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Nota: Demonstração do fungo no material examinado pela microscopia e cultura.

7.18.1 - Procedimento para Coleta

Aspirado Gástrico, Aspirado Traqueal e Broncoscopia: Aspirar o maior volume possível (acima de 2ml) de suco gástrico, através de sonda nasogástrica pela manhã, em jejum. O material colhido deve ser colocado em recipiente estéril. Procedimento realizado por médico treinado

Escarro: Coletar em pote plástico transparente, de boca larga e com tampa de rosca. O volume ideal é de 2 a 5 mL, proveniente da árvore brônquica. A coleta deve ocorrer logo após o despertar pela manhã e o paciente deve ser orientado a lavar bem a boca antes de produzir a amostra. Não deve conter saliva.

Fezes: Coletar em frasco estéril, sem conservantes ou fixadores;

Fragmentos de tecidos (biópsias), secreções ganglionares e nódulos: são coletados assepticamente por pessoal médico, em frascos com água destilada (ou solução salina) estéril. Não utilize conservantes ou fixadores.

Lesão de nariz e Seios Paranasais: Coletar secreção, material necrótico ou tecido obtido por biópsia em frascos com água destilada (ou solução salina) estéril. Não utilize conservantes ou fixadores.

Líquidos Corporais (pleural, ascítico, pericárdico, sinovial): Fazer assepsia rigorosa no local da punção. Coletar o maior volume possível (acima de 2ml) de líquido em recipiente estéril.

Liquor: Fazer assepsia rigorosa no local da punção. Coletar 1 ml ou mais, por punção lombar, assepticamente, para exame microscópico e cultura para fungos. Entretanto, a coleta da amostra em tubos específicos para cada um desses exames, aumenta a sensibilidade do exame micológico e, por isso, deve ser recomendada.

Material de Micose Ocular: O melhor método para recuperação de fungos, requer raspado de córnea, aspiração de líquido intra-ocular ou biópsia. A coleta com auxílio de “swab” estéril não é indicada em local de drenagem. O material colhido deve ser colocado em recipiente estéril. Procedimento realizado por médico treinado.

Mucosa Oral e Orofaringe: Coletar, com “swab” estéril, o material de lesão de mucosa oral, papilas linguais ou região tonsilar. Mergulhar o “swab” estéril umedecido em salina estéril, em frasco estéril, e enviar o tubo ao laboratório.

Pus e Material de Abscesso: Devem ser colhidos de preferência, por aspiração, de abscesso fechado, com seringa e agulha estéril. Se a lesão for aberta, limpar o local , com gaze esterilizada embebida em salina estéril, para eliminar os exsudatos superficiais que são altamente, contaminados com bactérias. A seguir colher o material com “swab” estéril. Mergulhar o “swab” estéril umedecido em salina estéril e enviar o tubo ao laboratório.O teto das vesículas (pele que cobre as vesículas) deve ser retirado com pinça.

Sangue e Aspirado de Medula Óssea: Fazer assepsia rigorosa no local da punção e coletar cerca de 5 a 6ml de sangue venoso, que deverá ser injetado diretamente em frasco contendo meio de cultura que são incubados em

sistemas semi-automatizados ou automatizados.. A última gota de material deve ser distendida em uma lâmina de microscopia, para coloração de Giemsa..

Secreção Vaginal: Com auxílio de especulo, coletar o material da lesão ou do fundo de saco vaginal com “swab” estéril. . Mergulhar o “swab” umedecido em salina estéril e enviar o tubo ao laboratório.

Urina: A amostra biológica mais apropriada para o diagnóstico de micose do trato urinário é obtida por sondagem ou citoscopia. Quando não for possível e para evitar contaminação com microrganismo presentes nas áreas vizinhas, fazer higiene íntima com água e sabão. Desprezar o primeiro jato de urina da manhã, e colher 3 a 5 ml de urina em tubo de ensaio estéril. Coleções de 24 horas não têm valor para diagnostico micológico.

Recomendações Gerais para Coleta e Transporte de Amostras

Sempre que possível, coletar amostras antes do início da terapia específica.

A amostra deve ser identificada com o nome do paciente, número de registro do GAL, tipo de amostra e data da coleta.

Coletar a amostra biológica com assepsia e colocar-la em recipiente estéril e vedado sempre em quantidade suficiente para permitir todos os procedimentos laboratoriais necessários.

Os “swabs” usados para coleta de material de ouvido, nasofaringe e orofaringe, secreção vaginal e lesões abertas, devem ser colocados em tubos contendo salina estéril para o transporte, de modo a evitar a dessecação da amostra.

A requisição médica que acompanha a amostra deve conter, sempre que possível as hipóteses diagnósticas que auxiliarão o micologista na escolha da coloração e do meio de cultura mais adequado para o isolamento do agente etiológico.

Os materiais ditos contaminados, tais como urina, pus, secreções de feridas ou trato respiratório, devem ser enviados em gelo ao laboratório, o mais rápido possível.

Liquor, sangue e medula óssea devem ser mantidos à temperatura ambiente e encaminhados com urgência ao laboratório para processamento imediato.

Sangue e material de punção de medula óssea são os únicos materiais biológicos que devem ser semeados diretamente, em frascos contendo meio de cultura que são incubados em sistemas semi-automatizados ou automatizados de modo a evitar coagulação e conseqüente diminuição da sensibilidade do exame.

Em pacientes imunodeprimidos ou muito debilitado o estudo de mesmo tipo de amostra biológica, coletada em 2 ou 3 dias consecutivas, é importante para a interpretação correta de resultados positivos para fungos considerados como saprófitas, ou seja, contaminantes do meio ambiente, ou mesmo, constituinte da microbiota normal do paciente. Nestes pacientes, os fungos saprófitas podem se tornar oportunistas e comportarem-se como patógeno

7.18.3 - Transporte do Material Coletado ao LACEN

Material biológico Transporte

Aspirado traqueal

Transportar sob refrigeração, entre 2ºC a 8º C, em até 24 horas após a coleta.

Escarro, Fezes

Fragmentos de tecidos (biópsias)

Lavado Gástrico, Bronquico Líquido pleural, peritoneal, sinovial, ascítico e pericárdico Urina

Líquido Cefalorraquidiano ou líquor (LRC)

Transportar em temperatura ambiente, em frasco bem fechado, imediatamente, após a coleta

Medula óssea

7.19 - COQUELUCHE

Nota: A coqueluche também conhecida como tosse comprida é uma doença imunoprevinível causada pela Bordetella pertussis, compromete especificamente o trato respiratório e se caracteriza por paroxismos de tosse seca, geralmente afebril ou com febre baixa. Em crianças de até 6 meses, além da tosse paroxística pode cursar com vômitos, apnéia, cianose e parada respiratória. Nos adultos a única manifestação clínica pode ser a tosse persistente, nem sempre característica. A coqueluche ocorre de forma endêmica mas pode se disseminar e se apresentar na forma de surtos, com a possibilidade de complicação e de mortes.

7.19.1 - Coleta de Secreção Nasofaringe para Coqueluche

Realizar preferencialmente na fase aguda da doença;

Realizar antes do início do tratamento com antimicrobiano ou, no máximo, até três dias após instituição;

Utilizar swab fino com haste flexível, estéril e alginatado;

Retirar os tubos com meio de transporte da geladeira e deixá-los atingir a temperatura ambiente antes de usá-lo;

Coletar o material de uma narina;

Utilizar um tubo de ensaio com meio de transporte específico (Regan-Lowe), com antibiótico;

Identificar o tubo com o nome e idade, indicando se é caso suspeito ou comunicante, bem como a data e horário da coleta;

Introduzir o swab na narina até encontrar resistência na parede posterior da nasofaringe;

Manter o swab em contato com a nasofaringe por cerca de 10 segundos e, em seguida, retirá-lo;

Após a coleta, estriar o swab na superfície levemente inclinada do tubo (+2cm) e, a seguir, introduzir na base do meio de transporte e perfurar todo o meio (Cortar excesso da haste com tesoura antes de fechar o tubo).

Atenção

O swab deve permanecer dentro do respectivo tubo.

7.19.2 - Transporte de Amostra Coletado ao LACEN

O material deverá ser encaminhado ao laboratório imediatamente após a coleta, sob refrigeração de 4ºC em caixa de isopor (Não congelar).

Cada espécime clínico deverá ser acompanhado da ficha de encaminhamento de amostra ou de cópia da ficha de investigação epidemiológica da coqueluche, conforme definição no âmbito estadual. Se a opção for a ficha de investigação epidemiológica, deve-se anotar se o material (swab com secreção nasofaríngea) é do caso suspeito ou de comunicante.

Na impossibilidade do envio imediato após a coleta, incubar em estufa bacteriológica com umidade (chumaço de algodão úmido) à temperatura de 35ºC a 37ºC por um período máximo de 48 horas. Encaminhar, em seguida, sob refrigeração (4ºC) em caixa de isopor.

Atenção

Os tubos com meio de transporte que não forem utilizados no mesmo dia devem ser mantidos na geladeira até o momento da coleta.

Verificar sempre, o prazo de validade do meio de transporte antes de utilizá-lo

Estabelecer com o laboratório uma rotina referente ao envio de amostras (horário e local de entrega de material), fluxo de resultados e avaliação periódica da qualidade das amostras enviadas, bem como outras questões pertinentes.

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