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Execução dos ensaios

No documento FIOS E CABOS DE COBRE NU (páginas 9-0)

Os métodos de ensaios dos cabos e respectivos fios formadores devem obedecer ao descrito a seguir e estar de acordo com as normas e/ou documentos complementares citados no item 2 desta NTC.

6.3.1 Fio nu após sua última fase de fabricação

6.3.1.1 Inspeção geral: deve ser feita logo após o processo de trefilação e recozimento, verificando todos os requisitos dos itens 4.2, 4.3 e 4.4 desta NTC.

Constitui falha a não conformidade de qualquer uma das características verificadas com as especificadas.

6.3.1.2 Verificação do diâmetro: o diâmetro dos fios deve ser medido conforme a ABNT NBR NM IEC 60811-1-1:2001.

Constitui falha o não atendimento ao item 5.2 desta NTC.

6.3.1.3 Ensaio de resistência à tração: a ser realizado nos fios, deve ser realizado conforme a ABNT NBR 5111.

Constitui falha o não atendimento ao item 5.6 desta NTC.

6.3.1.4 Ensaio de resistividade elétrica: a resistividade elétrica dos fios de cobre deve ser determinada conforme a ABNT NBR 6815, observadas as condições da ABNT NBR 5111 e da ABNT NBR 6524.

Constitui falha o não atendimento ao item 5.7.4 desta NTC.

6.3.2 Cabo de cobre

6.3.2.1 Inspeção geral: devem ser verificados todos os requisitos dos itens 4.2, 4.3 e 4.4 desta NTC.

Constitui falha a não conformidade de qualquer uma das características verificadas com as especificadas.

6.3.2.1 Verificação dos diâmetros e das formações das coroas: os diâmetros das coroas devem ser medidos conforme a ABNT NBR NM IEC 60811-1-1:2001. A formação do cabo deve ser verificada através de simples contagem.

Constitui falha o não atendimento ao item 5.3.1 desta NTC.

6.3.2.2 Verificação do encordoamento: deve ser verificado visualmente por ocasião da verificação dos diâmetros e das formações das coroas.

Constitui falha o não atendimento aos itens 4.4.2 e 5.3.2 desta NTC.

6.3.2.3 Verificação do passo do encordoamento: deve ser verificado conforme a ABNT NBR NM IEC 60811-1-1:2001.

Constitui falha o não atendimento ao item 5.3.3 desta NTC.

6.3.2.4 Verificação de emendas: só são permitidas emendas nos fios componentes do cabo da NTC 810536.

Constitui falha o não atendimento ao item 4.4.1 desta NTC.

6.3.2.5 Verificação da área da seção transversal: sendo calculada a partir dos diâmetros medidos dos fios componentes, deve atender ao contido no item 5.3.4 desta NTC.

6.3.3 Ensaio de resistência elétrica

Este ensaio deve ser realizado conforme a NBR 6814, observando as condições da ABNT NBR 6524.

Constitui falha o não atendimento do item 5.7.1 desta NTC.

6.3.4 Ensaio de resistividade elétrica no fio

A resistividade elétrica deve ser determinada com o valor da resistência referida a 20C, conforme o item 6.3.3 desta NTC.

Constitui falha o não atendimento do item 5.7.4 desta NTC.

6.3.5 Ensaio de resistência mecânica à tração

No caso do fio de cobre (NTC 810531 – vide tabela 3 do anexo A), a resistência à tração e alongamento à ruptura do fio devem ser verificadas conforme as ABNT NBR 6810 e ABNT NBR 5111.

No caso do cabo de cobre completo (NTCs 810533 a 810536 – vide tabela 3 do anexo A) este ensaio deve ser realizado conforme a ABNT NBR 6524.

Constitui falha o não atendimento dos itens 5.6 e da Tabela 3 do Anexo A.

7 INSPEÇÃO, ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO 7.1 Generalidades

A COPEL reserva-se o direito de inspecionar o fio e cabos de cobre nu abrangidos por esta NTC, quer no período de fabricação, quer na época de embarque ou em qualquer momento que julgar necessário. O fornecedor tomará, às suas expensas todas as providencias para que a inspeção do fio e cabos de cobre nu por parte da COPEL se realize em condições adequadas, de acordo com as normas recomendadas e com esta NTC. Assim, devera propiciar livre acesso aos laboratórios, às dependências onde estiverem sendo fabricados o fio e cabos de cobre nu e respectivas embalagens, aos locais de estocagem etc., bem como fornecer pessoal habilitado a prestar informações e executar os ensaios, além de todos os dispositivos, instrumentos etc, para realizá-los. O fornecedor deve avisar a COPEL, com antecedência mínima de 5 (cinco) dias úteis, para fornecedor nacional e de 15 (quinze) dias úteis para fornecedor estrangeiro, em relação à data de disponibilização do material. A Copel terá o prazo de 10 (dez) dias úteis para iniciar a inspeção, após a disponibilização do material. O período para inspeção deve estar contido nos prazos de entrega estabelecidos no contrato de compra.

Nota: Todos os instrumentos utilizados no laboratório para a inspeção devem ter sua calibração comprovada pela apresentação dos respectivos relatórios de calibração dentro da validade (período máximo de 12 meses), emitidos por empresa acreditada junto à Rede Brasileira de Calibração – RBC.

7.2 Formação da amostra 7.2.1 Ensaios de recebimento

O tamanho da amostragem a ser retirada de cada lote completo deve estar de acordo com a Tabela 5 do Anexo A desta NTC.

As amostras (bobinas) devem ser escolhidas pelo Inspetor da COPEL nos lotes prontos para embarque. De cada amostra (bobina) devem ser retirados corpos de prova de fio ou cabo, em número e comprimento adequados a realização de todos os ensaios previstos, desprezando-se sempre o primeiro metro da extremidade.

Se um corpo de prova for reprovado em qualquer ensaio, este deverá ser repetido em dois outros corpos de prova da mesma amostra (bobina). Ocorrendo nova falha a amostra (bobina) será considerada defeituosa.

7.2.2 Ensaios complementares de recebimento

Para cada ensaio devem ser retirados 3 (três) corpos de prova, de comprimento suficiente para a realização do ensaio, de quaisquer unidades (bobinas) do lote, a critério do inspetor da COPEL.

7.3 Aceitação e rejeição 7.3.1 Ensaio de recebimento

O número total de amostras (bobinas) defeituosas deve ser levado à Tabela 5 do Anexo A, que definirá a aceitação ou rejeição do lote. Mudanças no regime de inspeção, ou quaisquer outras considerações adicionais, devem ser feitas de acordo com a ABNT NBR 5426.

7.3.2 Ensaios complementares de recebimento

Para cada ensaio, não havendo falhas no primeiro corpo de prova, o lote estará aprovado em relação a este ensaio. Caso haja falha no primeiro corpo de prova, o fornecedor deverá apresentar relatório apontando as causas da falha.

A critério da COPEL poderão ser ensaiados os dois corpos de prova restantes, não sendo admitida, então, nenhuma falha.

Para aceitação do lote é necessário que o lote seja aprovado em relação a todos os ensaios realizados.

7.3.3 Considerações adicionais

A aceitação do fio ou cabos de cobre nu pela COPEL, seja pela comprovação dos valores, seja por eventual dispensa de inspeção, não eximirá o fornecedor de sua responsabilidade em fornecer o fio ou cabos de cobre nu em plena concordância com o contrato de compra e com esta NTC, nem invalidará ou comprometerá qualquer reclamação que a COPEL venha a fazer baseada na existência de fio ou cabos de cobre nu inadequados ou defeituosos.

Por outro lado, a rejeição do fio ou cabos de cobre nu em virtude de falhas constatadas por meio de inspeção durante os ensaios, ou em virtude da discordância com o contrato de compra ou com esta NTC, não eximirá o fornecedor de sua responsabilidade em fornecê-los na data de entrega prometida. Se, na opinião da COPEL a rejeição tornar impraticável a entrega na data prometida, ou se tudo indicar que o fornecedor será incapaz de satisfazer os requisitos exigidos, a COPEL reserva-se o direito de rescindir todas as suas obrigações e adquirir o fio ou cabos de cobre nu em outra fonte, sendo o fornecedor considerado como infrator do Contrato de compra, estando sujeito às penalidades aplacáveis ao caso.

7.4 Ficha técnica

7.4.1 O fornecimento à Copel deste material fica condicionado à homologação da Ficha Técnica do mesmo pela área de normalização da Copel Distribuição.

Para efeitos de obtenção de Ficha Técnica para a família constante na Tabela 2 do Anexo A desta NTC, devem ser apresentados os ensaios de tipo realizados no cabo de 120mm2, preferencialmente. Ensaios realizados em cabo de outra seção podem ser aceitos mediante prévia autorização da Copel.

Para maiores informações consultar a internet no seguinte endereço:

www.copel.com

 Fornecedores e Parceiros

 Normas Técnicas

- Materiais Padrão para Redes de Distribuição - Ficha Técnica

7.4.2 Os relatórios dos ensaios a serem realizados devem ser em formulários com as indicações necessárias à sua perfeita compreensão e interpretação, conforme abaixo. Poderão ser aceitos relatórios de ensaios realizados em fábrica, acompanhados pela Copel ou não, a seu critério. Poderão ser aceitos relatórios de ensaio em órgão tecnicamente capacitado, desde que atualizados.

- nome do ensaio;

- nome da COPEL e fornecedor;

- número e item do contrato de compra da COPEL (se existente) e o número da ordem de fabricação do fornecedor;

- data e local dos ensaios;

- identificação e quantidade de fios e cabos de cobre nu submetidos a ensaio;

- descrição sumária do processo de ensaio indicando as constantes, métodos e instrumentos empregados;

- valores obtidos no ensaio;

- sumário das características (garantidas versus medidas);

- atestado dos resultados, informando de forma clara e explícita se o cabo ensaiado passou ou não no referido ensaio.

ANEXO A – TABELAS

TABELA 1 – CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA ELÉTRICA DA COPEL

TABELA 2 – CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DO FIO E CABOS

TABELA 3 – CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS E ELÉTRICAS

NOTA: (a) Ver item 5.7.2 desta NTC.

TENSÃO NOMINAL DO SISTEMA 13,8 kV 34,5 kV TENSÃO MÁXIMA DE OPERAÇÃO

DO SISTEMA (FASE-FASE) 13,8 kV 34,5 kV ATERRAMENTO POR

REATÂNCIA: MULTIATERRADO:

TENSÃO MÁXIMA ADMISSÍVEL

FASE-TERRA EM CASO DE FALTA 15 kV 27 kV NÍVEL DE ISOLAÇÃO DO

ISOLADOR (NBI) 110 kV 170 kV

POTÊNCIA MÁXIMA DE

CURTO-CIRCUITO DO SISTEMA 250 MVA 500 MVA

1 2 3

810531 20009371 16 1 4,50 4,50 142 1,76

810533 20011725 35 7 2,50 7,50 307 2,72

810535 20011733 70 7 3,45 10,35 584 3,75

810536 20011737 120 19 2,90 14,50 1137 5,51

1 2 3 4 5 6 7 8

TABELA 4 – RELAÇÃO DOS ENSAIOS

DE TIPO RECEBIMENTO

a1 Inspeção geral X X

a2 Verificação do diâmetro X X

a3 Ensaio de resistência mecânica à tração X X

a4 Ensaio de resistividade elétrica X X

b1 Inspeção geral X X

b2 Verificação dos diâmetros e da formação das

coroas do cabo X X

b3 Verificação do encordoamento X X

b4 Verificação do passo do encordoamento X X

b5 Verificação de emendas X X

b6 Verificação da área da seção transversal X X b7 Ensaio de resistência elétrica de corrente

contínua X X

b8 Ensaio de resistência mecânica à ruptura X X

1 2 3 4 5

FIO/CABO ITEM DESCRIÇÃO DOS ENSAIOS

FIO NU APÓS SUA ÚLTIMA

FASE DE FABRICAÇÃO

CABO DE COBRE

CLASSIFICAÇÃO

TABELA 5 – PLANO DE AMOSTRAGEM PARA OS ENSAIOS DE RECEBIMENTO

Regime de Inspeção Normal Amostragem Dupla

Nível de Inspeção II NQA = 2,5 %

Ac - número de unidades defeituosas que ainda permitem aceitar o lote Rc - número de unidades defeituosas que implica na rejeição do lote Procedimento para a amostragem dupla:

- Inicialmente ensaiar um número de unidades igual ao da primeira amostra obtida na Tabela.

- Se o número de unidades defeituosas encontradas estiver compreendido entre “Ac” e “Rc” (excluídos esses valores), deverá ser ensaiada a segunda amostra.

- O total de unidades defeituosas encontradas após ensaiadas as duas amostras deverá ser igual ou inferior ao maior “Ac” especificado.

ANEXO B – FIGURAS

a) SISTEMA 13,8 kV - Sistema de Neutro Isolado, aterrado através de Reator ou Transformador Trifásico de Aterra-mento para proteção contra faltas fase-terra, sendo permitida apenas a ligação de transformadores de distribuição monofásicos entre fase e de trifásicos em triângulo.

b) SISTEMA 34,5 kV - Sistema de Neutro Aterrado conforme configuração abaixo, sendo os transformadores de distribuição monofásicos ligados entre fase e terra e os trifásicos em estrela aterrada.

FIGURA 1 – CONFIGURAÇÃO DOS SISTEMAS ELÉTRICOS DA COPEL

OBS.: 2) Fonte - MCGRAW-EDISON - adaptado para série métrica.

FIGURA 2 – GRÁFICO DAS CURVAS LIMITES DE OPERAÇÃO EM CURTO-CIRCUITO CURVAS SÉRIE MÉTRICA

810531 A 16

810533 B 35

810535 C 70

810536 D 120

CONVENÇÃO NTC PADRÃO

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