• Nenhum resultado encontrado

Exemplos de Regulamentação Implantada no Brasil 34

4.4 Arcabouço legal para o controle do escoamento pluvial 34

4.4.1 Exemplos de Regulamentação Implantada no Brasil 34

 Belo Horizonte/ MG

A lei n° 7.166/96 de parcelamento, ocupação e uso do solo da cidade que torna obrigatória a construção de microrreservatório para retardar o lançamento na rede pública para as construções que impermeabilizem o solo do terreno acima das taxas de permeabilidades definidas. O volume do microrreservatório deve comportar 30 litros por metro quadrado de área impermeabilizada acima do limite estabelecido em lei. Existe uma recomendação geral que a vazão de lançamento na rede pública não seja superior a 100 l/s, não importando o tamanho do lote.

35

 São Paulo e Rio de Janeiro

A Lei municipal n° 13.276/02 da cidade de São Paulo e o Decreto municipal n° 23.940/04 do Rio de Janeirotornam obrigatória a construção de reservatórios para acumulação de água de chuva nos empreendimentos com área impermeabilizada superior a 500 m², cujo volume deve ser calculo pela equação:

V = 0,15.Ai.IP.t (1)

Sendo:

V = volume do reservatório (m³) Ai = área impermeabilizada (m²)

IP = índice pluviométrico igual a 0,06m/h para São Paulo e parte do Rio de Janeiro (áreas de planejamento 1, 2 e 4) e 0,07m/h para as áreas de planejamento 3 e 5 do Rio de Janeiro

t = tempo de duração da chuva igual a um hora.

 Guarulhos – SP

O Código de Obras de 2001 da cidade de exige a construção de reservatório de detenção nos lotes urbanos edificados existentes. A capacidade de reservação do dispositivo varia de 500 litros para lotes de 125 m² e aumenta progressivamente até chegar a 3.500 litros para lotes de até 600m², acima desse valor multiplica-se a área por 6 litros/m.

 Cascavel/PR

A Lei Nº:4.631/2007:

“Art. 1º Fica instituído o Programa Municipal de Conservação e Uso Racional da Água e Reuso em Edificações, que tem por objetivo instituir medidas que induzam à conservação, uso racional e utilização de fontes alternativas para a captação de água e reuso nas novas edificações, bem como a conscientização dos usuários sobre a importância da conservação da água.”

“§ 1º. O Programa abrangerá também os projetos de construção de novas edificações de interesse social.”

“§ 2º. Os bens imóveis do Município de Cascavel, bem como os locados, deverão ser adaptados no prazo de 10 (dez) anos.”

“§ 3º. Será oportunizado desconto no Imposto Territorial e Predial Urbano – IPTU, dos imóveis que se enquadrarem na presente Lei.”

“Art. 3º Deverão ser estudadas soluções técnicas a serem aplicadas nos projetos de novas edificações, especialmente:

36

“II – captação, armazenamento e utilização de água proveniente da chuva;”

“Art. 4º Serão estudadas soluções técnicas e um programa de estímulo à adaptação das edificações já existentes.”

“Parágrafo único. O setor industrial deverá obrigatoriamente adotar o reuso da água de chuvas para usas atividades.”

 Curitiba/PR

Conforme a Lei nº. 10.785 de 18 de setembro de 2003:

“Art. 1º. O Programa de Conservação e Uso Racional da Água nas Edificações (PURAE) tem como objetivo instituir medidas que induzam à conservação, uso racional e utilização de fontes alternativas para captação de água nas novas edificações, bem como a conscientização dos usuários sobre a importância da conservação da água.”

“Art. 3º. As disposições desta lei serão observadas na elaboração e aprovação dos projetos de construção de novas edificações destinadas aos usos a que se refere à Lei nº 9.800/00, inclusivequando se tratar de habitações de interesse social, definidas pela Lei nº 9802/00.”

A Lei nº 9.800/00 Dispõe sobre o zoneamento, uso e ocupação do solo no município deCuritiba.

A Lei nº 9.802/00 Institui incentivos para a implantação de programas habitacionais de interesse social, a proprietários de imóveis localizados no âmbito de seu território.

“Art. 7º. A água das chuvas será captada na cobertura das edificações e encaminhada a umacisterna ou tanque, para ser utilizada em atividades que não requeiram o uso de água tratada,proveniente da Rede Pública de Abastecimento, tais como:

a) rega de jardins e hortas, b) lavagem de roupa; c) lavagem de veículos;

d) lavagem de vidros, calçadas e pisos.”

De acordo com o Decreto nº 293 de 22 de março de 2006:

“Art. 2º Para o licenciamento de construções no Município, fica obrigatória que no projeto deinstalações hidráulicas seja prevista a implantação de mecanismo de captação das águas pluviais, nascoberturas das edificações, as quais deverão ser armazenadas para posterior utilização em atividadesque não exijam o uso de água tratada.”

“Art. 5º As cisternas e reservatórios deverão ser dimensionados para cada caso, devendo serinstalados nas próprias áreas dos imóveis, excluído as faixas de recuo predial obrigatório.”

37

“§1º Nas edificações habitacionais o dimensionamento do volume necessário para a cisternaou reservatório deverá ser calculado mediante a aplicação da seguinte fórmula:”

V = N · C · d · 0,25 (2) Onde:

V = Volume em litros N = Número de unidades

d = Número de dias de reserva = 2

C = Consumo diário em litros/dia, adotando-se os valores conforme a

Tabela 1 – Valores de consumo diário em litros/dia

Quantidade de quartos Consumo ( litros / dia )

1 (um) 400

2 (dois) 600

3 (três) 800

4 (quatro) , ou mais 1.000

“§2º Nas edificações comerciais o dimensionamento do volume necessário para a cisterna oureservatório deverá ser calculado mediante a aplicação da equação:

V = Ac · 0,75 (3)

Sendo:

V = Volume em litros e Ac = Área total computável da edificação.”

“§3º Em todos os casos fica estabelecido um reservatório com volume mínimo de 500 litros.”

Ainda o Decreto Municipal número 176 de 2007 estabelece que empreendimentos com áreas superiores a 3000 m2 e que apresentem redução da taxa de permeabilidade de 25% devem possuir reservatórios de detenção, com critérios estabelecidos para o volume do reservatório, conforme mostra a equação (2) e para o diâmetro do orifício do descarregador de fundo.Essa legislação define os diâmetros dos descarregadores de fundo variando desde 25 mm para volumes de até 3 m3até 500 mm para volumes compreendidos entre 1.301 e 2.000 m3.

38

Sendo:

V = volume do reservatório (m³) Ai = área impermeabilizada (m²)

IP = índice pluviométrico igual a 0,08 m/h; t = tempo de duração da chuva igual a uma hora  Porto Alegre/RS

O Decreto municipal n° 15.371/06 estabelece o critério de se lançar na rede pública uma vazão máxima de 20,8 l/s.ha quando a ocupação resultar em impermeabilização da área. Esse critério abre a possibilidade do uso de outras técnicas compensatórias, ou mesmo a combinação destas técnicas. A capacidade do reservatório a ser implantado deve ser calculada por meio da equação seguinte:

V = 4,25A. Ai (5)

Sendo:

V = volume de armazenamento (m³) A = área drenada (ha)

Ai= área impermeável (% da área total A)

Ainda, a Lei Nº 10.506, de 5 de agosto de 2008:

“Art. 1º. Fica instituído o Programa de Conservação, Uso Racional e Reaproveitamento das Águas.”

“Art. 8º As ações de reaproveitamento das águas compreendem basicamente: I – a captação, o armazenamento e a utilização de água proveniente das chuvas; e II – a captação, o armazenamento e a utilização de águas servidas.”

“Art. 9º A água das chuvas será captada na cobertura das edificações e encaminhada a uma cisterna ou tanque para ser utilizada em atividades que não requeiram o uso de água potávelproveniente do Serviço de Abastecimento Público de Água, tais como a lavagem de roupas, vidros, calçadas, pisos, veículos e a irrigação de hortas e jardins.”

“Art. 13. O Poder Público poderá cadastrar as edificações que aderirem ao Programa de Conservação, Uso Racional e Reaproveitamento das Águas para fins de estudos referentes a incentivos.”

39