Como resultado, temos uma nova arquitetura nascendo em um bairro que há anos não tinha uma intervenção em grande escala, desde a época do projeto do Parque da Juventude em
3 1 NOÇÕES DE COMPETÊNCIA, COMPETÊNCIA PROFISSIONAL
3.1.1 Competência e Competência Profissional
3.1.2.1 Exercício de reflexão
A seguir para apresenta-se a seguir das aulas de empreendorismo de Teixeira (2013) que foram utilizadas nos treinamentos para refletir, discutir e direcionar inclusive os elementos descritos por Hashimoto no item anterior deste artigo.
Henry Ford, inventor da fábrica moderna, reclamava: “Por que é que, toda vez que eu peço um par de braço9s vocês me trazem um ser humano junto?” Isso foi no início do século XX. Naquela época Ford queria apenas mão-de-obra.
Um século depois, a linha de montagem pensada por Ford foi totalmente modificada. Hoje, na montagem de automóveis, as máquinas fazem a maior parte do trabalho pesado. Em muitas fábricas com gestão inovadora, os operários têm mais autonomia e podem inclusive parar a linha de produção se verificar um erro.
Warren Bennis, teórico em Gestão Contemporânea, que foi consultor de diversos presidentes dos EUA, brincava dizendo que a fábrica do futuro teria apenas dois empregados: um homem e um cachorro. Função do homem: alimentar o cachorro. Função do cachorro: não deixar o homem tocar em nenhuma máquina. A lição que podemos tirar desse pensamento bem- humorado é que, quanto mais automatizadas as organizações se tornam, mais o trabalho humano é voltado para a supervisão.
Revista eletrônica InSIET: Revista In Sustentabilidade, Inovação & Empreendedorismo Tecnológico, São Paulo, V1, art. 04, p. 96-117, novembro/dezembro de 2014
atividade física para a intelectual, e da atividade de tipo repetitivo para a de tipo criativo.
Com base nessas reflexões, responder:
Por que o capital intelectual é considerado o bem mais importante nas organizações?
Por que, na sociedade do conhecimento, a área de recursos humanos ganhou importância ainda maior nas organizações?
Que critérios você considera importantes para garantir a motivação dos funcionários de uma organização?
Com o trabalho sendo realizado cada vez mais pelas máquinas, como evolui a ação do ser humano? Há lugar para todos no mercado de trabalho? Como deve ser uma sociedade que garante funções menos braçais para o trabalho do homem?
3.2 O Canvas
Para os treinamentos adotou-se desenvolver o Modelo de Negócios CANVAS por ser uma ferramenta que faz parte das etapas para a participação no Desafio e também por ser uma ferramenta dinâmica, intuitiva, visual, sistêmica e objetiva, demonstrando de forma clara como o negócio cria, captura e entrega valor.
O Business Plan tradicional no mundo dos negócios, utilizado por empreendedores que buscam atingir metas e a criar valor ao negócio, difere do Modelo de Negócios Canvas, desta forma, sendo parceiro e não um concorrente na elaboração ou desenvolvimento de novos negócios. A estruturação do Business Plan exige mais tempo, uma ampla coleta de dados e análise das
Revista eletrônica InSIET: Revista In Sustentabilidade, Inovação & Empreendedorismo Tecnológico, São Paulo, V1, art. 04, p. 96-117, novembro/dezembro de 2014
assim, não descarta-se a estruturação posterior do Business Plan.
Para o sócio da PwC Brasil Alexandre Pierantoni: “Um Plano de Negócios bem estruturado tem por objetivo ajudar o empreendedor/executivo a planejar e focar suas ideias, tomando as ações pensadas para sua empresa, ao mesmo tempo em que é uma ferramenta de acompanhamento e definição de metas e gerenciamento de riscos.”
O Business Model Generation, conhecido como Modelo de Negócios Canvas, é uma
metodologia idealizada por Alexander Osterwalder que ao realizar a sua tese de doutorado percebeu a necessidade de uma nova ferramenta para a criação de novos negócios. A metodologia foi
desenvolvida em processo de co-criação com mais de 400 participantes de todo o mundo. Uma comprovada metodologia utilizada por grandes organizações como (GE, Mastercard, Adobe, 3M e Intel), também utilizada por consultorias como (PWC, Deloitte, Ernst & Young), adotada por startups, pequenos negócios, governos, escolas e instituições filantrópicas, onde descobriram uma nova maneira de visualizar as operações de seus negócios.
A Agência de Inovação INOVA Paula Souza objetivando a estruturação de ideias inovadores, em um curto espaço de tempo, com um custo relativamente baixo para sua estruturação, adotou esta metodologia para o Desafio INOVA Paula Souza, introduzindo em sua estratégia didático-pedagógica, proporcionando aos participantes do Desafio uma visão de todos os processos da organização com base na metodologia do Business Model Generation.
De acordo com a metodologia, 9 (nove) blocos são desenvolvidos para que a ideia seja desenhada ou para que o projeto já em andamento possa ser analisado, melhorado ou inovado. Veja na Figura 1 – Funcionamento do Quadro de Modelo de Negócios, como os blocos e processos interagem na busca de gerar valor ao cliente:
Revista eletrônica InSIET: Revista In Sustentabilidade, Inovação & Empreendedorismo Tecnológico, São Paulo, V1, art. 04, p. 96-117, novembro/dezembro de 2014
1 8 4 9 2 7 6 5 3 Foco no cliente
Figura 1 – Funcionamento do Quadro de Modelo de Negócios. Fonte: Desafio Inova (2014).
Vejamos a seguir os blocos que compõem a metodologia com uma breve descrição:
1. Preposições/Proposta de valores
Valor agregado ao produto/serviço para que o cliente perceba o negócio com algum diferencial perante o mercado;
Pergunta: Qual valor é proposto?
2. Segmentos de clientes
Definição dos clientes que pretende-se atingir com base na proposta de valor; Pergunta: Quem são seus clientes ou usuários?
Revista eletrônica InSIET: Revista In Sustentabilidade, Inovação & Empreendedorismo Tecnológico, São Paulo, V1, art. 04, p. 96-117, novembro/dezembro de 2014
Pergunta: Como o produto chegará no mercado consumidor?
4. Relacionamento com o cliente
O cliente necessita perceber como é tratado, neste bloco analisa-se como será o contato com o cliente e como ocorrerá essa relação, principalmente como o cliente vai escolher seu produto/serviço e não o do concorrente.
Pergunta:
5. Fontes de receitas
O negócio precisa ter rentabilidade ou no caso de algumas organizações pagar as contas, portanto, as fontes de receita declara como ganhar dinheiro com a operação;
Pergunta: Quais são as principais fontes de receita? Como o negócio arrecadará dinheiro?
6. Recursos chaves
São os principais recursos, sem eles o negócio para ou não consegue funcionar. Pergunta: Quais são os principais recursos?
7. Atividades chaves
As atividades advindas consequentemente dos recursos chaves, detalham como a operação será realizada, o recurso chave seria a base para que as atividades ocorram;
Pergunta:
8. Parceiros chaves
No mundo dos negócios os parceiros são muito importantes, assim, declara-se os parceiros que auxiliam a organização a alcançar seu objetivo (proposta de valor);
Pergunta:
9. Estrutura de custos
Os custos para que se sustente as operações devem ser registrados de forma a elencar os mais importantes. Neste momento não é necessário inserir valores, a ideia é pensar nas palavras principais.
Revista eletrônica InSIET: Revista In Sustentabilidade, Inovação & Empreendedorismo Tecnológico, São Paulo, V1, art. 04, p. 96-117, novembro/dezembro de 2014