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Fabricante: Inscrever o nome completo

Ficha Catalográfica e Banco de Dados: orientações e diretrizes

Caso 2 Fabricante: Inscrever o nome completo

da empresa/indústria responsável pela produção do objeto. Ex.: Royal Typewriter Company, Norexa.

Descrição sumária: A descrição deve fornecer

elementos mais precisos e que vão além da simples denominação do objeto. Deve ser padronizada e formal, ou seja, serão indicados aspectos de visualidade e não culturais. Não serão indicadas questões de gosto, apuro na forma de produção, indicações de grandeza ou determinação de

frontalidade quando isto não for claro. Nomes de cores devem ser precisos e determinados a partir do uso de tabelas. Cada tipologia de objeto irá requerer formas distintas de descrição. Atualmente, muitos processos documentais incluem a digitalização da imagem de objetos. Em outros museus, já existem coleções de documentos digitais. Nesse caso, a descrição desses documentos deve incluir tipo, dimensões, tamanho e resolução.

Título (se aplicável): Deve ser inscrito no caso

de obras autorais. Peças industriais não possuem título. O título, quando conhecido e atribuído pelo criador da obra, deve ser transcrito respei- tando-se a grafia e o idioma originais. Ex.: Novia bellissima. No caso de título atribuído, colocá-lo entre aspas e indicar entre parênteses a origem da atribuição. Ex.: “Noite de Chuva” (atribuído pelo doador). Quando a obra for sem título, inscrever a informação. Ex.: Sem Título.

Data/cronologia do objeto: Indicação da data

de produção do objeto. As datas deverão ser fornecidas de maneira completa, quando precisas: dd/mm/aaaa. No caso de imprecisão há duas possibilidades:

• Indicar períodos limite, quando o objeto, por suas características pode ter sido produzido em um período mais amplo. As datas limite indicarão o lapso de tempo correspondente. Ex.: 1890-1900.

• Indicar a data aproximada (cerca de) com uma precisão maior, quando o objeto, por estudos

mais precisos, mas ainda inconclusivos, pode ter sido produzido naquele período. Ex.: (c.1986).

Dimensões: Deverão ser exatas e expressas em

centímetros. Para isso será necessário usar trenas de tecido, paquímetros e outros instrumentos com escalas precisas. O uso de réguas e trenas de metal deve ser evitado, pois pode causar danos aos objetos. As réguas de plástico, por sua vez, são imprecisas.

As medidas mais usadas em museologia são justamente aquelas que definem um sólido no espaço tridimensional: altura, largura e profundidade. Há outras medidas utilizadas para objetos especiais seja por seu tamanho ou por sua natureza. Por exemplo, moedas devem ser pesadas, bem como esculturas de grande porte; o volume interno de vasos arqueológicos deve ser medido. Nesses casos, essas medidas têm finalidades diversas e, não raramente, interessam mais ao pesquisador do que ao museólogo. Para fornecer as medidas da maneira correta, será preciso conhecer a posição “natural” do objeto. Altura: dimensão vertical de um objeto da base para cima;

Largura: extensão de um objeto;

Profundidade: medida de distância perpendicular à largura.

Objetos bidimensionais: altura x largura. Ex.: desenho – 12,3 x 14,7cm.

Objetos tridimensionais: altura x largura x profundidade. Ex.: escultura – 118 x 63,5 x 47,7cm.

Objetos com formatos diferenciados: medir diâmetro; diâmetro maior; maior altura; maior comprimento etc. dependendo da tipologia do objeto. Ex.: pintura oval com moldura – 45,3cm (diâmetro maior) x 29,2cm (diâmetro menor).

Objetos com molduras: a medida deve ser feita

pelo verso e incluir a moldura;

Objetos irregulares: indicar maiores medidas

sempre. Ex.: móbile – 102cm (maior altura) x 61 cm (maior comprimento).

Dimensões: formato. Na planilha do Projeto de

Documentação do Acervo dos Museus da SEC-SP este campo, para efeitos de padronização, indica os valores medidos e, em seguida, a métrica utilizada: AxD (cm): altura e diâmetro em centímetros;

AxL (cm): altura e largura em centímetros; AxLxP (cm): altura, largura e profundidade em

centímetros;

Circunferência (cm): circunferência em

centímetros;

Diâmetro (cm): diâmetro em centímetros; Duração (min): duração em minutos.

Origem: Local onde o objeto foi criado,

produzido ou fabricado. No caso de haver precisão de localização, indicá-la do geral para o particular. Ex.: Brasil, São Paulo, Itu.

Forma de confecção/produção: Indicar a

matéria-prima utilizada e a forma de elaboração do objeto. Ex.: Manufaturado/Metal.

3. Conservação e restauro

Estado de conservação: Haverá apenas três

possibilidades:

• Bom: objetos inteiros, sem problemas eviden- tes e com integralidade de leitura;

• Regular: objetos com problemas de conser- vação, sem alteração e comprometimento de sua estrutura e com leitura integral ou prati- camente integral;

• Ruim: objetos com problemas de conservação, alteração e comprometimento de estrutura e leitura parcial ou completamente comprome- tidas.

Data da avaliação: Indica a data em que a

avaliação do estado de conservação do objeto foi realizada.

Descrição/Ocorrência: Descreve os problemas

encontrados e intervenções que foram realizadas no objeto.

Observações: Informações gerais sobre o estado

de conservação do objeto.

4. Responsabilidades

Nome da pessoa e/ou instituição: Esse campo

é fundamental e deve ser preenchido com o nome do responsável pelo preenchimento da fi cha catalográfi ca/banco de dados e do revisor. A indicação de nomes dará ao leitor uma noção de graus de “autoridade” em relação ao conteúdo das informações registradas. Além disso, deverá ser inscrita a data dos procedimentos.

Função: Função do responsável.

Observações: Campo onde são incluídas infor-

mações adicionais e que não foram contempladas em outros campos.

No Projeto de Documentação do Acervo dos Museus da SEC-SP, a área “responsabilidades” também foi utilizada para informações sobre indicadores de responsabilidade sobre o objeto. Podem ser ilustradores, antigos proprietários, doadores, fabricantes e autores, entre outros.

5.

Inscrições

Tipos de inscrição/sinais: Indicação do tipo de

marca/sinal: marca de fabricação, marca de uso, inscrições e assinaturas, sejam elas originais ou feitas posteriormente.

Localização: Local onde aparece a inscrição.

Ex.: canto inferior direito.

Venus, s.d.

Museu Histórico e Pedagógico Bernardino de Campos

Transcrição: Deve respeitar a grafia original e

o idioma de quaisquer inscrições e assinaturas feitas sobre o suporte dos objetos. Ex.: “Ao Museu de Tatuí, a; Fundação Santos Dumont; tem a satisfação de oferecer a; efígie do genial brasileiro.; A. S. S. Saraiva; Presidente”.

Dados complementares: Campo usado

para informações adicionais. Ex.: inscrição manuscrita.

Observações: Campo onde são incluídas

informações adicionais e que não foram contempladas em outros campos.

6. Dados sobre a trajetória museológica dos objetos

No Projeto de Documentação do Acervo dos Museus da SEC-SP essa área é preenchida por cada unidade durante a pesquisa que acompanha o processo regular de documentação museológica.

Referências biográficas: Campo destinado

a descrever a trajetória do objeto, se possível, desde sua produção/fabricação até sua vida institucional. Há uma série de instrumentos de registro, que devem ser utilizados para registrar a história dos objetos, que inclui um questionário padronizado a ser respondido pelo doador/ vendedor com dados que ajudem a esclarecer questões culturais e de preservação. No campo de referências biográficas devem ser incluídos

exposições, estudos e empréstimos extramuros dos quais o objeto participou.

Referências bibliográficas: Campo destinado

ao registro de todas as formas de veiculação dos objetos em quaisquer fontes: catálogos, jornais, revistas, livros, filmagens etc.

Observações: Esse campo é fundamental para

inscrever qualquer dado excepcional que não te- nha sido previsto em outros campos da ficha ca- talográfica e/ou do banco de dados. Sua função é primordial, também para avaliar a eficiência des- ses procedimentos de gestão da informação, pois

Retrato de Bernardino de Campos, 1975, Cimino

Museu Histórico e Pedagógico Bernardino de Campos

se forem muito utilizados, indicam alguma fragi- lidade na construção dos mesmos instrumentos.

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