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FACULDADE LIVRE DE DIREITO

No documento O CHEQUE (páginas 95-105)

§ 12 O cheque é ordem de pagam ento em d in heiro,

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cações do p ro te sta n te , e, provado aquelle facto , p o d erá ser decretada a p risão do d eten to r do titu lo , salvo d ep o sitan d o es- fe a som m a, in c lu id a a im p o rtan cia das despesas feitas (a rt. 31 da lei cam bial).

P a ra ser d ecretad a a p risão , cum pre que se p ro ced a pelo menos a um a justificação p rév ia que d em onstre o fac to arg u id o .

O p o rtad o r cauteloso te rá o cuidado de ex ig ir do sacado, em presen ça de te ste m u n h as, o recibo da en tre g a do cheque, documento este que, reconhecidas as firm as, m in istra p rov a sufficiente p a ra a expedição do alludido m an d ad o .

In ex isten te dispositivo le g al sobre o p raso d esta p risão , cumpre que seja fixado no reg u lam en to este p re c e ito .

O p o rtad o r que não tir a em tem po u til, ou em fó rm a r e - gular, o in stru m e n to do p ro te sto , p erde o d ireito de reg resso , como p receitu a o artig o 5?, e, p era n te elle, resp o n d e p o r p e r- das e interesses, além da p en a em que in co rrer pelo codigo p e- nal, o official que não lav rar em tem po u til ou em fó rm a re- gular o in stru m e n to do p ro testo ( a r t . 33 e 33 d a lei c a m b ia l).

P a r a a resp o n sab ilid ad e civil do official, é in d isp en sá v el a prova de haver sido realm ente p rejudicado o credo r p ela fa lta com m ettida.

§ 3 4 O p o rtad o r é ob rig ad o a d ar aviso do p ro testo ao ultimo en d o ssad o r, dentro de dois dias contados da d a ta do in s- trum ento do p ro te sto , e cada en d o ssatario , d en tro de dois dias contados do recebim ento do aviso, deve tran sm ittil-o ao seu en - dossador, sob p en a de resp o n d er por p erd as e in te resse s.

N ão co n stan d o do endosso o dom icilio ou a resid en cia do endossador, o aviso deve ser tra n sm ittid o ao endo ssad o r an terio r que houver satisfeito aq u ella fo rm a lid a d e .

O aviso póde ser dado em ca rta re g istra d a .

P a r a esse fim a ca rta se rá levada ab e rta ao C orreio, onde, verificada a existen cia do aviso, se d ec la ra rá o co n teú d o da carta re g istra d a no conhecim ento e ta lão resp ectiv o .

E s te dispositivo do a r t. 30 da lei cam bial ao p lica-se in - teiram ente ao ch eq u e.

O cu m prim ento deste p receito , sobre fac ilita r o p ag am en - to im m ediato pelo co-obrigado, ev ita assim , sem m aio r ab alo do credito, as despesas da acção reg ressiv a.

98 REVISTA DA

Caso aquelle que om ittiu a declaração do seu dom icilio ou residencia receba o aviso, deve tran sm ittil-o ao co-obrigado a n te rio r.

N ão é necessário o aviso ao endossador-procurador, ao re- vez do que se dá com o av alista, porque este, p a ra todos os ef- feitos, é equiparado áquelle cuja firm a hon ro u .

A falta do aviso ac arreta a responsabilidade por p erd as e in teresses.

A responsabilidade deve ser prom ovida em acção o rd inaria, na qual o auctor m in istrará a p ro v a do prejuizo, derivado dire- ctam ente da falta do aviso, p ara que seja d ecretada a indem ni- sação, reg u lad a esta pelas norm as da lei civil.

P a r a esta acção, é indispensável, p o r seu tu rn o , que o réu te n h a tido por escripto, ou verbalm ente, conhecim ento do pro testo .

C A P IT U L O IX

DA IN T E R V E N Ç Ã O *

* *

§ 3 5 Inad m issib ilid ad e da intervenção reclam ad a. § 5í6 D a intervenção v o lu n taria.

§ 3 7 D ireitos do in terv en ien te.

§ 3 5 O in stitu to do cheque repelle a intervenção recla- m ada:

a) quanto ao acceite, por não ser este facultado ; b) quan- to ao pagam ento, porque, presuppondo o titu lo de vida breve,

sacado sobre banqueiro ou com m erciante, a existencia de p ro - visão sufficiente, o respectivo saque não reclam a a confiança no credito do em itten te, que não a recear a ausência do sacado.

§ 3 6 O cheque a c c e ita a intervenção v o lu n taria p ara o p ag am en to ( a r t . 35 da lei c a m b ia l).

Q ualquer pessoa tem o direito de in te rv ir p a ra effectuar o pag am ento do cheque no acto do p ro testo pela falta ou recusa ou fallencia do sa ca d o .

P o r ser a intervenção um direito facultado a todo aquelle que quizer h o n rar um a ou m ais firm as do cheque, o p o rtad o r é obrigado a receber o p agam ento, sob pena de perd er o direito

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dc reg resso co n tra aquelle cuja firm a foi h o n rad a e co n tra os endossadores e av alistas p o ste rio re s.

E a razão e s tá em que a situ ação ju rid ic a do credor não soffre alteração desfavoravel, pelo facto de ser p ago por p essôa ex tran h a ou não ao vinculo, um a ve^ que receb a a som m a de- vida no m om ento o p p o rtuno e n a m oeda convencionada.

P o r outro lado, o co-obrigado tem o m aior in teresse n a in - tervenção por causa da desoneração da sua resp o n sab ilid ad e, e do p restig io do seu credito ; em bora h o n ra d a a firm a de ou- tro co-devedor, aufere elle a v an tag em da reducção das acções regressivas e das despesas co n seq ü en tes.

Q ualquer p essôa que te n h a a capacidade n ecessaria sem ex- ceptuar o sacado, póde in te rv ir p a ra effectuar o p ag am en to por h o n ra da firm a de qualquer dos co-obrigados.

O devedor cam bial póde in te rv ir p ara h o n ra r a su a p ró - pria firm a ou a de outro co-devedor.

R ealizado o p ag am en to p o r h o n ra da firm a do em itten te ou do respectivo av alista, to d o s os endossadores e respectivos

avalistas ficam desonerados.

H o n rad a a firm a do en d o ssad o r ou do respectivo av alista, extingue-se a resp o n sab ilid ad e dos endossadores e av alistas p o sterio res.

A in tervenção deve oceorrer p o r occasião do p ro testo , e ser m encionada no respectivo in stru m e n to com a indicação da firma h o n rad a pelo p ag a m e n to .

E ’ inadm issivel a interv en ção p a ra o p ag am en to p arcial pela im possibilidade do exercicio co n ju n cto dos dois direito s creditorios, da trad ição do cheque e do in stru m e n to do p ro testo ao in te rv en ie n te.

R ealizado pelo in terv en ien te o p ag am en to to ta l receberá elle o cheque e o in stru m e n to do p ro testo ; disto d ará aviso ao co-obrigado, cu ja firm a hou v er h o n rad o ; o qual, p o r seu tu rn o , o tra n s m ittirá áquelle que o p reced er.

S atisfeitas as form alidades legaes fica o in te rv en ie n te su- brogado em to d o s os direito s daquelle cuja firm a foi p o r elle honrada,

Kro REVISTA DA

N o concurso de in terv en ien tes, a preferen cia é dada áquel- le que lib erar o m aior num ero de firm as, e, m ú ltip las as in te r- venções pela m esm a firm a, tem p referencia o co-obrigado, na falta deste, o sacado, e, n a falta de am bos o p o rtad o r tem a opção.

§ 3 7 P elo p ag am ento, o in terv en ien te esp ontâneo fica su- brogado em todos os direitos daquelle cuja firm a foi por elle lionrada.

P a r a os respectivos effeltos, o p ag am en to p o r intervenção é equiparado ao p agam ento ordinário da divida do cheque com a differença unica de haver sido effectuado por terceiro , que tem tam bem o d ireito ao exercicio da acção regressiv a co n tra aquelle cuja firm a houver honrado.

O in terv en ien te não é g esto r de negocios, e nem m an ca- ta r io .

E ’ credor autonom o, e, como ta l, o devedor lhe não póde oppor as excepções pessoaes ao p o rta d o r.

O endosso feito pelo in terv en ien te tem o effeito de cessão civil por ser p o sterio r ao vencim ento.

P a r a ev itar a responsabilidade p o r p erd as e interesses, deve o in terv en ien te dar aviso do p ro testo e do pagam ento áquelle cuja firm a houver honrado, e, caso do cheque não conste o seu dom icilio ou residencia, ao co-obrigado an terio r que h o u v er satisfeito esta form alidade.

C A P IT U L O X

DA ANNULAÇÃO DO C H E Q U E *

* *

§ 3 8 Do processo de an n ulação.

§ 3<S E x trav iad o o cheque, cum pre ao p o rtad o r, p ara a g a ra n tia do seu direito creditorio, dar aviso im m ediato ao saca-

do e aos co-devedores.

D estruido ou extraviado o cheque, tem o p o rtad o r o direito de in te n ta r o processo de annullação do titu lo , facultado para ascam b iaes pelo a r t. 36 do dec. n . 2.044 de 31 de dezem bro de 1908.

f a c u l d a d e l i v r e d e d i r e i t o 101

Dado o extravio, o credor req u er ao ju iz co m p eten te que , pelo jo rn a l official, pelos periodicos de m aior circulação, e p o r editaes affixados n a B olsa e n o slo g a re s do e s ty lo , m ande c ’ta r o deten to r do cheque p a ra ap resen tal-o em ju iz o e in tim a r o sacado p ara não effectuar o p ag am en to , e o co -o b rig ad o n ão só para o fim acim a alludido com o tam bem p ara oppor a co n testa- ção que tiv e r firm ada em defeito da fórm a do titu lo ou n a falta de req u isito essencial do cheque, que deve ser descripto e ca- racterisado n a p etição in icial p o r fórm a inequívoca.

E ’ n ec essaria a p rev ia justificação da pro p ried ad e e do ex- travio, por te ste m u n h a s, pelo exam e dos livros e da co rresp o n - d a do credor; não é in d isp en sáv el, porém , a p ro v a p le n a, m a- xime em se tra ta n d o da hy p o th ese do extravio, e, nos casos de inexistencia de m otivo p ara a suspeição, o ju iz póde co n ten tar- se com a affirm ação do facto pelo p eticio n ario .

Sobre não causar preju izo o deferim ento da p etição ac- cresce estar exactam ente no in teresse da v ic tim a do extravio a com m unicação im m ediata ao publico, ao sacado, aos co-obri- g a d o s .p e la im p ren sa, pelo te leg rap h o , pelo co rreio ,— m axim e em se tra ta n d o de titu lo de prazo cu rto de vencim ento—a ju n - cção de todas as provas p ara o processo p relim in ar da an n u lla- ção, e p a ra a acção u lte rio r de reivindicação, caso se ap resen - te o d eten to r do cheque, que o não q u eira re s titu ir sob o fu n - dam ento da su a acquisição em boa f é .

O in teresse deste deve prevalecer, quando com pleta a p ro - va do alleg ad o , si m an ifesta r a collisão com o in te resse do

pro p rietário do titu lo extraviado ( a r t. 39 § 2? da lei cam b ia l). O reg istro do cheque de accordo com os dispositivos do dec. n . 4.775 de I o d e fevereiro de 1903 facilita co nsideravel- m ente o processo de an n u llação no to can te á ju stificação da propriedade, m as não d isp en sa e nem su b stitu e o alludido p ro - cesso.

O prazo le g al é de tre s m ezes.

P a r a acau telar o in te resse do ad q u ire n te de bôa fé, e eli- m inar a in terv en ção da frau d e do peticio n o rio , o dec. n. 2.044 de 31 de dezem bro de 1908 n o a r t. 36 m arca o curso do prazo da d ata do vencim ento, e, ven cid a a cam bial, da d ata da p u b li- cação no jo rn a l official.

102 REVISTA DA

P a ra o cheque, direm os que o prazo com eça a correr do sexto dia da em issão, quando pagavel n a m esm a praça, e do nono dia, quando pagavel em praça diversa (a rt. 4); esg o ta- dos estes prazos da ap resentação do cheque, o alludido prazo correrá da d ata da publicação no jo rn a l official.

D eferido o pedido, o p ro p rie tá rio (assim tam bem o endos- satario-procurador) p ela certid ão do req u erim en to e do desp a- cho favoravel do ju iz , e em quanto p e n d e r o processo de annul- lação, póde reclam ar do sacado o deposito do m o n tan te, e, em caso de recusa, tira r o p ro testo , ficando assim tam bem h a b ili- tado p ara oppor-se ao p ag am en to solicitado pelo deten to r do titu lo .

N ão lhe é facultado o endosso, porque, como sabem os, este acto é inseparavel do titu lo .

A acção executiva de regresso som ente póde ser in te n ta - da depois de d ecretad a an u llid a d e do cheque.

D ecorrido o prazo leg al, sem se ap resen tar o p o rtad o r le- g itim ado, e sem te r havido co n testação do co-obrigado, o ju iz d ecreta a n u llidade do cheque ex trav iad o , e o rd en a o im m edia- to lev an tam en to do deposito da som m a feito pelo sacado.

Inex isten te este deposito, o a u c to r, com a c a rta de sen ten - ça, poderá ex ercitar a acção executiva co n tra os co-obrigados, exactam ente como si estivesse de posse do cheque.

O titu lo extraviado, em bora em poder do ad q u iren te de bôa fé, perde então a su a ex istencia ju rid ic a.

Caso, d u ran te o curso do prazo, se ap resen te o d eten to r do titu lo , o ju iz o rd en ará a ju n cção deste aos au to s p ara se ve- rificar si aquelle é realm en te o p o rtad o r legitim ado pela form a p rescrip ta no a rt. 39 da lei cam bial, sem en trar, porem , no exa- me d a boa ou da m á fé d aa cq u isiçã o .

N o caso affirm ativo, ju lg a rá p rejudicado o pedido de an- nullação, deixando salvo á p arte o recurso aos m eios o rd i- nário s .

N a hy p o th ese inversa, e caso o cheque não te n h a sido alterad o , e corresponda exactam ente ao titu lo descripto, ò ju iz ju lg a rá prejudicado o pedido de an n u llação , e o rd en ará que o cheque e a certidão da se n ten ç a—p assad a cm ju lg a d o — sejam entreg u es ao p ro p rie tá rio .

FACULDADE LIVRE DE DIREITO 103

A lterad o o cheque de form a a ficar p reju d icad a a situ a - ção ju rid ic a do req u eren te, o ju iz decretará a nullidade do t i - tulo, como se lh e não houvesse sido a p resen tad o .

No curso do praso, offerecida contestação pelo co -o b rig a- do, o ju iz deve exam inar si, por ella, fica o p ro p rie tá rio im - pedido do exercicio da acção executiva, p ara ju lg a r p reju d ica- do o pedido, salvo eg u alm en te ao au cto r o recurso aos m eios o rd in ário s.

N ão firm ad a a co n testação em defesa da allu d id a especie, o ju iz decretará a nullidade do titu lo extraviado, e m encio nará na sen ten ça o defeito arg u id o pelo co-obrigado.

E m qualquer um destes casos, p ro ferid a a sen tença, tem a parte in te re ssa d a o d ireito de in te rp o r o recurso de ag g rav o , que te rá sem pre effeito su sp e n siro .

O tem po e a form a da in terp o sição do ag g rav o , bem como o respectivo processo, serão regulados pelas leis esta- du aes.

O processo de ann u llação , com o dissem os, é tam bem ap- plicavel á h y p othese da destruição do titu lo , p a ra o fim de fi- car o p ro p rie tá rio h ab ilitad o p ara o exercicio da acção cam - bial .

No caso de destruição do cheque, são dispensadas no p ro - cesso, por in ú teis, as citações e as intim ações reclam adas p ela prim eira p arte do art. 36 da lei cam bial.

C A P IT U L O X I

DO R ESA Q U E

§ 39 Do resaque ficto ou real

§ 40 D a co n ta de reto rn o .

§ 39 O resaque é um m eio facil e econom ico do em bolso

do m o n tan te do cheque no caso de rec u sad o p ag am en to pelo sacado, porque evita as despesas que o exercicio da a:çã o regressiva acarreta .

O resaque póde ser ficto ou r e a l.

F icto , quando o credor, por si ou p or m an d atario seu, a p re - senta o cheque ao sacador, g u ao endossador, ou ao av alista,

104 REVISTA DA

p a ra o pagam ento do m o n tan te com os respectivos ju ro s, in - cluída a som m a das despesas leg aes.

A rem essa do cheque, com o in stru m e n to do p ro testo e conta do retono, póde ser feita d irectam en te ao devedor, para que este leve a respectiva im p o rtan cia ao credito do rem etten te ou de outrem , ou p ara que lhe dê outro destino determ inado.

R eal é o resaque quando o credor em itte novo cheque so- bre qualquer dos co-devedores pelo p rin cip al, ju ro s , recam bio e despesas legaes.

A defesa do resaque pelo cheque está em que m ilitam as m esm as razões que o reclam aram p ara a cam bial—isto é— o in teresse do com m ercio e a tu te la do credor que, assim , facil- m ente e sem despesas póde em bolsar-se da som m a a que tem

d ire ito .

P e la n ossa lei, en tre tan to , cum pre d is tin g u ir.

O credor póde em todos os casos u tiliz a r o resaque ficto. M as como exercitar o resaque real, si a lei reclam a que o sacado seja banqueiro ou com m erciante, e que o em itten te te - n h a em seu poder fundos disponiveis ?

Q ual o in teresse que póde o credor re tira r do resaque de novo cheque que será pag o p ela sua provisão ?

O resaque real suppõe a em issão de novo cheque que deve necessariam ente conter todos os requisitos exigidos pela le i.

Como resacar na hyp o th ese em que os co -obrigados não sejam banqueiros ou com m erciantes ?

O nde a ig u aldade de tratam e n to ju rid ic o no caso de coexis- te n c ia de co-devedores, banqueiros e com m erciantes, e outros

que o não sejam ?

P o d erá ad m ittir-se o resaque real n a h y p o th ese em que o co-devedor-banqueiro ou com m erciante o auctorize expressa- m en te, e p ara este caso devem prevalecer as re g ra s fixadas na lei cam bial.

O p o rtad o r legitim ado do cheque deve e s ta r habilitado p ela o p p o rtu n a ap resen tação do titu lo ao sacado e pelo protes- to p ela falta ou recusa do p a g a m e n to .

O credor fica reem bolsado quando, além do m o n tan te d cheque, recebe a im p o rtan cia das despesas legaes, os ju ro s, eo p reço do cam bio pelo qual negociou o resaque >

FACULDADE LIVRE DE DIREITO 105

E , p a ra este fim, o resaque é acom panhado do cheque pro- testado, do in stru m e n to do p ro testo e da con ta de re to rn o .

A ssim , o resacado póde verificar a o b servancia das fo rm a- lidades in d ispensáveis ao exercicio deste d ireito , e a im p o rta n - cia exacta do p ag am en to a que é o b rig a d o .

P o sto que econom ico e expedito, o resaque real não está generalizado no com m ercio cam bial, e rarissim o será o caso do seu exercicio pelo cheque, porque, adm issivel som ente n a hy- pothese que firm am os, o co-devedor banqueiro ou commercio ante p referirá effectuar o p ag am en to no acto do p ro testo ou pela fórm a do resaque ficto que n ão revela o descredito do ti - tulo cujo p ag am en to foi recusado.

§ 40 P e lo resaque, o credor tem o direito de rec lam a r:

a) a som m a cam b ial; b) o m o n tan te d as desp esas le g a es; c) os j u - ros de 6 0/° não só da som m a cam bial desde o d ia da recu sa do pagam ento do cheque, com o das alludidas despesas legaes desde o dia em que foram feitas ; d) o preço do cam bio pelo qual foi negociado o resaq u e — isto é — o re c a m b io .

R ecam bio é, p o rtan to , o preço do cam bio n a negociação do resaque.

N ão h a recam bio sem resaque, m as o resaq n e, póde ope- rar-se sem rec am b io .

0 novo cheque deve ser acom panhado da co n ta de re to r- no — isto é — da relação das verbas .co n stitu tiv as da som m a que o resacado deve p a g a r.

P elo a r t . 38 da lei cam bial, a conta de reto rn o deve in - dicar :

1 -a som m a cam bial e a dos ju ro s legaes desde o dia do vencim ento ;

I I — a som m a das depesas legaes : p ro testo , com m issão, porte de ca rtas, sellos e dos ju ro s legaes desde o dia em que foram feitas;

I I I —o nom e do sacado ;

IV — o preço do cam bio, certificado p o r co rreto r ou, n a fal- ta, por dois co m m ercian tes.

O recam bio é reg u lad o pelo curso do cam bio da praça

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