Em todas as religiões vigentes no #cidente h+ algo em comum, a $ em Deus.
- Divindade $ vista como um 'er sem corpo e eterno, criador de tudo que h+, e0tremamente generoso e pereito, todo poderoso 1onipotente, onisciente, onipresente4.
Esta $ a imagem te3sta de Deus, aquela que proclama sua e0istência.
*$o Tom0s de +C'i(o deende pelo menos
cinco argumentos a avor da presen)a de Deus no Kniverso:
3. O(tol7#ico 1deende a e0istência de
Deus atrav$s da ideia de que Ele $ obrigatoriamente um ser pereito e, portanto, deve e0istir4.
9. >osmol7#ico
1tenta provar a e0istência de Deus atrav$s da observa)ão do mundo que nos rodeia 1o cosmos4. E0iste uma causa primeira4.:. Des/#(io
1segundo o qual o mundo 1signifca todo o universo4 se assemelha o bastante a uma m+quina ou a uma obra de arte ou de arquitetura, de um arquiteto cuo intelecto $ respons+vel por sua ordem e comple0idade4.. +Eiol7#ico
1ormas ou graus de perei)ões, neste mundo e0iste muitos graus de perei)ão. Então e0iste um grau m+0imo de perei)ão. "Deus/ que $ o +pice de todos os graus de perei)ões.. ,"c0cia da Ra1$o
1- ra8ão humana $ apenas uma pequena demonstra)ão da ra8ão divina. Deus $ o <ntelecto 'upremo4.Kma das mais contundentes
personalidades da flosofa 7ristã $
*a(to +#osti(ho. 5oi inNuenciado
pelo pensamento de
-ristótelesM(latão. (ropõe a
concilia)ão entre a $tica grecolatina e a mensagem dos evangelhos. #bras mais conhecidas: 7idade de Deus e 7onfssões .
a5 ,mer#i(do de rof'(dos co(Kitos
Emocionais caracter3sticas de sua inXncia, -gostinho vêse atormentado quando após a morte de sua mãe, busca sua conversão ao 7ristianismo.
-gora encontrase em um abismo cultural e intelectual:
7omo conciliar o pensamento Uelênico e o
7ristão%
7omo aceitar a arte dos gregos se eram
polite3stas%
>amb$m + tinha reeitado as enganadoras predi)ões e os 3mpios del3rios dos -strólogos. -inda nisto meu Deus, =os quero conessar as vossas misericórdias, desde as fbras mais secretas da minha almaY 1>recho retirado da obra 7onfssões4.
*esta passagem, -gostinho inNuenciado por dois amigos, conessa a Deus seu erro: a pr+tica da -strologia.
'egundo sua visão, a arte de prever o uturo era alsa, e com ela a -strologia.
'omente Deus possuiria tal habilidade. - capacidade, por e0emplo, de antever a uma utura doen)a pela medicina ou qualquer outra arte tornase di3cil de conciliar.
%5 O se#me(to é i(eC'/&oco
-gostinho bate de rente com o problema &o que torna uma pessoa um homicida%"
<sto não pode vir de Deus nem dos astros, e muito menos de um distIrbio no 7omple0o 6eptiliano de Eccles 1o c$rebro reptiliano4.
>odos os assuntos sociais, bons ou ruins, são no fm dependentes do c$rebro r$ptil do homem. 7hamado 7omple0o6 $ a região mais velha e mais primitiva de nossa massa cin8enta.
'e algu$m di8 que agiu com o cora)ão em ve8 da cabe)a. # que ele realmente quer di8er $ que concedeu o controle 9s suas emo)ões primitivas 1que têm origem no c$rebro r$ptil4, ao inv$s dos c+lculos da parte racional do c$rebro.
<sto abalaria toda a doutrina 6omana cristã que estava em vias de ser institu3da. (ara isto, seria necess+rio e0pulsar toda esp$cie de intererência 1-strologia e dem!nios4.
(ara -gostinho no =erbo de Deus e0istem as verdades eternas, as id$ias, as esp$cies, os princ3pios ormais das coisas, e são os modelos dos seres criados e conhecemos as verdades eternas e as id$ias das coisas reais por meio da lu8 intelectual a nós participada pelo =erbo de Deus.
=I ; +* >+R+>T,RI*TI>+* FI)O*<FI>+* DO >RI*TI+NI*MO
- 5ilosofa cristã iniciase por volta do s$culo <<. Ela surge atrav$s do movimento da comunidade cristã chamada Patr/stica, que tinha como principal obetivo a deesa da $.
Esta parte, dedicada 9 história do pensamento cristão, ser+, portanto, dividida do seguinte modo:
# 7ristianismo, isto $, o pensamento do *ovo
>estamento, enquanto soluciona o problema flosófco do mal.
- (atr3stica, a saber, o pensamento cristão desde
o << ao =<<< s$culo, a que $ devida particularmente a constru)ão da teologia, da dogm+tica católica a Escol+stica, a saber, o pensamento cristão desde o s$culo <J at$ o s$culo J=, criadora da flosofa cristã verdadeira e própria.
>aracter/stica do e(same(to crist$o
Tuem não se ilumina com o esplendor de coisas tão grandes como as coisas criadas, $ cego, quem não desperta com tantos clamores, $ surdo, quem, com todas essas coisas, não se pões a louvar Deus, $ mudo, quem, a partir de ind3cios tão evidentes não volta a mente para o primeiro princ3pio, $ tolo. 1'ão 2oa ventura4.
5oi conquistada a cidade que conquistou o universo. -ssim defniu 'ão Rer!nimo o momento
que marcaria a virada de uma $poca.
7onsequências:
<nvasão de 6oma pelos germanos e a queda do
<mp$rio 6omano.
- <dade G$dia iniciase com a desorgani8a)ão da
vida pol3tica, econ!mica e social do #cidente, agora transormado num mosaico de reinos b+rbaros.
=ieram as guerras, a ome e as grandes
epidemias.
# cristianismo propagase por diversos povos.
- diminui)ão da atividade cultural transorma o
homem comum num ser dominado por cren)as e supersti)ões.
# per3odo medieval não oi, por$m, a &<dade das
- flosofa cl+ssica sobrevive, confnada nos
mosteiros religiosos.
# aristotelismo disseminase pelo #riente
bi8antino, a8endo Norescer os estudos flosófcos e as reali8a)ões cient3fcas.
*o #cidente, undamse as primeiras
universidades, ocorre a usão de elementos culturais grecoromanos,
cristãos e germXnicos, e as obras de -ristóteles são tradu8idas para o latim.
'ob a inNuência da <grea, as especula)ões
se concentram em questões flosófco teológicas, tentando conciliar a $ e a ra8ão.
*esse esor)o que 'anto -gostinho e 'anto
>om+s de -quino tra8em 9 lu8 reNe0ões undamentais para a história do pensamento cristão.
+ Filoso"a Medie&al e o >ristia(ismo
-o longo do s$culo = d.7, o imp$rio 6omano do #cidente 'oreu ataques constantes dos & povos b+rbaros &.
Do conronto desses povos invasores com os romanos desenvolveuse uma nova estrutura)ão da vida social europ$ia, que corresponde ao per3odo medieval.
Em meio ao esacelamento do imp$rio 6omano, decorrente, em grande parte, das invasões germXnicas, a <grea católica conseguiu manterse como institui)ão social.
7onsolidou sua organi8a)ão religiosa e diundiu o
cristia(ismo
, preservando, tamb$m, muitos elementos da cultura grecoromana.-poiada em sua crescente inNuência religiosa, a <grea passou a e0ercer importante papel pol3tico na sociedade medieval.
Desempenhou, +s ve8es a un)ão de órgão supranacional, conciliador das elites dominantes, contornando os problemas das rivalidades internas da nobre8a eudal.
7onquistou, tamb$m, vasta rique8a material, tornouse dona de apro0imadamente um ter)o das +reas cultiv+veis da Europa ocidental, numa $poca em que a terra era a principal base da rique8a.
=II - >ONF)ITO* , >ON>I)I+!O ,NTR, + F , O *+?,R
*o plano cultural, a <grea e0erceu ampla inNuência, tra)ando um quadro intelectual em que a fé crist$ era o pressuposto da vida espiritual.
Em que consistia essa $% 7onsistia na cren)a irrestrita ou na adesão incondicional 9s &erdades re&eladas por Deus aos homens. =erdades e0pressas nas 'agradas Escrituras 123blia4 e interpretadas segundo a autoridade da <grea.
De acordo com a doutrina católica, a $ representa a onte mais elevada das verdades especialmente aquelas verdades essenciais ao homem e que di8em respeito 9 sua salva)ão.
*este sentido, afrmava *a(to +m%r7sio 1BCS BZF, apro0imadamente4 >oda verdade, dita por quem quer que sea, $ do Esp3rito 'anto.
-ssim toda investiga)ão flosófca ou cient3fca
não poderia, contrariar as verdades
estabelecidas pela $ católica.
'egundo essa orienta)ão, os flósoos não precisavam se dedicar a busca da verdade, pois ela + havia sido revelada por Deus aos homens.
6estavalhe, apenas, demonstrar racionalmente as verdades da $.
Então os religiosos despre8avam a flosofa grega, porque viam nessa orma pagã de pensamento uma porta aberta para o pecado, a dIvida, o descaminho e a heresia 1doutrina contr+ria as estabelecidas pela igrea, em termos de $4.
(or outro lado, surgiram pensadores cristãos que deendiam o conhecimento da flosofa grega, sentindo a possibilidade de utili8+la como instrumento a servi)o do cristianismo.
7onciliando a $ cristã, o estudo da flosofa grega permitiria + igrea enrentar os descrentes e derrotar os hereges com as armas racionais da argumenta)ão lógica.
# obetivo era convencer os descrentes, tanto quanto poss3vel, pela ra8ão, para depois +los aceitar a imensidão dos mist$rios divinos, somente acess3veis X $.
*esse conte0to, a flosofa medieval pode ser dividida em quatro momentos principais:
a5 Pais +ost7licos 1s$culo < e <<4, entre os quais se incluem os apóstolos, que disseminavam a palavra de 7risto, sobretudo em rela)ão aos temas morais. Entre estes se destaca a fgura de Pa'lo pelo volume e valor liter+rio de suas ep3stolas.
%5 Pais +olo#istas 1s$culos <<< e <=4, que a8iam a apologia do cristianismo contra a flosofa pagã. Entre eles se destacavam #r3genes, Rustino e >ertuliano.
c5 Patr/stica
1s$culo <= ao s$culo =<<<4, buscavam uma concilia)ão entre a ra8ão e a $ e se destacam a fgura de*a(to +#osti(ho
e a inNuência da flosofa dePlat$o
.d5 ,scol0stica
1s$culo <J a J=<4, buscouse uma sistemati8a)ão da flosofa cristã, sobretudo a partir da interpreta)ão da flosofa de+rist7teles
, e se destaca a fgura de*a(to
Tom0s de +C'i(o.
- caracter3stica undamental dessa flosofa medieval $ a ênase nas questões teológicas, destacandose temas como: o dogma da >rindade, a encarna)ão de Deusflho, a liberdade e a salva)ão, a rela)ão entre $ e ra8ão.&>omai cuidado para que ningu$m vos
escravi8e por vãs e enganadoras especula)ões da &flosofa&, segundo a tradi)ão dos homens, segundo os elementos do mundo, e não segundo 7risto.& 1'ão (aulo:
+ Patr/stica
: &- $ em busca de argumentos racionais a partir de uma matri8 plat!nica".# 7ristianismo tomou orma como institui)ão e era necess+rio e0plicar as doutrinas undamentais 9s autoridades romanas e ao povo em geral.-s doutrinas e os Dogmas da <grea 7atólica
estavam consolidados e não podiam
simplesmente ser impostos pela or)a. Eles tinham de ser apresentados de maneira convincente, mediante um trabalho de conquista
(ensando assim, os primeiros (adres da <grea se empenharam na elabora)ão de inImeros te0tos sobre a $ e a revela)ão cristãs.
# conunto desses te0tos fcou conhecido como Patr/stica.
Kma das principais correntes da flosofa patr3stica, inspirada na flosofa grecoromana, tentou munir a $ de argumentos racionais.
Esse proeto de concilia)ão entre o cristianismo e o pensamento pagão teve como principal e0poente o (adre -gostinho.
&7ompreender para crer, crer para compreender&. 1'anto -gostinho4
+ ,*>O)*TI>+: G$todo de aprendi8agem que nasceu nas escolas mo(0sticas cristãs visando conciliar a $ com o pensamento racional.
"#s caminhos de inspira)ão aristot$lica levam at$ Deus/.
*o s$culo =<<<, 7arlos Gagno resolveu organi8ar o ensino por todo o seu imp$rio e undar escolas ligadas 9s institui)ões católicas.
- cultura grecoromana, guardada nos mosteiros at$ então, voltou a ser divulgada, passando a ter uma inNuência mais marcante nas reNe0ões da $poca. Era a renascen)a carol3ngia4.
>endo a educa)ão romana como modelo, come)aram a ser ensinadas as seguintes mat$rias:Tri&i'm: @ram+tica, retórica e dial$tica.
'adri&i'm: @eometria, aritm$tica, astronomia e mIsica.
# 'adri&i'm engloba o ensino do m$todo cient3fco por meio de quatro erramentas relacionadas 9 mat$ria e 9 quantidade. # Tri&i'm. + s * e te + rt e s ) i% e ra is
- unda)ão dessas escolas e das primeiras universidades do s$culo J< e8 surgir uma produ)ão flosófco teológica denominada escol+stica 1de escola4.
Método
: Gaiêutica.- partir do s$culo J<<<, o aristotelismo penetrou de orma prounda no pensamento escol+stico, marcandoo defnitivamente.
<sso se deveu 9 descoberta de muitas obras de -ristóteles, descobertas at$ então, e 9 tradu)ão para
o latim de algumas delas, diretamente do grego. - busca da harmoni8a)ão entre a $ cristã e a ra8ão mantevese, no entanto, como problema b+sico de especula)ão flosófca. *esse sentido, o per3odo escol+stico pode ser dividido em três ases:
Primeira fase – 1s$culo <J ao fm do s$culo J<<4: 7aracteri8ada pela confan)a na pereita harmonia entre $ e ra8ão.
*e#'(da fase – 1s$culo J<<< ao princ3pio do s$culo J<=4: 7aracteri8ada pela elabora)ão de grandes sistemas flosófcos, merecendo destaques nas obras de >om+s de -quino. *esta ase, considerase que a harmoni8a)ão entre $ e ra8ão p!de ser parcialmente obtida.
Terceira fase – 1s$culo J<= at$ o s$culo J=<4: Decadência da escol+stica, caracteri8ada pela
+s 'estBes U(i&ersais
# que h+ entre as palavras e as coisas.
# m$todo escol+stico de investiga)ão, segundo o historiador rancês
JacC'es )e o
, privilegiava o estudo da linguagem 1o trivium4 para depois passar para o e0ame das coisas 1o quadrivium4.Desse modo surgiu a seguinte pergunta: qual a rela)ão entre as palavras e as coisas%
,Eemlo
: 6osa, $ o nome de uma Nor. Tuando a Nor morre, a palavra rosa continua e0istindo. *esse caso, a palavra ala de uma coisa ine0istente, de uma id$ia geral. Gas como isso acontece%# grande inspirador da questão oi o pensador neoplat!nico
Porf/rio
, em sua obra <sagoge:&*ão tentarei enunciar se os gêneros e as esp$cies e0istem por si mesmos ou na pura inteligência, nem, no caso de subsistirem, se são corpóreos ou incorpóreos, nem se e0istem separados dos obetos sens3veis ou nestes obetos, ormando parte dos mesmos&.
Esse problema flosófco gerou muitas disputas. Era a grande discussão sobre a e0istência ou
não das id$ias gerais 1os chamados universais de -ristóteles4.
)7#ica +ristotélica
:: # princ3pio primeiro não deve provir de algo + ormado, pois, se assim osse, não seria mais primeiro.-ristóteles dedu8 que h+ um princ3pio primeiro do qual derivam todas as outras coisas.
# princ3pio primeiro não deve provir de algo + ormado, pois, se assim osse, não seria mais primeiro.
(ara -ristóteles, a id$ia de viraser não aceita situa)ão de oposi)ão, dado que uma coisa prov$m da outra.
-ristóteles e0emplifca:
# g$nero com o conceito de animal e a
esp$cie ou essência com a orma de
ca&alo
. # g$nero com o conceito de vegetal e a
esp$cie ou essência com a orma de
Kor
.U+ um