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APÊNDICES 261 ANEXOS

Fase 5: fase de avaliação

Uma vez realizada a fase de estudo, o pesquisador analisou a situação em que se encontrava o paciente, dando início à fase de avaliação, na pretensão de mensurar se estavam sendo cumpridos os objetivos estabelecidos para a farmacoterapia, e caso houvesse falhas, detectar os correspondentes PRM.

Com a informação obtida, foi avaliada cada estratégia e cada medicamento, segundo a sistemática proposta por Fernández-Limós et al. (1999)56fazendo-se três questionamentos: (1) o medicamento é necessário?, (2) está sendo efetivo? e (3) está sendo seguro?

As estratégias de avaliação para o uso de antimicrobianos foram respaldadas

em protocolos clínicos de antibioticoterapia para pacientes com pé diabético (ANEXO D), previamente discutido com a equipe multidisciplinar e CCIH do HGWA e

dados da literatura científica em conjunto com os achados da evolução de cada paciente.

As necessidades e efetividades foram analisadas frente ao problema de saúde que está na mesma linha da ficha de seguimento farmacoterapêutico (APÊNDICE A); já os possíveis problemas de segurança foram também detectados em outros locais do plano situacional. Quando alguma das respostas às perguntas geradoras da fase de avaliação era negativa, se suspeitava então de um PRM. Ao final da análise destas três perguntas para cada medicamento, era formulada uma quarta pergunta: (4) existe algum problema de saúde que não está sendo tratado? e

o mesmo não está relacionado com a administração dos medicamentos do

paciente?. Caso a resposta fosse SIM, deparava-se então com um PRM1

(FERNÁNDEZ-LIMÓS, 2002). Ocorrendo a utilização de um medicamento quando não havia necessidade, tinha -se o PRM2. Nos casos dos PRM de necessidade (1 e 2 , a base de análise estava na suspeita se o paciente precisava ou não de um tratamento farmacológico). Quanto aos de efetividade, foi estabelecido se o problema é de efetividade quantitativa (PRM4) ou não quantitativa (PRM3) e neste mesmo sentido para os PRM de segurança (5 e 6), segundo a classificação do II Consenso de Granada. (PAINEL DE CONSENSO, 2002)( Figura 6)

Para avaliação dos PRM de necessidade, foi estabelecida como padrão de análise a checagem, na 1ª via da prescrição médica contida no prontuário, do horário previamente aprazado pela equipe de enfermagem durante as 24h (14 às 14h) da prescrição vigente.

As suspeitas de PRM eram então descritas na ficha de seguimento, observada no seu conjunto, e se descartavam aquelas que não tinham sustentação na análise global da situação do paciente. Após listadas as suspeitas de PRM, estas eram ordenadas segundo a sua prioridade, gravidade e probabilidade de se efetivarem, ou seja, passarem de potenciais PRM para reais, de tal forma que fosse possível a operacionalização das estratégias de intervenção.

FIGURA 6 - Diagrama do fluxo da fase de avaliação % & ' & '( %& ' & ' ) ! & '( % ( ( > * $ + ( ? @ * $ + 8 A ,- . + / ( B

Fase 6: fase de intervenção

Após detectar os PRM, foram estabelecidas as estratégias de intervenção para resolvê-los, priorizando os já manifestados ou prevenindo o aparecimento dos que podiam se manifestar, segundo as condições particulares de cada paciente. O pesquisador deu prioridade às intervenções referentes aos PRM que representavam um perigo para o paciente, seguidas daquelas em que os PRM estavam entre as principais preocupações do paciente e que tivessem a possibilidade de solução.

Efetuou-se uma intervenção farmacêutica (IF) quando se atuou para solucionar um PRM detectado, levando em consideração a efetivação ou não da opção escolhida. O método Dáder tem no seu desenho metodológico a documentação da intervenção farmacêutica, que contém:

data em que se realizou a IF;

tipo de PRM, segundo a classificação do II Consenso de Granada (2002);

o problema de saúde relacionado;

o(s) medicamento(s) relacionado(s) nele; descrição e causa do PRM;

o que se pretendia fazer para resolvê-lo; e via de comunicação empregada.

A intervenção farmacêutica foi completada quando se observava o resultado da estratégia proposta, registrando se intervenção foi aceita e se foi resolvido ou não

o problema de saúde, descrevendo-se brevemente e de forma sumária o que ocorre para resolver ou não o PRM. Assim, podem ser envolvidos na fase de desfecho da intervenção os seguintes aspectos:

resultado - expresso na intervenção aceita ou não e do problema de saúde resolvido ou não resolvido.

Durante a fase de intervenção, foram integrados outros membros da equipe de saúde, tais como médicos especialistas, enfermeiros, outros profissionais e os cuidadores, com os quais devem ser estabelecidas vias de comunicação apropriadas e acordos para cada situação com o paciente. Esta integração favoreceu ao pesquisador o desenvolvimento de uma estratégia operacional, que resultou na metodologia HENPA de codificação das não-conformidades do ciclo farmacoterapêutico, e para otimizar o tempo de sistematização dos processos envolvidos. Assim, o formato da intervenção foi alvo de pequenas modificações e foram incluídas as novas categorias aos meios de comunicação já utilizados na metodologia original, farmacêutico-paciente, farmacêutico-paciente-cuidador; farmacêutico-paciente-enfermeira; farmacêutico-paciente-médico especialista, como

também especificamente com os profissionais comunicados, que tinham relação direta com a intervenção farmacêutica, a saber: médico, enfermeira, auxiliar/técnico de enfermagem, farmacêutico da dispensação, outros; somadas as outras possibilidades de meios de comunicação (segunda via da prescrição médica, ficha de comunicação interna – APÊNDICE B, telefone, formulário para aviso de vencimento da ficha de ATM – APÊNDICE C; planilha de pendências de psicofármacos – APÊNDICE D, formulário para mensuração das não-conformidades

da dispensação – APÊNDICE E, outros). Esses formulários foram desenhados pelo pesquisador para este propósito.

Elaborou-se um INFORME FARMACOTERAPÊUTICO (instrumento de contra-referência farmacêutica) do paciente com pé diabético que está de alta hospitalar (APENDICE F) contemplando os seguintes parâmetros (MACHUCA et al., 2000; SILVA-CASTRO, 2003).

Apresentação do paciente: foram enunciados dados pessoais do paciente, relacionando seu problema de saúde, duração e motivo de sua internação e resumo da história clínica do paciente.

Medicamentos administrados durante a hospitalização: dados farmacoterapêuticos, de informação relevante, relacionando os medicamentos de sua doença de base (os que foram suspensos e os administrados durante a hospitalização), bem como todos os outros medicamentos a serem utilizados no tratamento de outros problemas de saúde detectados no hospital.

Parâmetros de seguimento, sinais e sintomas relacionados com o problema de saúde que determinaram ou influenciaram

na evolução do paciente e que deverão ser mensurados após alta hospitalar.

Parecer do farmacêutico: relação possível do problema de saúde com os medicamentos, uma vez que foram estudados todos eles.

Despedida: foram feitas as recomendações devidas; o pesquisador colocou-se à disposição dos profissionais e cuidadores (extra-hospitalar) e, com o número de telefone e o e- mail para elucidação de quaisquer dúvidas, bem como para

FIGURA 7 - Diagrama do fluxo da fase de intervenção Fonte: Ceará, 2003 0 0# , 1, % . 0 0 ( . . #