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Filosofia Da Religião

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Academic year: 2021

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(1)

Professor Dr. José Maria da Professor Dr. José Maria da

Frota Frota

 jose_frota@hotmail

(2)
(3)

I - INTRODU!O I - INTRODU!O

Filoso"a da Reli#i$o

Filoso"a da Reli#i$o – Disciplina que constitui– Disciplina que constitui uma das divisões da flosofa.

uma das divisões da flosofa.

O%jeti&o

O%jeti&o: Estudar a dimensão espiritual do: Estudar a dimensão espiritual do homem numa perspectiva flosófca, indagando homem numa perspectiva flosófca, indagando e pesquisando sobre a essência do en!meno e pesquisando sobre a essência do en!meno religioso.

religioso.

Per#'(ta f'(dame(ta

Per#'(ta f'(dame(ta: "# que $ afnal, a: "# que $ afnal, a religião%&.

(4)

Reli#i$o

Reli#i$o

: 'entido etimológico da palavra,: 'entido etimológico da palavra, religar, tornar real o que fcou solto, voltar a religar, tornar real o que fcou solto, voltar a comunhão, ligar o que oi desligado.

(5)

FI)O*OFI+ R,)II!O *a%er roc'rado. (ropõe a

constru)ão de uma concep)ão lógica e puramente racional da realidade. *ão h+ $ nem verdades reveladas mas apenas verdades a descobrir, a procurar.

*a%er re&elado. (ressupõe a $ o deseo de salva)ão. - verdade religiosa oi revelada por Deus e encontrase "registrada/ nos te0tos sagrados 1E0emplo: -23blia4.

*a%er cr/tico. *ão h+, na flosofa, verdades inquestion+veis. - flosofa $ um saber cr3tico e aberto.

*a%er do#m0tico. -s verdades da religião são 1dogmas4 inquestion+veis, indiscut3veis e defnitivas.

Predom/(io da ra1$o. - rela)ão do flósoo com a realidade $ puramente racional, a flosofa $ uma visão desapai0onada da

Predom/(io da emo2$o. -s rela)ões do homem com a divindade baseiamse na emo)ão e no aeto.

(6)

(ara o estudo da 5ilosofa da 6eligião são usados três m$todos:

345 6ist7rico cr/tico comarati&o8 7ompara as v+rias religiões, busca aspectos comuns e suas dieren)as, para verifcar o que constitui a essência do en!meno religioso.

945 O "lol7#ico8 5a8 o estudo comparativo das l3nguas, visando encontrar as palavras utili8adas para descrever e e0pressar o sagrado e suas ra38es comuns.

:45 O a(trool7#ico8 (rocura reconstruir o passado religioso tendo por base a etnologia 1estudo dos povos

(7)

-

Filoso"a da Reli#i$o

a8 uma adequada conuga)ão desses m$todos &para obter a melhor soma de elementos para chegar 9 conclusão mais correta sobre a essência da religião e suas caracter3sticas universais".

Filoso"a

 $ o conunto de concep)ões, pr+ticas ou teorias, acerca do ser, dos seres, do homem e do seu papel no universo conunto de toda ciência, conhecimento ou saber racional.

(8)

Filoso"a

: Estuda os problemas undamentais relacionados 9 e0istência, ao conhecimento, 9 verdade, aos valores morais e est$ticos, 9 mente e 9 linguagem.

Filoso"a da Reli#i$o

: <nvestiga a esera espiritual inerente ao homem, do ponto de vista da meta3sica, da antropologia e da $tica.

(9)

II - D,FINI!O

FI)O*OFI+

: Etimologicamente o termo prov$m do grego 1philein4 amar 1'ophia )

sabedoria. (odendo, portanto, ser defnida

como "amor da ciência, do saber, do conhecimento/.

- flosofa, segundo a tradi)ão, come)a historicamente no s$culo =< a.7. com -ristóteles, para quem ela seria "a totalidade do conhecimento humano, bem como os modos de se chegar a esse conhecimento/.

(10)

(ara +rist7teles, a flosofa undamental seria a  >eologia, que $ o princ3pio e as causas ultimas, o que incluiria a id$ia da divindade, que $ o principal de todos os princ3pios, a 7ausa de todas as causas.

- flosofa na realidade seria uma religião, mediante a qual o indiv3duo aprende como buscar e obter a união com o divino.

"*enhum homem $ s+bio, mas somente Deus. E as pessoas que têm interesse pelas coisas divinas são buscadoras de sabedoria/. (it+goras.

(11)

- flosofa da religião teve o seu come)o como deesa da $ religiosa, usando o racioc3nio flosófco, deendendo de imediato, como e0emplo da atividade a que se dedicava, a racionalidade da e0istência da alma e de Deus.

(12)

III ; PROP<*ITO D+ FI)O*OFI+ D+ R,)II!O

  7ompreender as cren)as religiosas

descrevendoas de orma mais e0ata e abrangente.

 E0aminar minuciosamente as cren)as religiosas

possibilitando as diversas interpreta)ões da e0periência e das atividades das mesmas.

(13)

  Distinguir a 5ilosofa da 6eligião da

-polog$tica, considerando que o flosoo pode se dedicar ao estudo da disciplina sem que sea um religioso praticante.

 (esquisar a nature8a e os undamentos da $

religiosa.

  Elaborar questões a respeito das cren)as e

(14)

 5ormular indaga)ões flosófcas sobre o esp3rito

humano, a ustifca)ão da $ religiosa, a nature8a de Deus e da alma, e perguntas $ticas acerca do relacionamento entre Deus e os valores morais. *o terreno da religião, e0iste muitas preocupa)ões flosófcas e a flosofa da religião se interessa por elas.

(15)

  - cren)a em Deus.

  - imortalidade da alma.   - nature8a do milagre.   # problema do mal.

Esses quatro esor)os flosófcos, se constituem nos problemas cl+ssicos da flosofa da religião.

(16)

I= - >ONTRI?UI,* D, OUTR+* >IAN>I+*

'ão as seguintes 7iências:

?. @eologia e @eografa 1>erra 'anta – <srael4. A. -rqueologia 1-s pragas do Egito4.

B. -stronomia 1-strologia4. C. 2iologia 1Ecologia4.

. -ntropologia 1Estuda o en!meno humano4. . (sicologia 17omportamento e processos

mentais4.

De maneira global a un)ão de ciência e flosofa buscando o conhecimento humano se tornam antropológicas.

(17)

>o(tri%'i2Bes hist7ricas

Da Reforma Protesta(te

: 5oi importante

para o cristianismo porque chamou a aten)ão para verdades 1doutrinas4 e pr+ticas b3blicas que haviam sido esquecidas ou distorcidas pela <grea Gedieval.Pri(ciais co(tri%'i2Bes: 6etorno 9s Escrituras a

centralidade de 7risto a salva)ão vista como d+diva da gra)a de Deus, a ser recebida por meio da $ a <grea não $ a institui)ão ou a hierarquia, mas o povo de Deus – cada cristão $ um sacerdote.

(18)

 Das ci(co &ias de *$o Tom0s de +C'i(o

:

# flósoo cristão distingue cinco vias para caracteri8ar o conhecimento e provar a e0istência de Deus:?. Primeiro Motor im7&el 1quem move o universo4.

A. Primeira ca'sa e"cie(te 17ausa e eeito4.

B. *er Necess0rio e os seres oss/&eis 1seres poss3veis dependem de um ser necess+rio4.

C. ra's de Perfei2$o 1'er pereito4.

. o&er(o *'remo 1suprema inteligência governa todas as coisas4.

(19)

  Do ar#'me(to o(tol7#ico de *a(to

+(selmo

: 5oi chamada, a partir de Hant, prova ontológica  e tamb$m argumento ontológico.

7ertamente aquilo de que não se pode alar nada de maior não pode estar só no intelecto. (orque, se estivesse só no intelecto, poderseia pensar que tamb$m estivesse na realidade, ou sea, que osse maior. 'e, portanto, aquilo de que não se pode pensar nada de maior est+ só no intelecto, aquilo de que não se pode pensar nada de maior $, ao contr+rio, aquilo que se pode pensar algo de maior. Gas certamente isso $ imposs3vel. (ortanto, não h+ dIvida de que aquilo que não se pode pensar algo de maior e0iste

(20)

Essas provas dei0aram de ter ampla aceita)ão desde o s$culo J=<<<, embora ainda conven)am muitas pessoas e alguns flósoos.

a(t, um simpati8ante da $ religiosa,

distinguiu v+rias perversões das maniesta)ões populares da religião:

a4 Teoso"a 17orpo de conhecimentos que sinteti8a

5ilosofa, 6eligião e 7iência4: 'uprema sabedoria

1baseada no ocultismo4. a(t: Kso de concep)ões

(21)

b4 Demo(olo#ia: L o estudo sistem+tico dos dem!nios. a(t: 5avorecimento de concep)ões antropomórfcas 1atribui caracter3sticas eMou aspectos humanos a Deus4 do 'er 'upremo.

c4 Te'r#ia: L uma ciência que permite invocar os 'eres <ne+veis dos mundos superiores para deles receber sublimes ensinamentos. a(t: <lusão an+tica de que esse ser pode nos comunicar sentimentos ou de que podemos e0ercer inNuência sobre Ele.

(22)

d4 Idolatria: Do grego eidolon 1corpo4 O latreia 1adora)ão4, representando mais adora)ão 9s aparências corporais do que de imagens simplesmente. a(t: -engano supersticioso de que podemos nos tornar aceit+veis perante o 'er 'upremo atrav$s de outros meios que não o de ter a lei moral no cora)ão.

*o entanto, essas

tendências para o contato arrebatado têm se tornado cada ve8 mais importante na teologia moderna.

Desde 5euerbach h+ uma tendência crescente na flosofa da religião em se concentrar nas

dimensões sociais e antropológicas da cren)a religiosa , ou para a conceber como uma maniesta)ão

de v+rias necessidades psicológicas e0plic+veis.

'egundo <mmanuel Hant, $ uma lei que manda agir de acordo com o que a vontade quer que se torne uma lei v+lida

(23)

O c'idado da troca do esirit'al ara o material

Guitos intelectuais oram condu8idos a 7risto por pregadores que usaram uma abordagem flosófca da $ religiosa.

,E:  J'sti(o M0rtir – Entendia que a melhor

por)ão da flosofa grega atuava como

mestre-escola  para condu8ir os pagãos a 7risto, tal como a Pei 1aio4 assim a8ia no caso dos udeus.

(24)

&L poss3vel acreditar em Deus usando a ra8ão&, afrma Qilliam Pane 7raig. Ele usando a 5ilosofa e a >eologia deendeu:

 # cristianismo.

 - ressurrei)ão de Resus.

 - veracidade da 23blia.

7raig discursando a partir de constru)ão lógica e racional, se destaca em debates com pensadores ateus. =ea de AMSBMAS?A.

(25)

Tuando o poder de Deus realmente se maniesta não h+ necessidade de dourar a mensagem com a habilidade retórica.

(26)

= - + FI)O*OFI+ D+ R,)II!O

IN=,*TI+TI=+

Ela levanta questionamentos undamentais:

 # que $ a religião%  Deus e0iste%

 U+ vida depois da morte%  7omo se e0plica o mal%

Estas e outras perguntas, id$ias e postulados religiosos são estudados por esta disciplina.

(27)

U+ uma infnidade de religiões, compostas de U+ uma infnidade de religiões, compostas de distintas modalidades de adora)ão, mitologias distintas modalidades de adora)ão, mitologias e e0periências espirituais, mas geralmente os e e0periências espirituais, mas geralmente os estudiosos se concentram na pesquisa das estudiosos se concentram na pesquisa das principais vertentes espirituais, como:

principais vertentes espirituais, como: a4

a4

 J'da/smo

 J'da/smo

 – Rudeus – Rudeus b4

b4

>ristia(ismo

>ristia(ismo

 – 7ristãos – 7ristãos c4

c4

Islamismo

Islamismo

 – Gul)umanos – Gul)umanos

 >

 >orah  VUQUorah  VUQU 23blia  Deus 23blia  Deus -lcorão  -llah -lcorão  -llah

(28)

-s religiões orientais normalmente se centram -s religiões orientais normalmente se centram em uma determinada flosofa de vida.

em uma determinada flosofa de vida.

#s flósoos têm como obetivo descobrir se o #s flósoos têm como obetivo descobrir se o olhar espiritual sobre o 7osmos $ realmente olhar espiritual sobre o 7osmos $ realmente verdadeiro.

verdadeiro.>osmo>osmo ou ou cosmocosmos 1do grego antigo Wósmos, &ordem&,s 1do grego antigo Wósmos, &ordem&,

&organi8a)ão&,&bele8a&,&harmonia&4. >ermo que designa o &organi8a)ão&,&bele8a&,&harmonia&4. >ermo que designa o universo em seu conunto, toda a estrutura universal em universo em seu conunto, toda a estrutura universal em sua totalidade, desde o micro

sua totalidade, desde o microcosmocosmo ao macro ao macrocosmocosmo..

Pit0#oras

Pit0#oras  oi o primeiro a utili8ar o termo &cosmos& para  oi o primeiro a utili8ar o termo &cosmos& para reerenciar o Kniverso.

(29)

*a pesquisa o flósoo da religião adota como *a pesquisa o flósoo da religião adota como instrumentos teóricos a metodologia histórica instrumentos teóricos a metodologia histórica cr3tica comparativa

cr3tica comparativa 11comara as &0rias reli#iBes (o temo e (ocomara as &0rias reli#iBes (o temo e (o esa2o %'sca os asectos mais com'(s as difere(2as e &eri"ca o C'e esa2o %'sca os asectos mais com'(s as difere(2as e &eri"ca o C'e co(stit'i a essG(cia do fe(Hme(o reli#ioso

co(stit'i a essG(cia do fe(Hme(o reli#ioso4.4.

-- "lol7#ica"lol7#ica: 6eali8a a investiga)ão dos v+rios idiomas,: 6eali8a a investiga)ão dos v+rios idiomas, comparandoos e buscando e0pressões usadas para se comparandoos e buscando e0pressões usadas para se reerir ao sagrado, estabelecendo assim o que elas têm em reerir ao sagrado, estabelecendo assim o que elas têm em comum.

comum.

-- a(trool7#icaa(trool7#ica: 6esgata o passado espiritual dos povos: 6esgata o passado espiritual dos povos ancestrais e dos contemporXneos, seus institutos, suas ancestrais e dos contemporXneos, seus institutos, suas convic)ões, seus ritos e

(30)

7abe 9 5ilosofa da 6eligião reali8ar uma correta associa)ão destes distintos m$todos, para assim perceber claramente o que $ essencial nas religiões.

(31)

+ fé com'm em De's

Em todas as religiões vigentes no #cidente h+ algo em comum, a $ em Deus.

 - Divindade $ vista como um 'er sem corpo e eterno, criador de tudo que h+, e0tremamente generoso e pereito, todo poderoso 1onipotente, onisciente, onipresente4.

(32)

Esta $ a imagem te3sta de Deus, aquela que proclama sua e0istência.

*$o Tom0s de +C'i(o deende pelo menos

cinco argumentos a avor da presen)a de Deus no Kniverso:

3. O(tol7#ico 1deende a e0istência de

Deus atrav$s da ideia de que Ele $ obrigatoriamente um ser pereito e, portanto, deve e0istir4.

(33)

9. >osmol7#ico

1tenta provar a e0istência de Deus atrav$s da observa)ão do mundo que nos rodeia 1o cosmos4. E0iste uma causa primeira4.

:. Des/#(io

1segundo o qual o mundo 1signifca todo o universo4 se assemelha o bastante a uma m+quina ou a uma obra de arte ou de arquitetura, de um arquiteto cuo intelecto $ respons+vel por sua ordem e comple0idade4.

(34)

. +Eiol7#ico

1ormas ou graus de perei)ões, neste mundo e0iste muitos graus de perei)ão. Então e0iste um grau m+0imo de perei)ão. "Deus/ que $ o +pice de todos os graus de perei)ões.

. ,"c0cia da Ra1$o

1- ra8ão humana $ apenas uma pequena demonstra)ão da ra8ão divina. Deus $ o <ntelecto 'upremo4.

(35)

Kma das mais contundentes

personalidades da flosofa 7ristã $

*a(to +#osti(ho. 5oi inNuenciado

pelo pensamento de

-ristótelesM(latão. (ropõe a

concilia)ão entre a $tica grecolatina e a mensagem dos evangelhos. #bras mais conhecidas: 7idade de Deus e 7onfssões .

a5 ,mer#i(do de rof'(dos co(Kitos

Emocionais caracter3sticas de sua inXncia, -gostinho vêse atormentado quando após a morte de sua mãe, busca sua conversão ao 7ristianismo.

(36)

-gora encontrase em um abismo cultural e intelectual:

  7omo conciliar o pensamento Uelênico e o

7ristão%

  7omo aceitar a arte dos gregos se eram

polite3stas%

(37)

 >amb$m + tinha reeitado as enganadoras predi)ões e os 3mpios del3rios dos -strólogos. -inda nisto meu Deus, =os quero conessar as vossas misericórdias, desde as fbras mais secretas da minha almaY 1>recho retirado da obra 7onfssões4.

*esta passagem, -gostinho inNuenciado por dois amigos, conessa a Deus seu erro: a pr+tica da -strologia.

'egundo sua visão, a arte de prever o uturo era alsa, e com ela a -strologia.

(38)

'omente Deus possuiria tal habilidade. -capacidade, por e0emplo, de antever a uma utura doen)a pela medicina ou qualquer outra arte tornase di3cil de conciliar.

%5 O se#me(to é i(eC'/&oco

-gostinho bate de rente com o problema &o que torna uma pessoa um homicida%"

(39)

<sto não pode vir de Deus nem dos astros, e muito menos de um distIrbio no 7omple0o 6eptiliano de Eccles 1o c$rebro reptiliano4.

 >odos os assuntos sociais, bons ou ruins, são no fm dependentes do c$rebro r$ptil do homem. 7hamado 7omple0o6 $ a região mais velha e mais primitiva de nossa massa cin8enta.

'e algu$m di8 que agiu com o cora)ão em ve8 da cabe)a. # que ele realmente quer di8er $ que concedeu o controle 9s suas emo)ões primitivas 1que têm origem no c$rebro r$ptil4, ao inv$s dos c+lculos da parte racional do c$rebro.

(40)

<sto abalaria toda a doutrina 6omana cristã que estava em vias de ser institu3da. (ara isto, seria necess+rio e0pulsar toda esp$cie de intererência 1-strologia e dem!nios4.

(ara -gostinho no =erbo de Deus e0istem as verdades eternas, as id$ias, as esp$cies, os princ3pios ormais das coisas, e são os modelos dos seres criados e conhecemos as verdades eternas e as id$ias das coisas reais por meio da lu8 intelectual a nós participada pelo =erbo de Deus.

(41)

=I ; +* >+R+>T,RI*TI>+* FI)O*<FI>+* DO >RI*TI+NI*MO

- 5ilosofa cristã iniciase por volta do s$culo <<. Ela surge atrav$s do movimento da comunidade cristã chamada Patr/stica, que tinha como principal obetivo a deesa da $.

Esta parte, dedicada 9 história do pensamento cristão, ser+, portanto, dividida do seguinte modo:

(42)

  # 7ristianismo, isto $, o pensamento do *ovo

 >estamento, enquanto soluciona o problema flosófco do mal.

 - (atr3stica, a saber, o pensamento cristão desde

o << ao =<<< s$culo, a que $ devida particularmente a constru)ão da teologia, da dogm+tica católica a Escol+stica, a saber, o pensamento cristão desde o s$culo <J at$ o s$culo J=, criadora da flosofa cristã verdadeira e própria.

(43)

>aracter/stica do e(same(to crist$o

Tuem não se ilumina com o esplendor de coisas tão grandes como as coisas criadas, $ cego, quem não desperta com tantos clamores, $ surdo, quem, com todas essas coisas, não se pões a louvar Deus, $ mudo, quem, a partir de ind3cios tão evidentes não volta a mente para o primeiro princ3pio, $ tolo. 1'ão 2oa ventura4.

(44)

5oi conquistada a cidade que conquistou o universo. -ssim defniu 'ão Rer!nimo o momento

que marcaria a virada de uma $poca.

7onsequências:

  <nvasão de 6oma pelos germanos e a queda do

<mp$rio 6omano.

 - <dade G$dia iniciase com a desorgani8a)ão da

vida pol3tica, econ!mica e social do #cidente, agora transormado num mosaico de reinos b+rbaros.

(45)

  =ieram as guerras, a ome e as grandes

epidemias.

 # cristianismo propagase por diversos povos.

 - diminui)ão da atividade cultural transorma o

homem comum num ser dominado por cren)as e supersti)ões.

 # per3odo medieval não oi, por$m, a &<dade das

(46)

 - flosofa cl+ssica sobrevive, confnada nos

mosteiros religiosos.

  # aristotelismo disseminase pelo #riente

bi8antino, a8endo Norescer os estudos flosófcos e as reali8a)ões cient3fcas.

  *o #cidente, undamse as primeiras

universidades, ocorre a usão de elementos culturais grecoromanos,

cristãos e germXnicos, e as obras de -ristóteles são tradu8idas para o latim.

(47)

 'ob a inNuência da <grea, as especula)ões

se concentram em questões flosófco teológicas, tentando conciliar a $ e a ra8ão.

  *esse esor)o que 'anto -gostinho e 'anto

 >om+s de -quino tra8em 9 lu8 reNe0ões undamentais para a história do pensamento cristão.

(48)

+ Filoso"a Medie&al e o >ristia(ismo

-o longo do s$culo = d.7, o imp$rio 6omano do #cidente 'oreu ataques constantes dos & povos b+rbaros &.

Do conronto desses povos invasores com os romanos desenvolveuse uma nova estrutura)ão da vida social europ$ia, que corresponde ao per3odo medieval.

(49)

Em meio ao esacelamento do imp$rio 6omano, decorrente, em grande parte, das invasões germXnicas, a <grea católica conseguiu manterse como institui)ão social.

7onsolidou sua organi8a)ão religiosa e diundiu o

cristia(ismo

, preservando, tamb$m, muitos elementos da cultura grecoromana.

(50)

-poiada em sua crescente inNuência religiosa, a <grea passou a e0ercer importante papel pol3tico na sociedade medieval.

Desempenhou, +s ve8es a un)ão de órgão supranacional, conciliador das elites dominantes, contornando os problemas das rivalidades internas da nobre8a eudal.

(51)

7onquistou, tamb$m, vasta rique8a material, tornouse dona de apro0imadamente um ter)o das +reas cultiv+veis da Europa ocidental, numa $poca em que a terra era a principal base da rique8a.

=II - >ONF)ITO* , >ON>I)I+!O ,NTR, + F , O *+?,R

*o plano cultural, a <grea e0erceu ampla inNuência, tra)ando um quadro intelectual em que a fé crist$ era o pressuposto da vida espiritual.

(52)

Em que consistia essa $% 7onsistia na cren)a irrestrita ou na adesão incondicional 9s &erdades re&eladas por Deus aos homens. =erdades e0pressas nas 'agradas Escrituras 123blia4 e interpretadas segundo a autoridade da <grea.

De acordo com a doutrina católica, a $ representa a onte mais elevada das verdades especialmente aquelas verdades essenciais ao homem e que di8em respeito 9 sua salva)ão.

(53)

*este sentido, afrmava *a(to +m%r7sio 1BCS BZF, apro0imadamente4 >oda verdade, dita por quem quer que sea, $ do Esp3rito 'anto.

-ssim toda investiga)ão flosófca ou cient3fca

não poderia, contrariar as verdades

estabelecidas pela $ católica.

'egundo essa orienta)ão, os flósoos não precisavam se dedicar a busca da verdade, pois ela + havia sido revelada por Deus aos homens.

(54)

6estavalhe, apenas, demonstrar racionalmente as verdades da $.

Então os religiosos despre8avam a flosofa grega, porque viam nessa orma pagã de pensamento uma porta aberta para o pecado, a dIvida, o descaminho e a heresia 1doutrina contr+ria as estabelecidas pela igrea, em termos de $4.

(55)

(or outro lado, surgiram pensadores cristãos que deendiam o conhecimento da flosofa grega, sentindo a possibilidade de utili8+la como instrumento a servi)o do cristianismo.

7onciliando a $ cristã, o estudo da flosofa grega permitiria + igrea enrentar os descrentes e derrotar os hereges com as armas racionais da argumenta)ão lógica.

(56)

# obetivo era convencer os descrentes, tanto quanto poss3vel, pela ra8ão, para depois +los aceitar a imensidão dos mist$rios divinos, somente acess3veis X $.

*esse conte0to, a flosofa medieval pode ser dividida em quatro momentos principais:

(57)

a5 Pais +ost7licos 1s$culo < e <<4, entre os quais se incluem os apóstolos, que disseminavam a palavra de 7risto, sobretudo em rela)ão aos temas morais. Entre estes se destaca a fgura de Pa'lo pelo volume e valor liter+rio de suas ep3stolas.

%5 Pais +olo#istas 1s$culos <<< e <=4, que a8iam a apologia do cristianismo contra a flosofa pagã. Entre eles se destacavam #r3genes, Rustino e >ertuliano.

(58)

c5 Patr/stica

1s$culo <= ao s$culo =<<<4, buscavam uma concilia)ão entre a ra8ão e a $ e se destacam a fgura de

*a(to +#osti(ho

e a inNuência da flosofa de

Plat$o

.

d5 ,scol0stica

1s$culo <J a J=<4, buscouse uma sistemati8a)ão da flosofa cristã, sobretudo a partir da interpreta)ão da flosofa de

+rist7teles

, e se destaca a fgura de

*a(to

Tom0s de +C'i(o.

(59)

- caracter3stica undamental dessa flosofa medieval $ a ênase nas questões teológicas, destacandose temas como: o dogma da  >rindade, a encarna)ão de Deusflho, a liberdade e a salva)ão, a rela)ão entre $ e ra8ão.&>omai cuidado para que ningu$m vos

escravi8e por vãs e enganadoras especula)ões da &flosofa&, segundo a tradi)ão dos homens, segundo os elementos do mundo, e não segundo 7risto.& 1'ão (aulo:

(60)

+ Patr/stica

: &- $ em busca de argumentos racionais a partir de uma matri8 plat!nica".

# 7ristianismo tomou orma como institui)ão e era necess+rio e0plicar as doutrinas undamentais 9s autoridades romanas e ao povo em geral.-s doutrinas e os Dogmas da <grea 7atólica

estavam consolidados e não podiam

simplesmente ser impostos pela or)a. Eles tinham de ser apresentados de maneira convincente, mediante um trabalho de conquista

(61)

(ensando assim, os primeiros (adres da <grea se empenharam na elabora)ão de inImeros te0tos sobre a $ e a revela)ão cristãs.

# conunto desses te0tos fcou conhecido como Patr/stica.

Kma das principais correntes da flosofa patr3stica, inspirada na flosofa grecoromana, tentou munir a $ de argumentos racionais.

Esse proeto de concilia)ão entre o cristianismo e o pensamento pagão teve como principal e0poente o (adre -gostinho.

&7ompreender para crer, crer para compreender&. 1'anto -gostinho4

(62)

+ ,*>O)*TI>+: G$todo de aprendi8agem que nasceu nas escolas mo(0sticas cristãs visando conciliar a $ com o pensamento racional.

"#s caminhos de inspira)ão aristot$lica levam at$ Deus/.

*o s$culo =<<<, 7arlos Gagno resolveu organi8ar o ensino por todo o seu imp$rio e undar escolas ligadas 9s institui)ões católicas.

(63)

- cultura grecoromana, guardada nos mosteiros at$ então, voltou a ser divulgada, passando a ter uma inNuência mais marcante nas reNe0ões da $poca. Era a renascen)a carol3ngia4.

 >endo a educa)ão romana como modelo, come)aram a ser ensinadas as seguintes mat$rias:Tri&i'm: @ram+tica, retórica e dial$tica.

'adri&i'm: @eometria, aritm$tica, astronomia e mIsica.

(64)

# 'adri&i'm engloba o ensino do m$todo cient3fco por meio de quatro erramentas relacionadas 9 mat$ria e 9 quantidade. # Tri&i'm. + s * e te + rt e s ) i% e ra is

(65)

- unda)ão dessas escolas e das primeiras universidades do s$culo J< e8 surgir uma produ)ão flosófco teológica denominada escol+stica 1de escola4.

Método

: Gaiêutica.

- partir do s$culo J<<<, o aristotelismo penetrou de orma prounda no pensamento escol+stico, marcandoo defnitivamente.

(66)

<sso se deveu 9 descoberta de muitas obras de -ristóteles, descobertas at$ então, e 9 tradu)ão para

o latim de algumas delas, diretamente do grego. - busca da harmoni8a)ão entre a $ cristã e a ra8ão mantevese, no entanto, como problema b+sico de especula)ão flosófca. *esse sentido, o per3odo escol+stico pode ser dividido em três ases:

(67)

Primeira fase – 1s$culo <J ao fm do s$culo J<<4: 7aracteri8ada pela confan)a na pereita harmonia entre $ e ra8ão.

*e#'(da fase – 1s$culo J<<< ao princ3pio do s$culo J<=4: 7aracteri8ada pela elabora)ão de grandes sistemas flosófcos, merecendo destaques nas obras de >om+s de -quino. *esta ase, considerase que a harmoni8a)ão entre $ e ra8ão p!de ser parcialmente obtida.

Terceira fase  – 1s$culo J<= at$ o s$culo J=<4: Decadência da escol+stica, caracteri8ada pela

(68)

+s 'estBes U(i&ersais

# que h+ entre as palavras e as coisas.

# m$todo escol+stico de investiga)ão, segundo o historiador rancês

 JacC'es )e o 

, privilegiava o estudo da linguagem 1o trivium4 para depois passar para o e0ame das coisas 1o quadrivium4.

(69)

Desse modo surgiu a seguinte pergunta: qual a rela)ão entre as palavras e as coisas%

,Eemlo

: 6osa, $ o nome de uma Nor. Tuando a Nor morre, a palavra rosa continua e0istindo. *esse caso, a palavra ala de uma coisa ine0istente, de uma id$ia geral. Gas como isso acontece%

(70)

# grande inspirador da questão oi o pensador neoplat!nico

Porf/rio

, em sua obra <sagoge:

&*ão tentarei enunciar se os gêneros e as esp$cies e0istem por si mesmos ou na pura inteligência, nem, no caso de subsistirem, se são corpóreos ou incorpóreos, nem se e0istem separados dos obetos sens3veis ou nestes obetos, ormando parte dos mesmos&.

(71)

Esse problema flosófco gerou muitas disputas. Era a grande discussão sobre a e0istência ou

não das id$ias gerais 1os chamados universais de -ristóteles4.

)7#ica +ristotélica

:: # princ3pio primeiro não deve provir de algo + ormado, pois, se assim osse, não seria mais primeiro.

(72)

-ristóteles dedu8 que h+ um princ3pio primeiro do qual derivam todas as outras coisas.

# princ3pio primeiro não deve provir de algo + ormado, pois, se assim osse, não seria mais primeiro.

(ara -ristóteles, a id$ia de viraser não aceita situa)ão de oposi)ão, dado que uma coisa prov$m da outra.

(73)

-ristóteles e0emplifca:

  # g$nero com o conceito de animal e a

esp$cie ou essência com a orma de

ca&alo

.

  # g$nero com o conceito de vegetal e a

esp$cie ou essência com a orma de

Kor

.

U+ um

'(i&ersal i(determi(ado

 # 'er Kno 1isto $, incriado, não nascido, não gerado4.

Referências

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