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A RT CBMRS nº 14/2016, traz como conceito de extintor o aparelho de acionamento manual, constituído de recipiente e acessórios contendo o agente extintor destinado a combater princípios de incêndio. Os extintores são divididos em portáteis e sobre rodas, sendo os portáteis os extintores de incêndio que pode ser transportado manualmente, não ultrapassando 20 kg, e o extintor sobre roda é o extintor montado sobre rodas onde não pode ultrapassar 250 kg, operado e transportado por um único operador.

Segundo Bucka (2014), existem também quatro classes de extintores, conforme mostra no Quadro 11, sendo elas divididas em:

Classe A: é determinada a incêndio em materiais sólidos combustíveis, que queima em profundidade e extensão, deixando resíduos como por exemplo: papel, madeira, tecidos, borracha entre outros. Para combater este tipo de fogo o agente mais adequado é a água, que tem capacidade de penetrar o material o resfriando (BUCKA, 2014).

Classe B: é destinada a líquidos inflamáveis, que também queimam em extensão (somente superfície), mas que normalmente não deixam nenhum resíduo. Fazem parte desta classe os combustíveis derivados de petróleo, álcoois, tintas em geral. Neste caso o incêndio pode ser combatido por extintores da classe BC e ou ABC (BUCKA, 2014).

Classe C: é destinada a incêndios que acontecem em equipamentos elétricos energizados, como maquinas elétricas, quadros de força, transformadores, computadores ou qualquer que seja material de uso em aplicações elétricas. Neste caso é indicado o uso de extintores BC e ou ABC (BUCKA, 2014).

Classe D: destina-se a incêndios diferentes dos demais, pois trata-se de materiais que provocam/formam uma reação em cadeira durante a combustão, dificultando assim sua extinção por métodos convencionais. Neste caso é indicado extintores de pó químico de classe D (BUCKA, 2014).

Classe K: é uma classificação de tipos de fogos recente, faz menção a incêndios em cozinhas industriais e comerciais, que envolvem produtos e meios de cozinhar como banha, gorduras e óleos. São a principais causas de danos materiais e vítimas, fatais ou não, por serem um dos tipos mais resistentes ao fogo registrados (BUCKA, 2014).

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Quadro 11: Classes de incêndio e tipos de extintores

Fonte: Bucka, 2014.

De acordo com a shopfire, empresa comerciante de extintores, o FE-36, é o extintor com gás Fe-36 (HFC - 236 fa) de acordo com a norma NBR 11762, fabricado em chapa de aço inox especialmente para equipamentos de ressonância magnética, por não influenciar no campo magnético, por não conter material ferroso. Destinado à proteção e combate aos riscos de incêndios das classes B (líquidos inflamáveis) C (Materiais elétricos sob carga).

A RT CBMRS nº 14/2016, traz como requisitos mínimos que os extintores devem ser mantidos com sua carga completa e em condições de operação e instalados nos locais designados no PPCI aprovado pelo CBMRS. Os extintores devem estar em locais facilmente acessíveis e prontamente disponíveis numa ocorrência de incêndio, sendo preferencialmente estar localizados

nos caminhos normais de passagem, incluindo saídas dos locais, não podendo estar instalados em escadas ou rampas, ou obstruído, devendo estar sempre visíveis e sinalizados conforme legislação.

Conforme a RT CBMRS nº 14/2016, os extintores devem ser projetados tendo como requisitos mínimos de proteção, pode ser atendido com extintores de capacidade extintora maior, contanto que a distância a ser percorrida atenda aos requisitos do Quadro 12. Extintores próximos ao risco devem ser cuidadosamente distribuídos e de fácil acesso, para que não haja risco ao operador.

Quadro 12: Risco e distância por classe de extintor

Classe de Risco Capacidade extintora mínima

Distância máxima a ser percorrida (m) Baixo 2:A 25 Médio 2:A 20 Alto 4:A* 15 Baixo 10:B 20 20:BC 25 Médio 20:BC 15 40:BC 20 Alto 40:BC 10 80:BC 15 Baixo C 25 Médio C 20 Alto C 15

* Dois extintores com capacidade extintora 2-A, quando instalados um ao lado do outro, podem ser utilizados em substituição a um extintor 4-A.

NOTAS: Os extintores para o risco da classe C devem atender ao ensaio de condutividade elétrica e constituírem uma unidade extintora.

Fonte: Adaptado da RT CBMRS nº 14/2016.

Os extintores antigos sem capacidade extintora declarada pelo fabricante aplica-se o Quadro 13 da RT CBMRS nº 14/2016, para se estimar a capacidade extintora equivalente de extintores antigos, ou seja, que não possuem capacidade extintora declarada pelos seus respectivos fabricantes.

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Agente Extintor Capacidade nominal de carga Capacidade extintora equivalente Capacidade nominal de Carga Capacidade extintora equivalente Água 10 L 2:A 75 L 150 L 10:A 20:A

Espuma Mecânica 60 L 2:A-10:B

Dióxido de Carbono (CO2) 04 Kg 06 Kg 5:BC 5:BC 10 Kg 25 Kg 30 Kg 50 Kg 5:BC 10:BC 10: BC 10:BC Pó a base de Bicarbonato de Sódio 04 Kg 06 Kg 08 Kg 12 Kg 10:BC 10:BC 20:BC 20:BC 20 Kg 50 Kg 100 Kg 40:BC 40:BC 40:BC

Pó para as classes A.B e C 04 Kg 06 Kg 08 Kg 12 Kg 2:A-10:BC 2:A-10:BC 2:A-20:BC 2-A:20:BC 20 Kg 50 Kg 100 Kg 4:A-40:BC 4:A-40:BC 4:A-40:BC Hidrocarbonetos Halogêneos 01 Kg 02 Kg 2,5 Kg 04 Kg 2:BC 5:BC 10:BC 10:BC Fonte: Adaptado da RT CBMRS nº 14/2016. 2.11 HIDRANTES

A NBR 13.714/2000, traz hidrante como ponto de tomada de água onde há uma (simples) ou duas (duplo) saídas contendo válvulas angulares com seus respectivos adaptadores, tampões, mangueiras de incêndio e demais acessórios. Os hidrantes são subdivididos em urbanos, colunas e subterrâneos, sendo estes possuindo uma norma para instalação indicados a cada caso.

Segundo Brentano (2007), o sistema de hidrantes é uma rede de canalizações fixas, onde tem por finalidade conduzir a água da fonte até o local onde o fogo será combatido. É um sistema que para funcionar depende da ação do homem, sendo assim designados como sob comando. Quando instalados dentro de edificações devem ser manuseadas por seus ocupantes, sendo estes treinados adequadamente, pois o sistema contem grandes pressões e vazões de água.

A NBR 13.714/2000, divide o sistema de hidrantes em 3, conforme o Quadro 14, sendo que para cada sistema instalado, deverá conter um memorial, com seus cálculos e dimensionamentos, desenhos, plantas, perspectivas isométricas detalhadas de tubulação, premissas, orientações para instalação, procedimentos de ensaio e recomendações para manutenção.

Tipo Esguicho

Mangueira

Saídas Vazão L/min Diâmetro Mm Comprimento Máximo m 1 Regulável 25 ou 32 30 1 80 ou 100 2 Jato compacto ø 16 mm ou Regulável 40 30 2 300 3 Jato compacto ø 25 mm ou Regulável 65 30 2 900 Fonte: Adaptado da NBR 13.714/2000.

Todos os sistemas de hidrantes devem conter dispositivo de recalque, consistindo em um prolongamento de mesmo diâmetro da tubulação principal, com diâmetro mínimo DN50 (2“) e máximo de DN100 (4"), cujos engates são compatíveis aos utilizados pelo Corpo de Bombeiros local conforme detalhe na Figura 17: Dispositivo de recalque de passeio. (NBR 13714/2000)

Figura 17: Dispositivo de recalque de passeio

Fonte: NBR 13.714/2000.

Para qualquer edificação, onde é necessário a instalação de sistema de hidrantes, deve ser dimensionada de acordo com a NBR 13.714/2000, tendo em considerações suas perdas de carda e distâncias de tubulações. O sistema é pressurizado por uma bomba centrifuga acionadas por motor elétrico ou a combustão, na Figura 18 temos um ponto de hidrante instalado com sua sinalização de emergência.

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Fonte: Engegas (2018).

2.12 CHUVEIROS AUTOMATICOS

A NBR 10.897/2014 aborda o sistema de chuveiros automáticos como para fins de proteção contra incêndio, é definido como sistema fixo integrado, compreendendo a rede hidráulica de distribuição, os chuveiros automáticos, válvula de alarme ou chave detectora de fluxo d’água e rede de abastecimento de água. O sistema de chuveiros automáticos divide-se em instalações, cada uma controlada por uma válvula de alarme ou chave detectora de fluxo d’água principal.

De acordo com a NBR 10.897/2007, o projeto dos chuveiros automáticos em duas fases, sendo uma o projeto preliminar que consiste na elaboração do sistema em plantas, memoriais, cálculos e o projeto executivo em qual o sistema é implantado na edificação, sendo ambos confiados a profissionais habilitados no ramo, na Figura 19, temos um exemplo de sprinklers.

Figura 19: Chuveiro automático

Fonte: Skop Sprinklers (2019).

2.13 CONTROLE DE FUMAÇA

A IT CBSP nº 15 – Parte 2/2018, trata fumaça como partículas de ar transportadas na forma sólida, líquidas e gasosas, decorrentes de um material submetido à aquecimento a alta temperatura ou combustão que com o ar formam uma massa.

A IT CBSP nº 15 – Parte 1/2018, aborda a questão das edificações serem dotadas de meios de controle de fumaça que promovam a extração na forma mecânica ou natural dos gases e da fumaça do local de origem do incêndio, controlando a ventilação e intervindo que a fumaça e gases quentes retornem a áreas sinistradas.

Para obtermos um sistema de controle de fumaça eficiente, a IT CBSP nº 15 – Parte 1/2018, orienta a termos divisão dos volumes de fumaça a extrair por meio da compartimentação de área ou pela previsão de área de acantonamento (Figura 20); a extração adequada da fumaça, não permitindo a criação de zonas mortas, onde a fumaça fique acumulada. (Figura 21).

Figura 20: Acantonamento

Fonte: IT CBSP nº 15 – Parte 1/2018.

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Fonte: IT CBSP nº 15- Parte 1/2018.

2.14 ORÇAMENTO

De acordo com Limmer (1997), o orçamento é a determinação dos gastos necessários para executar um projeto, conforme o plano de execução estabelecido, Mattos (2006) define orçamento como soma dos custos diretos (mão-de-obra, materiais, equipamentos), com os custos indiretos (taxas, despesas gerais etc.).

Conforme Goldman (2005), o orçamento da obra é uma das primeiras informações que o investidor deseja conhecer ao estudar determinado projeto, assim podendo tomar providencias no decorrer do projeto.

Paludo (2013) traz orçamento como uma evolução de instrumento básico de administração cumprindo diversas funções, sendo um instrumento de controle econômico, planejamento.

Mattos (2007) trata a estimativa dos custos como o estabelecimento de preço de venda, sendo um exercício de previsão, sendo um dos fatores que influenciam e contribuem para o custo de um empreendimento. A técnica orçamentária envolve a identificação, descrição, quantificação, análise e valorização de uma grande série de itens, requerendo, portanto, muita atenção e habilidade técnica. O orçamento é abordado por Mattos (2007) como um documento preparado antes da efetiva construção do produto, muito estudo deve ser feito para que não existam nem lacunas na composição do custo, nem considerações descabidas.

3 METODOLOGIA

No presente trabalho utilizou-se a metodologia dedutiva, quantitativa, qualitativa, estudo de caso e bibliográfica.

Segundo Gil (2006), o método dedutivo, de acordo com o entendimento tradicional, é o método que parte do geral e desce ao particular. Parte de conceitos reconhecidos como verdadeiros e viabiliza chegar a conclusões de maneira puramente formal, isto é, em virtude de sua lógica. Consiste em uma construção lógica que, a partir de duas preposições chamadas premissas, retira uma terceira, nelas logicamente implicadas, denominada conclusão.

Pesquisa quantitativa, segundo Popper (1972), é um modelo de pesquisa onde o pesquisador parte de quadros conceituais de referência, a partir dos quais formula hipóteses sobre situações e fenômenos que quer estudar. A coleta de dados destaca números que permitem verificar a ocorrência ou não das consequências, e daí então a aceitação ou não das hipóteses.

A pesquisa qualitativa não se preocupa com representatividade numérica, mas sim, com o aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma organização. (GIL, 2006).

Ao contrário do que ocorre nas pesquisas experimentais e levantamentos em que os procedimentos analíticos podem ser definidos previamente, não há fórmulas ou receitas predefinidas para orientar os pesquisadores. Assim, a análise dos dados na pesquisa qualitativa passa a depender muito da capacidade e do estilo do pesquisador. A pesquisa qualitativa apresenta três etapas que geralmente são seguidas na análise de dados: redução, exibição e conclusão/verificação. (GIL, 2006, p.194).

De acordo com Gil (2006), o estudo de caso é caracterizado pelo estudo exaustivo e em profundidade de poucos objetos, de forma a permitir conhecimento amplo e específico do mesmo. De forma geral, o Estudo de caso visa proporcionar certa vivência da realidade, tendo por base a discussão, a análise e a busca de solução de um determinado problema extraído da vida real. Trata- se de uma estratégia metodológica de amplo uso, quando se pretende responder às questões “como” e “por que” determinadas situações ou fenômenos ocorrem, principalmente quando se dispõe de poucas possibilidades de interferência ou de controle sobre os eventos estudados.

Para Gil (2006), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. É uma técnica de pesquisa que utiliza contribuições secundarias para a fundamentação da pesquisa, onde se é extraído o material de artigos, jornais e livros.

_____________________________________________________________________________________________ De acordo com Yin (2001), o estudo de caso é usado como uma extensão de pesquisa voltada a área prática, para fins de ensino, um estudo de caso não precisa conter uma interpretação completa ou acurada, sendo seu propósito um estabelecimento de uma estrutura de discussão e debate, seus desenvolvimento necessita de uma apresentação justa e rigorosa dos dados empíricos.

3.1 MÉTODO DE ABORDAGEM

Esta pesquisa teve por objetivo abordar os sistemas de prevenção contra incêndios de uma edificação industrial, analisando os sistemas existentes na edificação e adequando-os conforme a legislação vigente caso necessário. Partindo de uma metodologia dedutiva, a partir de um conceito geral para o específico.

Através de uma pesquisa quantitativa dos materiais necessários para a adequação e atualização dos sistemas de segurança na edificação, sendo realizado os procedimentos de visualização, registro, análise, classificação, interpretação, orçamento e conclusão.

3.2 TÉCNICAS DE PESQUISA

A técnica de pesquisa utilizada foi baseada em um estudo de caso, onde foi realizado primeiramente a compreensão do assunto abordado através da revisão bibliográfica para o embasamento teórico e também a conceituação e contextualização do tema em questão. Após a verificação em uma edificação industrial, foi analisado os sistemas de segurança instalados, e realizado um projeto de PPCI, de acordo com a legislação vigente, para coleta de dados e para a análise dos mesmos. Finalizando elaborou-se um orçamento para adequação da edificação ao PPCI. 3.3 ESTUDO DE CASO

O estudo de caso foi elaborado em uma edificação com finalidade industrial de pavimentos misto. O estudo trata-se da indústria X, localizado na Rua W (Figura 22: Situação industria X), nº, no bairro Y do município de Ijuí/RS, no qual possui uma área de 5.053,78 m² e uma altura térrea na parte de indústria e altura tipo II (3 metros) na parte dos escritórios, constituído em concreto pré- moldado e cobertura metálica.

A edificação é constituída por:

 Pavilhão de geradores

 Escritórios

 Refeitório

O PPCI da indústria, foi elaborado, visando a obtenção do alvará de PPCI, e a segurança patrimonial em casos de sinistros. Para a realização do PPCI foi vistoriado in loco os sistemas atuantes na edificação, verificando sua atuação e localização.

Figura 22: Situação industria X

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4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS

4.1 RESULTADOS OBTIDOS DE ACORDO COM A APLICAÇÃO DA LEI Nº 10.987

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