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FABIO TENENBLAT Doutorado Março de

2017 “A Ausência de Racionalidade da Administração Federal na Utilização do Poder Judiciário”

Posição Atual: Juiz Federal Titular

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Qual a contribuição do meu trabalho para as políticas públicas?

Através da tese “A construção do programa de

certificação do pescado brasileiro: estratégia para a formulação de políticas públicas para aquicultura brasileira” apresentei particularidades da aquicultura

brasileira, um setor econômico com expressivo potencial de desenvolvimento e importante papel a desempenhar para a segurança alimentar nas próximas décadas, mas cujo crescimento ainda discreto, é impactado pela instabilidade institucional e por uma crise política generalizada, acarretando em descontinuidade das políticas públicas para o setor e colocando em cheque a eficiência produtiva e a sustentabilidade do setor pesqueiro brasileiro. A construção da certificação como iniciativa pública é apresentada como uma proposta inovadora para os padrões brasileiros na construção de políticas públicas. A pesquisa ressalta a importância da fundamentação e participação social em ambientes de configuração político-institucional, social e ambiental complexos para dar credibilidade e confiabilidade nos processos decisórios, caracterizando a construção do programa como estratégia democrática e modelo para a elaboração e implementação de políticas públicas. Qual a contribuição do PPED para minha vida profissional?

Quando ingressei no doutorado, em 2013, meu objetivo era desenvolver uma pesquisa que possibilitasse ampliar meu escopo de atuação, em consonância com o trabalho que desenvolvera na época. Como servidora pública, tive a oportunidade de aplicar os conhecimentos de formulação e gestão de políticas públicas na prática e desde o início dos estudos no programa, tive a oportunidade de explorar a interdisciplinaridade do universo de políticas públicas, o que me possibilitou uma visão mais sistêmica e questionadora a respeito MÁRCIA ROCHA SILVA Doutorado – Novembro 2017 “Construção do Programa de Certificação do Pescado Brasileiro” Posição Atual: Médica Veterinária- Extensionista da Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro

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85 do setor produtivo estudado e suas perspectivas, além de conhecer,

aprofundar conhecimentos sobre as dinâmicas institucionais e os desafios do desenvolvimento sustentável. O aprendizado e vivência de inestimável valor com colegas e professores é algo que levarei para toda a vida. Serei eternamente grata ao PPED por me tornar aluna, cientista, multiplicadora e pelos avanços profissionais conquistados até aqui.

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Qual a contribuição do meu trabalho final para as políticas públicas?

A pesquisa desenvolvida permitiu compreender o desfecho da implementação da Política Nacional de Desenvolvimento de Pessoas em uma instituição do ensino superior.

Qual o papel do PPED na minha vida profissional (ou o que o PPED significou para minha vida profissional)?

A vivência no PPED me colocou em contato com pesquisadores, entre alunos e professores, de elevada qualidade acadêmica. As discussões em sala de aula e o desenvolvimento da pesquisa de Tese contribuíram significativamente para o meu amadurecimento acadêmico. ADRIANA OLIVEIRA ANDRADE Doutorado – Dezembro 2017 “Análise Institucional da Política de Gestão de Pessoas de Uma Instituição Federal de Ensino Superior” Posição Atual: Professora UFRRJ

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87 ENRIQUE J. SÁNCHEZ ELVIRA Doutorado - Fevereiro de 2018 “Análise da Efetividade da Política de Avaliação de Desempenho Individual na Administração Federal Brasileira”

Qual a contribuição do meu trabalho final para as políticas públicas?

Os resultados da minha tese de doutorado evidenciaram, por um lado, falhas na implementação da política de avaliação de desempenho dos servidores públicos federais brasileiros. Por outro, mostraram barreiras no serviço federal - derivados das estruturas formais e da cultura organizacional- à avaliação de desempenho tradicional, questões que limitam a sua efetividade.

A tese foi divulgada, compartilhando o

documento e com apresentações, em várias entidades federais e entre os responsáveis pela política de avaliação de desempenho no governo. Da mesma forma,dois artigos vinculados à pesquisa, escritos por mim e pela minha orientadora Maria de Fátima Bruno de Faria, estão em processo de revisão em dois periódicos, um nacional e outro internacional. Qual o papel do PPED na minha vida profissional (ou o que o PPED significou para minha vida profissional)?

O PPED foi, primeiramente, uma experiência pesquisadora maravilhosa, recomendável por si mesma, com independência dos fins perseguidos ao cursar o Programa. Salientaria dois aspectos puramente acadêmicos: o foco na investigação, com múltiplas atividades organizadas ao redor da transmissão e discussão de conhecimentos; e descobrir a realidade da gestão governamental por meio da própria experiência dos alunos, muitos dos quais formam parte de entidades públicas.

Pessoalmente, além dos conhecimentos teóricos, adquiri novas habilidades pesquisadoras e analíticas de grande valor para meu futuro. Profissionalmente, alguns meses depois de finalizar o PPED, consegui uma bolsa da ENAP para continuar desenvolvendo minha pesquisa desde uma perspectiva mais prática, possibilitando-me compartilhar e discutir os achados, de maneira mais próxima, com os decisores da política.

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Qual a contribuição do meu trabalho final para as políticas públicas?

A realização deste trabalho não foi uma tarefa trivial pelo fato de ir “contra a corrente”, no sentido de contestar um instrumento tido como “consenso” no combate às mudanças climáticas (mercado de carbono) e, de modo mais amplo, seus fundamentos teóricos (Teoria Neoclássica). Todavia, é importante desconstruir a visão do capitalismo como arranjo social natural. Sem isso, ficamos presos a criar iniciativas relacionadas aos mesmos fundamentos que causaram a crise ambiental na qual nos encontramos.

Em certa medida, a presente dissertação também vai “contra a contracorrente”, dado que falar de crise ambiental entre os marxianos não é simples, especialmente no âmbito de políticas públicas: em primeiro lugar, a atenção ao meio ambiente pode ser entendida como mais uma barreira para melhorar as condições de vida dos trabalhadores. Adicionalmente, na teoria marxista, o Estado é visto como uma instituição de dominação de uma classe sobre a outra – no caso, a classe burguesa sobre os trabalhadores. Portanto, identificar ações, através deste próprio Estado, que possam gerar antivalor (i.e., não contribuir com a incorporação do meio ambiente ao ciclo do capital) e favorecer a classe oprimida não é, de forma alguma, um consenso. Por fim, a apropriação do conceito do fetichismo da mercadoria de Marx e a criação de um novo, o “fetichismo do carbono”, amplia as possibilidades de crítica.

Ainda assim, creio que é função do acadêmico fomentar o debate, através de diferentes formas de pensamento, e estar aberto a críticas, pois é dessa forma que a Ciência Econômica avança (ou, na prática, deveria avançar). Nesse sentido, as críticas, bem fundamentadas, são bem-vindas e espero que, com elas, tenha podido ajudar a construir uma Economia Política Ambiental crítica.

FREDERICO