Professor Dr. José Maria da Professor Dr. José Maria da
Frota Frota
jose_frota@hotmail
I - INTRODU!O I - INTRODU!O
Filoso"a da Reli#i$o
Filoso"a da Reli#i$o – Disciplina que constitui– Disciplina que constitui uma das divisões da flosofa.
uma das divisões da flosofa.
O%jeti&o
O%jeti&o: Estudar a dimensão espiritual do: Estudar a dimensão espiritual do homem numa perspectiva flosófca, indagando homem numa perspectiva flosófca, indagando e pesquisando sobre a essência do en!meno e pesquisando sobre a essência do en!meno religioso.
religioso.
Per#'(ta f'(dame(ta
Per#'(ta f'(dame(ta: "# que $ afnal, a: "# que $ afnal, a religião%&.
Reli#i$o
Reli#i$o
: 'entido etimológico da palavra,: 'entido etimológico da palavra, religar, tornar real o que fcou solto, voltar a religar, tornar real o que fcou solto, voltar a comunhão, ligar o que oi desligado.FI)O*OFI+ R,)II!O *a%er roc'rado. (ropõe a
constru)ão de uma concep)ão lógica e puramente racional da realidade. *ão h+ $ nem verdades reveladas mas apenas verdades a descobrir, a procurar.
*a%er re&elado. (ressupõe a $ o deseo de salva)ão. - verdade religiosa oi revelada por Deus e encontrase "registrada/ nos te0tos sagrados 1E0emplo: -23blia4.
*a%er cr/tico. *ão h+, na flosofa, verdades inquestion+veis. - flosofa $ um saber cr3tico e aberto.
*a%er do#m0tico. -s verdades da religião são 1dogmas4 inquestion+veis, indiscut3veis e defnitivas.
Predom/(io da ra1$o. - rela)ão do flósoo com a realidade $ puramente racional, a flosofa $ uma visão desapai0onada da
Predom/(io da emo2$o. -s rela)ões do homem com a divindade baseiamse na emo)ão e no aeto.
(ara o estudo da 5ilosofa da 6eligião são usados três m$todos:
345 6ist7rico cr/tico comarati&o8 7ompara as v+rias religiões, busca aspectos comuns e suas dieren)as, para verifcar o que constitui a essência do en!meno religioso.
945 O "lol7#ico8 5a8 o estudo comparativo das l3nguas, visando encontrar as palavras utili8adas para descrever e e0pressar o sagrado e suas ra38es comuns.
:45 O a(trool7#ico8 (rocura reconstruir o passado religioso tendo por base a etnologia 1estudo dos povos
-
Filoso"a da Reli#i$o
a8 uma adequada conuga)ão desses m$todos ¶ obter a melhor soma de elementos para chegar 9 conclusão mais correta sobre a essência da religião e suas caracter3sticas universais".Filoso"a
$ o conunto de concep)ões, pr+ticas ou teorias, acerca do ser, dos seres, do homem e do seu papel no universo conunto de toda ciência, conhecimento ou saber racional.Filoso"a
: Estuda os problemas undamentais relacionados 9 e0istência, ao conhecimento, 9 verdade, aos valores morais e est$ticos, 9 mente e 9 linguagem.Filoso"a da Reli#i$o
: <nvestiga a esera espiritual inerente ao homem, do ponto de vista da meta3sica, da antropologia e da $tica.II - D,FINI!O
FI)O*OFI+
: Etimologicamente o termo prov$m do grego 1philein4 amar 1'ophia )sabedoria. (odendo, portanto, ser defnida
como "amor da ciência, do saber, do conhecimento/.
- flosofa, segundo a tradi)ão, come)a historicamente no s$culo =< a.7. com -ristóteles, para quem ela seria "a totalidade do conhecimento humano, bem como os modos de se chegar a esse conhecimento/.
(ara +rist7teles, a flosofa undamental seria a >eologia, que $ o princ3pio e as causas ultimas, o que incluiria a id$ia da divindade, que $ o principal de todos os princ3pios, a 7ausa de todas as causas.
- flosofa na realidade seria uma religião, mediante a qual o indiv3duo aprende como buscar e obter a união com o divino.
"*enhum homem $ s+bio, mas somente Deus. E as pessoas que têm interesse pelas coisas divinas são buscadoras de sabedoria/. (it+goras.
- flosofa da religião teve o seu come)o como deesa da $ religiosa, usando o racioc3nio flosófco, deendendo de imediato, como e0emplo da atividade a que se dedicava, a racionalidade da e0istência da alma e de Deus.
III ; PROP<*ITO D+ FI)O*OFI+ D+ R,)II!O
7ompreender as cren)as religiosas
descrevendoas de orma mais e0ata e abrangente.
E0aminar minuciosamente as cren)as religiosas
possibilitando as diversas interpreta)ões da e0periência e das atividades das mesmas.
Distinguir a 5ilosofa da 6eligião da
-polog$tica, considerando que o flosoo pode se dedicar ao estudo da disciplina sem que sea um religioso praticante.
(esquisar a nature8a e os undamentos da $
religiosa.
Elaborar questões a respeito das cren)as e
5ormular indaga)ões flosófcas sobre o esp3rito
humano, a ustifca)ão da $ religiosa, a nature8a de Deus e da alma, e perguntas $ticas acerca do relacionamento entre Deus e os valores morais. *o terreno da religião, e0iste muitas preocupa)ões flosófcas e a flosofa da religião se interessa por elas.
- cren)a em Deus.
- imortalidade da alma. - nature8a do milagre. # problema do mal.
Esses quatro esor)os flosófcos, se constituem nos problemas cl+ssicos da flosofa da religião.
I= - >ONTRI?UI,* D, OUTR+* >IAN>I+*
'ão as seguintes 7iências:?. @eologia e @eografa 1>erra 'anta – <srael4. A. -rqueologia 1-s pragas do Egito4.
B. -stronomia 1-strologia4. C. 2iologia 1Ecologia4.
. -ntropologia 1Estuda o en!meno humano4. . (sicologia 17omportamento e processos
mentais4.
De maneira global a un)ão de ciência e flosofa buscando o conhecimento humano se tornam antropológicas.
>o(tri%'i2Bes hist7ricas
Da Reforma Protesta(te
: 5oi importantepara o cristianismo porque chamou a aten)ão para verdades 1doutrinas4 e pr+ticas b3blicas que haviam sido esquecidas ou distorcidas pela <grea Gedieval.Pri(ciais co(tri%'i2Bes: 6etorno 9s Escrituras a
centralidade de 7risto a salva)ão vista como d+diva da gra)a de Deus, a ser recebida por meio da $ a <grea não $ a institui)ão ou a hierarquia, mas o povo de Deus – cada cristão $ um sacerdote.
Das ci(co &ias de *$o Tom0s de +C'i(o
:# flósoo cristão distingue cinco vias para caracteri8ar o conhecimento e provar a e0istência de Deus:?. Primeiro Motor im7&el 1quem move o universo4.
A. Primeira ca'sa e"cie(te 17ausa e eeito4.
B. *er Necess0rio e os seres oss/&eis 1seres poss3veis dependem de um ser necess+rio4.
C. ra's de Perfei2$o 1'er pereito4.
. o&er(o *'remo 1suprema inteligência governa todas as coisas4.
Do ar#'me(to o(tol7#ico de *a(to
+(selmo
: 5oi chamada, a partir de Hant, prova ontológica e tamb$m argumento ontológico.7ertamente aquilo de que não se pode alar nada de maior não pode estar só no intelecto. (orque, se estivesse só no intelecto, poderseia pensar que tamb$m estivesse na realidade, ou sea, que osse maior. 'e, portanto, aquilo de que não se pode pensar nada de maior est+ só no intelecto, aquilo de que não se pode pensar nada de maior $, ao contr+rio, aquilo que se pode pensar algo de maior. Gas certamente isso $ imposs3vel. (ortanto, não h+ dIvida de que aquilo que não se pode pensar algo de maior e0iste
Essas provas dei0aram de ter ampla aceita)ão desde o s$culo J=<<<, embora ainda conven)am muitas pessoas e alguns flósoos.
a(t, um simpati8ante da $ religiosa,
distinguiu v+rias perversões das maniesta)ões populares da religião:
a4 Teoso"a 17orpo de conhecimentos que sinteti8a
5ilosofa, 6eligião e 7iência4: 'uprema sabedoria
1baseada no ocultismo4. a(t: Kso de concep)ões
b4 Demo(olo#ia: L o estudo sistem+tico dos dem!nios. a(t: 5avorecimento de concep)ões antropomórfcas 1atribui caracter3sticas eMou aspectos humanos a Deus4 do 'er 'upremo.
c4 Te'r#ia: L uma ciência que permite invocar os 'eres <ne+veis dos mundos superiores para deles receber sublimes ensinamentos. a(t: <lusão an+tica de que esse ser pode nos comunicar sentimentos ou de que podemos e0ercer inNuência sobre Ele.
d4 Idolatria: Do grego eidolon 1corpo4 O latreia 1adora)ão4, representando mais adora)ão 9s aparências corporais do que de imagens simplesmente. a(t: -engano supersticioso de que podemos nos tornar aceit+veis perante o 'er 'upremo atrav$s de outros meios que não o de ter a lei moral no cora)ão.
*o entanto, essas
tendências para o contato arrebatado têm se tornado cada ve8 mais importante na teologia moderna.
Desde 5euerbach h+ uma tendência crescente na flosofa da religião em se concentrar nas
dimensões sociais e antropológicas da cren)a religiosa , ou para a conceber como uma maniesta)ão
de v+rias necessidades psicológicas e0plic+veis.
'egundo <mmanuel Hant, $ uma lei que manda agir de acordo com o que a vontade quer que se torne uma lei v+lida
O c'idado da troca do esirit'al ara o material
Guitos intelectuais oram condu8idos a 7risto por pregadores que usaram uma abordagem flosófca da $ religiosa.
,E: J'sti(o M0rtir – Entendia que a melhor
por)ão da flosofa grega atuava como
mestre-escola para condu8ir os pagãos a 7risto, tal como a Pei 1aio4 assim a8ia no caso dos udeus.
&L poss3vel acreditar em Deus usando a ra8ão&, afrma Qilliam Pane 7raig. Ele usando a 5ilosofa e a >eologia deendeu:
# cristianismo.
- ressurrei)ão de Resus.
- veracidade da 23blia.
7raig discursando a partir de constru)ão lógica e racional, se destaca em debates com pensadores ateus. =ea de AMSBMAS?A.
Tuando o poder de Deus realmente se maniesta não h+ necessidade de dourar a mensagem com a habilidade retórica.
= - + FI)O*OFI+ D+ R,)II!O
IN=,*TI+TI=+
Ela levanta questionamentos undamentais:
# que $ a religião% Deus e0iste%
U+ vida depois da morte% 7omo se e0plica o mal%
Estas e outras perguntas, id$ias e postulados religiosos são estudados por esta disciplina.
U+ uma infnidade de religiões, compostas de U+ uma infnidade de religiões, compostas de distintas modalidades de adora)ão, mitologias distintas modalidades de adora)ão, mitologias e e0periências espirituais, mas geralmente os e e0periências espirituais, mas geralmente os estudiosos se concentram na pesquisa das estudiosos se concentram na pesquisa das principais vertentes espirituais, como:
principais vertentes espirituais, como: a4
a4
J'da/smo
J'da/smo
– Rudeus – Rudeus b4b4
>ristia(ismo
>ristia(ismo
– 7ristãos – 7ristãos c4c4
Islamismo
Islamismo
– Gul)umanos – Gul)umanos>
>orah VUQUorah VUQU 23blia Deus 23blia Deus -lcorão -llah -lcorão -llah
-s religiões orientais normalmente se centram -s religiões orientais normalmente se centram em uma determinada flosofa de vida.
em uma determinada flosofa de vida.
#s flósoos têm como obetivo descobrir se o #s flósoos têm como obetivo descobrir se o olhar espiritual sobre o 7osmos $ realmente olhar espiritual sobre o 7osmos $ realmente verdadeiro.
verdadeiro.>osmo>osmo ou ou cosmocosmos 1do grego antigo Wósmos, &ordem&,s 1do grego antigo Wósmos, &ordem&,
&organi8a)ão&,&bele8a&,&harmonia&4. >ermo que designa o &organi8a)ão&,&bele8a&,&harmonia&4. >ermo que designa o universo em seu conunto, toda a estrutura universal em universo em seu conunto, toda a estrutura universal em sua totalidade, desde o micro
sua totalidade, desde o microcosmocosmo ao macro ao macrocosmocosmo..
Pit0#oras
Pit0#oras oi o primeiro a utili8ar o termo &cosmos& para oi o primeiro a utili8ar o termo &cosmos& para reerenciar o Kniverso.
*a pesquisa o flósoo da religião adota como *a pesquisa o flósoo da religião adota como instrumentos teóricos a metodologia histórica instrumentos teóricos a metodologia histórica cr3tica comparativa
cr3tica comparativa 11comara as &0rias reli#iBes (o temo e (ocomara as &0rias reli#iBes (o temo e (o esa2o %'sca os asectos mais com'(s as difere(2as e &eri"ca o C'e esa2o %'sca os asectos mais com'(s as difere(2as e &eri"ca o C'e co(stit'i a essG(cia do fe(Hme(o reli#ioso
co(stit'i a essG(cia do fe(Hme(o reli#ioso4.4.
-- "lol7#ica"lol7#ica: 6eali8a a investiga)ão dos v+rios idiomas,: 6eali8a a investiga)ão dos v+rios idiomas, comparandoos e buscando e0pressões usadas para se comparandoos e buscando e0pressões usadas para se reerir ao sagrado, estabelecendo assim o que elas têm em reerir ao sagrado, estabelecendo assim o que elas têm em comum.
comum.
-- a(trool7#icaa(trool7#ica: 6esgata o passado espiritual dos povos: 6esgata o passado espiritual dos povos ancestrais e dos contemporXneos, seus institutos, suas ancestrais e dos contemporXneos, seus institutos, suas convic)ões, seus ritos e
7abe 9 5ilosofa da 6eligião reali8ar uma correta associa)ão destes distintos m$todos, para assim perceber claramente o que $ essencial nas religiões.
+ fé com'm em De's
Em todas as religiões vigentes no #cidente h+ algo em comum, a $ em Deus.
- Divindade $ vista como um 'er sem corpo e eterno, criador de tudo que h+, e0tremamente generoso e pereito, todo poderoso 1onipotente, onisciente, onipresente4.
Esta $ a imagem te3sta de Deus, aquela que proclama sua e0istência.
*$o Tom0s de +C'i(o deende pelo menos
cinco argumentos a avor da presen)a de Deus no Kniverso:
3. O(tol7#ico 1deende a e0istência de
Deus atrav$s da ideia de que Ele $ obrigatoriamente um ser pereito e, portanto, deve e0istir4.
9. >osmol7#ico
1tenta provar a e0istência de Deus atrav$s da observa)ão do mundo que nos rodeia 1o cosmos4. E0iste uma causa primeira4.:. Des/#(io
1segundo o qual o mundo 1signifca todo o universo4 se assemelha o bastante a uma m+quina ou a uma obra de arte ou de arquitetura, de um arquiteto cuo intelecto $ respons+vel por sua ordem e comple0idade4.. +Eiol7#ico
1ormas ou graus de perei)ões, neste mundo e0iste muitos graus de perei)ão. Então e0iste um grau m+0imo de perei)ão. "Deus/ que $ o +pice de todos os graus de perei)ões.. ,"c0cia da Ra1$o
1- ra8ão humana $ apenas uma pequena demonstra)ão da ra8ão divina. Deus $ o <ntelecto 'upremo4.Kma das mais contundentes
personalidades da flosofa 7ristã $
*a(to +#osti(ho. 5oi inNuenciado
pelo pensamento de
-ristótelesM(latão. (ropõe a
concilia)ão entre a $tica grecolatina e a mensagem dos evangelhos. #bras mais conhecidas: 7idade de Deus e 7onfssões .
a5 ,mer#i(do de rof'(dos co(Kitos
Emocionais caracter3sticas de sua inXncia, -gostinho vêse atormentado quando após a morte de sua mãe, busca sua conversão ao 7ristianismo.
-gora encontrase em um abismo cultural e intelectual:
7omo conciliar o pensamento Uelênico e o
7ristão%
7omo aceitar a arte dos gregos se eram
polite3stas%
>amb$m + tinha reeitado as enganadoras predi)ões e os 3mpios del3rios dos -strólogos. -inda nisto meu Deus, =os quero conessar as vossas misericórdias, desde as fbras mais secretas da minha almaY 1>recho retirado da obra 7onfssões4.
*esta passagem, -gostinho inNuenciado por dois amigos, conessa a Deus seu erro: a pr+tica da -strologia.
'egundo sua visão, a arte de prever o uturo era alsa, e com ela a -strologia.
'omente Deus possuiria tal habilidade. -capacidade, por e0emplo, de antever a uma utura doen)a pela medicina ou qualquer outra arte tornase di3cil de conciliar.
%5 O se#me(to é i(eC'/&oco
-gostinho bate de rente com o problema &o que torna uma pessoa um homicida%"
<sto não pode vir de Deus nem dos astros, e muito menos de um distIrbio no 7omple0o 6eptiliano de Eccles 1o c$rebro reptiliano4.
>odos os assuntos sociais, bons ou ruins, são no fm dependentes do c$rebro r$ptil do homem. 7hamado 7omple0o6 $ a região mais velha e mais primitiva de nossa massa cin8enta.
'e algu$m di8 que agiu com o cora)ão em ve8 da cabe)a. # que ele realmente quer di8er $ que concedeu o controle 9s suas emo)ões primitivas 1que têm origem no c$rebro r$ptil4, ao inv$s dos c+lculos da parte racional do c$rebro.
<sto abalaria toda a doutrina 6omana cristã que estava em vias de ser institu3da. (ara isto, seria necess+rio e0pulsar toda esp$cie de intererência 1-strologia e dem!nios4.
(ara -gostinho no =erbo de Deus e0istem as verdades eternas, as id$ias, as esp$cies, os princ3pios ormais das coisas, e são os modelos dos seres criados e conhecemos as verdades eternas e as id$ias das coisas reais por meio da lu8 intelectual a nós participada pelo =erbo de Deus.
=I ; +* >+R+>T,RI*TI>+* FI)O*<FI>+* DO >RI*TI+NI*MO
- 5ilosofa cristã iniciase por volta do s$culo <<. Ela surge atrav$s do movimento da comunidade cristã chamada Patr/stica, que tinha como principal obetivo a deesa da $.
Esta parte, dedicada 9 história do pensamento cristão, ser+, portanto, dividida do seguinte modo:
# 7ristianismo, isto $, o pensamento do *ovo
>estamento, enquanto soluciona o problema flosófco do mal.
- (atr3stica, a saber, o pensamento cristão desde
o << ao =<<< s$culo, a que $ devida particularmente a constru)ão da teologia, da dogm+tica católica a Escol+stica, a saber, o pensamento cristão desde o s$culo <J at$ o s$culo J=, criadora da flosofa cristã verdadeira e própria.
>aracter/stica do e(same(to crist$o
Tuem não se ilumina com o esplendor de coisas tão grandes como as coisas criadas, $ cego, quem não desperta com tantos clamores, $ surdo, quem, com todas essas coisas, não se pões a louvar Deus, $ mudo, quem, a partir de ind3cios tão evidentes não volta a mente para o primeiro princ3pio, $ tolo. 1'ão 2oa ventura4.
5oi conquistada a cidade que conquistou o universo. -ssim defniu 'ão Rer!nimo o momento
que marcaria a virada de uma $poca.
7onsequências:
<nvasão de 6oma pelos germanos e a queda do
<mp$rio 6omano.
- <dade G$dia iniciase com a desorgani8a)ão da
vida pol3tica, econ!mica e social do #cidente, agora transormado num mosaico de reinos b+rbaros.
=ieram as guerras, a ome e as grandes
epidemias.
# cristianismo propagase por diversos povos.
- diminui)ão da atividade cultural transorma o
homem comum num ser dominado por cren)as e supersti)ões.
# per3odo medieval não oi, por$m, a &<dade das
- flosofa cl+ssica sobrevive, confnada nos
mosteiros religiosos.
# aristotelismo disseminase pelo #riente
bi8antino, a8endo Norescer os estudos flosófcos e as reali8a)ões cient3fcas.
*o #cidente, undamse as primeiras
universidades, ocorre a usão de elementos culturais grecoromanos,
cristãos e germXnicos, e as obras de -ristóteles são tradu8idas para o latim.
'ob a inNuência da <grea, as especula)ões
se concentram em questões flosófco teológicas, tentando conciliar a $ e a ra8ão.
*esse esor)o que 'anto -gostinho e 'anto
>om+s de -quino tra8em 9 lu8 reNe0ões undamentais para a história do pensamento cristão.
+ Filoso"a Medie&al e o >ristia(ismo
-o longo do s$culo = d.7, o imp$rio 6omano do #cidente 'oreu ataques constantes dos & povos b+rbaros &.
Do conronto desses povos invasores com os romanos desenvolveuse uma nova estrutura)ão da vida social europ$ia, que corresponde ao per3odo medieval.
Em meio ao esacelamento do imp$rio 6omano, decorrente, em grande parte, das invasões germXnicas, a <grea católica conseguiu manterse como institui)ão social.
7onsolidou sua organi8a)ão religiosa e diundiu o
cristia(ismo
, preservando, tamb$m, muitos elementos da cultura grecoromana.-poiada em sua crescente inNuência religiosa, a <grea passou a e0ercer importante papel pol3tico na sociedade medieval.
Desempenhou, +s ve8es a un)ão de órgão supranacional, conciliador das elites dominantes, contornando os problemas das rivalidades internas da nobre8a eudal.
7onquistou, tamb$m, vasta rique8a material, tornouse dona de apro0imadamente um ter)o das +reas cultiv+veis da Europa ocidental, numa $poca em que a terra era a principal base da rique8a.
=II - >ONF)ITO* , >ON>I)I+!O ,NTR, + F , O *+?,R
*o plano cultural, a <grea e0erceu ampla inNuência, tra)ando um quadro intelectual em que a fé crist$ era o pressuposto da vida espiritual.
Em que consistia essa $% 7onsistia na cren)a irrestrita ou na adesão incondicional 9s &erdades re&eladas por Deus aos homens. =erdades e0pressas nas 'agradas Escrituras 123blia4 e interpretadas segundo a autoridade da <grea.
De acordo com a doutrina católica, a $ representa a onte mais elevada das verdades especialmente aquelas verdades essenciais ao homem e que di8em respeito 9 sua salva)ão.
*este sentido, afrmava *a(to +m%r7sio 1BCS BZF, apro0imadamente4 >oda verdade, dita por quem quer que sea, $ do Esp3rito 'anto.
-ssim toda investiga)ão flosófca ou cient3fca
não poderia, contrariar as verdades
estabelecidas pela $ católica.
'egundo essa orienta)ão, os flósoos não precisavam se dedicar a busca da verdade, pois ela + havia sido revelada por Deus aos homens.
6estavalhe, apenas, demonstrar racionalmente as verdades da $.
Então os religiosos despre8avam a flosofa grega, porque viam nessa orma pagã de pensamento uma porta aberta para o pecado, a dIvida, o descaminho e a heresia 1doutrina contr+ria as estabelecidas pela igrea, em termos de $4.
(or outro lado, surgiram pensadores cristãos que deendiam o conhecimento da flosofa grega, sentindo a possibilidade de utili8+la como instrumento a servi)o do cristianismo.
7onciliando a $ cristã, o estudo da flosofa grega permitiria + igrea enrentar os descrentes e derrotar os hereges com as armas racionais da argumenta)ão lógica.
# obetivo era convencer os descrentes, tanto quanto poss3vel, pela ra8ão, para depois +los aceitar a imensidão dos mist$rios divinos, somente acess3veis X $.
*esse conte0to, a flosofa medieval pode ser dividida em quatro momentos principais:
a5 Pais +ost7licos 1s$culo < e <<4, entre os quais se incluem os apóstolos, que disseminavam a palavra de 7risto, sobretudo em rela)ão aos temas morais. Entre estes se destaca a fgura de Pa'lo pelo volume e valor liter+rio de suas ep3stolas.
%5 Pais +olo#istas 1s$culos <<< e <=4, que a8iam a apologia do cristianismo contra a flosofa pagã. Entre eles se destacavam #r3genes, Rustino e >ertuliano.
c5 Patr/stica
1s$culo <= ao s$culo =<<<4, buscavam uma concilia)ão entre a ra8ão e a $ e se destacam a fgura de*a(to +#osti(ho
e a inNuência da flosofa dePlat$o
.d5 ,scol0stica
1s$culo <J a J=<4, buscouse uma sistemati8a)ão da flosofa cristã, sobretudo a partir da interpreta)ão da flosofa de+rist7teles
, e se destaca a fgura de*a(to
Tom0s de +C'i(o.
- caracter3stica undamental dessa flosofa medieval $ a ênase nas questões teológicas, destacandose temas como: o dogma da >rindade, a encarna)ão de Deusflho, a liberdade e a salva)ão, a rela)ão entre $ e ra8ão.&>omai cuidado para que ningu$m vos
escravi8e por vãs e enganadoras especula)ões da &flosofa&, segundo a tradi)ão dos homens, segundo os elementos do mundo, e não segundo 7risto.& 1'ão (aulo:
+ Patr/stica
: &- $ em busca de argumentos racionais a partir de uma matri8 plat!nica".# 7ristianismo tomou orma como institui)ão e era necess+rio e0plicar as doutrinas undamentais 9s autoridades romanas e ao povo em geral.-s doutrinas e os Dogmas da <grea 7atólica
estavam consolidados e não podiam
simplesmente ser impostos pela or)a. Eles tinham de ser apresentados de maneira convincente, mediante um trabalho de conquista
(ensando assim, os primeiros (adres da <grea se empenharam na elabora)ão de inImeros te0tos sobre a $ e a revela)ão cristãs.
# conunto desses te0tos fcou conhecido como Patr/stica.
Kma das principais correntes da flosofa patr3stica, inspirada na flosofa grecoromana, tentou munir a $ de argumentos racionais.
Esse proeto de concilia)ão entre o cristianismo e o pensamento pagão teve como principal e0poente o (adre -gostinho.
&7ompreender para crer, crer para compreender&. 1'anto -gostinho4
+ ,*>O)*TI>+: G$todo de aprendi8agem que nasceu nas escolas mo(0sticas cristãs visando conciliar a $ com o pensamento racional.
"#s caminhos de inspira)ão aristot$lica levam at$ Deus/.
*o s$culo =<<<, 7arlos Gagno resolveu organi8ar o ensino por todo o seu imp$rio e undar escolas ligadas 9s institui)ões católicas.
- cultura grecoromana, guardada nos mosteiros at$ então, voltou a ser divulgada, passando a ter uma inNuência mais marcante nas reNe0ões da $poca. Era a renascen)a carol3ngia4.
>endo a educa)ão romana como modelo, come)aram a ser ensinadas as seguintes mat$rias:Tri&i'm: @ram+tica, retórica e dial$tica.
'adri&i'm: @eometria, aritm$tica, astronomia e mIsica.
# 'adri&i'm engloba o ensino do m$todo cient3fco por meio de quatro erramentas relacionadas 9 mat$ria e 9 quantidade. # Tri&i'm. + s * e te + rt e s ) i% e ra is
- unda)ão dessas escolas e das primeiras universidades do s$culo J< e8 surgir uma produ)ão flosófco teológica denominada escol+stica 1de escola4.
Método
: Gaiêutica.- partir do s$culo J<<<, o aristotelismo penetrou de orma prounda no pensamento escol+stico, marcandoo defnitivamente.
<sso se deveu 9 descoberta de muitas obras de -ristóteles, descobertas at$ então, e 9 tradu)ão para
o latim de algumas delas, diretamente do grego. - busca da harmoni8a)ão entre a $ cristã e a ra8ão mantevese, no entanto, como problema b+sico de especula)ão flosófca. *esse sentido, o per3odo escol+stico pode ser dividido em três ases:
Primeira fase – 1s$culo <J ao fm do s$culo J<<4: 7aracteri8ada pela confan)a na pereita harmonia entre $ e ra8ão.
*e#'(da fase – 1s$culo J<<< ao princ3pio do s$culo J<=4: 7aracteri8ada pela elabora)ão de grandes sistemas flosófcos, merecendo destaques nas obras de >om+s de -quino. *esta ase, considerase que a harmoni8a)ão entre $ e ra8ão p!de ser parcialmente obtida.
Terceira fase – 1s$culo J<= at$ o s$culo J=<4: Decadência da escol+stica, caracteri8ada pela
+s 'estBes U(i&ersais
# que h+ entre as palavras e as coisas.
# m$todo escol+stico de investiga)ão, segundo o historiador rancês
JacC'es )e o
, privilegiava o estudo da linguagem 1o trivium4 para depois passar para o e0ame das coisas 1o quadrivium4.Desse modo surgiu a seguinte pergunta: qual a rela)ão entre as palavras e as coisas%
,Eemlo
: 6osa, $ o nome de uma Nor. Tuando a Nor morre, a palavra rosa continua e0istindo. *esse caso, a palavra ala de uma coisa ine0istente, de uma id$ia geral. Gas como isso acontece%# grande inspirador da questão oi o pensador neoplat!nico
Porf/rio
, em sua obra <sagoge:&*ão tentarei enunciar se os gêneros e as esp$cies e0istem por si mesmos ou na pura inteligência, nem, no caso de subsistirem, se são corpóreos ou incorpóreos, nem se e0istem separados dos obetos sens3veis ou nestes obetos, ormando parte dos mesmos&.
Esse problema flosófco gerou muitas disputas. Era a grande discussão sobre a e0istência ou
não das id$ias gerais 1os chamados universais de -ristóteles4.
)7#ica +ristotélica
:: # princ3pio primeiro não deve provir de algo + ormado, pois, se assim osse, não seria mais primeiro.-ristóteles dedu8 que h+ um princ3pio primeiro do qual derivam todas as outras coisas.
# princ3pio primeiro não deve provir de algo + ormado, pois, se assim osse, não seria mais primeiro.
(ara -ristóteles, a id$ia de viraser não aceita situa)ão de oposi)ão, dado que uma coisa prov$m da outra.
-ristóteles e0emplifca:
# g$nero com o conceito de animal e a
esp$cie ou essência com a orma de
ca&alo
. # g$nero com o conceito de vegetal e a
esp$cie ou essência com a orma de
Kor
.U+ um