entrou era uma turma de 66, e não tinha sala que comportava isso. Nós éramos o primeiro período, uma turma gigante. Na UFMG não tinha sala que comportava e, então, tiveram que derrubar uma parede pra juntar duas salas. E os alunos veteranos chegavam bombardeando a gente, dizendo que isso era muito errado, não podia estar acontecendo, que nosso currículo era muito avacalhado, e muita crítica. E isso no primeiro período, nós não sabíamos de nada, só mais na frente que isso começou a fazer sentido. Quando a gente entrou foi esse choque com o pessoal falando. Pra mim não tinha nada de errado, a gente não sabia, então ficou aquela angústia no início, o pessoal fazendo um monte de crítica em relação a nossa formação e a gente não fazia nem ideia do que aconteceu... Essa questão das ênfases, agora que elas começaram a ser implantadas. Mas, no início essas questões das salas se unirem e ter acabado esses dois turnos... as disciplinas não davam, mas acho que foi só uma adequação, assim. Diminuir a carga de obrigatórias acho que foi uma coisa bacana, porque o currículo antigo tava um pouco defasado. Muitos professores tiveram resistência, criticavam isso. Eles não sabiam como lidar com uma turma tão grande, pra

corrigir os trabalhos, seminários. Foi tudo comprometido por causa das turmas gigantes. Só que conforme foi avançando, hoje as turmas já são bem menores.

Outra coisa também, mas pode ser que seja característico, é essa tensão que existe entre as áreas, as abordagens. Principalmente no início, você se sente meio deslocado. Acho que são muito antigas essas brigas entre as áreas e acho que até hoje não existe um diálogo. Então, eu acho meio conturbado isso no curso de psicologia, principalmente no início da formação. Eu nem sabia muita coisa assim e aí o pessoal já tava criticando, brigando, falando que um determinado professor estava sendo tendencioso, principalmente naquelas disciplinas bem iniciais, tipo Processos Psicológicos Básicos, essas coisas assim. Daí os alunos já brigando, falando que os professores estavam sendo tendenciosos, desconsiderando outras abordagens e tal. Eu não sei até que ponto isso é saudável, chega hora que isso fica meio tenso, essas brigas.

Henrique: Como você vê a demanda de mercado para o trabalho do psicólogo?

Estudante S: Então, esse é outro problema que eu vejo. Não sei se sou eu que sou muito descolada disso, acho que eu fiquei muito tempo dentro da academia. E nas disciplinas que curso eu não vejo muito essa discussão sobre o mercado de trabalho para o psicólogo. E acho que é uma deficiência minha também de não procurar saber. Uma coisa que eu sei por alto, todo mundo comenta, que o RH é uma área bacana de inserção do psicólogo e dos salários, que é um dos melhores salários de um modo geral. E é uma área que toda vez que você fala dela aqui dentro todo mundo faz careta. Acho que isso é um ponto mesmo entre a prática e a... Por que essa área é tão... discriminada? Não sei. Realmente, eu não vejo muito essa área aqui no curso.

Henrique: Como você vê isso?

Estudante S: Eu não sei, às vezes eu vejo que a formação em psicologia é muito idealista. Nós somos... é aquele coisa assim... o discurso bem assim: nós temos o nosso compromisso social, e nós não vamos nos vender ao pessoal das grandes empresas e trabalhar num lugar desses.. Acho isso meio... Por outro lado também, eu acho esse um ponto bacana da formação, essa veia crítica. Mas, também porque a gente não tenta mudar essa realidade de atuar? Vamos ver o que está acontecendo? Por que essa área não está sendo discutida, porque não temos professores dessa área? Acho isso meio sintomático, meio problemático. Por que essa é uma

área valorizada lá fora e tem em outras faculdades, em outros cursos, e aqui não tem? Eu acho que falta um pouco disso, assim. Acho complicado, porque aqui não tem professores dessa área e como é que você vai saber disso? Ah, é muito mal falado essa área, essa atuação profissional!

Essa atuação, eu acho que é mesmo um pouco problemático sim. Parece que você vai vender sua alma mesmo... é a imagem que eu tenho. Não conheço realmente, eu trabalharia, eu não sei o que é. Mas aí que tá, se eu fosse trabalhar, eu não tenho conhecimento nenhum. Porque eu também não corri atrás pra saber, a formação parte um pouco da gente também. É uma falta minha também. Mas, eu acho que seria bacana também ter pelo menos uma disciplina... não sei, porque até tem o RH-Júnior, mas eu nunca participei também. Mas uma disciplina específica disso aqui não tem. Acho que seria bom pra até ter uma noção dessas críticas todas, pra conseguir se localizar no meio dessas críticas todas.

Henrique: Como você vê as demandas que chegam para o psicólogo nesses diferentes locais de atuação?

Estudante S: Bom, realmente eu tenho pouco conhecimento dessa questão da prática mesmo. Eu vi muito em escola, nos estágios em escolas, que eram muito assim, a velha questão: conserta o menino? Ninguém deu conta, você consegue! Acho que passa muito por isso, você tentar consertar a pessoa depois que ela já foi em vários profissionais. Acham que essa é a função do psicólogo, sabe? Não sei, acho que é essa a visão que eu vejo. Acho que passa muito por isso: já foi no médico, já tomou remédio, já foi no Conselho, já foi em tudo, agora vamos ver se o psicólogo dá um jeito.

Essa parte do RH, eu tenho em mente que deve ser uma grande demanda. Mas aí, eu acho que a formação foi um pouco falha... ah, de não ter a presença... de não ter disciplina, de não se discutir sobre isso aqui. Daí, isso já é um ponto. Agora, quanto às outras áreas, da saúde... não sei, acho que a formação ainda está muito centrada na clínica. Existem muitas outras disciplinas e abordagens, existe muito essa questão da clínica... é, acho que suporte teórico pra atuar em outras áreas, Saúde, Políticas Públicas, eu acho que tem sim. Pra atuar na clínica tem muita coisa. Psicologia do Trabalho, que é uma coisa diferente dessa questão do RH, tem, acho que a formação é bacana e tal. Mas, também eu vejo muita dificuldade: como é que você vai fazer na prática, entendeu? Como você vai atuar dentro de um SUS? Eu não sei o que o psicólogo faz lá. Tudo bem, tem uma série de teorias que podem me auxiliar nisso, mas eu não vejo nada muito específico, sabe? Tipo, o psicólogo na escola, que eu acho que é

outra lacuna na formação. Tem bastante coisa. Nós só tivemos uma disciplina relacionada à área da educação. Depois a gente não vê mais nada. E, também não sei o que um psicólogo faria numa escola. Daí eu não vejo nem suporte teórico na formação daqui. Mas, em outras áreas eu vejo que teria um suporte teórico maior, porém, essa questão do “como”, mais específica, assim, acho que falta. Apesar de que existe essa história de que “não existe receita de bolo”, eu sinto falta disso, assim, do que se pode fazer, do como fazer, que opção que tem lá. Trazer um pouco da prática pra cá, pra disciplina.

Henrique: Você poderia dizer que possui um pensamento crítico sobre sua formação?

Estudante S: Espero que sim, né?... acho que pela angústia... essa sensação de que está faltando alguma coisa, de que na hora que eu sair daqui eu vou ter que procurar uma formação a mais, pra me dar mais respaldo, mais segurança, acho que isso já diz um pouco desse meu pensamento crítico, né? Você vê pelas deficiências que tem na formação e, então, você tentar sanar isso de alguma forma. Certamente que ao sair você recebe um registro de que você poderá atuar em qualquer área dessas. Você está apto. O que eu acho que não é verdade. Isso em qualquer formação, essa questão de você querer procurar mais, ou saber das suas deficiências, e tentar sanar isso, acho que isso diz um pouco sobre essa consciência crítica da formação.

Henrique: Quais foram suas experiências significativas para o desenvolvimento do pensamento crítico sobre sua formação?

Estudante S: Isso eu acho que é um ponto positivo da formação aqui. Aqui tem muita discussão principalmente por essa questão da crítica, acho que com o tempo você vai amadurecendo essa postura. Acho que por aquilo que é criado em sala de aula, assim, de estar sempre questionando o que está sendo colocado. Apesar de que, às vezes, fica meio... sem fundamento, mas, com o tempo que você vai estudando, isso vai tendo mais fundamento. Acho que isso é uma coisa da formação mesmo. Das discussões de sala de aula, das disciplinas. Acho que isso é um ponto positivo da formação.

b) Análise do depoimento

O depoimento acima chama atenção por possuir logo no seu início uma forma de descrição carregada de emoção e com diferentes apontamentos da estudante sobre a sua

formação. Semelhante a um “desabafo”, quase que em cada frase é possível recortar um ponto

importante, e às vezes obscuro, que demandam uma análise mais detalhada. A angústia e o drama manifestos em relação aos aspectos da formação parecem indicar a presente experiência da estudante. Sendo assim, cabe buscar sua compreensão a partir das expressões e seu alinhavo com demais falas da depoente ao longo da entrevista.

A estudante abriu seu depoimento dizendo que “a formação em psicologia é muito fascinante”, todavia, não deixa claro por que e, logo em seguida, fala de “sua entrada no

curso”, apontando uma experiência que ela sintetizou como um “choque”. De início, é possível considerar, que tanto o “fascínio” quanto o “choque” mencionados pela entrevistada

sejam vivências que estiveram ligadas à experiência da estudante, no momento em que entrou no curso e se deparou com uma multiplicidade de aspectos ligados à psicologia, que ela mesma exemplificou considerando o fato de “ter várias abordagens, várias áreas de atuação. Eu achei bastante.” Cabe pensar que esses sentimentos não são incomuns aos estudantes dos primeiros períodos, na medida em que se considera esse momento como o primeiro contato direto da pessoa com o vasto campo científico e profissional da psicologia. No entanto, fica a impressão de que a estudante parece não ter clareza, diante da pergunta do pesquisador sobre

sua “experiência do presente”, enquanto formanda, na medida em que ela faz menção a uma possível experiência “do passado”, mais próxima ao momento de sua entrada no curso

enquanto era calouro.

Além disso, ela diz que o estudante “é muito livre para escolher o que quer fazer, conhecer dessas abordagens e tal. Acho isso bacana da formação”. Frente a esta observação,

sobre a “liberdade do estudante em escolher o que fazer no curso”, outra dúvida quanto ao

sentido de sua expressão se impõe ao pesquisador. Assim, esses apontamentos feitos pela estudante logo no início da entrevista, relacionados por ela aos primeiros períodos da formação, deixam dúvidas e demandam uma compreensão que parece ser possível somente mais adiante, seguindo sua fala.

Como visto, apesar das “menções ao passado”, a entrevistada deixa em evidência um sentimento vivo de angústia ao descrever sua experiência na formação. Nas suas palavras: “Porém, vai chegando a um ponto, que é angustiante, que eu sinto falta, que é o ponto da profissionalização.” Nessa sentença, a estudante relaciona claramente este sentimento com a

questão da profissionalização, que significa a preocupação em relação a sua inserção na prática profissional, vivenciada primeiramente por ela nos estágios supervisionados. Em seguida, ela diz: “Acho que tem muita abordagem, muita teoria, mas quanto ao aspecto da prática eu acho que deixa a desejar”. Aqui, a entrevistada realiza um apontamento em relação ao curso que está inserida, deixando transparecer sua insatisfação quanto à sua preparação para o exercício da profissão. Na opinião da estudante, existe um bom suporte teórico no curso, porém, esse conteúdo ensinado em sala de aula lhe parece distante de uma aplicabilidade possível.

A entrevistada dá exemplos dos artigos científicos que apresentam “muito conhecimento teórico”, mas que ela não vê “como essa teoria vai ser aplicada na prática”, e complementa: “acho que essa produção fica sendo muito restrita à academia”. Como se vê, a estudante segue reforçando sua percepção quanto ao “hiato” entre as produções acadêmicas e a prática profissional, como uma falha da sua formação, que a deixa insegura frente a uma