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Evolução dos negócios e situação da Sociedade

Empréstimos:

O novo financiamento concedido a clientes através da Plano Pessoal de Pago (FPP) para a aquisição de bens e serviços nos estabelecimentos comerciais das empresas do grupo El Corte Inglés, S.A., ascenderam, durante o exercício, a 1 478 123 milhares de euros, o que supõe um incremento relativo ao exercício 2014 de 2,50%. O número de contratos de FPP formalizados durante o exercício 2015 ascenderam a 2 365 445, sendo o montante médio financiado por contrato de 618 euros.

A distribuição por prazos do financiamento novo concedido mediante FPP, é a seguinte:

Prazos

Milhares

de Euros %

Até 3 Meses 462 721 31,63

Mais de 3 meses, até 6 meses 238 298 16,29

Mais de 6 meses, até 12 meses 645 929 44,15

Mais de 12 meses, até 24 meses 95 975 6,56

Mais de 24 meses 20 102 1,37

Do mesmo modo, a distribuição do financiamento concedido a clientes, atendendo à empresa do grupo El Corte Inglés S.A. que originou a venda instrumentada na FPP, é a que se expõe a seguir:

Empresas

Milhares

de Euros %

El Corte Inglés, S.A. 1 012 755 69,22

Hipercor, S.A. 112 460 7,69

Viajes El Corte Inglés, S.A. Outras empresas

304 461 33 349

20,81 2,28

Desde o 1 de maio de 1997, a Sociedade é a emissora do Cartão de Crédito “El Corte Inglés”. Este cartão é admitido como meio de pagamento de aquisições de bens e serviços nos estabelecimentos comerciais do El Corte Inglés, S.A., assim como nos das empresas de seu grupo, e incorpora, para além da modalidade de pagamento total no fim do mês sem juros, a modalidade de “Crédito Rotativo”, o pagamento diferido com juros sobre as quantidades dispostas, sendo, em ambos os casos e a todo o momento, de livre escolha pelo titular da mesma.

A importância dos bens e serviços adquiridos no exercício por clientes, mediante a utilização do Cartão de Crédito emitido pela entidade, ascendeu a 4 724 769 milhares de euros (excluindo PPP abrangido no contrato

do cartão), correspondendo à modalidade de Crédito Rotativo a quantidade de 264 452 milhares de euros, sendo a distribuição por empresas a seguinte:

Empresas

Milhares

de Euros %

El Corte Inglés, S.A. 3 135 874 66,37

Hipercor, S.A. 579 063 12,26

Viajes El Corte Inglés, S.A. 162 090 3,43

Supercor, S.A. Eciga 152 517 99 291 3,23 2,10 Centro de Seguros, Correduría de Seguros, S.A., Grupo de

Seguros El Corte Inglés 68 835 1,46

Telecor 44 393 0,94

Gestión de Puntos de Venta, S.A. 31 692 0,67

Seguros ECI Vida, Pensões e Reaseguros, S.A. Sfera Joven, S.A.

Outras empresas 27 121 23 440 400 453 0,57 0,50 8,47

Na análise de atrasos de pagamento, a carteira duvidosa de balanço continua com a tendência iniciada no exercício 2010 e diminui significativamente em18,83%. Neste sentido, os processos tratados em assessoria jurídica diminuíram em cerca de 10 milhões de euros, assim como a diminuiu o resto de duvidoso em 14,3 milhões de euros. A carteira de processo judiciais registada em balanço ascende, a 31 de Dezembro de 2015, a 50384 milhares de euros (48,14% do total do saldo duvidoso a essa data).

Esta melhora do saldo duvidoso pressupõe que os comparativos dos rácios da carteira duvidosa relativa ao exercício 2014 melhorem, com um rácio de atrasos de pagamento (ativos duvidosos sobre o total da carteira), a passarem de 8,63% em 2014 a 7,12% em 2015.

Adicionalmente à evolução da taxa de atrasos de pagamento, a Sociedade aumentou o rácio de cobertura de duvidosos, situando-se por altura do encerramento de exercício em 127,33% (108,50% em 2014).

Titularizações

No mês de Novembro do exercício 2013, a Sociedade levou a cabo uma operação de titularização de ativos, que consistia na cessão sucessiva dos montantes mensais a receber de determinadas operações de financiamento ao consumo da sua carteira de crédito ao fundo de titularização irlandês Secucor Finance 2013-I Limited, estando previsto o vencimento desta titularização para o mês de Novembro de 2020. Na data de 30 de Outubro de 2015, a Sociedade assinou a extensão dessa Titularização, prevendo-se o vencimento para o mês de Novembro de 2023. Esta operação tem por finalidade de diversificar as fontes de financiamento da Sociedade. O referido fundo de titularização emitiu obrigações de alta qualidade de crédito por um valor nominal de 600 milhões de euros, assim como uma obrigação subordinada à cobrança das referidas obrigações, cujo valor varia em função dos direitos de crédito vendidos pela Sociedade mensalmente à Secucor Finance 2013-I Limited.

A Sociedade adquiriu a obrigação subordinada anteriormente mencionada e, além disso, concedeu à Secucor Finance 2013-I Limited um empréstimo subordinado para a constituição do seu fundo de reserva no valor de 9 milhões de euros. Dadas as melhorias de créditos concedidas à Secucor Finance 2013-I Limited, a Sociedade não transferiu substancialmente o risco dos ativos titularizados, razão pela qual estes não foram excluídos do balanço a 31 de Dezembro de 2015.

A seguir, mostra-se em detalhe os saldos registados no balanço a 31 de Dezembro de 2015 associados com esta operação:

Milhares de Euros

Crédito aos clientes– Ativos transferidos para

Secucor Finance 2013-I Limited 978 976 Depósitos dos clientes (Nota 11) 590 804

Estando a carteira titularizada formada, na sua maior parte, por ativos de taxa fixa com vencimento no curto prazo, e sendo as obrigações emitidas por Secucor Finance 2013-I Limited a taxa de juro variável, estimou-se que o justo valor dos ativos titularizados e do passivo associado a esta operação de titularização não difere significativamente do valor que se encontra registado no balanço da Sociedade a 31 de Dezembro de 2015.

Margem Financeira

Os rendimentos obtidos neste exercício pelo financiamento das operações de FPP ascendem a 74986 milhares de euros. No ano de 2015, o bom funcionamento das Campanhas Especiais conseguiu incrementar os rendimentos por este conceito em 4,3% relativamente ao exercício anterior.

Por outro lado, os custos de financiamento reduziram-se em 27,3% relativamente a 2014, motivado pela melhoria nas condições de financiamento (de 3,04% a 2,14%).

Comissões Líquidas

As comissões líquidas aumentaram em 2,3%, ao gerarem-se rendimentos de 58254 milhares de euros (56919 milhares de euros em 2014). Reduziram-se as comissões bancárias e, por outra parte, registaram-se menos ingressos em regime de viajantes.

Despesas de Exploração

As despesas de exploração ascendem a 49 700 milhares de euros (2% menos do que em 2014). Dotação de Provisões

O esforço realizado para cobrir as perdas por imparidade de ativos ascende a 17 988 milhares de euros (16 873 milhares de euros em 2014).

As provisões específicas calculam-se conforme o Modelo de Falência, desenvolvido pela Sociedade com o fim de dar cumprimento ao contido na Circular 4/2004, de 22 de Dezembro, sobre Normas de Informação Pública e Reservada e Modelos de Estados Financeiros, Anexo IX, Secção III – A) 1.1.1 Ativos duvidosos por razão do atraso de pagamento do cliente. O objetivo básico de Modelo de Falência é o cumprimento do regulamento.

O rácio de cobertura situa-se em 127,33% (108,5% em 2014).

O rendimento antes de impostos ascendeu a 76 156 milhares de euros. Una vez deduzida a despesa correspondente ao imposto sobre lucros, de 22 890 milhares de euros, resulta um rendimento líquido de 53 266 milhares de euros.

O Conselho de Administração de Financiera El Corte Inglés E.F.C., S.A. propõe à Assembleia Geral de Acionistas a seguinte distribuição desse rendimento:

Milhares de Euros

Distribuição:

Distribuição de dividendos 53 266

Lucro líquido do exercício 53 266

Perspetivas

A prestação de serviços de financiamento desenvolvida pela Sociedade realiza-se com o fim de apoiar a atividade comercial do Grupo El Corte Inglés. É por tal que a atividade de crédito de Financiera El Corte Inglés está diretamente relacionada com a comercial desenvolvida pelo Grupo El Corte Inglés.

Ao longo de 2015, a economia espanhola foi consolidando a trajetória de recuperação que iniciou na segunda metade de 2013, num quadro de melhoria continuada das condições financeiras, aumento da confiança e evolução favorável do mercado laboral.

Neste cenário, o manutenção da investimento da Sociedade, que alcançou 6203 MM de €, unido à melhoria na despesa financeira e ao bom comportamento dos atrasos de pagamento, afetaram positivamente o resultado de 2015.

As perspetivas para 2016 realizaram-se sob a hipótese de um contexto económico de contínua recuperação do consumo, se bem que com uma taxa de desemprego ainda muito elevada. Estas hipóteses foram usadas para projetar um crescimento do investimento para o exercício 2016. Os atrasos de pagamento em 2015 reduziram- se significativamente, permitindo alcançar níveis muito baixos de mora. Para 2016 prevemos uma leve tendência de descida.

Código de boas práticas tributárias

A Sociedade continua a aderir ao citado código, havendo cumprido de forma adequada o contido no mesmo. Outros aspetos

Quadros de Pessoal da Financiera El Corte Inglés

Os quadros de pessoal efetivo médio da Sociedade, no exercício 2015, ascende a 718 empregados, 674 em 2014, o que implica um incremento em média líquida de 44 pessoas.

2015 2014 Alta Direção 8 6 Direção 97 96 Atividade Serviços 380 346 Atividade Comercial 233 226 718 674

A distribuição funcional por género, a 31 de Dezembro de 2015, é a seguinte:

Mulheres Homens Alta Direção 3 5 Direção 35 66 Atividade Serviços 375 93 Atividade Comercial 120 136 533 300

Atividades de Investigação e Desenvolvimento.

Durante o ano de 2014, a entidade Financiera El Corte Inglés não apresentou nenhum projeto para a certificação de atividades de I+D, não obtendo nenhuma dedução sobre o imposto de Sociedades desse exercício que se tenha aplicado nas contas de 2015, se bem se tenha preparado para dar continuidade a esta linha de projetos, sobre os que tem previsto empreender novos desenvolvimentos, mantendo desta maneira o impulso alcançado nos últimos anos.

No quadro atual, a função financeira tem, cada vez mais, que estar acompanhada pela tecnologia e a inovação, pelo que a direção considera que a inovação é determinante e a firme aposta nos próximos anos da Sociedade. Este impulso que a direção está a dar à inovação faz com que os projetos de inovação desenvolvidos resultem num maior conhecimento do cliente e na preocupação de que a partir desse conhecimento se desenvolvam maiores vínculos de comunicação, aproximação e compreensão de suas necessidades, com a vontade de antecipar e adaptar-nos rapidamente ao desejos dos clientes num quadro cada vez mais dinâmico, marcado por um maior acesso de nossos clientes à tecnologia, ao conhecimento e à comunicação.

Ações próprias

Durante o exercício não se realizou nenhuma aquisição de ações próprias. Factos posteriores e informação sobre o médio ambiente

Por motivo da transposição ao ordenamento jurídico espanhol da Diretiva 2013/36/EU (“CRD IV’), a Sociedade, na sua qualidade de estabelecimento financeiro de crédito, perde a condição de instituição de crédito e, portanto, não pode beneficiar do regime do “Passaporte Comunitário”, o que impede a Sociedade de operar em Portugal por meio de uma Sucursal. No dia 5 de Fevereiro de 2015, a Sociedade apresentou perante o Banco de Portugal o pedido de autorização para constituir uma nova sociedade, detida a 100% por Financiera El Corte Inglés E.F.C. S.A., e à qual pertencerão todos os ativos e passivos que continha a Sucursal. Durante o exercício

2015 e em Janeiro de 2016 foram obtidas as autorizações requeridas, procedendo-se à sua inscrição na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa, no dia 1 de Fevereiro de 2016, tendo sido comunicado o início de atividade ao Banco de Portugal no dia 2 de Fevereiro de 2016.

Adicionalmente, no dia 16 de Fevereiro de 2016, o Conselho de Administração da Sociedade acordou a distribuição de um dividendo por conta do resultado a 31 de Dezembro de 2015 no valor de 52 milhões de euros, que se efetivou no dia 26 de Fevereiro de 2016.

Entre o dia 1 de Janeiro de 2014 e a data de formulação destas contas anuais não se produziu nenhum outro facto adicional que tenha um efeito significativo nestas contas anuais, nem na informação contida nas mesmas. No que se refere a questões relativas ao meio ambiente, dadas as atividades a que se dedica a Sociedade, não geram nenhum impacto significativo no mesmo.

A gestão de risco em Financiera El Corte Inglés E.F.C., S.A.

A Sociedade, com plena consciência da importância que a gestão de risco tem para a obtenção de vantagens competitivas, está desenvolvendo um conjunto de metodologias avançadas na gestão de risco, que implicam uma evolução substantiva em sua gestão.

Todas as atividades em desenvolvimento integram-se dentro do âmbito das diretrizes fixadas por Basileia II, perseguindo a Sociedade como objetivo final, a melhoria da gestão e medição dos riscos, a adequação dos requisitos de capital aos riscos assumidos pela Sociedade e a otimização da relação entre risco assumido e rentabilidade.

Os principais pilares na gestão de risco são os seguintes:

§ Envolvimento da Direção: a Direção da Sociedade considera que a gestão dos riscos inerentes à atividade desenvolvida deve começar no máximo nível de responsabilidade da organização, já que os órgãos de decisão da companhia devem desenvolver uma atividade de participação ativa na tomada de decisões relativas à gestão e controlo dos riscos de mercado.

§ Independência da função de risco das unidades de negócio: O departamento de Controlo de risco tem como objetivo promover as ferramentas de medição e controlo, assim como sua manutenção, e gerar as ferramentas de gestão necessárias para o desenvolvimento da atividade de cada uma das unidades de negócio implicadas.

§ Gestão integral de risco. A identificação, quantificação, controlo e seguimento contínuo dos riscos deve permitir estabelecer uma relação entre a rentabilidade obtida pelas transações realizadas e os riscos assumidos.

§ Existência de modelos específicos com medição do risco por tipo de operação através de um estudo pormenorizado que combina árvores de decisão com opinião de analistas especializados. Está-se em processo de implementação de metodologias avançadas de gestão de risco, que permitam acrescentar uniformidade, agilidade e objetividade à toma de decisões, incorporando todos os fatores de risco relevantes, tanto quantitativos como qualitativos.

§ Informação de gestão: geração, implantação e difusão de ferramentas avançadas de apoio à análise e decisão que facilitem a gestão do cliente e seus riscos.

§ Atuação proactiva no seguimento do risco: realizar as atuações pertinentes para prevenir o atraso no pagamento com suficiente antecedência.

§ Especial relevância do processo de supervisão e controlo com uma tipologia muito classificada e pormenorizada.

Gestão de risco de crédito

A Sociedade conta com uma política de gestão de risco de crédito que tem como finalidade a identificação, seguimento e gestão das exposições ao risco.

Processo de admissão do risco.

A Sociedade entende por processo de admissão a abertura de uma conta que, em processo posterior, será objeto de acompanhamento.

A concessão de operações contempla uma política diferenciada em função do produto solicitado. Na atualidade, as decisões de concessão de risco obtém -se do uso combinado de sistemas de decisão automáticos baseados em modelos especializados e as decisões dos analistas de risco.

A Sociedade, no processo de desenvolvimento de redesenho dos modelos para a adaptação a modelos avançados na gestão de risco, mantem o esquema de concessão do risco atual –com o binómio decisão automática/decisão do analista–, se bem que dota as decisões das árvores de um modelo estatístico em que basear suas decisões automáticas.

O estudo dos riscos realiza-se de forma centralizada no Comité de Crédito, independentemente do canal de entrada da operação (loja, oferta direta, telefone, etc.), se bem que na análise realizada este é um facto diferenciador.

Processo de acompanhamento do risco.

O seguimento das operações de créditos é o processo que se inicia imediatamente depois da formalização das operações, e cujo objetivo é detetar sintomas de alteração na qualidade de crédito do beneficiário de crédito relativamente ao momento em que se concedeu a operação.

O processo de acompanhamento do risco na Sociedade realiza-se mediante uma atribuição de limites, sendo este uma avaliação do risco do cliente. Este limite é considerado como uma medida de controlo não exclusiva, já que cada nova operação associada a uma conta já existente é analisada de forma automática por uma árvore cuja decisão se cruza com o limite existente, que se utiliza como um indicador de controlo e não de decisão. Esta atribuição de limites realiza-se mensalmente, mediante modelos automáticos de scoring, que permitem automatizar a concessão de limites, se bem que em alguns casos a decisão final recaia sobre o Comité de Crédito, que pode complementar o parecer do scoring com critérios especializados qualitativos que asseguram uma melhor qualificação da qualidade de crédito do cliente.

Os pilares fundamentais do processo de seguimento da Sociedade são os seguintes: § Revisão mensal dos limites.

§ Monitorização de contratos irregulares com consultas on-line dos analistas. § Pessoal especializado centralizado e constante.

Recuperações

Entende-se por cobrança de operações de créditos o processo que se inicia imediatamente depois da falta de pagamento de uma dessas operações, e cujo objetivo é regularizar a situação e recuperar os fundos emprestados. O importante volume de cartões contratados e de FPP que se assinaram tem como consequência um elevado número de recibos devolvidos cada mês. Este facto redunda na importância de ter um procedimento detalhado e eficiente para a gestão de recuperações.

A recuperação dos créditos com pagamento em falta forma parte fundamental da gestão de risco. O procedimento é de origem especializada, resultado da ampla experiência da Sociedade no mercado, obtendo elevados índices de cobranças nas primeiras semanas de falta de pagamento.

O processo pelo que deve transcorrer um saldo com pagamento em falta está integrado dentro de uma solução informática que dirige de forma automática a cada gestor à ação seguinte a realizar, e que conta com um processo de marcação automática que agiliza as gestões.

O processo recuperatório passa por distintas fases que requerem uma estrutura de níveis dos analistas que, resultando infrutuosas, derivam na reclamação das mesmas por via judicial.

Gestão global de risco § Quantificação do risco

Atualmente, os processos de concessão e acompanhamento do risco contam com uma avaliação do mesmo baseada na interpretação do limite como nível de risco assumível por um cliente.

A Sociedade, no processo de desenvolvimento de redesenho dos modelos para a adaptação a modelos avançados na gestão de risco e, em seu processo de convergência com Basileia, para a quantificação dos elementos básicos do risco, como são as perdas esperadas e as não esperadas, tem em processo de desenho e desenvolvimento modelos de PD (probabilidade de incumprimento), de EAD (exposição a incumprimentos), de LGD (perda em caso de incumprimento) e de cálculo de PE (perda esperada) e capital económico.

§ Integração na gestão

A Sociedade considera um aspeto fundamental na gestão de risco a integração da sua medição na gestão. Como tal, está realizando importantes esforços neste sentido, melhorando estas medições.

Na atualidade, cada tipologia de operações tem sua árvore própria e a análise faz-se em função das mesmas, estando as árvores, por tanto, perfeitamente integradas na gestão. No futuro, e dentro do marco de desenvolvimento para a adaptação a modelos avançados, ir-se-á dotar esta análise de uma base estatística, e ir-se-á avançar na tipologia de medições.

Gestão de risco de mercado

A 31 de Dezembro de 2015, a Sociedade não apresenta qualquer exposição a riscos de mercado.

Gestão de risco de juro e liquidez

A Sociedade realiza análise de sensibilidade da margem financeira e do valor patrimonial perante variações das taxas de juro. Esta sensibilidade está condicionada pelos desfasamentos nas datas de vencimento e de revisão das taxas de juro das distintas rubricas do balanço.

Em função do posicionamento da taxa de juro do balanço, e considerando a situação e perspetivas do mercado, são acordadas as medidas financeiras para adequar esse posicionamento ao desejado. Estas medidas podem abarcar desde a tomada de posições em mercados até à definição das características da taxa de juro dos produtos comerciais.

As medidas usadas pela Sociedade para o controlo do risco de juro nestas atividades são o gap de taxas de juro e as sensibilidades da margem financeira e do valor patrimonial a variações nos níveis de taxas de juro.

Gap de Taxas de Juro de Ativos e Passivos

A análise da gap de taxas de juro trata dos desfasamentos entre os prazos de reavaliação de massas patrimoniais dentro das rubricas, tanto do balanço (ativo e passivo) como das contas de ordem (fora de balanço). Facilita uma representação básica da estrutura do balanço e permite detetar concentrações de risco de juro nos distintos prazos. É, para além disso, uma ferramenta útil para as estimações de possíveis impactos de eventuais movimentos nas taxas de juro sobre a margem financeiro e sobre o valor patrimonial da Sociedade.

Todas as massas, tanto dentro como fora do balanço, devem ser desagregadas de seus fluxos e colocadas no ponto de repreço / vencimento. Para o caso daquelas massas que não tem um vencimento contratual, utiliza-se o modelo interno do Grupo Santander de análise e estimativa das durações e sensibilidades das mesmas.

O resume da análise de gaps de taxas de juro confecionado a partir dos dados a 31 de Dezembro de 2015, mostra-se a seguir:

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