• Nenhum resultado encontrado

Experimento 1 – Caracterização inicial do lote de sementes e morfologia de A sellowiana

2 MATERIAL E MÉTODOS

2.2 Experimento 1 – Caracterização inicial do lote de sementes e morfologia de A sellowiana

No experimento 1, realizou-se a caracterização do peso de mil sementes, grau de umidade e condutividade elétrica das sementes. Após, verificou-se por meio do teste de germinação preliminar e a pré-seleção do substrato, a morfologia, bem como a indicação para o experimento 2. Além disso, procedeu-se o teste de sanidade (blotter test).

76

2.2.1 Peso de mil sementes e grau de umidade

Após a formação do lote de sementes, estimou-se o peso de mil sementes de acordo com as Regras para Análise de Sementes (RAS) utilizando oito repetições de 100 sementes (BRASIL, 2009a), análise que permitiu estabelecer, o número de sementes por quilograma.

O grau de umidade (GU) das sementes foi obtido utilizando-se o método de estufa a 105 ± 3 °C, por 24 horas (BRASIL, 2009a), com quatro repetições de 25 sementes, resultando na média aritmética das porcentagens das repetições.

GU (%) = P (g) - p (g)

P (g) -t(g) × 100

Sendo: GU = grau de umidade; P = peso recipiente com as sementes antes da secagem; p = peso recipiente com as sementes após a secagem; t = peso recipiente.

2.2.2 Condutividade elétrica massal das sementes para o tempo zero

A condutividade elétrica foi efetuada pelo método massal. Primeiramente, pesaram-se 25 sementes em balança digital de precisão do tipo capela (0,001 g). Posteriormente, essas foram colocadas em recipientes plásticos de 200 mL, com 75 mL de água destilada, utilizando quatro repetições. Os recipientes foram cobertos com papel alumínio e incubados em câmara de germinação a 25 ºC, por 24 horas (VIEIRA, 1994). Juntamente a esses recipientes, deixou- se 200 mL de água destilada e, o padrão de condutividade (1.408 mS cm-1) para calibrar o condutivímetro, para que todo material utilizado estivesse na mesma condição de temperatura. Decorrido esse tempo, realizou-se a calibração e ajuste do condutivímetro, por meio do padrão de condutividade. Após, lavaram-se os eletrodos com água destilada e procedeu-se a leitura da condutividade elétrica da água. Posteriormente, efetuou-se a homogeneização da solução, agitando-a levemente em movimentos circulares, sendo, então, medida a condutividade elétrica (CE) das amostras com sementes. Os resultados foram expressos em μS cm-1 g-1, obtidos por meio da fórmula proposta por Vieira e Krzyzanowski (1999):

CE sementes= CE amostra (µS cm

-1) - CE água destilada (µS cm-1)

Peso da amostra de sementes (g) Sendo: condutividade elétrica (CE).

77

2.2.3 Análise de substrato para germinação e morfologia de plântulas de A. sellowiana

A análise inicial, realizada no tempo zero, visou testar o substrato adequado à germinação da espécie, bem como aferir sobre a qualidade do lote de sementes. Esse teste foi realizado em abril de 2014, por meio do teste de germinação, o qual foi realizado em caixas de plástico transparente, tipo gerbox nas dimensões 11x11x4 cm (com exceção do substrato rolo de papel), com quatro repetições de 25 sementes, testando-se nove substratos (tratamentos) (Tabela 5).

Tabela 5 – Teste de substrato à germinação de Acca sellowiana (O. Berg) Burret

Tratamento Quantidade de substrato Umidade do substrato (mL)

Sobre papel mata-borrão 2 folhas 2,5 vezes o peso do papel Entre papel mata-borrão 2 folhas embaixo das sementes e 1 sobre 2,5 vezes o peso do papel Sobre papel filtro 2 folhas 2,5 vezes o peso do papel Entre papel filtro 2 folhas embaixo das sementes e 1 sobre 2,5 vezes o peso do papel

Sobre vermiculita* 27 g 83

Entre vermiculita* 17 g embaixo das sementes e 10 sobre 83

Sobre areia** 300 g 44

Entre areia** 200 g embaixo das sementes e 100 sobre 44

Rolo de papel*** 3 folhas 2,5 vezes o peso do papel *granulometria média; ** fina e peneirada, com malha de 0,84 mm; ***no germinador colocado dentro de saco plástico a fim de evitar o ressecamento. Fonte: BRASIL (2009a); BRASIL (2013).

Para o cálculo da quantidade de água a ser adicionada no substrato areia, considerou-se um volume de água para 60% da capacidade de campo (BRASIL, 2009a), adotando-se o mesmo procedimento para vermiculita (BRASIL, 2013). Todos os substratos e água destilada foram esterilizados, previamente, em autoclave (120°C por 2 h) e, a assepsia dos gerbox foi efetuada com hipoclorito de sódio 1% e álcool 70º GL.

A desinfestação das sementes foi efetuada com detergente neutro3 por cinco minutos,

após essas foram lavadas sob peneira por três vezes com água destilada (BRASIL, 2011). Em seguida, as sementes foram dispostas sobre ou entre os substratos, assim os tratamentos foram conduzidos à câmara de germinação do tipo Mangelsdorf (25±3°C e, fotoperíodo de 24h - luz constante).

Constatado o início da germinação, procederam-se as contagens, as quais foram realizadas a cada três dias até o encerramento do teste. O teste de germinação teve duração de

78

33 dias. Dessa forma, considerou-se a plântula germinada do ponto de vista da tecnologia de sementes (plântulas normais) as que apresentaram visíveis todas às estruturas essenciais (raiz primária, hipocótilo, epicótilo e cotilédones) (BRASIL, 2009a). A partir desses dados foram calculadas as porcentagens de plântulas normais, plântulas anormais, sementes mortas, primeira contagem (PC) e última contagem (UC). Avaliou-se também o índice de velocidade e tempo médio de germinação (IVG e TMG, respectivamente) (MAGUIRE, 1962).

𝐼𝑉𝐺 = ∑ (𝑛𝑖 𝑡𝑖

)

Sendo: IVG = índice de velocidade de germinação – adimensional; ni = número de sementes que germinaram no tempo ‘i’; ti = tempo após instalação do teste.

𝑇𝑀𝐺 = ∑(𝑛𝑖 × 𝑡𝑖) ∑ 𝑛𝑖

Sendo: TMG = tempo médio de germinação – unidade: dias; ni = número de sementes que germinaram no tempo ‘i’; ti = tempo após instalação do teste.

Outra análise realizada foi o teste de sanidade (blotter test), o qual foi realizado no Laboratório de Fitopatologia Elocy Minussi do Departamento de Defesa Fitossanitária, UFSM (29º43’06’’S e 53º43’00’’O). Para isso, primeiramente, as caixas gerbox foram desinfestadas com solução de hipoclorito de sódio 1% e álcool 70º GL. Após, essas foram forradas com duas folhas de papel filtro e umedecidas com água destilada, ambos foram autoclavados, sendo então distribuídas as sementes (sem desinfestação) sobre o papel (BRASIL, 2009b). O teste utilizou quatro repetições de 25 sementes. Posteriormente, procedeu-se a incubação das caixas em câmara com temperatura controlada a 25±2°C e fotoperíodo de 12 horas de luz fluorescente (irradiância de 440 mW cm-2), durante sete dias. Decorrido esse período, efetuou-se a identificação e quantificação dos fungos com auxílio de microscópio estereoscópico e óptico com o auxílio das descrições e ilustrações dos gêneros fúngicos de Barnett e Hunter (1999).

Além disso, foi avaliada a morfologia da germinação de sementes por meio de registro fotográfico com câmera digital Nikon D3200 a uma distância focal de 55 mm, (zoom 1.4), apoiada em uma estrutura fixa com altura de 50 cm, sendo as imagens editadas no Adobe Photoshop CS6® e Adobe Photoshop Lightroom 5®. Para avaliação da estrutura da plântula formada, procedeu-se o semeio em viveiro sob substrato a base de turfa, sendo observado o desenvolvimento por 114 dias após a semeadura. As imagens foram obtidas no decorrer do desenvolvimento desde a semente, germinação, plântula normal até a formação de raízes secundárias.

79