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EXEMPLOS DE IDÉIAS/EXPRESSÕES NEGATIVAS REFERIDAS

FREQ.

ABSOL. ENT.* %

Apreensão inicial

“E recente ainda no UNIFESO e precisa de aprimoramento...”; “no inicio achava que não conseguiria...”; “achava que era uma utopia e distante da prática”; “preferia o antigo inicialmente”; “tinha muita dificuldade inicialmente”; “tive uma certa apreensão e insegurança”; “assustado inicialmente, estranhei o método”; “não tenho certeza se será o suficiente para minha formação”; “ainda tenho dúvidas se funciona realmente”.

08 28%

Necessidade de aperfeiçoamento

“Há muito que ser aperfeiçoado”; “a grade curricular precisa melhorar”; “pode melhorar a avaliação das provas práticas”; “A instituição ainda não está estruturada...”; “existem falhas”; “As matérias básicas são essenciais e não podem deixar de existir”; “Necessita de melhor organização junto a UBSF para melhorar o aprendizado”; “A instrutoria deve ser dada como aula”.

11 38%

Total: 19 -

* ENT %: Significa entrevistados em porcentagem

Em relação à tabela seguinte é apresentada a relação entre as impressões positivas e negativas a respeito das metodologias ativas de ensino/aprendizagem onde se percebe que a maior parte dos alunos, 63%, recebeu de forma positiva a incorporação da nova metodologia de ensino na instituição.

Tabela 11 – Relação entre as impressões positivas e negativas referidas na terceira questão aberta – Teresópolis - 2008.

Questão Expressões positivas Expressões

críticas/negativas Total

Experiência com as

metodologias ativas 63%* 37%* 100%

*Porcentagem obtida a partir da relação entre a freqüência absoluta de cada uma destas expressões e o número total de expressões da questão 3.

7.4 – Unidades Básicas de Saúde da Família

O tema Unidades Básicas de Saúde da Família contemplado na quarta questão aberta “Como tem sido para você participar desde os períodos iniciais das atividades nas UBSF? O que você manteria e o que você modificaria nesta prática dentro das UBSF?” é considerada na entrevista como uma das principais, e dá titulo ao projeto propriamente. Foram criadas à semelhança da questão anterior (terceira questão aberta) duas grandes classificações:

Categorias de classificação positiva tendo como categorias representativas: inserção com ressalvas; humanização e integração da teoria e da prática.

Categorias de classificação negativa/crítica: Preceptoria ausente (entendida como condição de ensinar procedimentos clínicos ou competência clínica); qualidade do médico; organização da UBSF e má impressão da visita domiciliar.

Nas categorias de classificação positiva evidenciou-se a categoria relativa a “integração teoria/pratica” (FA: 10) como sendo a de maior freqüência, e a “inserção com ressalvas” a segunda categoria positiva mais frequente (FA: 8), ou seja, mesmo sendo positiva a idéia da inserção, esta apresenta críticas à maneira “como” está sendo feita. A partir daí foram então criadas as categorias de classificação negativa ou crítica.

Nota-se na freqüência absoluta das expressões à esta questão: 47 expressões (70% de FR) em categorias negativas, contra 20 expressões em categorias positivas (30% de FR), portanto mais que o dobro de expressões negativas em relação às positivas, o que sugere que a inserção em UBSFs deva ter uma atenção/cuidado maior por parte da Instituição principalmente no que diz respeito a organização das UBSFs decorrente principalmente da comunicação e planejamento ausente ou deficiente entre coordenação e a UBSF citada 25 vezes (FA:25) conforme a fala destes estudantes, ou seja, quase uma unanimidade. É importante citar que a “coordenação” a que se referem os estudantes é vista de forma ambígua, ora sendo “coordenação”, ora sendo “faculdade”, não se identificando uma coordenação/setor especificamente responsável. Além deste item ressalta-se a “preceptoria” que é ausente, citada doze vezes (FA: 12). Neste aspecto compreendeu-se a definição de preceptoria como sendo segundo Botti et al (2008, p.365) - que faz uma revisão a respeito dos papéis do preceptor, supervisor, tutor e mentor – “a condição de ensinar procedimentos clínicos ou competência clínica

(grifo meu) ou ainda, o ensino-aprendizagem do desenvolvimento profissional em situações clínicas reais no próprio ambiente de trabalho”; aspectos estes específicos da função do médico como Houaiss (1999, p. 396) assim define: clínica - “Estudo médico feito sobre o corpo de um doente, ou a prática da medicina” e clínico - “Que se faz junto ao leito do doente”. Botti (2008) ainda identifica no preceptor um papel de “suporte, para ajudar o novo profissional a adquirir prática, até que este tenha maior confiança e segurança em suas atividades diárias”, fato este que por si só já parece justificar sua presença em um cenário de prática como a UBSF. O número bem elevado de estudantes que referem expressões de que a UBSF encontra-se desorganizada – categoria “organização” – é muito elevado, ou seja, 86%, cerca de nove em dez alunos entrevistados, e em relação a necessidade de um preceptor no local, 41%, o que já é quase a metade dos entrevistados.

Analisa-se ainda nas respostas à esta questão a má impressão daquela que poderia ser considerada uma das mais ricas atividades em Unidades Básicas de Saúde da Família: a visita domiciliar, vista desta forma como provável conseqüência da falta de planejamento das atividades na Unidade conforme o relato dos estudantes, apresentando-se com freqüência absoluta de 9 entre todas as expressões negativas a respeito das atividades nas UBSFs. Abaixo seguem as tabelas relativas às categorias positivas e negativas criadas a partir de idéias e/ou expressões referidas na entrevista e sua freqüência na questão quatro, tabelas 12 e 13 respectivamente, assim como a relação entre as impressões positivas e negativas, tabela 14.

Tabela 12 - Relação de categorias positivas criadas a partir de idéias e/ou expressões referidas na entrevista, sua freqüência e referência nos estudantes – Exemplos da questão 4 - “Como tem sido para você participar desde os períodos iniciais das atividades nas UBSF? O que você manteria e o que você modificaria nesta prática dentro das UBSF?” – Teresópolis – 2008.

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