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Etapa 4: Análise dos dados

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Capítulo 6: Procedimentos Metodológicos

6.3 Percurso Metodológico

6.3.4 Etapa 4: Análise dos dados

Após realização das etapas anteriores realizamos a análise das respostas dos sujeitos aos questionários que teve por objetivo verificar as percepções dos professores acerca dos termos problema e exercício, assim como o seu conhecimento sobre a estratégia de resolução de problemas e se eles utilizaram esta abordagem em sala de aula (percepções Iniciais). Esta análise também teve o propósito de identificar as percepções destes docentes a respeito de alguns pressupostos teóricos e metodológicos da resolução de problemas a partir da divulgação de pesquisas desenvolvidas na área (percepções Finais). E por fim, averiguar suas opiniões sobre a proposição de um website, a participação em um curo de formação e se utilizariam a abordagem de resolução de problemas nas aulas de Química.

As informações obtidas nestes questionários foram abordadas de forma qualitativa, entretanto uma análise quantitativa foi realizada, a fim de facilitar a elucidação dos dados tornando-os mais claros e objetivos. Para tanto, utilizamos a técnica da Análise de Conteúdo (AC) proposta por Bardin (2011).

De acordo com Oliveira et al. (2003), a AC é umas das técnicas de pesquisa mais utilizadas quando se trata de pesquisas qualitativas, pois permite um delineamento preciso para sistematizar peculiaridades qualitativas facilitando a identificação e a significação do texto a ser analisado pelos pesquisadores. Os dados a serem analisados podem ser resultados de entrevistas, de questionários abertos, discursos, textos literários, documentos oficiais, entre outros.

A AC é um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter através de procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição de conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) destas mensagens (BARDIN, 2011).

Em outras palavras, Oliveira et al. (2003) apontam a finalidade dessa técnica cujo propósito está em:

Explicar e sistematizar o conteúdo da mensagem e o significado desse conteúdo, por meio de deduções lógicas e justificadas, tendo como referência sua origem (quem emitiu) e o contexto da mensagem ou os efeitos dessa mensagem (OLIVEIRA et al., 2003, p. 3 e 4).

Este processo de explicação, sistematização e significação se dá a partir de técnicas fragmentadas, mas que se complementam, para obtenção de um resultado final satisfatório. Estas técnicas fragmentadas compõem as três fases fundamentais da AC determinadas por Bardin (2011): a pré-análise, a exploração do material e o tratamento dos resultados – a inferência e a interpretação, as quais serão discriminadas a seguir:

1) A pré-análise – objetiva tornar operacionais e sistematizar as ideias iniciais, de maneira a conduzir a um esquema preciso o desenvolvimento das operações sucessivas, num plano de análise. Nesta fase ocorre a escolha dos documentos a serem analisados e a elaboração de indicadores que fundamentem a interpretação final. Nesta etapa, realizamos também a leitura flutuante dos questionários respondidos por meio da transcrição das respostas dos professores que optaram pela gravação de áudio, como também dos questionários respondidos por escrito. Com a intenção de manter o anonimato dos participantes, os professores foram doravante denominados de P01 a P10. Desta forma, foram analisados um total de vinte (20) questionários.

2) A exploração do material – consiste essencialmente nas operações de codificação ou enumeração, em função de regras formuladas previamente. Nesta etapa da AC acontece a codificação e a categorização por meio das unidades de registro que correspondem às unidades de sentidos presentes nos documentos analisados. Tais unidades possibilitam a realização da categorização que tem por finalidade agrupar os dados em função de características comuns. É nesta fase também, que as categorias são definidas a priori ou a posteriori.

No nosso caso fizemos o uso tanto de categorias a priori embasadas no nosso referencial teórico, quanto de categorias a posteriori que emergiram no decorrer da análise. No quadro 17 encontram-se discriminados os objetivos específicos para os quais a Análise de Conteúdo foi utilizada e as respectivas categorias que foram criadas para atingir estes objetivos.

Quadro 17. Relação dos objetivos específicos para os quais a Análise de Conteúdo foi utilizada e as respectivas categorias que foram elaboradas

Objetivos Específicos Categorias Quadro N° do

Verificar as ideias iniciais dos docentes a respeito dos termos Problema e Exercício

Categorias a priori

Categoria A – Características de Problemas 24 Categoria B – Características de Exercício 25 Categoria C – Percepção de Problema e

Exercício que se aproximam da Concepção

de Pozo (1998) 26

Categorias a posteriori

Categoria D – Diferentes sentidos de Problema e Exercício abordados pelos Sujeitos

27 Categoria E – Percepção de Exercício como

forma de avaliar o aprendizado 28 Identificar as impressões dos

professores acerca dos aspectos teóricos e metodológicos, dificuldades e vantagens da resolução de problemas a partir da divulgação científica de estudos desenvolvidos sobre esta abordagem no ensino de Química sistematizados em um website.

Categorias a posteriori

Categoria F – Aspectos teóricos da

resolução de problemas 29 Categoria G – Aspectos metodológicos da

resolução de problemas 30 Categoria H – Dificuldades da abordagem de

resolução de problemas 31 Categoria I – Vantagens da abordagem de

Resolução de problemas 32

Fonte: Própria

3) O tratamento dos resultados, a inferência e a interpretação – corresponde ao tratamento dos resultados de forma que venha a ser significativa e válida. Para tanto, as inferências e a interpretações dos resultados devem ser fundamentadas com base em referenciais teóricos e algumas operações, como por exemplo, a elaboração de quadros de resultados, diagramas, figuras e modelos devem ser utilizadas para condensar e pôr em destaque as informações fornecidas pela análise. Neste estudo realizamos as inferências e as interpretações dos dados de acordo com o nosso referencial teórico a respeito da abordagem de resolução de problemas, e para sistematizar os resultados fizemos o uso de diagramas e quadros.

Os quadros apontados anteriormente (Cf. quadro 17) referem-se ao processo de categorização da AC e estão dispostos ao longo do próximo capítulo pertinente

aos resultados e discussão. Estes quadros descrevem: as categorias, as subcategorias encontradas, suas descrições e unidade de registro (palavras e expressões sublinhadas), incluindo também as unidades de contexto equivalente as respostas dos professores e o código de análise correspondente a resposta do sujeito para cada categoria e subcategoria. Os quadros 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31 e 32 apresentam a seguinte estrutura no quadro 18:

Quadro 18. Estrutura dos quadros referente ao processo de categorização da Análise de Conteúdo

CATEGORIA X

Subcategorias Descrição e Unidades de Registro Unidade de Contexto Código de Análise

Fonte: Própria

Na figura 11 encontra-se um exemplo de um código de análise e a sua descrição.

Figura 11 - Descrição do Código de Análise

Fonte: Própria

No capítulo a seguir apresentamos a análise das respostas fornecidas pelos sujeitos.

P01.A2

Código de Análise Categoria Sujeito Número de identificação do sujeito Subcategoria de A

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