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Fase investigativa ‘B’

No documento 2007ViniciusPante (páginas 74-77)

3.3 ETAPAS DO PROCESSO METODOLÓGICO

3.3.2.2 Fase investigativa ‘B’

A fase investigativa “B” compreendeu a análise de conformidade técnica de macroescala e microescala, observando as condições de segurança, dimensionamento e conforto ambiental, de acordo com a realidade normativa. Em microescala foram avaliados os mesmos ambientes selecionados na fase anterior.

Diagrama 6 – Organograma investigativo correspondente à fase investigativa “B”. ANÁLISE DE CONFORMIDADE TÉCNICA PLANILHA B1 NBR 9977 – SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS NBR 9050 – ACESSIBLIDADE A EDIFICAÇÕES NBR 10898 – SISTEMA DE ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA

NBR 12693 – SISTEMAS DE PROTEÇÃO POR EXTINTORES DE INCÊNDIO

ANVISA – RDC Nº. 50 – PLANEJAMENTO DE EAS ASPECTOS NORMATIZADOS

APLICADOS À MACROESCALA

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA, ACESSIBILIDADE E DIMENSIONAMENTO PLANILHA B2 ASPECTOS NORMATIZADOS APLICADOS À MICROESCALA FASE INVESTIGATIVA ‘B’PNBR 02:135.01- 004 – AVALIAÇÃO DO RUÍDO AMBIENTE PNBR 02:135.02- 004 – ILUMINAÇÃO NATURAL NBR 5413 – ILUMINÂNCIA DE INTERIORES PNBR 02:135.07- 001 – DESEMPENHO

TÉRMICO DAS EDIFICAÇÕES

LEI Nº. 51 / 1996 – CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES DO MUNICÍPIO DE PASSO FUNDO

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE CONFORTO AMBIENTAL

A planilha B1(anexo D) englobou aspectos relacionados à acessibilidade universal, saídas de emergência em edifícios, sistemas de proteção por extintores de incêndio, iluminação e sinalização de emergência. Para a análise destes parâmetros foi consultado um elenco de normas técnicas, tais como: NBR 9077 – Saídas de emergência em edifícios, NBR 9050 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaço e equipamentos urbanos; NBR 10898 – Sistema de iluminação de emergência; e NBR 12693 – Sistemas de proteção por extintores de incêndio. Assim, índices comparativos apropriados foram condensados em tabelas do tipo

chek-list (anexo E) e utilizados como roteiros nos trabalhos de campo.

Além disso, por meio de entrevistas iniciais dirigidas aos administradores, foi possível visualizar um cenário dos procedimentos e atividades oferecidas ao público, enquadrando as mesmas às definições de adequação espacial determinadas pela RDC nº. 50 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

A planilha B2 (anexo F) abordou aspectos da microescala relacionados à iluminação natural, variações térmicas e desempenho acústico, critérios diretamente relacionados ao conforto dos usuários. Para a verificação dos níveis de ruído ambiente foram seguidas as diretrizes encontradas no Projeto de Norma Brasileira 02:135.01- 004 de março de 1999, substituindo a anterior NBR 10152 de 1987. As condições de iluminação interna foram verificadas conforme o método apresentado pelo PNBR 02:135.02- 004 de agosto de 2003 e os resultados da análise confrontados com os índices listados pela NBR 5413 – Iluminância de interiores. Além disso, como iluminação e ventilação natural são funções diretas do tamanho das aberturas, dados de dimensionamento foram comparados com os padrões mínimos normatizados pelo Código de Obras e Edificações do Município de Passo Fundo, estabelecido pela Lei Complementar nº. 51 de dezembro de 1996.

Figura 9 – Luxímetro digital com sonda foto sensível de diodo de silício. Figura 10 – Termo-higrômetro digital com sensor incorporado ao aparelho.

Deste modo, além das características físicas de cada espaço analisado, como, por exemplo, área, pé-direito, orientação solar e tamanho das aberturas, puderam ser realizadas leituras técnicas feitas com o auxílio de equipamentos específicos utilizados na verificação das condições ambientais. Logo, para aferição dos níveis de iluminância, ruído ambiente, temperatura e umidade relativa do ar, foram utilizados, respectivamente, um luxímetro com sonda foto sensível de diodo de silício separado do aparelho, um decibelímetro digital de leitura rápida ponderada na curva ‘A’ e um termo-higrômetro digital com sensor incorporado ao aparelho. Todas as análises foram realizadas conforme as diretrizes metodológicas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Figura 11 – Decibelímetro digital de leitura rápida ponderada na curva ‘A’. Figura 12 – Trena eletrônica com display digital e leitor ultrasônico.

As medições de conforto térmico consideraram a temperatura e a umidade relativa do ar dentro e fora dos ambientes selecionados. Para efeitos de análise, foi adotado um método baseado na inércia térmica, buscando a aferição de dados no período da manhã e da tarde. As informações coletadas em cada um dos centros de saúde foram obtidas em um único dia de verão e, assim como na avaliação da iluminância natural, em condições ambientais favoráveis (abóbada celeste clara).

Assim, dados os prazos e a abrangência da pesquisa, optou-se pela utilização de um processo bastante simples, seguindo uma análise comparativa entre o gradiente térmico externo e sua influência na variação térmica dos ambientes internos no transcorrer do dia. Foram desconsideradas fontes variáveis de calor, tais como computadores, impressoras, televisores, e outros aparelhos de uso clínico. Em seguida, as leituras térmicas obtidas nos diversos ambientes avaliados foram confrontadas. Assim, quanto mais próximo de zero fosse o índice de um determinado ambiente, melhor seu desempenho perante as elevações térmicas externas em dias quentes de verão.

Não obstante, para trabalhos restritos à análise de conforto térmico, recomenda-se a utilização de outras metodologias que considerem aferições físicas em diferentes épocas do ano, como, por exemplo, o voto médio estimado (VME) proposto por Fanger em 1970. Conforme explica Lamberts et al (1997), este método consiste em um valor numérico proveniente de uma escala de seis pontos (-3, -2, -1, 0, 1, 2, 3), traduzindo a sensibilidade humana ao frio e ao calor. Recomenda-se ainda a utilização da NBR 15220 – Desempenho térmico das edificações, publicada em 2005.

Para a definição de uma equação geral de conforto, Fanger (apud Lamberts, 1997) considera variáveis ambientais como temperatura radiante média, velocidade do ar, umidade relativa, temperatura do ar, atividades físicas e característica das vestimentas. A partir da definição do VME, pôde-se implementar o conceito de percentagem de pessoas insatisfeitas, conhecido como PPD. As pesquisas de Fanger foram incorporadas à norma ISO 7730 de 1984, onde se recomenda que, para espaços de ocupação humana tecnicamente moderada, o número de usuários insatisfeitos deva ser inferior a 10%.

Do mesmo modo, no caso da análise específica de iluminação natural, recomenda-se a adoção de um método que considere a abóbada celeste ao longo do ano, como o coeficiente de luz diurna (CLD). Este método define a relação entre a quantidade de luz disponível na abóbada celeste (%) e a quantidade de luz natural refletida para dentro do edifício em três situações distintas: céu nublado, parcialmente coberto e céu claro. O método considera as características físicas dos espaços, assim como as dimensões das esquadrias.

Por fim, pormenorizadas as características de cada ambiente com base em parâmetros normatizados, foram comparados os dados obtidos. Os critérios envolvidos em cada uma das situações observadas nos espaços selecionados foram dispostos de modo a possibilitar a definição de conformidade ou não com os índices estabelecidos.

No documento 2007ViniciusPante (páginas 74-77)

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