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É a redução do valor de investimentos necessários à exploração de recursos minerais, florestais e outros recursos naturais esgotáveis ou de exaurimento determinado, bem como do valor de ativos corpóreos utilizados no processo de exploração.

O reconhecimento da exaustão é um processo semelhante ao da depreciação, porém aplicado sobre as contas que registram recursos naturais (minerais ou vegetais), ou seja, o custo dos direitos derivados de exploração mineral ou florestal.

A cota de exaustão é determinada em função do volume da produção do período e sua relação de possança conhecida da mina ou em função do prazo de concessão, não sendo objeto de exaustão a exploração de jazidas minerais inesgotáveis ou de exaurimento indeterminável, bem como as atividades extrativas sob licenciamento ou sob arrendamento.

Quando prazo contratual for superior ao prazo de esgotamento dos recursos minerais, será aplicada a taxa de exaustão. Caso contrário, será aplicada a taxa de amortização, que será estudada logo mais.

Vejamos alguns exercícios?

(CF UFG – Contador – APARECIDAPREV – 2018) A perda de valor, decorrente da exploração de direitos, cujo objeto seja recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração, é denominada de a) desgaste.

b) amortização.

c) depreciação.

d) exaustão.

RESOLUÇÃO:

Exaustão é a redução do valor de investimentos necessários à exploração de recursos minerais, florestais e outros recursos naturais esgotáveis ou de exaurimento determinado, bem como do valor de ativos corpóreos utilizados no processo de exploração.

Com isso, correta a alternativa D.

GABARITO: D

(CONSULPLAN – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2018) Determinada empresa de mineração explora as jazidas de sua propriedade e anualmente registra uma perda que corresponde ao decréscimo de valor dessas reservas minerais. De acordo com a Lei nº 6404/1976 e suas alterações, essa perda denomina-se:

a) Exaustão.

b) Depreciação.

c) Amortização.

d) Reserva de reavaliação.

RESOLUÇÃO:

Exaustão é a redução do valor de investimentos necessários à exploração de recursos minerais, florestais e outros recursos naturais esgotáveis ou de exaurimento determinado, bem como do valor de ativos corpóreos utilizados no processo de exploração.

Com isso, correta a alternativa A.

GABARITO: A

(FCC – Auditor – SEFAZ-PI – 2015) A Cia. Montes Claros adquiriu, em 31/12/2012, uma mina de minério de ferro por R$ 700.000,00, à vista, e a estimativa inicial era de que seriam extraídas 100.000 toneladas do referido minério. Durante 2013 foram extraídas 10.000 toneladas. Em 01/01/2014, a Cia. determinou que a capacidade produtiva remanescente da mina era 60.000 toneladas. Durante 2014 foram extraídas 20.000 toneladas do minério.

Com base nestas informações, o valor contábil da mina de minério de ferro apresentado no Balanço Patrimonial da Cia. Montes Claros, em 31/12/2014, foi, em reais,

(A) 280.000,00.

(B) 420.000,00.

(C) 630.000,00.

(D) 400.000,00.

(E) 210.000,00.

RESOLUÇÃO:

O enunciado diz que a possança conhecida da mina é de 100.000 toneladas. Assim, em 2013 a Despesa de Exaustão, pela extração de 10.000 toneladas de minério de ferro, será de:

𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝐸𝑥𝑎𝑢𝑠𝑡ã𝑜2013= 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 × 𝐸𝑥𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑃𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 𝐶𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑀𝑖𝑛𝑎 𝑫𝒆𝒔𝒑𝒆𝒔𝒂 𝒅𝒆 𝑬𝒙𝒂𝒖𝒔𝒕ã𝒐𝟐𝟎𝟏𝟑= 𝑅$ 700.000,00 × 10.000 𝑡𝑜𝑛

100.000 𝑡𝑜𝑛= 𝑹$ 𝟕𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎

Assim, após o primeiro ano de extração a possança da mina seria de 90.000 toneladas. No entanto, em 01/01/2014, a Cia. determinou que a capacidade produtiva remanescente da mina era 60.000 toneladas. Além disso, durante 2014 foram extraídas 20.000 toneladas do minério. Assim, a Despesa de Exaustão de 2014 será de:

𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝐸𝑥𝑎𝑢𝑠𝑡ã𝑜2014= 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐶𝑜𝑛𝑡á𝑏𝑖𝑙 × 𝐸𝑥𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑃𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 𝐶𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑀𝑖𝑛𝑎 𝑫𝒆𝒔𝒑𝒆𝒔𝒂 𝒅𝒆 𝑬𝒙𝒂𝒖𝒔𝒕ã𝒐𝟐𝟎𝟏𝟒= 𝑅$ 630.000,00 × 20.000 𝑡𝑜𝑛

60.000 𝑡𝑜𝑛= 𝑹$ 𝟐𝟏𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎

Perceba que a despesa de exaustão de 2014 é calculada sobre o valor contábil da mina, ou seja, o valor de custo (R$ 700 mil) líquido da despesa de exaustão de 2013 (R$ 70 mil).

Com isso, o valor contábil da mina de minério de ferro apresentado no Balanço Patrimonial da Cia. Montes Claros, em 31/12/2014, será de:

Custo R$ 700.000,00

( – ) Exaustão Acumulada (R$ 280.000,00) ( = ) Valor Contábil R$ 420.000,00

Obs.: Exaustão Acumulada = Despesa de Exaustão2013 + Despesa de Exaustão2014

GABARITO: B

(CESPE – TTRE – SEFAZ/RS – 2018) Assinale a opção correspondente a ativo cuja exaustão pode ser registrada na contabilidade.

A) computadores e outros hardwares B) reservas de petróleo e gás natural C) instalações elétricas

D) estoque de produtos acabados E) máquinas e equipamentos RESOLUÇÃO:

Segundo a Lei n° 6.404/76, a diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será registrada periodicamente nas contas de

a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência;

b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado;

c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração.

Assim, correta a alternativa B.

O CESPE optou por anular a questão em função da alternativa E, visto que bens aplicados na exploração de recursos minerais ou florestais podem ser exauridos.

GABARITO: ANULADA

ATIVO DIFERIDO

Faziam parte do Ativo Diferido as aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado de mais de um exercício social, inclusive os juros pagos ou creditados aos acionistas durante o período que anteceder o início das operações sociais.

No entanto, a Lei n° 11.941/09 alterou a Lei n° 6.404/76, revogando o inciso que tratava do Ativo Diferido.

Assim, tal subgrupo foi extinto.

Art. 299-A. O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo diferido que, pela sua natureza, não puder ser alocado a outro grupo de contas, poderá permanecer no ativo sob essa classificação até sua completa amortização, sujeito à análise sobre a recuperação de que trata o § 3o do art. 183 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

A Orientação OCPC 02 – Esclarecimentos sobre as Demonstrações Contábeis de 2008 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis menciona que:

Desaparecimento do subgrupo Ativo Diferido

113. (...) desapareceu como grupamento de contas do balanço patrimonial esse subgrupo do ativo.

Seu saldo precisa ser reanalisado e, quando cabível, reclassificado. (...) Os que não puderem ser reclassificados para outras contas de ativo, como gastos pré-operacionais administrativos, de reorganização, gastos com pesquisa, etc. devem ser baixados já no balanço de abertura de 2008 contra Lucros ou Prejuízos Acumulados. Alternativamente, é também admitida legalmente a possibilidade de esses saldos permanecerem nesse subgrupo até seu total desaparecimento, lembrando que a Lei das S/A impedia amortização desses valores em prazo superior a dez anos.

(...)

Despesas pré-operacionais e aquisição de softwares

133. Foi eliminado, pela Medida Provisória nº. 449/08, o subgrupo Ativo Diferido; conquanto possa ainda ser admitida a existência de saldos não amortizados nesse subgrupo até sua completa amortização pelo prazo máximo que a Lei das S/A admitia (10 anos), novos valores não mais podem a ele ser adicionados. Além dessa amortização, torna-se necessário que os saldos existentes sejam também submetidos a revisões periódicas a fim de verificar a sua recuperabilidade, nos termos do CPC 01.

134. Os valores que eram anteriormente admitidos como despesas pré-operacionais precisam agora ser reanalisados: se vinculados ao processo de preparação de máquinas e equipamentos para estarem em condições de funcionamento, por exemplo, esses gastos são agregados ao custo do próprio imobilizado, que deve incorporar todos os custos vinculados à sua aquisição ou construção e todos os demais necessários a colocá-los em condições de funcionamento (transporte, seguro, tributos não recuperáveis, montagem, testes, etc.). Os gastos relativos a atividades de administração e vendas, mesmo que vinculados a treinamento, aprendizado, etc., são considerados diretamente como despesas do exercício. Os relativos às atividades até que a planta atinja níveis normais de operação também são considerados como despesa do exercício.

135. Os gastos com aquisição ou produção de softwares são ativados como ativo intangível quando se trata de programas que têm vida própria, podem ser transferidos de equipamentos ou até para outras empresas, etc. Os que são ou vieram incorporados a máquinas, equipamentos, veículos, edifícios e estão umbilicalmente a eles vinculados, deixando de ter vida própria e não podendo ser transferidos ou vendidos individualmente, têm seus custos adicionados aos ativos a que se vinculam.

Desta forma, as seguintes possibilidades podem ser realizadas com relação aos saldos existentes no extinto Ativo Diferido:

Reclassificação do saldo em outro grupo do Balanço Patrimonial (Imobilizado ou Intangível) Para que possam ser reclassificados, tais ativos diferidos devem atender aos critérios de reconhecimento estabelecidos para cada grupo (imobilizado ou intangível).

Caso não possam ser reclassificados, restam ainda duas possibilidades:

Baixa dos ativos diferidos contra a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados

Manutenção das contas do Ativo Diferido ante a completa baixa Vamos fazer um esquema!

Vejam estes exercícios sobre o tema:

(FGV – Contador – Paulínia – 2016) A Lei n.º 11.941/09 apresentou um novo posicionamento em relação ao ativo diferido, de modo que as sociedades de grande porte que elaboravam suas demonstrações contábeis de acordo com a Lei n.º 6.404/76 não poderiam mais reconhecer o grupo do ativo diferido em seus balanços.

Assinale a opção que indica o posicionamento determinado pela Lei n.º 11.941/09 em relação ao saldo remanescente do ativo diferido em 31/12/2008.

a) Manter e fazer uma nova estimativa para amortização, transferir para o ativo circulante ou baixar contra lucros ou prejuízos acumulados.

b) Baixar como despesa operacional, transferir para outras contas do ativo ou manter no ativo diferido até ser totalmente amortizado.

c) Reclassificar para outro grupo do balanço patrimonial ou baixar o saldo como despesa financeira.

d) Reclassificar para outro grupo do balanço patrimonial, baixar contra lucros ou prejuízos acumulados ou manter no diferido até ser totalmente amortizado.

e) Manter e fazer uma nova estimativa para amortização, baixar como despesa operacional ou reclassificar para outro grupo do balanço patrimonial.

No documento Prof. Arthur Lima Aula 00. Nome do curso (páginas 42-46)

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