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Experimentos de campo para avaliação da reação ao Fusarium solani f.sp.

glycines

Os experimentos de campo foram instalados em área naturalmente infectada, na Estação Experimental da COOPADAP (Cooperativa Agrícola do Alto do Paranaíba), em Rio Paranaíba-MG, localizada na latitude de 19°21’25” S e longitude 46°07’27” W, altitude de 1130 m, com clima Cwa, caracterizado como temperado suave

Foi utilizado o delineamento experimental de blocos ao acaso, com seis repetições e a parcela experimental foi composta por uma fileira de 1m, com cerca de

15 plantas, com espaçamento de 0,5m entre parcelas. As progênies foram avaliadas no estádio reprodutivo R5-R6 (FEHR e CAVINESS, 1977), sendo avaliadas as plantas de quatro repetições, pois as outras duas foram utilizadas apenas para a colheita de sementes.

As progênies foram avaliadas quanto aos sintomas radiculares, conforme a escala de notas descritas anteriormente. A avaliação dos sintomas radiculares foram feitas tomando-se, sequencialmente, 10 plantas por parcela e avaliando-se visualmente a área atacada da raiz principal.

Para avaliação das raízes, utilizou-se enchadão para arrancar as plantas (com torrões de solo) e, imediatamente, procedeu-se à lavagem das raízes com auxílio de baldes com capacidade para 20L de água.

As análises estatísticas foram feitas utilizando-se os programas computacionais Genes (CRUZ, 2006) e SAS (1999), e os dados foram transformados para (x + 0,5)0,5 antes da análise de variância.

2.2.3.1 Avaliação das progênies F3:2, F4:2 e F5:2 do cruzamento IAC 4 x Conquista

em campo naturalmente infestado

O material genético compreendeu 88 progênies do cruzamento entre IAC 4 x Conquista nas gerações F3:2, F4:2 e F5:2, além das quatro cultivares como testemunhas, sendo estas: Conquista (padrão de resistência), IAC 4 (moderadamente resistente), FT- Cristalina e FT-Estrela (padrões de suscetibilidade).

Os experimentos foram instalados em 15 de novembro de 2004, 30 de novembro de 2005 e 17 de novembro de 2006.

2.2.3.1.1 Classificação das progênies F3:2, F4:2 e F5:2 do cruzamento IAC 4 x

Conquista em função do grau de resistência a PVR

Em campo naturalmente infestado a PVR ocorre com diferentes pressões de inóculo na área, permitindo a ocorrência de escapes (falsos resistentes). Por esta razão, procurou-se testar uma metodologia, pela qual somente são consideradas as plantas infectadas.

Para tanto, é necessário que se tenha no experimento testemunhas como padrões de resistência (R), suscetibilidade (S) e reação intermediária (moderadamente resistente-MR e/ou moderadamente suscetível-MS).

Para classificação das progênies em R, MR, MS e S, utilizou-se as cultivares Conquista como padrão de resistência, FT-Cristalina e FT-Estrela como padrões de suscetibilidade e IAC 4 como padrão moderadamente resistente.

Para esta classificação, foram consideradas todas as plantas avaliadas nas quatros repetições. Para tanto, contou-se o número de plantas das quatro repetições com notas radiculares superiores ao valor estabelecido com base nas testemunhas em cada experimento. Depois de estabelecido este valor, fez-se a divisão das classes em R, MR, MS e S, para cada experimento, em função das testemunhas.

2.2.3.2 Avaliação das progênies F7:2 do dialelo 5x5

As progênies F2 do dialelo 5x5 selecionadas na casa de vegetação como sendo resistentes/tolerantes a PVR foram avançadas e selecionadas em campo para aos caracteres agronômicos até a geração F7:2 (item 2.2.1.4).

As 100 progênies F7:2 do dialelo 5x5, selecionadas na safra 2005/06 para caracteres agronômicos, foram semeadas a campo na Estação Experimental da COOPADAP, em 17/11/2006 em parcelas de 1m de comprimento e espaçamento de 0,5m no delineamento de blocos ao acaso com quatro repetições. A cada 15 parcelas foi intercalada a testemunha suscetível FT-Cristalina para monitoramento da pressão de incóculo da área experimental.

Para análise dos resultados foi feito o ajuste das médias, conforme item 2.2.3.4.

2.2.3.3 Avaliação de 70 cultivares brasileiras para reação ao Fusarium solani f.sp.

glycines em campo naturalmente infestado

Neste experimento avaliou-se a reação ao FSG de 70 cultivares de soja, com adaptabilidade às diferentes regiões agroecológias brasileiras. Como cultivares testemunhas foram utilizadas Conquista (padrão de resistência) e FT-Cristalina (padrão de suscetibilidade). As sementes das cultivares foram obtidas de várias instituições que trabalham com programas de melhoramento genético em soja. As 70 cultivares foram:

BRS 133, BRS 154, BRS 184, BRS 214, BRS 215, BRS Favorita RR, BRS Pétala, BRS Silvânia RR, BRS Valiosa RR, BRSGO Caiapônia, BRSGO Luziânia, BRSGO Santa Cruz, BRSMG 251 [Robusta], BRSMG 68 [Vencedora], BRSMG 750SRR, BRSMG 751SRR, BRSMG 810C, BRSMG 850GRR, BRSMG Garantia, BRSMT Pintado, BRSMT Uirapuru, Carrera, CD 201, CD 208, CD 213 RR, CD 214 RR, CD 216, CD 217, CD 219 RR, CS experimental 1 (COOPADAP), CS experimental 2, CS experimental 3, CS experimental 4, CS experimental 5, DM Vitória, Elite, Embrapa 48, Emgopa 313, Emgopa 316, FMT Arara Azul, FMT Kaiabi, FMT Tabarana, FMT Tucunaré, IAC 100, M 7201 RR, M 7908 RR, M 8248 RR, M 8287 RR, M 8336 RR, M 8352 RR, M 8360 RR, M 8384 RR, M 8527 RR, Monarca, M-SOY 5942, M-SOY 6101, M-SOY 7878 RR, M-SOY 7979 RR, M-SOY 8001, M-SOY 8008 RR, M-SOY 8045 RR, M-SOY 8401, M-SOY 8585 RR, M-SOY 8787 RR, M-SOY 9199 RR, Potenza, UFUS Impacta, UFVS 2002, UFVS 2008 e UFVS 2009.

Foi utilizado o delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições, sendo as parcelas constituídas de fileiras de 1m de comprimento, com cerca de 15 plantas, e espaçamento de 0,5m entre parcelas. A cada 15 parcelas foi intercalada a testemunha suscetível FT-Cristalina para monitoramento da pressão de incóculo da área experimental. Para análise dos resultados foi feito o ajuste das médias conforme item 2.2.3.4.

2.2.3.4 Ajuste das médias para os experimentos de PVR conduzidos em condições de campo na safra 2006/07

As progênies foram avaliadas em campo infestado para reação ao FSG no estádio reprodutivo R5-R6 (RUPE, 1991). Para avaliação foi utilizada a escala de notas de sintomas na raiz principal, conforme descrito anteriormente (item 2.2.1.3).

Nesta safra agrícola, foram conduzidos três experimentos em campo naturalmente infestado, na Estação Experimental da COOPADAP: 1) progênies F7:2 provenientes do dialelo 5x5; 2) progênies F5:2 do cruzamento (Conquista x IAC 4) e 3) e 70 cultivares brasileiras.

Os experimentos foram instalados em delineamento experimental subdivididos em conjuntos experimentais com quatro repetições. A parcela experimental foi composta por uma fileira de 1m com espaçamento de 0,5m entre parcelas.

Neste ano agrícola, os experimentos de campo foram monitorados quanto à distribuição do FSG com o auxílio da testemunha suscetível FT-Cristalina, intercalada a cada 15 parcelas.

Para análise da reação dos genótipos ao FSG, as médias dos experimentos instalados nesta safra (2006/07) foram ajustadas em função das notas radiculares das testemunhas intercaladas a cada 15 parcelas, sendo assim monitorada a pressão do FSG na área experimental. Para o ajuste, a nota da segunda testemunha menos a da primeira testemunha, foi dividida pelo número de parcelas neste intervalo, ou seja:

NA = (Nn+1 – Nn)/NP (4)

onde,

“NA” é a nota de ajuste das parcelas, “N” é a nota radicular da testemunha suscetível, “NP” o número de parcelas do intervalo e “n” a posição da testemunha suscetível.

Após calculo da NA, as notas das parcelas pertencentes a cada intervalo das testemunhas foram recalculadas de forma a reajustar as médias da seguinte forma:

NAP1= (NA x 1) + P1 (5) NAP2=(NA x 2) + P2 . . . NAPz=(NA x z) + Pz

onde, “NAP” é a nota ajustada das parcelas, “NA” é a nota do ajuste, “P” a nota original da parcela e “z” é a posição da parcela em relação à testemunha 1.

Com o ajuste das notas radiculares dos genótipos, foi possível avaliar as quatro repetições subdivididas em conjuntos, considerando-se apenas a média aritmética das respectivas notas radiculares.

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