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potenciostatoterminal de ligação para a placa de aquisição

3.3 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS EXPERIMENTAIS

3.3.4 ESTUDO DA VELOCIDADE DE VARRIMENTO DE POTENCIAL(I)

Foi realizado um estudo da influência da velocidade de varrimento de potencial na intensidade de corrente e nos picos de oxidação da D-galactose.

Figura 3.14 – Voltamograma de um eléctrodo de carbono modificado com complexo de ruténio sintetizado fracção-1 em NaHO 0,1 mol.dm-3, com D- galactose 0,01 mol.dm-3 à temperatura ambiente ; escala de potencial : [-1,1;1,5] V.

Figura 3.16 – Voltamograma de um eléctrodo de carbono modificado com complexo de ruténio sintetizado fracção-3 em NaHO 0,1 mol.dm-3, com D-galactose 0,01 mol.dm-3 à temperatura ambiente ; escala de potencial : [-1,1;1,5] V.

Figura 3.17 – Voltamograma de um eléctrodo de carbono modificado com complexo de ruténio sintetizado fracção-3 em NaHO 0,1 mol.dm-3, com D-galactose 0,01 mol.dm-3 à temperatura ambiente ; escala de potencial : [-1,2;0,7] V.

Por análise dos quatro últimos voltamogramas, observa-se um comportamento análogo para os ensaios de voltametria realizados com o eléctrodo de carbono modificado com o complexo de ruténio, fracção 1 e 3.

Este estudo foi realizado para a fracção-3, mas as conclusões são idênticas para a fracção-1. Salienta-se que pelas análises de caracterização das fracções 1 e 3 resultantes da síntese dos complexos de ruténio, estas correspondem ao mesmo composto.

Para valores de velocidade de varrimento de potencial superiores a 50 mV.s-1, aparece um aumento abrupto de densidade de corrente para valores de potencial de 1,2 V/ECS.

O estudo da velocidade de varrimento de potencial permite obter alguns parâmetros relativos à cinética da reacção. Seguem-se os valores obtidos para a determinação da etapa limitante do mecanismo. A diferença de densidade de corrente eléctrica apresentada na tabela 3.5, Δj, é a diferença de densidade de corrente eléctrica dos voltamogramas realizados só na presença do electrólito e os voltamogramas realizados na presença da D- galactose, para um valor de potencial de 1,2 V/ECS.

Velocidade de varrimento (mV.s-1) Diferença densidade de corrente (mA.mg-1)

Log (V/ECS) Log Δj

5 0,0050 0,699 -2,301 10 0,0159 1,000 - 1,799 50 0,0628 1,699 - 1,202 100 0,1277 2,000 -0,893 200 0,2293 2,301 -0,6178 500 0,2411 2,699 -0,6396

Tabela 3.5 – Valores da velocidade de varrimento e densidade de corrente na oxidação da D- galactose, assim como os respectivos logaritmos obtidos nas voltametrias realizadas com os eléctrodos de carbono modificado com ruténio sintetizado, fracção-3.

A seguinte figura representa o logaritmo da diferença da densidade da corrente eléctrica em função do logaritmo da velocidade de varrimento de potencial, para a oxidação da D-galactose, para um potencial de 1,2 V/ECS. O estudo foi realizado a este potencial, pois é a partir deste valor que existe uma diferença significativa de corrente entre os

Figura 3.18 – Representação gráfica do logaritmo da diferença da densidade de corrente eléctrica Δj, em função do logaritmo da velocidade de varrimento de potencial, correspondente à oxidação de D- galactose 0,01 mol.dm-3, em solução de NaHO 0,1 mol.dm-3, num eléctrodo de carbono modificado com a fracção-3 do complexo de ruténio sintetizado, e para um intervalo de potencial de [-1,2;0,7] V.

A partir do valor obtido para o declive da recta, e segundo critérios definidos para voltametria cíclica, podemos concluir quanto à etapa dominante neste processo de oxidação. Assim os critérios são(4) :

- declive < 0,5, a reacção é complexa;

- declive = 0,5, a etapa limitante do processo é a difusão;

- 1>declive>0,5, o mecanismo do processo é controlado por adsorção-difusão; - declive = 1, a etapa limitante do processo é a adsorção.

O valor encontrado para o declive da recta obtida no gráfico anterior, que é próximo de um, leva a constatar que o mecanismo do processo em causa de oxidação electroquímica da D-galactose é controlado por adsorção-difusão, para todas as velocidades de varrimento, conforme a tabela que se segue.

Velocidade de varrimento

de potencial ∂ log Δj / ∂ log (V/ECS) Controlo cinético

5 – 500 mV.s-1 0,8656 Adsorção-difusão

Tabela 3.6 – Declive da recta correspondente à representação gráfica de logΔj em função de log(V/ECS), relativamente à oxidação da D-galactose em meio NaHO 0,1 mol.dm-3 realizada com os eléctrodos de carbono modificado com ruténio sintetizado, fracção-3.

O estudo voltamétrico realizado permitiu também determinar o número de electrões envolvidos no processo electroquímico.

Tendo em conta que, as únicas espécies electroactivas são o oxidante e o redutor fortemente adsorvidos, isto é, o ruténio na sua forma de complexo e que se encontra adsorvido na superfície do carbono Toray, o número de electrões foi determinado pela seguinte expressão(52) , utilizando o voltamograma registado só na presença do electrolito:

) ( 6 , 90 2 / 1 mV n Ep = Δ

Em que n representa o número de electrões envolvidos e ΔEp1/2 o intervalo do valor de potencial da meia altura do pico.

Utilizando os dados obtidos no voltamograma da figura 3.13, vem que n=1 electrão, para cada uma das transferências ocorridas nos picos assinalados por A, B C e D, indicando assim uma reacção electroquímica envolvendo um electrão.

Estes picos correspondem aos pares redox Ru II/Ru III A e D, e Ru III/Ru IV B e C. O estudo voltametrico, mostra que os processos de oxidação/redução associados aos complexos dos metais de transição parecem ser reversíveis, considerando ≈1

pc pa

i i

Figura 3.19 – Voltamograma de um eléctrodo de carbono modificado com complexo de molibdénio sintetizado, fracção-1 em NaHO 0,1 mol.dm-3, na ausência da D-galactose (---) e com D-galactose 0,01 mol.dm-3(---) ; traçado a uma velocidade de varrimento de 50 mV.s-1, à temperatura ambiente ; escala de potencial : [-1,1;1,5] V.

Figura 3.20 – Voltamograma de um eléctrodo de carbono modificado com complexo de molibdénio sintetizado, fracção-1 em NaHO 0,1 mol.dm-3, na ausência da D-galactose (---) e com D-galactose 0,01 mol.dm-3(---) ; traçado a uma velocidade de varrimento de 50 mV.s-1, à temperatura ambiente ; escala de potencial : [-1,2;0,7] V.

Figura 3.21 – Voltamograma de um eléctrodo de carbono modificado com complexo de molibdénio sintetizado fracção-2 em NaHO 0,1 mol.dm-3, na ausência da D-galactose (---) e com D-galactose 0,01 mol.dm-3(---) ; traçado a uma velocidade de varrimento de 50 mV.s-1, à temperatura ambiente ; escala de potencial : [-1,1;1,5] V.