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ETAPA 4 – ESTRUTURAÇÃO DO SUBCONJUNTO TERMINOLÓGICO DA CIPE ® PARA O AUTOCUIDADO DA PESSOA COM ESTOMIA DE ELIMINAÇÃO

4 PERCURSO METODOLÓGICO

4.4 ETAPA 4 – ESTRUTURAÇÃO DO SUBCONJUNTO TERMINOLÓGICO DA CIPE ® PARA O AUTOCUIDADO DA PESSOA COM ESTOMIA DE ELIMINAÇÃO

INTESTINAL

A estruturação do subconjunto terminológico da CIPE® para o autocuidado da pessoa com estomia de eliminação intestinal ocorreu de duas maneiras: de acordo com o método brasileiro para desenvolvimento de subconjuntos terminológicos da CIPE® (NÓBREGA et al., 2015); e em ontologia, as quais estão descritas a seguir.

4.4.1Estruturação do subconjunto de acordo com o método brasileiro para desenvolvimento de subconjuntos terminológicos da CIPE®

O subconjunto foi estruturado de acordo com o método brasileiro para desenvolvimento de subconjuntos terminológicos da CIPE®, a partir dos seguintes componentes (NÓBREGA et al., 2015):

b) Importância do subconjunto para a Enfermagem; c) Modelo teórico da estruturação do subconjunto;

d) Enunciados de diagnósticos/resultados e intervenções de enfermagem, dispostos de acordo com o modelo teórico do estudo;

e) Referências.

Os enunciados de diagnósticos/resultados e intervenções de enfermagem validados por especialistas foram dispostos no subconjunto de acordo com a Teoria Geral do Autocuidado (OREM, 1995). Os enunciados não validados foram descartados da pesquisa.

A disposição dos enunciados de acordo com o modelo teórico ocorreu a partir da classificação dos diagnósticos e das intervenções de enfermagem segundo, respectivamente, os requisitos de autocuidado e os sistemas de enfermagem de Orem, adaptados a este estudo.

Os enunciados de diagnósticos de enfermagem foram classificados de acordo com os seguintes requisitos de autocuidado: requisitos universais de autocuidado (manutenção de ingestão suficiente de água; manutenção de ingestão suficiente e adequada de alimentos, especialmente no que se refere àqueles que influenciam na formação de flatos; provisão de cuidados associados ao processo de eliminação intestinal; manutenção do equilíbrio entre atividade e repouso; manutenção do equilíbrio entre o estar só e a interação social; e promoção do funcionamento e do desenvolvimento do ser humano dentro dos grupos sociais, de acordo com o potencial, limitações conhecidas e desejo de ser normal); requisitos de autocuidado relativos ao desenvolvimento (eventos que podem afetar o processo de desenvolvimento humano na fase adulta da pessoa com estomia de eliminação intestinal, tais como a dificuldade de enfrentamento e alterações psicológicas decorrentes da nova condição de vida, bem como às ações de autocuidado e aos conhecimentos e competências necessários para executar o autocuidado); e requisitos de autocuidado relativos às alterações da saúde (mudança da condição de vida da pessoa com estomia de eliminação intestinal; alteração do local de eliminação de efluentes; e complicações na estomia e pele periestomal).

Os enunciados de intervenções de enfermagem foram classificados de acordo com os seguintes sistemas de enfermagem: sistema totalmente compensatório (quando a pessoa com estomia de eliminação intestinal apresenta incapacidade para engajar-se nas ações de autocuidado, e o enfermeiro é o maior colaborador para que todos os requisitos de autocuidado sejam satisfeitos); sistema parcialmente compensatório (quando o enfermeiro e a pessoa com estomia de eliminação intestinal desenvolvem métodos de autocuidado); e sistema de apoio- educação (quando a pessoa com estomia de eliminação intestinal é hábil para desempenhar e/ou

aprender a desempenhar métodos orientados para o seu autocuidado, sendo o papel do enfermeiro primariamente consultivo).

4.4.2Estruturação do subconjunto em ontologia

Para a estruturação do subconjunto em ontologia, foi utilizada como base a ontologia brasileira da CIPE®, a qual contempla 932 conceitos, entre conceitos primitivos e pré- coordenados (CARVALHO, 2012).

O editor de ontologias utilizado foi a ferramenta Protégé, a qual foi adotada pelo CIE (CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMEIROS, 2007) e pelas desenvolvedoras da ontologia brasileira da CIPE® (SILVA; MALUCELLI; CUBAS, 2009; BISETTO, 2010; BRONDANI, 2010; MATTEI, 2011).

Inicialmente, de acordo com o modelo hierárquico da CIPE® Versão 2015, foram representados como classes e subclasses na ontologia brasileira da CIPE®: os termos (conceitos primitivos), constantes e não constantes na CIPE® Versão 2015, que compõem os enunciados de diagnósticos/resultados e intervenções de enfermagem validados por especialistas; e os conceitos primitivos da CIPE® Versão 2015 aos quais os termos que compõem os enunciados são subordinados. Quando os conceitos primitivos já se encontravam presentes na ontologia brasileira da CIPE®, os mesmos foram mantidos na hierarquia da ontologia.

Em seguida, foram criadas classes e subclasses na ontologia brasileira da CIPE® para representar os enunciados de diagnósticos/resultados e intervenções de enfermagem para o autocuidado da pessoa com estomia de eliminação intestinal (conceitos pré-coordenados).

A partir das propriedades da ontologia brasileira da CIPE® — “temFoco”, “temJulgamento”, “temLocalização”, “temMeio”, “temAcao”, “temCliente” e “temTempo” — , foram criadas regras de relacionamentos entre as classes que representam os conceitos primitivos para a formação de conceitos pré-coordenados.

As regras de relacionamentos entre as classes respeitaram a norma ISO 18104:2014 (INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION, 2014). Sendo assim, para cada conceito diagnósitico, foi estabelecida uma classe do eixo Foco e uma classe do eixo Julgamento, exceto quando o conceito diagnósitico se tratou de um achado clínico, e, quando pertinente, foram estabelecidas classes de outros eixos, com exceção de Ação e Meios. Para cada conceito de intervenção de enfermagem, foi estabelecida uma classe do eixo Ação e uma classe do eixo Cliente e, quando pertinente, classes de outros eixos, com exceção de Julgamento.

O resultado da criação de classes e de regras de relacionamentos entre as classes por meio das propriedades na ontologia brasileira da CIPE® é o subconjunto terminológico da CIPE® para o autocuidado da pessoa com estomia de eliminação intestinal estruturado em ontologia.

Após apresentação pública dos enunciados de diagnósticos/resultados e intervenções de enfermagem, a ontologia será disponibilizada em arquivo em linguagem OWL.