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exemplo em tudo. E na sua carta à Igreja de Filipos, Paulo nos exorta da seguinte forma:

“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte e morte de cruz.”

Filipenses 2: 5-8

Um jovem príncipe desejava casar-se. Para tanto, ele saiu a procurar em seu reino por uma noiva que despertasse a sua atenção. Ele foi à casa dos nobres a ver se ficaria interessado por alguma jovem. Ninguém o agradou.

Então, ele foi procurar a sua noiva nos lugares mais pobres do seu reino, entre os camponeses, entre os da periferia, entre os que viviam longe do luxo e da pompa aos quais ele estava acostumado. Chegando lá, encontrou uma jovem lindíssima, mas que estava suja e maltrapilha. Mesmo assim, ele a amou ao primeiro olhar.

Pensou consigo que o seu problema estava resolvido: era só pedir aos seus soldados para buscá-la, levá-la ao seu palácio e ela lhe seria por mulher.

Mas, e se ela não o amasse? E se fosse casar apenas por imposição do príncipe ou até mesmo por algum interesse? E se o seu coração já fosse de outro? As muitas possibilidades passaram pela cabeça do jovem príncipe ao considerar isso.

Continuou a pensar até que teve uma idéia surpreendente. Ele iria se despojar da sua glória, das suas vestes, do seu palácio, dos seus empregados, da sua vida

confortável, de tudo para viver como qualquer camponês ao lado de sua amada. Se ela se apaixonasse por ele seria exatamente por quem ele é e não pelo que ele possui ou pode lhe oferecer.

Atitude muito mais significativa e dramática teve o Senhor Jesus porque nenhum reino deste mundo pode se comparar ao Reino de Deus em todo o seu esplendor e glória.

O Senhor Jesus não apenas viveu como qualquer um de nós, mas fez-se maldição por nossa causa porque a palavra nos diz que é maldito todo aquele que é pendurado no madeiro (Dt 21: 23; Gl 3: 14). Tudo isso para que hoje você e eu tivéssemos vida e vida com abundância, salvação garantida e acesso a Deus através da morte expiatória de Jesus Cristo.

Mas o texto não termina aí, Paulo continua:

“Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é acima de todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.”

Filipenses 2: 9-11

Paulo continua dizendo: “Pelo que também Deus o exaltou soberanamente” O Senhor Jesus não exaltou a si mesmo, mas esperou o momento certo da exaltação de Deus. O momento em que Deus sabia que Ele estaria apto para ser exaltado. Pedro concorda com isso.

“Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo, vos exalte.”

I Pedro 5: 6

Devemos nos humilhar primeiro diante de Deus para que depois, tão somente depois, ele nos exalte. Deus sempre tem o seu tempo certo.

Quer ser exaltado querido; humilhe-se primeiro! Quer ser servido; sirva primeiro! Quer ser reconhecido pelos homens; reconheça Deus na sua vida!

Deus não pode exaltar alguém com quem Ele tenha que dividir a glória que só pertence a Ele. Enquanto você estiver retendo parte dessa glória, Ele não vai te exaltar como você quer; não porque Ele não queira, mas porque Ele não pode.

O texto continua dizendo que pela humilhação voluntária de Jesus, Deus o exaltou de tal modo que um dia gostem ou não, queiram ou não, todos os joelhos dos habitantes dos três mundos: céu, terra e inferno vão se dobrar e toda a língua vai confessar que Jesus é o Senhor, Aleluia!

Porque uma exaltação tão grande? Porque a humilhação também foi muito grande. A exaltação é proporcional à humilhação. E tão somente depois da humilhação pode vir a exaltação.

Atitude semelhante teve João Batista. Acompanhe o que diz o Apóstolo João:

“E este é o testemunho de João, quando os Judeus mandaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para que lhe perguntassem: Quem és tu?.E confessou e não negou; confessou: Eu não sou o Cristo. E perguntaram-lhe: Então, quem és, pois? És tu Elias? E disse: Não sou. És tu o profeta? E respondeu: Não. Disseram-lhe, pois: Quem és, para que demos resposta àqueles que nos enviaram? Que dizes de ti mesmo? Disse: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.”

João 1: 19-23

Veja como João Batista foi se humilhando cada vez mais. Perguntaram se ele era o Cristo, ele respondeu que não. Perguntaram se ele era Elias, mas uma vez respondeu que não. Continuaram diminuindo o “status” e perguntaram se ele era o profeta, mais uma vez ele disse que não. Então eles pararam

e perguntaram: Então quem és tu para que demos resposta àqueles que nos enviaram? Que dizes de ti mesmo?

E quando perguntam para você querido, o que tu dizes de ti mesmo? Eu sou o profeta fulano de tal, Eu sou o presbítero beltrano, Eu sou o Ministro de louvor, Eu sou o cantor, Eu sou o pastor, Eu sou o evangelista, Eu sou isso, Eu sou aquilo... Ou você atribui algo a você que na verdade outra pessoa realizou? Ou você superestima algo que fez?

João Batista disse que ele era apenas uma voz, tão somente uma voz. Nós como ministros de Deus, como atalaias do Senhor, como arautos do Rei, devemos ser apenas vozes de Deus, vozes do Espírito Santo, vozes da cabeça do corpo que é o Senhor Jesus.

João Batista poderia dizer que era o Elias de Deus, o precursor do Messias profetizado por Malaquias (Ml 4: 5). Que tinha autoridade sobre cada um daqueles homens, mas escolheu se humilhar. Escolheu se rebaixar. Escolheu diminuir. Escolha isso também amado. Escolha se humilhar cada vez mais diante de Deus. Escolha o caminho contrário à sua natureza. Veja o que Tiago diz a respeito disso:

“Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará.”

Tiago 4: 10

Da mesma forma que a humilhação de Jesus lhe redundou em uma exaltação tremenda, assim ocorreu com João. Veja o testemunho de Jesus acerca de João:

“E eu vos digo que dentre os nascidos de mulher, não há maior profeta do que João Batista.”

Lucas 7: 28a

Que coisa maravilhosa! Nem Moisés com as dez pragas no Egito e todos os seus milagres durante quarenta anos no deserto, nem Elias que orando fez cair fogo do céu três vezes,

nem Eliseu que tinha porção dobrada do Espírito de Elias, nem qualquer outro grande homem de Deus que você esteja pensando agora; nenhum deles foi maior que aquele homem que vestia peles de camelo e comia gafanhotos e mel silvestre. Isso é maravilhoso e inacreditável!

Mas porque especificamente João Batista foi o maior profeta? Qualquer um pensaria que ele era um dos menores. É exatamente por isso que ele era o maior, porque se fez o menor.

“Porque aquele que entre vós todos for o menor, esse mesmo é grande.”

Lucas 9: 48c

Se quiser ser o maior, a fórmula é muito simples: faça-se o menor. Se quifaça-ser faça-ser exaltado: humilhe-faça-se. Os resultados são surpreendentes.

CAPÍTULO 4 – APRENDENDO COM LÚCIFER