Capítulo 4: Refinamento do Método
4.4 Ferramenta ASA
A ferramenta, que possibilite automatizar o método ASA, deve conter as seguintes componentes:
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Diálogo com o utilizador - incluindo as técnicas e notações que fazemparte do método, designadamente, o Diagrama de Fluxos de Informação e a Descrição da Informação.
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Processamento interno - que inclui duas características importantes:o Geração automática de informação - utiliza a técnica denominada por DFII, que gera, automaticamente, os ficheiros e processos.
o Diagnósticos - fornece, de uma forma automática, um maior número de diagnósticos. No capítulo anterior descreveram-se duas técnicas, a Matriz de Redundância Múltipla e a Tabela de Relações de Entrada/Saída de Informação, que, através das notações utilizadas, permitem deduzir diagnósticos de redundância e omissão de informação.
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Repositório - Esta componente permite que a informação fornecida egerada seja guardada para poder, a qualquer momento, ser consultada.
Na Fig. 18, pode ser visualizado um esquema que contém as componentes principais da ferramenta.
Capítulo 4: Refinamento do Método 70
DIÁLOGO COM O UTILIZADOR
As facilidades de "interface" com o utilizador são uma parte crucial do "ambiente" de uma ferramenta, ver Fig. 19. Um "ambiente" é um conjunto de facilidades concebidas para auxiliar o utilizador na execução de uma tarefa.
Diálogo com utilizador
Repositório Processamento Interno
Ligação entre componentes
Fig. 18 - Componentes da ferramenta
Diálogo com o utilizador
Sair Editar Ajuda
Ligação entre componentes Fig. 19 -Diálogo com o utilizador
Capítulo 4: Refinamento do Método 71
Para facilitar a entrada de informação, o "interface" da ferramenta com o utilizador deve ser consistente e fácil de utilizar. Uma forma de o conseguir é através da adopção de um "front-end device" (um tipo de "interface standard" de alta qualidade), que permita alcançar grandes benefícios, tais como:
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o custo de desenvolvimento pode ser reduzido através da reutilização das facilidades existentes;.
a uniformidade e consistência poderem ser favorecidas;.
outros aspectos da integração de um ambiente poderem ser facilitados. Outro aspecto a ter em conta é o tipo de notação empregue pelo método na altura da entrada de informação. Como foi visto, o método é, fundamentalmente, gráfico, assim, o "interface" deverá fornecer um "ambiente" que suporte essa componente gráfica.PROCESSAMENTO INTERNO
O método recorre à definição de frequência, para a dedução lógica dos ficheiros e processos necessários ao sistema.
Esta filosofia está bem patente na ocasião da dedução de especificações do sistema a desenvolver, ou seja, na etapa de produção dos documentos, ver Fig. 20.
Capítulo 4: Refinamento do Método 72
Este processo de dedução de processos e ficheiros, representado no Diagrama de Fluxos de Informação Interna, pode ser descrito na Tabela 7.
Processamento Interno
Ligação entre componentes Fig. 20 - Processamento Interno
Classe Constante Ficheiro Directo Ficheiro Estático Não Campo existe Sim Onde? Freq <> Freq = Ficheiro é Constante Ficheiro Domínio =
Tabela 7 - Identificação das classes dos Campos
é Fórmula Fórmula Estático Documento Domínio <> no Sistema? Peso com Inferior Domínio = Domínio <> Freq = Directo Freq <> Ficheiro Ficheiro Documento ? ??
Capítulo 4: Refinamento do Método 73
REPOSITÓRIO
O repositório é o local onde são armazenadas as mais diversas informações, decorrentes das actividades de diálogo com o utilizador e do processamento interno de ASA. O repositório é dividido em três componentes, ver Fig. 21:
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Gestor de informação - é o processo responsável por armazenar,consultar e alterar informação; desta forma é considerado responsável pela correcta manutenção da informação.
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Dados - funciona como uma base de dados central, onde a informação édepositada, para poder ser mantida de uma forma coerente e integrada.
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Vector de Estado - armazena, de uma forma estruturada e centralizada,o estado da informação existente na base de dados, permitindo responder, de uma forma rápida e eficiente, a qualquer pedido de diagnóstico.
Repositório
Ligação entre componentes Fig. 21 - Repositório
Capítulo 4: Refinamento do Método 74
Deve-se no entanto realçar que, não foi objectivo deste trabalho desenvolver um repositório que permita integração e transferência de informação com outros repositórios existentes noutras ferramentas CASE.
4.5 CARACTERIZAÇÃO DO MÉTODO
Devido às diversas alterações sofridas pelo método ASA é novamente efectuada a caracterização do método segundo o critério estabelecido no capítulo anterior, mas, em vez de se descreverem todos os pontos de classificação existentes, descrevem-se somente aqueles que sofreram alterações:
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Detecção de Erros - Ao descrever, de uma forma mais completa, osdocumentos e as propriedades dos seus campos, considera-se que já é possível a validação da autenticidade da informação dos documentos.
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Estruturado - Um sistema pode ser partido em diversos subsistemas,podendo ser desenvolvidos separadamente e existe uma sequência de passos a seguir bem definida.
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Ferramentas Integradas - ASA foi desenvolvido com o propósito deautomatização e usa um conjunto integrado de notações gráficas de forma a modelar o sistema.
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Informação de Consulta - Existe uma preocupação de fornecer aCapítulo 4: Refinamento do Método 75
Se compararmos esta nova classificação do método ASA com a anterior, pode-se desde já ter uma ideia da evolução das características de ASA. Na Tabela 8, apresenta-se o método ASA actual e anterior, para os atributos de sistema considerados mais importantes [Lopes, 1990]. Assim, houve a seguinte evolução:
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Inteligibilidade - é composta por três características; inicialmente ASAsatisfazia duas dessas três características, mas, actualmente, satisfaz a totalidade;
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Exactidão - é composta por nove características; inicialmente ASAsatisfazia somente três dessas nove características, neste momento satisfaz seis (aumento de 50%);
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Perfeição - é composta por seis características; inicialmente ASAsatisfazia somente três dessas seis características, satisfazendo agora quatro.
Capítulo 4: Refinamento do Método 76
Características Métodos
ASA ASA
Def. da Fronteira da Informação Desenho Centrado no Utilizador
Detecção de Erros
Des. Dialogos Homem-Maquina Estruturado
Estudo de Comportamento Ferramentas Integradas
Ferramentas Simular Dialogos Independência Implementação
Informação Alterada Informação de Consulta Informação Guardada Modularidade
Formação dos Utilizadores Não Ortogonalidade
Notações Adaptadas
Tabela 8 - Atributos de Sistemas / Características dos Métodos (S- Sim) Atributos de Sistemas
Inteligibilidade
Estruturado
Desenho Centrado no Utilizador Ferramentas Automáticas Valid. de Produtos Finais Interm. Testar e Corrigir Codigo Participação do Utilizador Estruturado
Desenho Centrado no Utilizador Valid. de Produtos Finais Interm. Participação do Utilizador Estudo de Comportamento Exactidão S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S Perfeição Portabilidade S S S S Usabilidade Flexibilidade S S
Documentação Informação Guardada Informação Alterada Informação de Consulta S S S Modificabilidade Informação Alterada Informação de Consulta S Informação Guardada S S S Notações Adaptadas Anterior Actual
Capítulo 4: Refinamento do Método 77
S S
Elegância
Estruturado S
Não Ortogonalidade S
Desenho Centrado no Utilizador S S
Ferramentas Simular Dialogos Des. Dialogos Homem-Maquina Formação dos Utilizadores
Eficiência
Estruturado
S
S S
Desenho Centrado no Utilizador S S
S Def. da Fronteira da Informação
Detecção de Erros
Estudo de Comportamento Ferramentas Integradas Ferramentas Automáticas Valid. de Produtos Finais Interm. Testar e Corrigir Codigo
Participação do Utilizador S S S Características Métodos ASA ASA Atributos de Sistemas S Confiança Estruturado S S S
Desenho Centrado no Utilizador S S
Def. da Fronteira da Informação Detecção de Erros
Estudo de Comportamento Ferramentas Integradas Ferramentas Automáticas Valid. de Produtos Finais Interm. Testar e Corrigir Codigo
Participação do Utilizador S S
S S S
Tabela 8 (cont.) - Atributos de Sistemas / Características dos Métodos (S- Sim) Anterior
S Actual
Capítulo 4: Refinamento do Método 78
4.6 RESUMO
Um dos objectivos atingidos com as alterações no ASA, visíveis desde o próprio método até à ferramenta, é a facilidade do diálogo com o "perito de domínio", sendo conseguido através da utilização e manutenção gráfica do DFI.
Por outro lado, em termos de automatização/processamento houve uma melhoria substancial da qualidade dos resultados obtidos, devido não só à utilização de pesos nas frequências de ocorrência dos documentos, mas também devido às alterações efectuadas na lógica do processamento representado no DFII.
Estas melhorias foram reflectidas na classificação do método ASA, onde nos três principais atributos de sistema, Inteligibilidade, Exactidão e Perfeição, ASA consegue satisafazer grande parte das caractísticas existentes.