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O resultado da consulta com os professores, via questionários sobre as atividades que gostariam de desenvolver nesta etapa, resume-se no Gráfico 1:

Gráfico 1 – Resultado da consulta a professores/pesquisadores sobre as atividades para a Etapa II

Fonte: Elaborado pela autora (2018).

Esse resultado demonstrou que a maioria dos professores e pesquisadores gostaria de continuar trabalhando com projetos de investigação.

Os questionários respondidos pelos participantes também ofereceram a informação sobre como os professores gostariam que fosse a dinâmica de trabalho nessa etapa. Não houve muito consenso, como se observa no Gráfico 2 a seguir:

Gráfico 2 - Consulta aos professores/pesquisadores sobre a dinâmica das atividades

Fonte: Elaborado pela autora (2018).

É importante mencionar que foi dada total liberdade para que cada professor indicasse qual configuração mais lhe agradaria para a etapa seguinte.

Diante desses resultados, deu-se continuidade à Etapa II do projeto, com datas pré-definidas para a realização das atividades. Aqui também os professores precisaram inscrever suas escolas, após terem a adesão preenchida pelos diretores, conforme atesta o Quadro 3 a seguir.

Quadro 3 - Etapa II: Escolas participantes10

Estado Escola Número de

pesquisadores Número de professores Número de alunos

Bahia Colégio Modelo Luiz Eduardo

Magalhães – Salvador 1 2 65

Mato Grosso do Sul

E. M. Professora Iracema Maria Vicente – Campo Grande

2

3 18

E. M. Professora Lenita de Sena

Nachif – Campo Grande 4 33

Pernambuco

Escola São Cristóvão – Garanhuns 3 4 28 E. M. Compositor Capiba – Recife 1 22 São Paulo

EMEB Carmem Tabet – São Bernardo do Campo

3

7 98

E. E. Prof. Lygia de Azevedo

Souza e Sá – São Paulo 4 28

E. E. Romeu de Moraes – São

Paulo 2 31 Tocantins Educandário Evangélico Ebenézer – Gurupi 3 3 27

Colégio Estadual Frederico José

Pedreira Neto – Palmas 3 20

12 33 370

Fonte: Elaborado pela autora (2018).

Legenda: E. M. - Escola Municipal; EMEB - Escola Municipal De Educação Básica; E. E. – Escola Estadual.

Feita a adesão, os professores realizaram a inscrição de seus alunos e depois organizaram reuniões para apresentar não só o grande tema a ser pesquisado, mas também, dentro dele, os outros temas que poderiam emergir para desenvolverem suas pesquisas.

O quadro de temas de interesse do projeto deveria seguir o modelo a seguir (Quadro 4) e, depois de preenchido, ser enviado à equipe de coordenação.

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Na Etapa II, houve mudança no quadro de professores e escolas em virtude de alguns pesquisadores indicarem outras escolas, da mudança de locais de trabalho dos professores que haviam aderido à Etapa I e à Etapa II e de os pesquisadores terem indicado mais escolas que se interessaram em fazer parte do projeto.

Quadro 4 – Etapa II: Quadro de temas de interesse11

Fonte: Print de modelo enviado aos professores na Etapa II (2018).

Para essa segunda fase, foram definidas estas atividades: · a ambientação dos participantes;

· a criação de vídeos com até 30 segundos, nos quais os participantes se apresentariam. Esses vídeos poderiam ser individuais ou coletivos, com diversas dinâmicas de apresentação. Seriam postados no fórum “Todos juntos e misturados” e comentados;

· o levantamento de perguntas a partir do tema gerador: “O que realizar para ter uma melhor qualidade de vida?”;

· a investigação e a pesquisa de campo a partir das perguntas;

· a criação de aplicativo a partir de oficina gravada por duas pesquisadoras sobre a Fábrica de aplicativos;

· rodadas de bate-papos no fórum da plataforma Edmodo (denominado “Todos juntos e misturados”).

As escolas elegeram as seguintes perguntas geradoras:

· Como o saneamento básico pode auxiliar a ter uma melhor qualidade de vida?

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Vale registrar que o quadro sofreu modificação em função de o grupo de professores terem discutido sobre melhorias e chegarem à conclusão de que os ajustes realizados (conforme apresentado no Quadro 4) facilitariam o levantamento junto aos seus alunos.

· Como cuidar do corpo para ter uma melhor qualidade de vida? · Como tratar o lixo para ter uma melhor qualidade de vida? · O que fazer para ajudar adolescentes com depressão?

Um exemplo de atividade realizada na Etapa II do projeto é apresentado no Quadro 5 a seguir, que apresenta as questões de investigação no campo Dúvidas, levantadas pela turma responsável a partir do que foi indicado no campo Certezas

provisórias.

Quadro 5 - Etapa II: Exemplo de quadro de temas de interesse preenchido por uma das turmas

Fonte: Print de quadro elaborado por uma das turmas de alunos da Etapa II (2018).

Os professores participantes receberam um tutorial em formato de PDF, elaborado por duas pesquisadoras, o qual ensina como produzir aplicativos na

Fábrica de Aplicativos, uma plataforma de criação de aplicativos gratuita, que não

demanda que o usuário conheça linguagem de programação. Para ter acesso a ela, basta criar uma conta.

As escolas deram andamento aos seus trabalhos, tanto de pesquisa como de elaboração de aplicativo e, ao mesmo tempo, trocaram ideias com as demais escolas pelo fórum “Todos juntos e misturados” na plataforma Edmodo.

A Etapa II foi finalizada com várias rodadas de bate-papo entre as escolas que autonomamente tomaram a iniciativa de combinar com os professores de outras escolas um horário para que os alunos conversassem e contassem como havia se

dado o desenvolvimento das atividades e quais tinham sido as dificuldades encontradas.

Concluída a contextualização do projeto Rede de Pesquisa Colaborativa

Universidade Escola, passo a apresentar, no próximo capítulo, a fundamentação

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo, apresento e discuto os conceitos que embasam esta investigação. Inicio com a noção de comunidade em geral, conforme proposta por Weber (1987), Tönnies (1995), Bauman (2003), Pinto (2009) e Mocellim (2011), para que seja possível ter melhor compreensão sobre CoP, de acordo com Wenger (2001) e Pinto (2009). Sigo desenvolvendo o conceito de rede, conforme proposto por Lévy (1997, 1999, 2000), Castells (1999, 2003, 2010) e Simões (2009), e de redes sociais, de acordo com Parente (2000), Marteleto (2001), Costa (2003), Hardagh (2009), Corrêa (2011), dentre outros. Finalmente, trago a noção de colaboração, segundo Kenski (2003), Comassetto (2006), Mandaji (2011), entre outros, e de coaprendizagem, de acordo com Rabello e Okada (2014) e Okada et al. (2012).