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Fases do projeto de investigação-ação

Muito bem!!! Estás no bom caminho!

4.5. Fases do projeto de investigação-ação

Qualquer projeto de investigação-ação abarca momentos de trabalho diferentes, sendo que neste projeto encontraram-se três fases: fase de diagnóstico e condução do problema, fase de intervenção, e fase de análise e aferição de resultados. Segue-se o cronograma do projeto que foi realizado entre os meses de outubro e dezembro:

Figura 67

Cronograma do projeto.

Outubro Novembro Dezembro

Semanas 2** 3 4 1 2 3 4 1* 2 3 4 1ª Fase Diagnóstico e condução do problema 2ª Fase Intervenção 3ª Fase Revisão e análise de resultados - - - - - - - - **Início do estágio na turma de 2º ano

*Finalização do estágio na turma de 2ºano Legenda:

1ª Fase Diagnóstico e

condução do problema

Identificação de questões de investigação Definição da problemática

Revisão literária

Definição da metodologia de investigação Definição de estratégias de intervenção 2ª Fase Intervenção Implementação de estratégias Recolha de dados 3ª Fase Revisão e análise de resultados Organização de dados Aferição de resultados Discussão e apresentação de resultados

Fases e tarefas (duração, objetivos, descrição e resultados esperados)

A primeira fase de projeto de investigação-ação centrou-se na observação participada da turma de 2º ano. Teve a duração de quatro semanas, onde foi tido em conta a identificação de uma problemática, a definição de estratégias possíveis para serem empregadas na sua intervenção. Teve-se em atenção o contexto em que a turma estava inserida e todos os aspetos essenciais para que as respostas à questão formulada fossem precisas e adequadas.

Importa referir que foi a partir da análise de aspetos basilares do núcleo social escolar (os comportamentos individuais dos alunos e da restante comunidade educativa, a disponibilidade de materiais e as dificuldades de aprendizagem e facilidades de cada aluno), que foi possível problematizar e definir estratégias com o objetivo de melhorar a aprendizagem de cada aluno.

Na segunda fase foram implementadas as estratégias definidas para a tentativa de resolução da problemática atrás referida. Nesta fase, através de uma revisão literária, criou-se bases para definir estratégias de aprendizagem que fossem significativas para os alunos. Pretendia-se que as atividades planeadas pelo docente fomentassem o gosto e prazer pela leitura nos alunos, quer de forma autónoma como coletiva; que promovesse o desenvolvimento a nível da produção textual e aquisição de novo vocabulário; e que desenvolvesse o sentido de inclusão em cada aluno, promovendo uma relação social positiva na turma e de entreajuda.

No que se refere à recolha de dados, esta foi realizada através de um registo fotográfico, um registo escrito sob a forma de um diário de aula onde foi possível registar aspetos a serem melhorados durante as aulas, e uma breve reflexão sobre a lecionação da aula, referindo o cumprimento ou não de todos os objetivos propostos.

A terceira fase, e última, incluiu a revisão e análise dos dados obtidos da fase anterior. Pretendeu-se observar mudanças a partir das estratégias implementadas e adequadas como resposta ao problema. Foi, como forma de previsão, esperado que os alunos demonstrassem um desenvolvimento nas suas competências a nível da leitura e escrita e ainda caraterísticas inclusivas em cada aluno, de modo a que todos os alunos com NEE estivessem integrados na turma em questão. Ou seja, esperava-se que os alunos conseguissem olhar para a leitura e escrita de uma forma mais lúdica e com interesse, onde a principal metodologia foi o trabalho cooperativo, e que os alunos com NEE fossem inseridos nesta turma da melhor forma. Assim, desenvolveu-se não só as competências linguísticas de cada aluno mas também as relações sociais.

Contudo, é possível observar no cronograma acima visível, que esta fase não foi concluída devido ao fato do tempo organizado para implementar as estratégias idealizadas ser curto. Por isso, a aferição dos resultados, a sua discussão e a sua apresentação não constituem este projeto.

4.5.1. Análise às questões da investigação-ação levantadas

De acordo com as ferramentas e técnicas aplicadas para a recolha de dados e sua análise, de acordo com os diversos autores referenciados, mais precisamente em relação aos conceitos-chave explícitos – inclusão, trabalho cooperativo e otimização de competências de leitura e escrita, bem como todo o processo do observador participante desde a identificação de problemáticas e ao longo da investigação, verifica-se que esta tem um caráter válido. Contudo, esta validade é aplicada apenas à análise de dados escassos, uma vez que a investigação foi de curta duração, tornando impossível a deteção de mudanças perante as estratégias aplicadas, bem como a conclusão resultante dos dados reunidos.

De acordo com as problemáticas exaltadas, verificou-se na que o trabalho cooperativo surgiu como uma estratégia fundamental na inclusão dos alunos com NEE nas atividades. Apesar das dificuldades sentidas, por parte dos alunos com NEE, observou-se mínimas mudanças, nomeadamente na realização absoluta dos trabalhos propostos, na compreensão de conteúdos programáticos com o auxílio dos colegas que terminavam primeiramente as tarefas, bem como a promoção da autonomia.

Consecutivamente, o trabalho cooperativo, promotor de relações de entreajuda, auxiliou a otimização de competências de leitura e de escrita, pois tentou-se planear atividades de português, que possibilitassem a inclusão de alunos com mas dificuldades, aliada à compreensão e formulação de textos.

Compreende-se que apesar da curta observação participante, os alunos com NEE participaram em todas as atividades, e os restantes alunos procuraram auxiliar os mesmos após a conclusão de trabalhos ditos individuais, ou no caso de trabalhos de grupo, eram dispostas tarefas pelos elementos por forma possibilitar a participação de todos os alunos na atividade proposta.

Concluindo, apesar de a turma não estar habituada a este tipo de trabalho, verificou-se uma adaptação positiva, nomeadamente pela motivação e implicação demonstradas ao longo das atividades realizadas, e consequentemente níveis de colaboração bem visíveis. Contudo, depreende-se que para haver uma análise de dados

mais restrita e dirigida, o investigador participante teria de observar e estruturar as suas estratégias durante um longo período de tempo. A investigação-ação realizada ao longo da intervenção pedagógica baseou-se em estratégias e momentos pré definidos com o propósito de melhorar a ação educativa, as aprendizagens dos alunos, bem como o desenvolvimento social e cognitivo de todos.