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APÊNDICES 261 ANEXOS

II – MAPA PARA AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS DE SEGUIMENTO

4.1.2 Formulário de comunicação interna (APÊNDICE B)

Foi elaborado a partir do instrumento utilizado em alguns hospitais brasileiros, tendo como referência o modelo publicado no Formulário de Medicamentos do Hospital Universitário. Professor Edgar Santos – Universidade Federal da Bahia. (UFBA, 1999). A partir desse, foram realizadas adaptações principalmente no que tange à inclusão de outros tipos de anomalias da prescrição, foram contempladas no modelo de referência. Desta forma, o formulário utilizado neste estudo como meio de comunicação interna entre os profissionais de saúde, no caso, farmacêutico - equipe técnica / auxiliar de enfermagem, contemplou os seguintes parâmetros: I) Parte 1- cabeçalho, contendo os dados do paciente, prescritor e medicamento envolvido com alguma não conformidade; II) descrição qualitativa dos tipos de anomalia possivelmente encontradas na prescrição; esta parte era destinada aos prescritores; e III) estrutura destinada às comunicações e alertas ao corpo de enfermagem. No final do formulário, havia local para preenchimento da data de notificação, assinatura/carimbo do farmacêutico e assinatura do responsável pelo recebimento na unidade de internação.

4.1.3 Formulário para alerta de vencimento do tempo de antibioticoterapia (APÊNDICE C)

Como um dos objetivos maiores do STF é a promoção do uso racional de medicamentos, evitando, assim, o aparecimento de PRM, tem- se nessa meta uma preocupação específica para utilização de antimicrobianos (ATM) no âmbito hospitalar, em razão das características mais agressivas dos patógenos, de maior

possibilidade de desenvolver resistências aos antimicrobianos e o custo que apresenta essa classe dentro do arsenal terapêutico. Assim, foi elaborado um informe escrito, com o objetivo de alertar ao médico sobre o tempo de utilização do esquema de ATM já decorrido. Operacionalmente no 13º. dia de uso, o farmacêutico encaminhado ao prescritor esse alerta, avisando que no dia seguinte completaria o tempo preestabelecido para o curso padrão da antibioticoterapia. Esse procedimento foi adotado pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), em parceria com a equipe multidisciplinar de atenção ao paciente com o pé diabético. Esse momento era útil para uma análise colegiada entre os membros, buscando avaliar a necessidade de continuar com o esquema utilizado, alterar a dose, substituir o(s) medicamento (s), mudar a via de administração ou suspender a utilização do ATM; caso fosse dada continuidade, haveria necessidade de preenchimento de uma nova ficha de controle de antimicrobianos (ANEXO C) com a justificativa para o fato.

4.1.4 Informe farmacoterapêutico de contra – referência farmacêutica (APÊNDICE F)

Para que o paciente com pé diabético que fora atendido no HGWA, quando no momento de sua alta hospitalar fosse instrumentalizado com outro mecanismo que favorecesse a sua reinserção na rede de saúde, por meio do sumário dos principais achados referentes à sua farmacoterapia, foi elaborada uma estratégia informativa, adaptada de Silva-Castro et al. (2003). Essa estratégia foi contextualizada à realidade do sistema de saúde local, especificamente onde os processos de intercomunicação são ainda extremamente precários e pouco efetivos. Na estrutura do informe foram realizadas modificações para sua melhor utilização, contemplando- se, com efeito, as seguintes estruturas:I) Parte de

apresentação - nome do paciente, data de internação e alta, objetivo da internação

ressaltando-se a abordagem multidisciplinar; II) Parte referente aos principais medicamentos utilizados durante a internação - princípio ativo, dose, posologia, via

de administração e tempo de utilização (desde quando e até quando); III) Parte relacionada aos medicamentos dispensados no momento da alta hospitalar -

medicamentos dispensados no momento da alta hospitalar: medicamento, dose, via administração, quantidade prescrita e quantidade dispensada; IV) Parte destinada aos principais parâmetros de seguimento - data, pressão arterial, glicemia, febre e

exames/ procedimentos realizados; V) Parte final relativa à descrição das observações gerais sobre os vários aspectos dos pacientes que podem levar ao

aparecimento de PRM, uma vez que o Diabetes mellitus tem um caráter crônico, bem como o parecer do farmacêutico sobre o seguimento farmacoterapêutico realizado.

No final da página eram informados os telefones do Núcleo de Farmácia e o e-mail do farmacêutico assistente para elucidação de possíveis dúvidas ou troca de

informações.

4.1.5 Formulário para mensuração das não-conformidades na dispensação (APÊNDICE E)

Durante o ciclo de utilização dos medicamentos nos hospitais, uma das etapas que pode levar ao aparecimento de PRM é a dispensação, com todos os seus processos operacionais envolvidos.Para tanto, foi estruturado um instrumento para lançar os dados referentes aos erros de dispensação. Após serem analisadas as prescrições médicas pelo farmacêutico, estas eram encaminhadas aos auxiliares

de farmácia para a produção das doses para as 24 horas, de acordo o preconizado na rotina do sistema de distribuição individualizado do HGWA. Então preparadas, as doses eram levadas até as unidades de internação pelo colaborador do Núcleo de Farmácia para que fossem realizadas as conferências de preparo em conjunto com a equipe de enfermagem. Nesse momento, cada auxiliar responsável por seu determinado leitos recebia um formulário para que fossem anotadas as anomalias da dispensação, em que as fontes para análise eram as 2ª. vias das prescrições médicas (aviadas pelo farmacêutico) e o medicamento disposto no recipiente plástico de cada paciente. Uma análise quali e quantitativa era realizada. As anomalias verificadas eram descritas no formulário, com o repasse das informações para a enfermeira do turno, como também para o colaborador da farmácia. Finalizado o processo de conferência, o funcionário na farmácia compilava todos os dados, codificando as anomalias de acordo com o método HENPA e encaminhando o formulário ao farmacêutico para que fossem realizadas as devidas retificações e preenchidas as informações das demais etapas do método citado. No dia seguinte, o grupo de pesquisa lançava os achados no banco de dados em Excel 2000 for Windows ®, desenvolvido para tabulação das não-conformidades encontradas no

ciclo farmacoterapêutico. Quanto aos medicamentos psicoativos regulados pela Portaria 344/98 do Ministério da Saúde, dada sua especificidade de controle, foi desenvolvido um formulário específico para notificação das anomalias detectadas, sendo preenchido no momento da análise e preparo das doses dos medicamentos. Esse instrumento, então, era encaminhado ao médico prescritor para serem dadas as providências cabíveis (APÊNDICE D).

4.1.6 Método HENPA

É um método para sistematização das não-conformidades detectadas durante o ciclo farmacoterapêutico (prescrição, dispensação e administração), foi assim denominado em virtude das iniciais do nome deste autor, HENry PAblo. Busca a maximização operacional dos processos envolvidos, bem como racionalizar o tempo dispensado para as atividades de seguimento farmacoterapêutico (STF). Desta forma, procuram-se de uma forma contínua e documentada a detecção, identificação, resolução dos PRMs, as intervenções farmacêuticas pertinentes e seus consequentes Impactos, os meios de comunicação utilizados e, por fim, os desfechos. Os objetivos principais do método são:

elaborar um mecanismo sistematizado para que o farmacêutico e sua equipe possam identificar, intervir e impactar as não-conformidades detectadas durante o ciclo farmacoterapêutico;

prevenir e mensurar os principais erros de medicação/PRM para cada paciente;

favorecer a racionalização do uso dos medicamentos;

subsidiar os dados para o seguimento dos tratamentos farmacológicos; e

potencializar o papel da equipe do Serviço de Farmácia dentro de uma abordagem multidisciplinar, com maximização do custo/efetividade e focada no cliente/usuário.

As principais fases operacionais do Método HENPA são ilustradas na Figura 8, a seguir:

ANOMALIA NO CICLO FARMACO-